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Você está em comunhão?

Pr. Fernando Fernandes


PIB em Penápolis, 05/08/2012
Leiamos a Bíblia Sagrada em
Romanos 16.17-18:

Recomendo-lhes, irmãos, que tomem


cuidado com aqueles que causam
divisões e colocam obstáculos ao
ensino que vocês têm recebido.
Afastem-se deles. 2
Pois essas pessoas não estão servindo
a Cristo, nosso Senhor, mas a seus
próprios apetites. Mediante palavras
suaves e bajulação, enganam o
coração dos ingênuos.

3
Na verdade, se fazemos parte de uma
Comunidade Eclesial como a de Roma
e se somos cristãos verdadeiramente
salvos e integrados à Igreja, o Corpo
Vivo de Cristo, de acordo com o
apóstolo Paulo em Rm 16.17-18 só há
dois motivos para que não estejamos
em comunhão.
4
Estes motivos são:

5
1. Causar DIVISÕES na Igreja, vs. 17.

6
O termo utilizado por Paulo se refere a
uma acirrada e belicosa divisão, ou
seja, a uma dissenção, que é falta de
concordância, divergência,
discrepância, desavença, conflito e
disputa motivadas por uma acirrada,
porém, descabida, desleal, injusta,
antibíblica e pecaminosa oposição.
7
Este mesmo termo e conceito é
utilizado na Bíblia para se referir às
pessoas que, motivadas pela
carnalidade ou pelo Diabo, provocam
separação entre familiares, amigos ou
entre pessoas irmanadas pela fé em
Jesus, na Igreja Local,
1Co 3.3 e Gl 5.20.
8
A Bíblia diz que
devemos
observar e
tomar muito
cuidado com tais
“irmãos”.

9
Pois são pessoas desleais, falsas,
mentirosas, traidoras, covardes e
inescrupulosas na ação, visando
alcançar somente seus objetivos e
interesses pessoais, que sempre são
contrários ao Senhorio de Cristo e à
Comunhão na Igreja Local.

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2. Colocar OBSTÁCULOS ao ensino da
Palavra de Deus – vs. 17.

11
A palavra empregada por Paulo é a
mesma usada por Jesus em Mt 18.7-9
e significa “tropeço” ou “pedra de
tropeço”, e em ambos os casos tem o
sentido de “um escândalo vergonhoso
e inapropriado ao evangelho”, à Igreja
Local e aos cristão salvos por Jesus
Cristo.
12
O conceito de “pedra de tropeço”, de
obstáculo, se aplica porque este
escândalo é, na verdade, uma
armadilha motivada por oposição
desleal, às vezes gratuita, e articulada
em ardilosa incitação, visando
provocar o irmão em Cristo à ira e à
desestabilização espiritual e
emocional. 13
Este escândalo, no dizer de Paulo, é
uma cruel, desleal e diabólica
tentação direcionada, mas não apenas
com o objetivo de fazer o irmão pecar,
mas também de que este seja
apanhado em flagrante no pecado, e,
por isso, desaprovado pelos demais
irmãos na Igreja Local.
14
Comentando este verso, Calvino alerta
sobre a necessidade de
despertamento e discernimento
espiritual da Igreja, para
identificarmos tais pessoas, que ele
classifica como “ministros de Satanás”,
sempre prontos a causar distúrbios na
Igreja Local, semeando dissenções ou
desviando os cristãos da verdade
bíblica e da unidade espiritual.
15
Tais pessoas, mesmo que membros da
Igreja Local, não têm comunhão com
Cristo e seu Corpo, a Igreja, e nem
com os demais irmãos, devendo ser
cerceadas, ou seja, cortadas pela raiz
e banidos da Comunidade Eclesial.

16
Tais membros da
Igreja, o Corpo de
Cristo, devem ser
amputados, a fim
de que não façam
perecer, por sua
gangrena moral e
necrose espiritual,
toda a
Congregação Local.
17
Amados irmão e irmãs, Paulo alerta
para tomarmos cuidado com tais
“irmãos” e membros de Igreja, os
“ministros de Satanás”, no dizer de
Calvino, porque eles não têm
motivação nobre e muito menos
espiritual, mesmo que a alegação seja
a de ajudar a Igreja Local.
18
A motivação deles é carnal e
diabólica, pois servem aos seus
próprios apetites, ou seja, a ganância,
a sede de poder e a seus interesses
egolátricos, preferindo prejudicar os
irmãos e a Igreja Local, maculando o
Evangelho, ao invés servir a Cristo e de
testemunhar a salvação aos
pecadores. 19
De modo geral, estes “maus cristãos”,
como classifica o Teólogo F. F. Bruce
em seu Comentário sobre Romanos,
exigem do Pastor e da Igreja Local um
ensino bíblico antinomista, isto é, sem
base na Lei de Deus e sem Ética Cristã
Bíblica.
20
Sonham, diz o Dr. Bruce, com uma
Igreja humanista e existencialista, onde
possam ritualizar o gnosticismo
insipiente, ou seja, uma religião
sincrética e sem identidade doutrinária,
esotérica, de moral duvidosa e que não
exige espiritualidade, biblicidade,
santidade, obediência a Deus,
submissão ao Senhorio de Cristo e nem
testemunho pessoal. 21
Isto não é se quer um arremedo da
verdadeira Igreja de Jesus Cristo e muito
mesmo uma desairosa paródia de
Comunidade Eclesial, a Igreja Local.

22
Pode seu um
clube social, uma
confraria, uma
sociedade
templária ou um
conluiado,
porém, é, na
verdade, o
alpendre do
inferno. 23
Se quer chega perto da Santa Ceia
com seus duvidosos, indecisos,
decepcionados, negadores, fujões,
ladrão e traidor pintada por Da Vinti.

24
Na Ceia Memorial celebrada por Jesus
houve introspecção, autoexame,
quebrantamento, arrependimento
sincero e confissão, experiências
essenciais não apenas para
participarmos de um Memorial, mas
para que cheguemos à plena unidade
com Jesus, que orou e morreu por
nós, e como Igreja de Cristo, vivendo
em verdadeira Comunhão. 25
Você está em COMUNHÃO?

26
Amém.

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