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Aprendendo sobre a vivência familiar

na Ceia Memorial
Marcos 14.12-26

Pr. Fernando Fernandes

PIB em Penápolis, 16/05/2010


Sabemos que a Ceia Memorial é uma
ordenança deixada por Jesus para a
Igreja, a fim de que celebrássemos a
sua vitória na cruz sobre a morte, o
pecado e o inferno, proclamando a
sua volta como Senhor dos
Senhores, para resgatar seu povo e
nos levar às moradas celestiais.
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Porém, apesar de ter plena
consciência sobre o contexto da Ceia
Memorial e de seu significado
doutrinário e teológico para a Igreja,
tomo emprestado esta narrativa
sobre a Ceia instituída e celebrada
por Jesus com os discípulos, para
tirarmos dela preciosas lições para a
vivência familiar. 3
Na Ceia Memorial, para a vivência
familiar, aprendemos sobre...
4
1. A necessidade
de se preparar a
casa para que a
família desfrute
de bons e
agradáveis
momentos de
convivência e de
mutualidade
nela – vs. 12-14:
5
Uma casa desorganizada, desarrumada,
sem horários definidos para as
atividades básicas de uma família não
é um local atrativo e agradável.

Uma casa não limpa, descuidada e sem


as mobílias apropriadas não é um
lugar preparado para a vivência, a
mutualidade e o bem-estar familiar.
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Porém, para que a casa sempre esteja
preparada, promovendo ambiente
propício para a convivência familiar
e a mutualidade benfazeja na
família, é preciso que cada um
assuma o seu papel e suas
responsabilidades na manutenção e
na arrumação da casa.
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Observe com atenção:

a) Vs. 12 – Há uma única voz de


comando.

b) Vs. 13 – Há pessoas que trabalham


e realizam tarefas as mais diversas.
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c) Vs. 15 – Há quem limpe, arrume e
apronte o salão.

d) Vs. 16 – Há pessoas que trabalham


na cozinha, preparando os alimentos
para a celebração familiar.

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Uma casa na qual os familiares e
moradores não assumem o seu
papel e não trabalham em favor da
sua arrumação, jamais estará
preparada para a vivência familiar e
para a mutualidade abençoadora
entre os membros da família.
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2. A importância de se ter um espaço
no qual seja possível reunir toda a
família, para as refeições, conversas
informais e momentos de
descontração – vs. 15-18:

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As casas estão cada vez menores e os
espaços cada vez mais escassos nas
construções modernas.
As antigas copas e as salas de jantar já
não existem mais. As mesas para 8 ou
12 pessoas não cabem mais nas casas.
Atualmente, as cama box, a tela da TV
e a memória do computador é que são
espaçosas e grandes. 12
Até os terrenos estão cada vez mais
espremidos e não se tem mais as
varandas ou os alpendres ao redor da
casa, para se reunir toda a família em
momentos de descontração, ouvindo
as histórias da vovó, fazendo as
refeições ou conversando sobre os
tempos de outrora, quando éramos
mais seguros, livres e felizes, e as
crianças eram apenas arteiras. 13
Jesus chegou no salão mobiliado e
preparado com os doze discípulos, mas
havia espaço para reclinarem, para se
deitarem de lado em tapetes e em
almofadas, ao redor da mesa, vs. 17 e 18.
A “família” era grande, mas o salão e a
mesa também eram grandes o suficiente,
abrigando e agregando a todos em
espaço comum e promovedor do
estreitamento dos laços familiares.14
3. A possibilidade de se ter compaixão
para com os familiares desiguais e
“traidores”, que partilham da
intimidade e do pão em família –
vs. 17-21:

15
Comiam juntos, com as mãos,
partindo o pão e molhando num
mesmo prato, no molho preparado
especialmente para a ocasião.

O pão circulava de mão em mão e a


salada era retirada com as mãos,
tamanha intimidade e disposição de
partilha que havia entre eles.
16
Porém...

Um deles era um desigual.

Judas Iscariotes era um político


corrupto, ladrão, mentiroso,
interesseiro, insensível e sem
compaixão, e subvertedor da
vivência familiar inspiradora e da
mutualidade alegre e abençoadora.17
Mesmo assim e sabedor de tudo isso
Jesus não o excluiu da convivência
“familiar”.

Jesus demonstrou claramente que sabia


quem e o que ele era, que sabia do seu
mau-caratismo e que não concordava
com ele e nem aprovava suas atitudes, vs.
21, mas não o excluiu, deixando-se levar
pelo preconceito demolidor da unidade e
da boa convivência familiar. 18
4. A necessidade de se dar graças a
Deus por todas as situações e
circunstâncias vivenciadas em família,
bem com pelos familiares em
particular – vs. 22-26:

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Tal qual Jesus e seus discípulos na Ceia
Memorial, uma família enfrenta a
morte, vs. 22-23, sofre com a quebra
da aliança, vs. 24, alianças conjugal,
paternal, fraternal e espiritual, passa
por privações, vs. 25, e experimenta a
distância entre seus membros, vs. 25,
seja por distanciamento
psicoemocional e relacional, ou por
necessidade de estudo e de trabalho. 20
Mas mesmo diante de situações
desfavoráveis e geradoras de tristeza,
Jesus dá graças a Deus e entoa
canções de louvor, vs. 26, resignado e
obediente ao Pai, que é sempre
benevolente e disposto a abençoar,
consolar, confortar, perdoar,
reconciliar, restaurar, reunificar e
fortalecer a família, bem como seus
laços de convivência em amor. 21
Uma família que é agradecida a Deus
em todas as circunstâncias é sempre
uma família mais unida, mais
ajustada, mais forte, mais amorosa e
mais compreensiva, sendo, por isso,
mais bem estruturada e preparada
para os embates da vida, que tentam
roubar dela a paz, a alegria, a unidade
familiar e as relações interpessoais
abençoadora entre seus membros. 22
Amados irmãos e irmãs, aprendamos
e apliquemos estas lições da Ceia
Memorial em nossa vivência
familiar, mantendo a nossa casa
sempre limpa, arrumada e
preparada, bem como reservando
um espaço de tempo e um local
apropriado para alegres e bem
descontraídas reuniões de família.
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Aprendamos com Jesus, na Ceia
Memorial, e apliquemos seus
ensinos em nossa família, a fim de
que os desiguais e “traidores” sejam
amados e alcançados pela nossa
compaixão, que deve refletir a
compaixão de Deus em Cristo por
eles.
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Como Jesus, sejamos agradecidos a
Deus por nossos familiares e suas
idiossincrasias, louvando-o em todas
as circunstâncias que nos entristecem,
mas em especial por Jesus ter morrido
na cruz por nós, perdoando-nos pela
quebra da boa conivência familiar e
de nossos pecados, que quebram a
unidade espiritual ente nós e Deus, e
nós e nossa família. 25
Que Deus nós ajude.

Amém.

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