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MINISTÉRIO CASA DE PAZ

Estudos para Grupos Familiares

Série de Estudos: Jesus Em minha Casa

Pb. Lucas
Ministério Casa de Paz
Tradução Bíblica: A Mensagem e NVT

7ª Lição – E A FAMÍLIA, VAI BEM?

Texto de Referência

“Vocês, que temem o Senhor, como são abençoados! Podem andar alegremente em seu caminho reto. Vocês trabalharam
duro e merecem tudo que receberam. Aproveitem a bênção! Celebrem a bondade! Sua mulher gerará filhos como a vinha
produz uvas. Seu lar será próspero. Os filhos em volta da mesa, saudáveis e promissores como brotos de oliveira.
Pasmem diante do “Sim” de Deus. Oh! Como Ele abençoa os que temem o Eterno! Aproveite a vida próspera de
Jerusalém cada dia da sua vida. E aproveite também os seus netos. Paz sobre Israel! (Salmos 128.1-6).

Introdução

Diariamente, somos questionados sobre o estado de nossas famílias. Mas será que sempre respondemos
com sinceridade, ou preferimos ocultar nossos problemas? Em tempos de redes sociais, “aparência acima de
tudo” é o que se pretende na maioria das vezes, o que se pretende. No mundo real, infelizmente nos
deparamos com pais que nem sempre servem de exemplos para seus filhos, alguns filhos que não
demonstram respeito por seus pais, cônjuges que não se valorizam e casamentos que mais se assemelham
a campos de batalha. Essa não é a vontade de Deus para nenhuma família! A vontade de Deus é que todas
as famílias da Terra sejam abençoadas. É o que acabamos de ler no Salmo 128. Para cultivar uma família
abençoada, precisamos, no mínimo, de três elementos.

1- PRECISAMOS DA PRESENÇA CONSTANTE DE DEUS!

“Então resolveu não transferir mais a arca do Senhor para a Cidade de Davi. Em vez disso, levou-a para a casa de
Obede-Edom, na cidade de Gate. A arca do Senhor ficou na casa de Obede-Edom, em Gate, por três meses, e o Senhor
abençoou Obede-Edom e toda a sua família.” (2 Samuel 6.10-11).

A Arca da Aliança era a principal representação da presença de Deus no meio de seu povo no Antigo
Testamento. Após uma tentativa atrapalhada de Davi em transportar a Arca para Jerusalém, o rei decido
deixa-la na casa de um homem chamado Obede-Edom. Durante esse período, a Presença do Senhor fez
com ele e sua família experimentassem prosperidade, saúde e paz em todos os seus empreendimentos.
Este pai de família, não apenas abrigou a arca, mas também se dedicou a cuidar dela com temor e
reverência. Ele reconheceu a santidade da presença de Deus e se esforçou para cumprir suas
responsabilidades como zelador da arca. Essa atitude de dedicação e submissão diante de Deus, fez com
que a Presença de Deus não se afastasse de seu lar, e começou a transbordar sobre seus vizinhos e em
toda a região.
A prosperidade e o testemunho de sua família atraíram a atenção do rei Davi e de toda a nação de Israel.
Eles testemunharam em primeira mão o poder e a bênção de ter a presença de Deus em suas vidas.
Obede-Edom não apenas abriu caminho para a bênção de Deus em sua casa, mas também se tornou um
catalisador para a transformação da nação. Seu testemunho de fidelidade e obediência inspirou outros a
buscarem a presença de Deus em suas próprias vidas e a entenderem a importância de tratá-la com
reverência e santidade.
“Quando olhamos para o Filho, vemos o Deus invisível. Olhamos para o Filho e vemos o propósito original de Deus em
toda a criação.” (Colossenses 1.15).

Em Cristo temos a revelação real de Deus, portanto, não necessitamos mais do objeto da Arca, mas somos
extremamente dependentes da Presença de Jesus em nossas casas. Algumas pessoas pensam que podem
constituir uma família abençoada sem que Jesus esteja presente. Isso é impossível! Todo esforço sem Jesus
será em vão. Não há possibilidade de você ter uma família verdadeiramente abençoada sem que Jesus
esteja na sua casa. A presença de Jesus faz toda a diferença em nosso lar.
Se O Eterno não construir a casa, a obra dos construtores não passará de frágeis cabanas. Se o Eterno não guardar a
cidade, o vigia noturno não servirá pra nada. É inútil levantar cedo e dormir tarde, trabalhar como um alucinado. Você
não sabe que ele gosta de dar descanso a quem ama?
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2- SABERDORIA NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

“Tenham cuidado com a maneira de falar. Nunca saia da boca de vocês nenhuma besteira ou baixaria. Falem apenas o
que é útil e que ajude os outros! Cada palavra de vocês deve ser um presente. Não entristeçam Deus. Não lhe causem
nenhum desgosto. O Espírito Santo, que se move e respira em vocês, é quem nos leva à intimidade com Deus e os deixa
em condições de se relacionar com Ele. Não desprezem este presente maravilhoso. Nada de conversa profana,
difamadora e nociva. Sejam gentis e sensíveis ao próximo. Perdoem-se uns aos outros assim como Deus em Cristo os
perdoou — perdão total e incondicional.” (Efésios 4.29-32).

O ambiente que nos desafia a ser verdadeiros cristãos é, sem dúvida, o lar. É onde somos mais visíveis,
considerados, julgados, recebidos, aceitos, encarados, criticados e rotulados. A família não foi projetada
para ser um ambiente de conflitos constantes, guerras ou solidão. Pelo contrário, o lar foi projetado para
experimentar o Presença de Deus, o amor e a unidade entre todos os seus membros.
Nossos relacionamentos como pais ou como filhos possuem objetivos claros e definidos no âmbito
espiritual. Entretanto, os conflitos frequentes, a rebelião dos filhos, a falta de preparo dos pais para lidar
com circunstâncias adversas, e a época de transição em que vivemos, marcada por ideias, tecnologia e
conceitos em constante evolução, entre outros problemas, podem transformar pais e filhos em adversários,
convertendo o lar em um campo de batalha.
Contudo, Deus está interessado em nos auxiliar a sermos agentes de transformação para nossas famílias,
independentemente de sermos pais, mães ou filhos. Ele possui ideias e objetivos pré-estabelecidos para a
família, Vejamos alguns:
Unidade: Cada membro da família é único em suas necessidades, capacidades e pontos de vista. No
entanto, a harmonia da família, assim como na igreja, reflete a unidade.
“Ele fez isso para que todos possam trabalhar juntos em perfeita harmonia e sintonia, numa resposta cheia de gratidão e
dedicação eficiente ao Filho de Deus, como adultos plenamente maduros, plenamente desenvolvidos, plenamente cheios
de vida, como Cristo.” (Efésios 4.13).

Humildade: Diante dos problemas familiares, a Bíblia nos exorta a sermos humildes, bem-educados e
pacientes. O bom testemunho e os fundamentos da fé devem ser compartilhados dentro da família.
Não fiquem de braços cruzados. Não saiam por aí, por caminhos que não levam a lugar nenhum. Cuidem também para
agir com humildade e disciplina, sem desanimar, sempre constantes, dedicando-se uns aos outros com amor,
considerando as diferenças entre vocês, sempre resolvendo logo todo e qualquer desentendimento. (Ef. 4.2-3).

Comunicação: A forma como nos comunicamos pode suavizar ou endurecer corações (Provérbios 15.1,4).
Falar a verdade com amor, sem brutalidade, é essencial. A comunicação sincera e amorosa é crucial.
“A resposta moderada neutraliza a ira, mas a língua afiada põe mais lenha na fogueira... As palavras amáveis curam e
ajudam, mas as palavras maldosas ferem e destroem.” (Provérbios 15.1,4)

Fardos: Não presumir que conhecemos todos os fatos é crucial. Desconhecemos as bagagens que os
outros carregam. A Palavra nos orienta sobre como agir uns com os outros (Colossenses 3.12-15). Tratar
os outros como gostaríamos de ser tratados é fundamental (Lucas 6.31)
“Portanto, já que foram escolhidos por Deus para a nova vida de amor, vistam a roupa que Deus preparou para vocês:
compaixão, bondade, humildade, autocontrole, disciplina. Sejam moderados, satisfeitos com o segundo lugar, rápidos
em perdoar uma ofensa. Perdoem tão rápida e completamente quanto o Senhor os perdoou. E, a despeito do que mais
vestirem, revistam-se de amor. O amor é a roupa básica de vocês, para todas as ocasiões. Estejam sempre vestidos
com ela. Que a paz de Cristo guarde vocês em sintonia uns com os outros. Nada de sair por aí, fazendo o que quer.
Cultivem a gratidão.” (Colossenses 3.12-15).

Obediência: A submissão à autoridade requer mais do que palavras. Como respondemos à autoridade de
Jesus quando precisamos ser submissos aos pais, cônjuges, irmãos mais velhos e avós? A submissão é um
chamado à obediência ao Senhor.
“Saber a senha correta — por exemplo, ‘Senhor, Senhor’ — não levará vocês a nenhum lugar comigo. O que se requer é
obediência, é fazer o que meu Pai deseja.” (Mateus 7.21).

Ajuda: Auxiliar os membros da família envolve estar presente, confortar, orar, abraçar, participar das
tarefas domésticas e contribuir emocionalmente, espiritualmente e financeiramente quando necessário.
“Ensine estas coisas ao povo para que todos saibam como agir em família. Qualquer um que não cuide dos membros
necessitados da família está rejeitando a fé. É pior que se recusar a crer.” (1 Timóteo 5.7-8)

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3- PAIS CURADOS, FILHOS SADIOS!

“Atenção, Israel! O Senhor, o nosso Deus, é um e único! Amem o Eterno, o seu Deus, de todo o coração. Amem o
Eterno com tudo que há em vocês e com tudo que vocês são! Escrevam no coração os mandamentos que estou
transmitindo a vocês. Apropriem-se deles e levem seus filhos a se apropriar deles. Que eles sejam o assunto de sua
conversa, onde quer que vocês estiverem — sentados em casa ou andando pela rua. Que eles sejam repetidos desde a
hora em que vocês se levantam, de manhã, até a hora de cair na cama, à noite. Que eles estejam amarrados na mão e
na testa de vocês, como lembretes, e até escritos no batente da porta das casas e nas portas das suas cidades.” (Dt.
6.4-9).

Família é um organismo vivo e dinâmico caracterizado por relacionamentos que, como já vimos acima,
deixam marcas na alma e no coração das pessoas. Quando essas relações são sadias, elas atuam para
resolver questões materiais, sociais, culturais, espirituais e afetivas. Porém, quando se trata de vínculos
tóxicos, provocam mortes, traumas e distúrbios. Necessitamos urgentemente da ajuda do Espírito Santo
para compreendermos como ter um lar curado para que os filhos cresçam sadios.
Ao decidir casar e formar uma família, assume-se a tarefa de criar os filhos. A melhor coisa a fazer é
convidar ao Senhor para que, por meio de Sua Palavra, sejamos orientados no desafio de prepararmos
nossos filhos para que sejam flechas nas mãos do valente e para que o nome do Senhor seja glorificado na
vida deles.
No contexto familiar, a criança adquire conceitos relativos aos costumes, valores, comportamentos e
normas dos pais. Isso influenciará suas atitudes e o modo como ela lidará com as situações da vida. É por
isso que imprescindível que os pais assumam a responsabilidade pela criação de seus filhos (a escola,
igreja e a babá podem apenas colaborar, não devem exercer a função principal).
“Mostre a direção da vida para seus filhos — e, mesmo quando forem velhos, eles não se perderão.” (Provérbios 22.6).

O tempo gasto com inutilidades na internet, por exemplo, impede os pais de orarem com seus filhos e de
proporcionar um tempo de qualidade em família (Dt 6.4-9). Educar dá trabalho e exige dedicação! Invista
recursos no crescimento de seus filhos! Existem pais que preferem consumir coisas supérfluas a investir na
educação dos filhos. Não despreze este momento da vida! Não faltam relatos de pais que dizem: O tempo
voa! Daríamos tudo pra voltar e fazer as coisas da maneira correta. É preciso viver cada fase com
responsabilidade e sabedoria.
Mesmo que um filho chore por não querer frequentar a igreja, os pais devem levá-lo. É melhor vê-lo chorar
agora do que terem de chorar por ele no futuro.
A figura do pai (não necessariamente biológico) representa autoridade, ele é quem estabelece os limites e
ajuda na separação da ligação primária com a mãe. Um pai presente colabora para que os filhos sejam
mais afetuosos, ajudando a descobrir novas perspectivas e ser mais independente. Filhos rejeitados
tendem ao egoísmo e à agressividade.
O relacionamento afetivo entre a mãe e o bebê é essencial para a formação da personalidade e dos valores.
Essa afetividade começa desde a gestação. Uma criança amada e criada com limites desenvolve autoestima
e autonomia, o contrário gera distúrbios e traumas.
Cada lar precisa ser um local de abrigo e refúgio. O cristão não pode aceitar uma realidade diferente dessa,
pois Deus projetou a família para ser uma bênção, não um mal.
Aquilo que os pais fazem tem mais impacto sobre os filhos do que qualquer palavra. É fundamental que as
ações estejam alinhadas com as palavras. Lucas destacou que Jesus ensinava, mas também fazia (At 1.1).
Antes de respondermos à pergunta se a nossa família vai bem, uma outra pergunta deve sempre nos vir à
mente: O que temos ensinado aos nossos filhos por meio das nossas atitudes?

Aplicação

A família tem um papel importantíssimo na formação dos indivíduos e na construção da sociedade.


Um lar desestruturado provoca inúmeros problemas sociais e produz desarmonia na vida das pessoas.
Esses são alguns motivos que levam Satanás a combater a família por meio de divórcios, infidelidades e
conflitos entre pais e filhos. É preciso vigiar e orar para que Deus seja glorificado em cada casa. Que as
palavras de Josué sejam o lema dos lares cristãos (Js 24.15). Um dos principais objetivo dessa série de
estudos é que cada família de nossa igreja, e também de nossa sociedade possa responder sempre com o
coração sincero e cheio de alegria em Cristo: “Minha Família? Vai muito bem, pois Jesus reina em
minha casa!”

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