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O Bloqueador de Comunhão

Pr. Fernando Fernandes

PIB Penápolis, 15/08/2007


1
Há uma infinidade de situações
que dificultam ou bloqueiam a
vivência em comunhão na
igreja.
Já estudamos sobre o tema em
anos anteriores, mas desejo
retomar a idéia, estudando
especificamente sobre os
complexos. 2
O complexo é um violento e cruel
bloqueador da comunhão cristã
e da boa vivência social.
Complexo é o conjunto de
representações ou idéias
estruturadas e caracterizadas
por forte impregnação
emocional reprimida, que
determina atitudes e
comportamentos. 3
O termo foi criado pelo psicólogo
C. G. Jung e é usado para
definir uma estrutura psíquica
bombardeada por emoções
confusas, que afetam e
interferem em todos os
aspectos da vida da pessoa.
O complexo se estabelece a
partir das relações
interpessoais, desde a infância.
4
Um complexo pode desencadear
algumas patologias sérias tais
como:
a) Obsessão – Introjeta culpa
excessiva.
b) Paranóia – Mania de
perseguição.
c) Narcisismo – Idéias de
superioridade.
d) Dependência – sensação de
inferioridade. 5
Desejo estudar sobre duas
situações que, com certeza,
atuam no processo de
bloqueio da comunhão cristã e
da boa vivência social.
Estes dois complexos são os de:
1. Superioridade.
2. Inferioridade.
6
1. Complexo de Superioridade:
Seus sintomas mais comuns são:
a) Falta de modéstia.
b) Auto-valorização excessiva.
c) Julgamentos ácidos e
percepção de defeito em tudo e
em todos.
d) Holofotes voltados para si
mesmo.
7
Quem tem este complexo faz de
tudo para parecer melhor do
que é e do que os outros.
Também age como juiz
implacável ao condenar
qualquer pessoa que não
satisfaça as normas criadas em
sua própria mentalidade
distorcida. 8
Normalmente é um exibicionista
e propalador de suas próprias
habilidade.
Na verdade, são pessoas com
sérios problemas de
relacionamentos, que não
aprenderam a respeitar e a
valorizar o outro.
São carentes de amor e de
afetividade. 9
De modo geral, na infância, tais
pessoas nunca foram amadas,
mas sempre bajuladas.
Sempre colocadas como o centro
das atenções, como que
debaixo de um holofote, e
crescem com esta distorção na
mente, não amadurecendo os
conceitos de partilha e de
mutualidade. 10
A Bíblia apresenta exemplos de
pessoas com complexo de
superioridade.
No AT, temos o grande General
Naamã, 1 Reis 5.10-12.
No NT, temos o fariseu que orava
na Sinagoga, Lucas 18.9-14.
Esperavam, pela posição social,
religiosa ou auto-valorização,
“maior” consideração. 11
Não é fácil lidar com pessoas
assim.
É quase impossível ter e
preservar comunhão diante de
tais atitudes, que revelam uma
mentalidade distorcida e
atrofiada pela arrogância.
Não se estabelece comunhão a
partir de bajulação, mas de
amor, consideração e respeito
mútuos. 12
Para quem tem complexo de
superioridade e, com suas
atitudes, atua como bloqueador
da comunhão cristã a Bíblia
orienta:

13
“Ninguém tenha de si mesmo um
conceito mais elevado do que
deve ter; mas, ao contrário,
tenha um conceito equilibrado,
de acordo com a medida da fé
que Deus lhe concedeu.”

Romanos 12.3
14
“Da mesma forma, jovens,
sujeitem-se aos mais velhos.
Sejam todos humildes uns para
com os outros, porque “Deus se
opõe aos orgulhosos, mas
concede graça aos humildes”.
Portanto, humilhem-se debaixo
da poderosa mão de Deus, para
que ele os exalte no tempo
devido.”
1 Pedro 5.5-6 15
“Tenham uma mesma atitude uns
para com os outros. Não sejam
orgulhosos, mas estejam
dispostos a associar-se a
pessoas de posição inferior.
Não sejam sábios aos seus
próprios olhos.”

Romanos 12.16 16
À luz da Bíblia, nada justifica o
complexo de superioridade.
Naamã teve que se humilhar para
receber cura e salvação, e para
participar na comunhão da fé.
O fariseu não foi justificado.
Cada um de nós, se desejamos a
comunhão cristã, necessitamos
de libertação deste complexo. 17
Devemos colocar nossas vidas
nas mãos de Deus, para que
sejamos curados do narcisismo
que nos faz desejar ser
bajulados e permanecer
debaixo dos holofotes nos
relacionamentos.
Comunhão se estabelece em
amor e em mutualidade
abençoadora.
Amém. 18

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