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Alguém está quebrando o

princípio da comunhão.

Lucas 22.7-23

Pr. Fernando Fernandes

PIB em Penápolis, 05/08/2007


1
Comunhão é ajuntamento. É
unidade entre partes
comprometidas na preservação
das relações interpessoais.

É um compartilhar de amizade,
baseada no conhecimento
mútuo, que permite a
permanência no convívio entre
os cristãos. 2
Esta narrativa da primeira ceia
relata um dos momentos de
maior intimidade entre Jesus e
seus discípulos, em especial
com os 12 apóstolos.
Mas também relata, de maneira
clara, que alguém, um dos
amigos íntimos de Jesus,
estava quebrando o princípio da
comunhão entre eles. 3
Devemos tirar lições deste texto
para não cometermos o mesmo
pecado, não assumindo a
maldita responsabilidade pela
renúncia do vínculo de unidade
espiritual que deve pairar sobre
nós na igreja.
Vejamos...
4
1. A Páscoa é uma celebração de
Comunhão – vs. 7-8:
Em Êxodo 12 Deus estabelece os
parâmetros para a Páscoa.
A festa exige unidade entre
família e famílias, vs. 3-4, como
memorial de libertação e da
vitória do Cordeiro de Deus
sobre a morte, na vida do seu
povo, vs. 12-13. 5
Como cristãos, celebramos a
Cristo, o Cordeiro pascal de
Deus em nossas vidas, 1
Coríntios 5.7, que nos liberta do
pecado e nos concede vitórias
sobre as “pragas” existenciais,
sociais e morais que
impediriam a nossa comunhão.
Celebramos a Cristo em
comunhão e em unidade
espiritual. 6
2. Nesta celebração se deve
partilhar – vs. 17:

Jesus ordena a partilha, a


distribuição voluntária,
conscienciosa, igualitária e
amorosa do pão e do vinho, que
representam seu corpo e
sangue derramado por nós na
cruz, para a nossa salvação. 7
Repartir os elementos da ceia
significa que temos certeza de
salvação e da libertação da
maldição do pecado.
Significa também que temos uma
vívida esperança de que
estaremos nos céus com Jesus,
celebrando como ele, em plena
comunhão espiritual com os
demais irmãos, vs. 18 e 30.
8
Partilhar é fazer do outro
participante da minha vida e do
meu coração.
É adentrar às emoções do irmão
com os meus sentimentos mais
sinceros e benfazejos.
É experimentar a unidade da fé
que pacifica o coração e irmana,
em Cristo, pessoas tão distintas
entre si. 9
Para nós, na igreja, partilhar deve
ser confiar no outro, podendo
pensar em voz alta, sorrir e
chorar em público, expressando
uma entranhável e amorável
afetividade, que nos amalgame
no coração, na alma e no
espírito e na comunhão em
Cristo Jesus. 10
Porém...

11
3. Alguém está quebrando o
princípio da comunhão – vs. 21:
Infelizmente, nem entre Jesus e
seus mais íntimos amigos foi
possível unidade inviolável.
Havia um traidor entre eles.
É fato que a morte de Jesus era
propósito divino, vs. 22, mas o
traidor é um traidor, sempre. 12
O termo que Jesus usa, que
aprece em outras Bíblias como
“aquele que entrega”, significa,
literalmente, “o traidor”.
Também merece destaque o
tempo verbal. Jesus fala no
“presente contínuo”, que indica
que a ação está sendo
executada naquele momento. 13
Porém, o fato mais relevante é a
afirmação de Jesus ao dizer que
a mão do traidor estava junto
com a dele na mesa.
Esta afirmação ressalta a
enormidade da traição.
Uma pessoa íntima de Jesus, que
participava da comunhão, mas
que não era digna da
convivência e das experiências
conjuntas. 14
A traição se destaca como um
ato horrível, pois somente um
vilão, um crápula da pior
espécie e sem nenhum caráter,
trairia desta forma o seu amigo
e anfitrião.
Um traidor assim não ficaria
isento de culpa diante de Deus
e dos demais comungantes,
vs. 22. 15
Todos foram afetados e
prejudicados.
A comunhão foi partida entre
todos por uma só traição.
Todos ficaram consternados e
tomados de autocrítica na
busca do traidor, olhando para
dentro de si mesmos, vs. 23.
16
Alguém quebrara o princípio da
comunhão e todos padeciam
com tal atitude insana.
Amados, na igreja também é
assim.
Devemos celebrar em comunhão.
Devemos partilhar vida, fé
esperança, vitórias, bênçãos,
cura, milagres e salvação. 17
Mas, como no texto, alguém
sempre está quebrando o
princípio da comunhão e
amaldiçoando a todos.
Quem será este traidor que está
agindo com tamanha sordidez
agora?
Será que não sou eu mesmo?
Que Deus se apiede de mim.
Amém. 18

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