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ORAÇÃO PREPARATÓRIA

Oh, Coração amável de

A Doutrina
Jesus, Coração puríssimo e
santíssimo, todo cheio de amor,

da Igreja
Coração onde reinam todas as
perfeições e virtudes, Vós

sobre os
mereceis o amor de todos os
corações. Destruí, no meu
coração, todas as afeições que

Santos
me impedem de ser todo Vosso.
Eu Vos amo, oh, meu Jesus, e
não quero amar senão a Vós.
A comunhão dos Santos
Em todos os Domingos, sempre que rezamos o
Creio, nós, católicos, um dos “creios” que re-
petimos é “na comunhão dos santos”. Comu-
nhão esta que tem dois significados intima-
mente ligados: a comunhão das coisas santas e
a comunhão das pessoas santas.

“Como a Igreja é governada por um só e


mesmo Espírito, todos os bens por ela recebi-
dos tornam-se necessariamente um fundo
comum”, diz o Catecismo Romano. Esses bens
são, em primeiro lugar, sacramentos e carismas
— dons especiais distribuídos pelo Espírito
para o bem comum.

Por outro lado, há a comunhão das pessoas


santas. Nosso Senhor jamais quis uma religião
do “Eu Sozinho”. Desde o princípio, Deus
reuniu um povo, seu povo, seu Israel. As ima-
gens bíblicas da Igreja sempre aludem a uma
comunidade de fiéis, nunca uma individualida-
de. Rebanho, Jerusalém, pedras de uma cons-
trução, membros de um corpo.

1. Cat Rom 1, 10, 24, p. 119.


O corpo místico de Cristo
Uma das mais belas e mais significativas ana-
logias relativas à comunidade dos fiéis é a que
São Paulo faz, comparando-a a um corpo
humano.
"Pois, como em um só corpo temos muitos
membros e cada um dos nossos membros tem
diferente função, assim nós, embora sejamos
muitos, formamos um só corpo em Cristo, e
cada um de nós é membro um do outro." [2]
Através desse corpo, os membros se comuni-
cam, todos unidos à cabeça, que é Cristo. Nós,
os fiéis, somos seu corpo. E seria absurdo dizer
que Cristo possui um corpo no céu e outro na
terra [3]. A morte não nos separa [4]. Todos os
cristãos são seus membros, sejam aqueles que
estão no céu, sejam os que estão na terra.

A mediação de Cristo,
a dos santos e a nossa
“Há um só Deus, e um só Mediador entre Deus
e os homens” [5]. E de forma alguma a inter-
cessão dos santos nega a mediação de Cristo.

2. Rm 12, 4-5.
3. Ef 4,4 e Cl 3,15 deixam explícito que há um único corpo.
4. Rm 8, 35-39.
A mediação de cristo
A Igreja jamais negou o papel de Cristo como
único mediador entre Deus e os homens [6].
Somente Nosso Senhor foi capaz de vencer o
abismo do pecado que nos separava de Deus e
que nenhum santo pode cumprir esse papel.
Nenhum cristão, santo ou não, pode ocupar a
função de Cristo como Mediador. E a interces-
são dos santos, ao invés de contradizer tal
função, a supõe. Ou seja, por causa da media-
ção de Cristo, pode haver a intercessão dos
santos.

A dos santos e a nossa


E isso vale para qualquer pedido de oração,
seja ele feito a alguém que já goza da presença
de Deus no céu, seja ele feito a alguém que
ainda vive aqui na terra.

Quem nunca pediu a alguém uma oração por


um motivo especial? Quando um ente querido
está doente ou prestes a passar por uma,

5. 1 Tm 2, 5.
6. Catecismo da Igreja Católica, 480.
uma das nossas primeiras atitudes é pedir a
alguém que confiamos uma prece por aquela
intenção.

E na mesma carta que São Paulo escreve a Ti-


móteo referindo-se a Cristo como único me-
diador, o Apóstolo ordena que se façam preces,
orações, súplicas, ações de graças por todos os
homens, pois isto é bom e agradável diante de
Deus [7].

Percebe que há uma incoerência quando se re-


prova a intercessão dos santos, afirmando que
o único mediador é Cristo, se, ao mesmo
tempo, pede-se a outros cristãos sua interces-
são?

A ULTIMA OBJEÇÃO
Em geral, a última objeção levantada é a de
que os fiéis que já morreram estão dormindo
ou de que os que estão no céu desconhecem o
que se passa aqui na terra. Pena que o Apoca-
lipse, o único livro bíblico que nos relata uma
visão do céu, discorda.

7. 1 Tm 2, 1.3
Em trechos distintos [8] vê-se os santos diante
do Trono do Cordeiro cantando hinos de
louvor e oferecendo as orações dos santos na
terra que sobem como fumaça de incenso. E,
claro, para fazerem tudo isso precisam estar
acordados.

Por isso a Igreja afirma que a nossa união com


nossos irmãos que faleceram em amizade com
Deus não cessa com sua morte.

A união dos peregrinos com os irmãos adorme-


cidos na paz de Cristo, longe de se romper,
pelo contrário, se acha reforçada pela comuni-
cação dos bens espirituais, conforme a imutá-
vel crença recebida na Igreja. Do fato de sua
íntima união com Cristo, mais ainda confir-
mam os bem-aventurados na santidade a Igreja
inteira, e de várias maneiras contribuem na
crescente obra de sua edificação (cf. 1Co
12,12-27). De fato, uma vez acolhidos na
pátria celeste e permanecendo junto do Senhor
(cf. 2Co 5,8), por ele, com ele e nele não
cessam de interceder por nós junto ao Pai. [9]

8. Ap 5, 8 e 8, 3-4
9. Indulgentiarum Doctrina, 4-5, 4-5
Uma amizade entre
o céu e a terra
A união do Corpo Místico de Cristo rompe as
barreiras do espaço — físico e espiritual. Assim
como posso pedir a um amigo que ore por mim
mesmo estando a centenas de quilômetros de
distância, também posso pedir a um amigo ce-
leste que rogue a Deus por mim, por alguma in-
tenção especial. E mesmo fisicamente distantes,
a oração nos aproxima mais do que se estivésse-
mos no mesmo local.

Estamos falando de amigos especiais. Nossos


pais sempre se preocuparam com nossas amiza-
des, com quem andávamos, com medo de
sermos influenciados e levados para o “mau ca-
minho”. Digamos que a Igreja, nossa mãe, resol-
veu este problema.
Quando canoniza um fiel, “a Igreja reconhece o
poder do Espírito de santidade que está nela, e
ampara a esperança dos fiéis, propondo-lhes os
santos como modelos e intercessores” [10].
Em outras palavras, ela nos oferece bons
amigos, que praticaram heroicamente as virtu-
des e viveram na fidelidade à graça de Deus [11].

10. Lumen Gentium, 40


11. Catecismo da Igreja Católica, §828
AMIGOS PARA TODOS OS GOSTOS
Homens e mulheres; jovens, adultos e idosos;
leigos, religiosos e sacerdotes; solteiro, celibatá-
rio ou casado. Não faltam opções de bons
amigos, para todos os gostos.

E aqui está uma solução, ou melhor, um consolo


para uma grande carência que vemos nas nossas
paróquias: a falta de bons sacerdotes.Mas nossa
esperança é amparada à luz dos nossos amigos
sacerdotes que já contemplam a Deus face a
face.

Quem não se enche de esperança ao deparar-se


com um Dom Bosco, um São Josemaria Escrivá,
um São Padre Pio, um São João Maria Vianney?

É justo e necessário também recorrer a estes


amigos sacerdotes, pedindo a intercessão por
nossos padres.
Fica aqui um desafio: escolha um sacerdote
santo de sua preferência e faça à ele uma prece
por seu pároco ou algum outro padre que lhe seja
próximo.

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