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Doutrina do pecado

Hamartiologia – Doutrina do Pecado


“O pecado é um estado mau da alma ou da personalidade”
(Langston)*
“Incluímos nessa definição os resultados desse estado, isto é
atos pecaminosos” (Langston)*
“Pecado é qualquer coisa contrária ao caráter de Deus” (Ryrie)
“Pecado é a falta de conformidade com a lei moral de Deus,
seja em ato, disposição ou estado” (Berkhof)

* O conceito é incompleto por deixar de mencionar Deus, que é contra quem o


pecado é cometido
Hamartiologia – Doutrina do Pecado
O conceito de pecado, envolve os seguintes aspectos:
1) O pecado é algo contra Deus. (Rm 2.14-18)
2) O pecado inclui o estado da alma e seus efeitos (Rm 8.7)
3) O pecado envolve culpa (Rm 7.7)
4) Apenas criaturas racionais pecam (segundo Severa)
Hamartiologia – Doutrina do Pecado
A origem do pecado
(Gênesis 3)
Deus não é o autor do pecado, nem quem introduz o
pecado no coração do homem.
O pecado passa existir potencialmente a partir do
mandamento de Deus
O pecado é introduzido no coração do homem, a partir
de um influência externa (a serpente)
Hamartiologia – Doutrina do Pecado
A capacidade do homem desobedecer a um mandamento de
Deus, demonstra que o homem é um ser livre, capaz de fazer
algo contrário a vontade de seu criador.
Apesar dessa liberdade ser limitada por fatores internos e
externos.
Ex. Quando Deus diz “de toda árvore poderá comer
livremente” Ele está conferindo liberdade ao homem.
Quando Deus diz “mas não coma da árvore do conhecimento
do bem e do mal” Ele está restringindo essa liberdade.
Hamartiologia – Doutrina do Pecado
Quando o homem desobedece a ordem de Deus, e decide
comer do fruto, isso é liberdade. Mas ao mesmo tempo o
texto evidencia limitação dessa liberdade por dois fatores:
1) O homem ter sido influenciado pela serpente.
2) Deus ter punido o homem por sua decisão, e o homem não
ser capaz de se livrar do castigo.
Hamartiologia – Doutrina do Pecado
Hamartiologia – Doutrina do Pecado
Hamartiologia – Doutrina do Pecado
As consequências do Pecado:
1) Separação do homem com Deus
2) Corrupção da natureza humana
3) Consciência de culpa
4) Distúrbios sociais
5) Sofrimento
6) Morte
7) Condenação
Hamartiologia – Doutrina do Pecado
Podemos resumir em:
Morte espiritual (separação de Deus)
Morte física (separação da alma do corpo)
Morte eterna (condenação)
Hamartiologia – Doutrina do Pecado
Teoria da mudança constitutiva do homem pelo pecado

Uma vertente da interpretação tricotomista entende que:


O homem foi criado tricotomista: corpo, alma, espírito
Após o pecado o espírito do homem morreu, sendo o homem
caído dicotomista: apenas corpo e alma
Quando a pessoa se converte seu espírito é revivificado,
voltando a ser tricotomista.
A Universalidade do Pecado.
O pecado original_ Doutrina que entende que o pecado de
Adão é transmitido a toda a raça humana, pelo fato de toda a
raça humana está representada em Adão, e todos serem
descendentes de Adão.

Romanos 5.18,19
A Universalidade do Pecado.
Outras concepções:
“O homem é bom por natureza, porém a sociedade
que o corrompe” (Rosseau)

“O homem nasce mau, a menos que precise ser bom”


(Nicolau Maquiavel)

“O homem nasce como uma tábula rasa”


(Locke)
A Universalidade do Pecado.
Doutrina da total depravação humana_ Entende que o
homem é naturalmente, e completamente mal. Sendo incapaz
de fazer qualquer bem por si só, sendo qualquer ato de
bondade do homem entendido como vindo não de sua própria
natureza, mas sim da influência divina em sua vida.

Gênesis 8.21
Romanos 3.9-18; 7.18-19
A Universalidade do Pecado.
A Universalidade do Pecado.
A controvérsia Pelagiana sobre o pecado (séc V)

Para Pelágio a queda do homem não foi total, apenas parcial.


Rejeita que a natureza humana esteja comprometida pelo
pecado, e que haja qualquer pré-disposição para pecar.
Portanto o homem tem total “Livre-arbítrio” não havendo
“desculpa para o pecado” sendo este entendido como um ato
totalmente voluntário contra Deus.
A Universalidade do Pecado.
Agostinho
Precisou lutar contra duas heresias existentes em seu tempo
sobre a relação do pecado e livre arbítrio: O maniqueísmo e o
pelagianismo.
O Maniqueísmo, não atribuía liberdade alguma ao homem,
nem responsabilidade sobre suas ações.
Já o Pelagianismo enaltecia o Livre-arbítrio humano de tal
forma que coloca o homem como auto suficiente, podendo
inclusive vencer o pecado por suas próprias forças. Negando
assim a soberania divina, e a necessidade de um salvador.
A Universalidade do Pecado.
Originalmente, o maniqueísmo, prega a existência de duas
forças superiores. Uma do bem, outra do mal. Todas as ações
do homem são resultados da ação de uma dessas forças, não
sendo o homem responsável por estar sob influência de
qualquer uma delas, nem sendo capaz de as resistir.
O próprio Agostinho era adepto do Maniqueísmo, antes de se
converter ao Cristianismo, e lutou contra a influência desse
pensamento em si próprio. Conforme ele mesmo expressa na
obra “Livre-arbítrio”.
A Universalidade do Pecado.
A influência Maniqueísta sobre o pensamento cristão geraram
duas linhas fatalistas:
1) Fatalismo dualista_ Entende que se o homem faz o bem, é
por que Deus agiu, se o homem faz o mal, é por que o diabo
agiu. Não tendo o homem responsabilidade alguma sobre
suas ações.
2) Fatalismo monergista_ Entende que por Deus ser soberano,
é responsável por tudo que o homem faz, tanto o bem
quanto o mal. Não existindo qualquer liberdade por parte
quer do homem, quer de outra criatura
Hamartiologia – Doutrina do Pecado

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