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A Natureza Humana em
Seu Quádruplo Estado
Pensamentos sobre a Visão de Agostinho da Vontade
por
Ernest Reisinger
Estes quatro estados, que são derivados das Escrituras, correspondem aos
quatro estados do homem em relação ao pecado enumerados por Agostinho
de Hipona: (a) capacidade para pecar, capacidade para não pecar (posse
peccare, posse non peccare); (b) incapacidade para não pecar (non posse
non peccare); (c) capacidade para não pecar (posse non peccare); e (d)
incapacidade para pecar (non posse peccare). O primeiro estado
corresponde ao estado do homem na inocência, antes da Queda; o segundo
estado do homem natural após a Queda; o terceiro estado do homem
regenerado; e o quarto do homem glorificado.
Deve ser notado que em todos os quatro estados, o homem é livre para
escolher o que fazer ou não de acordo com sua vontade. Sua vontade é
livre porque ela não é forçada ou compelida por algo exterior. Todavia, sua
vontade é determinada por suas próprias inclinações morais. Isto significa
que enquanto o homem glorificado sempre escolherá fazer o bem porque a
inclinação do seu coração será sempre a de glorificar a Deus; o homem
natural caído sempre fará o que é mal (aos olhos de Deus), porque seus
motivos nunca são puros, e jamais glorificam a Deus.
Antes da Queda, o homem era capaz de escolher fazer tanto o bem como o
mal, seu coração, e assim sua inclinação e disposição, sendo inocente e não
corrompido pelo pecado. Mas o estado de Adão era mutável e quando
Satanás tentou Eva, e então através de Eva, o tentou, ele escolheu pecar
contra Deus comendo o fruto proibido e assim caindo do estado de
inocência.
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A capacidade original do homem incluía tanto o poder para não pecar como
o poder para pecar ( posse non peccare et posse peccare ). No pecado
original de Adão, o homem perdeu o posse non peccare (o pode para não
pecar) e reteve o posse peccare (o poder para pecar) - o qual ele continua
a exercer. Na concretização da graça, o homem terá o posse peccare
retirado e receberá o mais alto de todos, o poder para não ser capaz de
pecar, non posse peccare. Cf. On Correction and Grace XXXIII.
- os filhos de Deus são movidos por Seu Espírito para fazer tudo o que é
para ser feito.
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- eles são trazidos por Ele, de um estado involuntário para serem feitos
dispostos.
- desde a queda é devido somente a graça de Deus que o homem
aproxima-se dEle.
- é devido somente esta mesma graça que Deus não retrocede ou retira-Se
dele.
- nós sabemos que nenhuma coisa boa que é nossa, pode ser achada em
nossa vontade.
- pela magnitude do primeiro pecado, perdemos a liberdade da vontade
para crermos em Deus e vivermos vidas santas.
- portanto "não depende de quem quer, nem de quem corre" - não porque
não devamos querer ou correr, mas porque é Deus que efetua tanto o
querer como o efetuar.
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