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Estudo 09 - Do Livre-arbítrio

Precisamos entender o significado de livre-arbítrio para compreender o assunto.


Deus criou o homem com a capacidade de tomar decisões e assumir as responsabilidades
dos seus atos. Há uma lei espiritual que afirma: Tudo que o homem semear ele vai colher.
Definir o que é a vontade humana é um imenso desafio. Charles Hodge aponta que
existe um sentido amplo e restrito do termo "vontade" no que se refere ao homem. Em seu
sentido amplo, envolve todos os nossos desejos, nossas afeições e até mesmo nossas
emoções. Isso engloba as coisas que queremos, o que desejamos, poderíamos fazer ou
poderíamos nos tornar. Em seu sentido restrito, envolve o poder de autodeterminação. É
aquela parte de nós que decide as coisas e faz escolhas. Isso significa que o termo
"livre-arbítrio" pode, no sentido amplo, ser verdadeiramente livre para decidir o que mais
desejamos, enquanto no sentido restrito está limitado pela nossa condição decaída.
Contudo, nossa aplicação sobre o tema livre-arbítrio é espiritual ou com respeito a
sua salvação. Se Jesus Cristo veio para buscar e salvar o perdido é porque o perdido
jamais poderia se salvar por si mesmo. A salvação vem de Deus. Antes do pecado original,
Adão tinha um livre-arbítrio: a capacidade de pecar ou não pecar. Ele optou por pecar e
morreu espiritualmente, ou seja, perdeu completamente a sua vontade de fazer e desfrutar
da vida com Deus. Esse pecado passou a toda a sua descendência, e o pecado e a morte
se tornaram universais.
A. W. Pink diz: "A vontade não é livre [...] as afeições amam como amam e a
vontade escolhe como escolhe por causa do estado do coração, e [..] o coração é enganoso
acima de todas as coisas e desesperadamente corrupto. A vontade não é soberana; ela é
serva, pois é influenciada e controlada pelas outras faculdades do ser humano. A vontade
não é livre, pois o homem é escravo do pecado". Quem comete pecado é escravo do
pecado.
A natureza do homem pecador está morta espiritualmente. Ele não vai em direção a
Deus, mas caminha em direção oposta. Uma coisa é a livre agência, ou a liberdade de
tomar decisões circunstanciais. J. Blanchard diz: "Se um homem pudesse desejar ele
mesmo ser salvo, com a mesma facilidade poderia mudar de ideia e desejar perder a
salvação. O mito do livre-arbítrio do homem é desfeito pela simples estatística de que todos
os homens, por natureza, decidem-se contra Deus".
A Confissão de Fé em relação ao ensino bíblico acerca da vontade humana em
quatro estados: inocência, natural, regenerado e glorificado. Vejamos com atenção.

1. “Deus dotou a vontade do homem de tal liberdade natural, que ele nem é forçado
para o bem ou para o mal, nem a isso é determinado por qualquer necessidade absoluta da
sua natureza."

1.1. A expressão: "Deus dotou a vontade do homem de tal liberdade natural" indica
que o homem é diferente das outras espécies criadas?
1.2. Deus nos fez agentes livres com poder natural de agir de acordo com o que
desejamos e cremos ser verdadeiro e o melhor para nós?

1.3. Deus responsabiliza o homem por suas decisões? (João 5:40; Mateus 17:12;
Atos 7:51; Tiago 4:7)

2. "O homem, em seu estado de inocência, tinha a liberdade e o poder de querer e


fazer aquilo que é bom e agradável a Deus, mas, mutavelmente, de sorte que pudesse
decair dessa liberdade e poder."

2.1. O homem em seu estado de inocência, sem pecado, tem o livre-arbítrio para
pecar ou não? (Eclesiastes 7:29; Gênesis 1:26 e 2:16,17 e 3:6)

2.2. O homem foi criado num estado de santidade e também imortal? (Gênesis
2:16,17)

2.3. Esse estado de santidade e imortalidade era imutável ou poderia ser mudado?
(Gênesis 2:16,17)

3. "O homem, caindo em um estado de pecado, perdeu totalmente todo poder de


vontade quanto a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação, de sorte que um
homem natural, inteiramente adverso a esse bem e morto no pecado, é incapaz de, pelo
seu próprio poder, converter-se ou mesmo preparar-se para isso."

3.1. Quando o homem pecou ele morreu espiritualmente e perdeu toda a sua
vontade para as coisas espirituais? (Gênesis 2:17; Romanos 5:6; e 8:7,8; 3:9-18; Efésios 2:1)
3.2. O homem morto espiritualmente pode querer ou decidir acerca da salvação?
(Colossenses 2:13; João 6:44, 65; 1 Coríntios 2:14; Tito 3:3-5)

3.3. Você foi convertido quando quis ou quando Deus quis? (João 3:8; 6:37 e 44)

4. "Quando Deus converte um pecador transfere para o estado de graça, ele o


liberta da sua natural escravidão ao pecado e, somente pela sua graça, o habilita a querer e
fazer com toda a liberdade o que é espiritualmente bom, mas isso de tal modo que, por
causa da corrupção, ainda nele existente, o pecador não faz o bem perfeitamente, nem
deseja somente o que é bom, mas também o que é mau."

4.1. Quem é o autor da salvação e quando é que ele salva um pecador?

4.2. Por que a salvação é comparada com uma libertação espiritual? (Colossenses
1:13; João 8:34, 36)

4.3. Quem é que cria no pecador o querer e fazer a vontade de Deus? Explique
Filipenses 2:13.

4.4. O salvo está livre da escravidão do pecado, mas não da sua presença. O que
isso gera dentro dele? (Gálatas 5:17; Romanos 7:15, 21-23; 1 João 1:8-10)
4.5. Você tem lutas contra pecados específicos e muitas vezes não consegue deixar
de praticá-los?

5. "É no estado de glória que a vontade do homem se torna perfeita e imutavelmente


livre para o bem só."

5.1. Quando a vontade do homem se tornará perfeita? (Efésios 4:13; Judas 1:24; 1
João 3:2)

5.2. Você sabia que o cristão pode ter uma vida vitoriosa hoje, pelo poder do Espírito
Santo? (Romanos 8:1,2 e 12,13; Gálatas 5:16,17)

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