Você está na página 1de 3

Leonardo:

As vias metafísicas para provar a existência de Deus são totalmente válidas,


porém também é conveniente expormos as provas morais, ou seja, argumentos que
têm por início de partida o comportamento do homem.
Podemos considerar três argumentos morais:
1) As aspirações do ser humano;
2) O senso moral ou a responsabilidade;
3) O consenso universal da religião.
O homem possui aspirações fundamentais que não encontram respostas
concretas na vida terrena, entre elas podemos citar um desejo irretorquível de
felicidade, justiça, verdade e amor.
Algo que impede o homem de ser feliz plenamente na contemporaneidade é a
carestia das criaturas e a certeza da morte; não importa quanto sucesso o homem
alcance, esse sucesso será acompanhado de decepções pois por mais que as
realizações (profissionais, acadêmicas, pessoais e etc.) sejam um bem, ainda assim
são muito pequenas comparadas às aspirações fundamentais e inevitavelmente “à
mente de todo homem afloram certas perguntas espontâneas e inevitáveis: Donde
venho? Para onde vou? Qual o sentido desta existência aqui na terra?”
(FRONCZAK, 2024, p. 40).
Ruan:
Apresentadas essas questões devemos pensar que o homem por si mesmo,
sem a ideia do divino não pode respondê-las por si próprio pois o ser humano aspira
à justiça, embora ela muitas vezes tende a pender para que o iníquo saia ileso,
aspira também à verdade, mesmo que seja por vezes difícil distinguir entre o que é a
verdade, facilmente a verdade é transmitida como semiverdade ou como sofismas e
finalmente o homem anseia pelo amor, algo que, querendo ou não, não se vive sem.
O amor também é por várias vezes frustrante pois vem mesclado com egoísmo.
Enfim, o homem nutre por toda a sua vida um ideal: procura sempre realizar
algo de concreto na terra, mas de certo toda a realização de qualquer meta que seja
é penosa e em várias vezes frustrante. Dado tudo isso, podemos afirmar que “as
aspirações inatas que o homem traz em si, não podem ser frustradas. Se nada
houvesse que lhes correspondesse, teriam plena razão os que… põem fim a si
mesmos no suicídio.” (FRONCZAK, 2024, p. 40).
Gabriel:
O homem, como já foi exposto, experimenta em si mesmo aspirações
fundamentais e incoercíveis, como tal mostra a necessidade em coisas sensíveis
como por exemplo o ver e ouvir, mas também goza de necessidades de valores e
até coisas que têm muito a ver com o infinito. Com isto ressaltado podemos afirmar
que se o homem têm olhos e pode ver é por causa da luz que existe, e também se
ele consegue ouvir é por que existem os sons, logo isto também se experimenta no
mundo suprassensível, aquela sensação de sede por valores e o infinito vem por
causa da existência de algo que têm estas propriedades por isso nosso sentido é
orientado a isto, ou seja, conclusão pode-se afirmar que somos peregrinos
orientados a este sumo bem onde se encontra o infinito e aquele que têm todos os
valores.

Rafael:

Sendo assim se pode pensar também “mas pode o homem em seu raciocínio
inventar por si mesmo a ideia de algo divino?” A resposta é simples: não; até porque
o homem é incapaz de criar algo que é maior que ele, além do fato de o homem
nascer religioso assim como nasce social, comunicativo, inteligente, livre, etc.

Dessa forma podemos nos fazer a seguinte pergunta “por que o homem é
religioso?” e sendo assim antes de tudo é porque ele é dotado de razão. Procura,
por meio da razão, encontrar na realidade a dimensão do sagrado, permite ver algo
e distinguir objetos se é capacitado da vista, até porque a vista por si só não é
suficiente, ela necessita da razão para exercer sua função por completo, e da
mesma forma é necessário que algo exista para que seja visto. E assim sendo para
que exista religião é necessário que exista um ser transcendente pois se não o
houvesse não haveria religião.

Mateus:

O homem possui escrito dentro de si a necessidade de seguir um senso moral


ou de responsabilidade. Ou seja, o homem não se encontra sem balizas ou
parâmetros, existe uma direção a ser seguida na sua vivência diária. Este parâmetro
é colocado originalmente por Deus nos corações de cada sujeito, para que o homem
não se perca totalmente em suas ilusões.

O senso moral precede o homem em todos os seus aspectos, sejam eles


filosóficos ou de outra importância. O homem busca certezas para sua existência,
não pode suportar uma vida que acabe em um mar indesejado de incertezas. Frente
a esse quadro alarmante e real, volta o olhar para dentro de si e questiona-se
buscando respostas e a própria verdade, que é o Deus escondido que deseja ser
encontrado.

Como guia primordial possui o seguinte posicionamento: pratica o bem e evita


o mal. Assim, os homens das mais diversas gerações caminharam, buscando fazer
o bem e evitando o mal. Agindo de forma contrária a esse posicionamento, o homem
recai, necessariamente, em um profundo egoísmo que o arrasta para um abismo da
tristeza. Note-se que tal posicionamento não diz respeito apenas ao homem cristão,
mas a todos os sujeitos, o que leva a crer que essa lei é verdadeiramente inscrita no
coração do homem.

O homem, portanto, a medida que pratica o bem evita o mal, torna-se feliz,
porque não vive para si. Decerto, é capaz de encontrar-se, pouco a pouco, com o
Deus soberano que a todos conhecem.

A consciência moral, portanto, é uma voz interior que grita ao homem aos
rumos que ele deve tomar, sabendo que o homem é primordialmente feito para fazer
o bem, no entanto, pelo pecado original desvia-se com facilidade dos planos
primordiais de Deus. A lei primordial que provém da moral não é escrita pelo
homem, mas é descoberta nele, portanto deve ser encontrada. No coração de cada
homem, Deus ali está, é o local secreto onde encontra-se o Criador e a Criatura,
abraçando-se e vivendo o posicionamento do pratica o bem e evita o mal.

Ainda que a filosofia, psicologia e outras áreas do conhecimento busquem


compreender o homem, o questionamento sobre a consciência moral, por
conseguinte, pode-se afirmar que é uma prova moral da existência de Deus, à
medida que impulsiona o homem a amar o outro, e no encontro com o outro,
necessariamente, encontra a Cristo, que é verdadeiro homem e verdadeiro Deus.

Você também pode gostar