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O que motiva suas escolhas?

Deus nos dignifica por nos dar a capacidade de tomarmos decisões por conta própria.

Para sermos bem-sucedidos em qualquer coisa, precisamos tomar decisões certa e nos esforçar. "Tudo o
que a tua mão achar para fazer", diz a Bíblia, "faze-o com o próprio poder que tens". (Eclesiastes 9:10) A
Bíblia também diz: "Os planos do diligente seguramente resultam em vantagem" - Provérbios 21:5.

Sabemos que o nosso futuro depende muito de nossas escolhas e que as nossas decisões têm implicações
nesta terra e na eternidade, mas a nossa reflexão prende-se à motivação de nossas escolhas.

O que nos impulsiona a tomar decisões por conta própria?

Para responder a essa pergunta, vamos analisar três cenários bíblicos diferentes onde a liberdade de
escolha se destaca pela força motivadora:

1-O primeiro cenário está na conhecida história do rei Davi, que, ao ver Bate-Seba, a cobiçou. Primeiro ele
a seduziu e depois, quando a mulher engravidou, planejou que seu marido, Urias, o heteu, fosse morto em
batalha. 2 Sm 11.

2-No segundo cenário, vemos dois homens que foram ao templo para orar; um era fariseu, o outro
cobrador de impostos. Quando o fariseu começou a orar, levantou os olhos para o céu e disse: "Deus,
graças te dou porque não sou como os outros homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem como este
publicano" (Lucas 18: 11) . "Jejuo duas vezes por semana; dou o dízimo de tudo o que possuo" (Lucas
18:12).

3-No terceiro cenário vemos o Senhor Jesus no Jardim do Getsêmani, também orando. Enquanto orava, Ele
estava em agonia, e Seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue caindo no chão. As palavras de Sua
oração são pungentes: "Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade,
mas a tua" (Lucas 22:42).

Esses três cenários bíblicos contêm uma chave vital para entendermos por que as pessoas reagem de
maneira diferente, diante da liberdade de escolha, e, como resultado de suas decisões, trazem
consequências não somente a si, mas ao próximo.

Ao examinarmos essas passagens bíblicas podemos ver onde nos encaixamos.

O que motiva a nossa Liberdade de escolha?

Ao sabermos a resposta podemos fazer ajustes necessários.

Sabemos que o comportamento humano é regulado pela sociedade, pela cultura e por leis humanas para
nos manter em ordem. Além disso, há uma escala muito superior que Deus estabeleceu para a conduta
humana. A Palavra estabelece leis que regulam o comportamento do homem, de dentro para fora, de
acordo com a nossa fé e consciência moral.

O Senhor Deus criou cada um de nós com a liberdade de escolha, com controle sobre os nossos
pensamentos, sentimentos e desejos.
Não importa quais sejam as circunstâncias, ainda somos livres para estabelecer um relacionamento com
Deus através de nossas decisões.
Os governos civis podem restringir nossa liberdade de vários modos, mas não podem intervir em nossa fé,
forma de pensar e de sentir.

O nosso relacionamento com o Senhor é determinado pela Liberdade de escolher por conta própria, ainda
que tenhamos prejuízos no segmento social.

Mas a grande pergunta continua: O que motiva e impulsiona as nossas decisões?


Por que faço o que faço?

Os 3 cenários bíblicos apresentados trazem reflexões importantes e podem nos ajudar nas respostas:

1. O rei Davi exerceu sua liberdade quando decidiu agir motivado pela carne. Ele viu Bate-Seba, cobiçou-a,
cometeu adultério e assassinato. Ninguém o obrigou a fazer essas coisas; ele escolheu, em sua própria
liberdade, seguir os desejos de sua natureza pecaminosa. Não há evidência bíblica de que ele tenha
aplicado freios espirituais, dizendo: "Isso está errado; eu não deveria fazer isso."

O tipo de liberdade exercido por Davi é chamado de liberdade carnal. Esse é o tipo mais baixo de
motivação de nossa Liberdade. Simplesmente fazemos o que queremos e esquecemos a dor que causamos
a outras pessoas, além de desobedecermos a Deus.

Aqueles que são motivados pela Liberdade carnal não aplicam freios morais e ou espirituais. Essas pessoas
sempre correrão para o pecado.

Pensemos nos males que existem no mundo. "Será que esses males existiriam se as pessoas usassem freios
morais e espirituais antes de suas ações?

Os homens sem freios espirituais cedem ao instinto carnal: ganância e prazer. Quando a Liberdade humana
é impulsionada pela carne, ela assemelha-se ao comportamento dos animais. Na verdade, uma pessoa que
sempre faz apenas o que quer assemelhasse muito a um animal.

2. O exemplo de Davi contrasta fortemente com o exemplo do fariseu no templo. Sua oração era de
agradecimento por não ser como os outros homens. O fariseu não fez coisas ruins e certamente praticou
coisas boas.

É verdade que o fariseu não era um homem carnal no sentido de paixões e impulsos de prazer pessoal. Ele
também não cometeu crimes. O fariseu viveu uma vida regrada e assim contribuiu para a sociedade. Mas
sua Liberdade era escrava de seu ego enganoso e orgulhoso.

Chamamos esse segundo tipo de liberdade egocêntrica. Quando uma pessoa só pensa em si mesma e
ainda que escolha comportar-se de maneira socialmente aprovada, ela faz isso não pensando no próximo,
mas em seu próprio benefício.

O ego é o comandante que determina o comportamento do indivíduo. As vontades, planos e projetos do


ego formam a força motivadora das decisões desse tipo de pessoa.

3. O terceiro exemplo de liberdade é visto na pessoa de Jesus Cristo. Ele exerceu uma liberdade espiritual
teocêntrica. Deus era o centro de sua vida, de sua missão e de suas decisões. Jesus estava disposto a abrir
mão de direitos e sofrer por outras pessoas, em prol da vontade do Pai Celeste.

Jesus veio a esta terra com uma missão e usou a sua Liberdade para cumprir essa missão.
Quando Jesus orou no Getsêmani, Sua agonia foi real - Seu suor era como grandes gotas de sangue. E
quando Ele estava na cruz, sua dor foi real.

Jesus Cristo escolheu exercer o tipo de liberdade mais importante disponível para a raça humana: a
liberdade teocêntrica.

Esta é a liberdade de agir contra os nossos instintos básicos; é a liberdade de agir contra o próprio ego em
benefício dos outros. É a liberdade de controlar nossos pensamentos, sentimentos e desejos e submetê-los
à vontade de Deus.

Se todas as pessoas fizessem isso, o mundo seria bem diferente. Muitos horrores deixariam de existir.
Resumindo didaticamente, temos 3 forças motivadoras diante das escolhas que fazemos:

 Paixonal, pulsional, carnal;


 Racional e Egocêntrica;
 Espiritual e Teocêntrica.

Pense no que teria acontecido se Davi tivesse escolhido exercer a liberdade espiritual teocêntrica em vez
de apenas satisfazer seus desejos carnais; ele não teria corrompido Bate-Seba cometendo adultério. Ele
não teria assassinado Urias, o heteu, e nem envolvido o seu general, Joabe, no crime. Não teria nenhum
bebê nascido de adultério. Se Davi tivesse usado a Liberdade teocêntrica em vez da carnal ou egocêntrica,
a vida dele e das pessoas ao seu redor teriam um desfecho muito diferente.

Isso significa que muitas coisas ao meu redor podem ser diferentes a partir do uso correto de minha
Liberdade.

E o que teria acontecido se o fariseu tivesse escolhido ser mais humilde, quebrantado...Certamente sua
oração no templo teria sido uma bênção.

Em vez de agradar a si mesmo, cheio de vanglória, o fariseu poderia ter usado a Liberdade espiritual
teocêntrica para fazer a vontade de Deus. Ele poderia ter estendido sua mão em amor e amizade ao
cobrador de impostos orando com ele. Mas, não foi assim que aconteceu.

Cada um de nós tem a liberdade de pensar, de sentir e de agir como quiser. Mas as consequências de
nossas ações geralmente se estendem além de nós mesmos. Vidas são atingidas por nossas decisões.

É preciso fazer escolhas certas diante das propostas da vida.

De que modo usarei a Liberdade que me foi confiada? De forma instintiva/carnal, egocêntrica ou
espiritual?
O crente deve exercer a liberdade de escolha movido pelo Espírito. Ele deve voltar-se para o Senhor, pedir
Sua orientação em qualquer situação e então agir de acordo com a vontade dEle.

À medida que exercitamos a liberdade espiritual, notamos uma mudança em nossas vidas: sentimos a paz
de espírito por estarmos no centro da vontade do SENHOR; percebemos também que as pessoas ao nosso
redor são abençoadas com as nossas decisões.

O nosso desejo e oração é que:


Ninguém nesta congregação entregue o controle de sua Liberdade a outro, senão a Deus. Às vezes, por
nossa própria vontade, fraqueza, medo e ignorância entregamos esse controle ao inimigo. Não faça isso,
você pode perder tudo.

O nosso desejo e oração é que:

Todos nesta congregação tenhamos a nossa Liberdade sempre motivada pelo desejo de fazer a vontade de
Deus.

Pense nisso e que Deus nos abençoe rica e abundantemente. Amém!

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