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AULA 2

Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia
após dia e esperar resultados diferentes - Albert Einstein

DISCUTIR A FRASE

Introdução à discussão: Quando temos consciência de que precisamos mudar alguma coisa
em nossa vida e nos deparamos com essa frase, duas ideias podem vir a nossa mente.

A. A primeira é: não posso continuar fazendo mais isso.


B. A segunda é: a mudança só depende da minha força de vontade.

1. Falsa Narrativa: mudamos por nossa própria força de vontade.


a. Quem já tentou e não conseguiu?

2. Entendendo o que é à vontade:


a. Dicionário Michaelis: A principal das potências da alma, que inclina ou move a
querer, a fazer ou deixar de fazer alguma coisa.
i. Ou seja, a vontade não tem nenhum poder, porque a vontade nada mais
é que “a capacidade humana de escolher entre duas ou mais opções e
decidir por elas”.
ii. Isto significa que algo influencia a minha vontade.
iii.
3. Influenciadores da vontade:

Podemos dizer que existem três influenciadores da vontade: a mente o corpo e o contexto
social.

1. Em primeiro lugar: a mente


a. As idéias que estão em nossa mente criam pensamentos e sentimentos que,
por sua vez, levam a decisões e ações.

2. Em segundo lugar: o corpo


a. O nosso corpo é gerador de impulsos que influenciam nossa vontade.
Quando nosso corpo tem uma necessidade, (de alimento), ele se expressa
por meio de sentimentos (fome), avisando a mente para enviar uma
mensagem para a vontade: “ Providencie alimento agora”. O corpo pode até
funcionar mais ou menos de forma independente da mente, mas isso é uma
exceção à regra.
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b. Pq não é fácil namorar segundo os padrões de Deus? Pq nosso corpo foi


feito para a reprodução e o prazer.

3. Em terceiro lugar: o contexto social (externa)


a. O nosso contexto social injeta ideias em nossa mente e estas por sua vez
vão influenciar a vontade. O contexto social e o corpo estão de certa forma
subordinados à mente que no fim das contas subordina a vontade. ( Rm
12.1,2; Rm 1.18-28; Ef 4.20-24)
b. O caso de Adão e Eva

É assim que, como um cavalo, a vontade tem uma única tarefa: fazer o que o cavaleiro
(a mente, influenciada pelo corpo e pelo contexto social) lhe ordena a fazer. Dessa forma,
transformação – ou a ausência de transformação – não é exclusivamente uma questão de
força de vontade. A transformação tem início quando os influenciadores da vontade são
modificados. A boa notícia é que temos controle efetivo sobre os principais influenciadores da
vontade. A adoção de novas ideias, novas práticas e novos ambientes sociais nos colocam no
caminho da transformação.

4. A NARRATIVA DE JESUS: A TRANSFORMAÇÃO VEM POR VIAS INDIRETAS

Nós não conseguimos mudar dizendo: quero mudar. Precisamos nos engajar em um
processo de transformação que nos propicie novos pensamentos (mente), novos hábitos
(corpo) e novos relacionamentos ou relações renovadas (contexto social). Alcançando essas
mudanças – e elas podem ser alcançadas –, então estaremos no caminho de sermos
semelhantes a Jesus Cristo. Nosso papel é só criar o contexto, o trabalho difícil é fruto da
ação do Espírito Santo de Deus. É nesse sentido que somos transformados por vias indiretas.
Como afirma James Smith “fazemos o que podemos fazer a fim de capacitar-nos a fazer
aquilo que não podemos fazer diretamente”.

5. Os quatro elementos da transformação

Acredito que existe um método confiável de mudar nosso coração. Esse método que não se
baseia na força de vontade envolve quatro elementos básicos:

1) Mudar as nossas narrativas.


2) Engajar-nos exercícios de treinamento para formação espiritual.
3) Participar de uma comunidade.
4) A ação do Espirito Santo.
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Elemento um: mudar nossas narrativas (cosmovisão)

Ao longo da vida vivemos experiências, abraçamos valores e formulamos conceitos. A


interpretação que damos às nossas experiências, valores e conceitos, forma a nossa narrativa
pessoal. A nossa narrativa pessoal é influenciada e composta por outras narrativas: familiar,
cultural e religiosa, por exemplo.
Uma vez formadas, a nossa narrativa ou, as nossas narrativas, dirigirão as nossas
vidas, quer estejamos conscientes disso ou não. Portanto, se o nosso objetivo é agradar a
Deus – e ninguém conheceu e agradou a Deus melhor do que Jesus Cristo – é crucial que
descubramos e adotemos as narrativas de Jesus acerca de Deus, da vida e de nós mesmos.

Elemento dois: Exercícios de treinamento para a formação espiritual

O que é graça de Deus? A graça de Deus não é um sinônimo de passividade. A graça


de Deus é a capacitação que Deus nos dá para vivermos a vida que ele nos oferece e nos
ensina com a vida, morte e ressurreição de Jesus . A graça de Deus nos habilita a vivermos e
agirmos num nível e numa abrangência que sem ela seriam impossíveis para nós. “A graça
Deus em nós é contrário de mérito, mas não é o contrário de esforço” – Dallas Willard.

É evidente que a graça de Deus é também uma dádiva, pois é por meio dela que
entramos na vida de salvação que Jesus nos traz, mas os textos a seguir têm o propósito de
ilustrar que a graça é uma capacitação para viver a vida de salvação e não somente a dádiva
que possibilita acesso à vida de salvação.

 O menino crescia e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava


sobre ele. Lucas 2.40

 Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.


Lucas 2:52

 Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus
concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande
alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. 2 Coríntios
8:1-2

 Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a
renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e
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piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa


manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. Tito 2:11-13

As disciplinas espirituais não nos tornam merecedores de, mas capazes de. O mérito é uma
atitude que anula a graça. O esforço é uma ação envolvida, alimentada e expandida pela
graça.

Os exercícios espirituais criam contextos e condições para que pela sua graça Deus
transforme a nossa vida ou gere em nós o mesmo tipo de vida que Ele gerou no ser humano
Jesus.
A pergunta a responder é se queremos ter a mesma vida de Jesus!?!

REVISÃO

Construção da nossa narrativa pessoal: valores, religião, visão de mundo, etc

Constatação 1: Preciso mudar.

Primeira Falsa Narrativa: mudamos por nossa própria força de vontade.

Constatação 2: não conseguimos mudar pelo simples desejo de mudar.

A transformação tem início quando os influenciadores da vontade são modificados.

A narrativa de Jesus: a transformação vem por vias indiretas


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Precisamos nos engajar em um processo de transformação que nos propicie novos


pensamentos (mente), novos hábitos (corpo) e novos relacionamentos ou relações renovadas
(contexto social).

OS QUATRO ELEMENTOS DA TRANSFORMAÇÃO

Acredito que existe um método confiável de mudar nosso coração. Esse método que não se
baseia na força de vontade envolve quatro elementos básicos:

1) Mudar as nossas narrativas. (substituindo pelas de Jesus)

2) Engajar-nos exercícios de treinamento para formação espiritual. ( não é o mesmo que vir a
igreja, é mais que isso)

Paramos aqui!

3) Participar de uma comunidade.

4) A ação do Espirito Santo.

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