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Filosofia e Adolescência: Uma Combinação Explosiva!

A Filosofia não é apenas um monte de ideias complicadas de pessoas antigas. É como uma
ferramenta poderosa que usamos para entender e refletir sobre o que acontece à nossa
volta, desde as emoções até os desafios diários.
E adivinha? A adolescência é o momento perfeito para isso. É aquele período estranho
onde você não é mais uma criança, mas também não é um adulto total. Tudo está mudando
- seu corpo, sua mente, seus desejos e até seus hobbies.
Com toda essa transformação, você começa a querer mais controle sobre sua vida,
ansiando por liberdade e autonomia. Ao mesmo tempo, você começa a perceber que com
grande poder vem grandes responsabilidades. E é aqui que entra a Filosofia! Ela ajuda a
formar sua identidade, entender seus sentimentos e, sim, às vezes, questionar o status quo.
Seja um rebelde com uma causa - mas faça isso pensando profundamente!

O Corpo: Muito Mais Que Apenas Pele e Ossos

Nosso corpo é uma verdadeira maravilha. Formado por milhões de células, ele tem
ingredientes químicos similares aos encontrados na natureza - das rochas às ondas do mar.
Embora seja a parte visível de quem somos, mostrando a todos nossa aparência e gestos,
é também a janela para nosso mundo interno.
Através do corpo, fazemos coisas essenciais: respiramos, comemos, movimentamos. Mas
ele não se resume a isso. Nosso corpo fala. E não, não estamos falando só de palavras. Ele
expressa sentimentos e pensamentos por meio de gestos, tons de voz, risadas, choros, e
até mesmo por aquelas bochechas coradas ou tremedeiras que às vezes nos traem em
momentos de nervosismo.
Mas há quem tente mascarar o que sente, usando o corpo como escudo ou disfarce. Já viu
alguém tentando parecer confiante quando está nervoso ou rindo para esconder a tristeza?
Mesmo quando tentamos esconder, nosso corpo tem sua própria linguagem e pode nos
"entregar".
Isso nos faz perceber uma coisa: entre o que sentimos, fazemos e pensamos, há conexões
poderosas. Nosso corpo não é apenas um recipiente; é uma história viva, cheia de nuances
para serem descobertas e entendidas. Então, da próxima vez que você se olhar no espelho,
lembre-se de que há muito mais acontecendo sob a superfície. E isso é incrível!

Descartes e o Corpo-Máquina: Reflexões e Críticas

No século XVII, o mundo estava em uma fase de transformação científica e tecnológica. Em


meio a essa revolução de pensamento, o filósofo francês René Descartes se lançou em
uma jornada para entender a essência humana. Ele chegou a uma conclusão intrigante:
somos feitos de duas substâncias distintas. Primeiro, temos a consciência (ou alma), que
abriga nossos pensamentos e emoções. Segundo, temos o corpo (ou matéria), onde
residem nossas sensações.
Descartes, influenciado por seu tempo, comparou o corpo humano a uma máquina que
pode funcionar automaticamente. Assim como um relógio que não precisa "pensar" para
marcar as horas, nossos corpos realizam tarefas como respirar, digerir e cicatrizar, sem a
necessidade de interação consciente.
Mas essa comparação, mesmo sendo inovadora na época, hoje é contestada. Por quê?
Porque o corpo, diferentemente de uma máquina, é influenciado por emoções e
pensamentos, elementos ausentes em máquinas.
Há, ainda, críticas mais amplas à perspectiva de Descartes. Ao longo dos anos, a
sociedade começou a tratar (e muitas vezes explorar) os corpos como máquinas. Em busca
do lucro, as pessoas são pressionadas a produzir mais e mais, levando ao desgaste físico.
Além disso, padrões de beleza, alimentados pela mídia, pressionam indivíduos a buscarem
corpos "perfeitos", levando a extremos como dietas rigorosas, cirurgias plásticas e
obsessão pelo fitness.
Essas reflexões nos fazem questionar: Será que, ao buscar entender a natureza humana,
acabamos perdendo a compreensão do que realmente significa ser humano? Afinal, somos
mais do que simples máquinas. Somos emoção, sentimento e vida.

O Corpo Humano: Muito Mais do que a Dualidade Corpo e Alma

Ao pensarmos no ser humano, muitas vezes caímos na clássica divisão proposta por
Descartes, o filósofo francês do século XVII: temos um corpo, que se relaciona com o
mundo físico, e uma alma (ou mente), onde residem nossos sentimentos, ideias e emoções.
Mas, além de ser o receptáculo da mente, o corpo também é a ferramenta pela qual nos
conectamos com o mundo à nossa volta, sejam eles seres vivos ou não. Comunicamos o
que sentimos e pensamos por meio de nossas palavras, gestos, expressões e movimentos.
Durante muito tempo, essa visão dualista proposta por Descartes foi a predominante.
Pensava-se no ser humano como duas partes distintas: o corpo e a alma. No entanto, com
os avanços científicos, essa perspectiva começou a ser questionada.
Em vez de olhar para o ser humano apenas como corpo e alma, as ciências começaram a
compreender que somos seres "biopsicossociais":
● Biológico (BIO): Envolve nossas estruturas físicas e as funções vitais. Não se trata
apenas de ossos e músculos, mas de tudo o que é essencial para a nossa
sobrevivência e bem-estar.
● Psicológico (PSICO): Refere-se ao nosso mundo interno, abrangendo sentimentos,
emoções, memórias e experiências.
● Social (SOCIAL): Representa nossa conexão com outros seres humanos. Afinal,
somos seres sociais e dependemos das relações para prosperar. Vivemos em
sociedade, e nossas interações são fundamentais para nosso bem-estar.
Assim, em vez de simplesmente dividir o ser humano em corpo e alma, essa abordagem
holística reconhece a complexidade e interconexão das diferentes dimensões de nossa
existência. Afinal, não somos apenas corpos ou apenas mentes – somos um conjunto
multifacetado de necessidades, emoções e interações.

EM BUSCA DE SOCIABILIDADE
A maneira como percebemos e cuidamos de nossos corpos é influenciada por uma reflexão
sobre nossas atitudes em relação a ele e a compreensão da linguagem corporal. Em
diversos contextos culturais, o corpo é valorizado e expresso de maneiras variadas, seja por
meio de vestimentas, pinturas, postura física ou cerimônias. As normas sociais e as
manifestações culturais afetam como nos relacionamos com nossos corpos. Na sociedade
contemporânea, os padrões de beleza são frequentemente moldados pelas imagens e
personalidades que vemos, levando muitos a buscar semelhanças e até mesmo imitar
aparências e comportamentos admirados. Ao longo da história, as Artes Visuais foram
usadas para propagar padrões de beleza; hoje, a publicidade e os meios de comunicação
têm uma influência predominante. É vital avaliar e refletir sobre como esses padrões são
formados e como eles afetam nossa percepção do corpo humano.

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