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Palestra: Causa e Efeito 1

Tipo de Palestra: Técnica elucidativa


Público alvo: Misto
Tempo de palestra: 40 a 50 minutos.
Resumo: Explicar os fundamentos da lei de causa e efeito segundo o
Espiritismo.

Obras consultadas:
 O Livro dos Espíritos > Parte terceira - Das leis morais > Capítulo VI -
5. Lei de destruição > Pena de morte
 Revista Espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1868 > Outubro >
Efeito moralizador da reencarnação
 Revista Espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1862 > Maio >
Dissertações espíritas > As duas lágrimas
 O céu e o inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo > Segunda
parte - Exemplos > Capítulo VIII - Expiações terrestres
 Leituras diversas

Obs.: Auxílio da Sandra no levantamento de algumas informações. Vide


Anexo I

Tags para pesquisa1

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Tags: Lei, Causa, Efeito, Talião, Livre, Arbítrio, Determinismo, Ação, Reação
Introdução (3 min)

Livre-Arbítrio, Determinismo, Ação e Reação, Lei de Talião, Causa e Efeito


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Já ouvimos, lemos, assistimos bastante coisa sobre isso.
Na maioria das vezes, superficialmente.
De vez em quando, confuso.

Dentro das Leis Divinas a que mais impacta nossa existência terrena é a Lei
de Causa e Efeito.

E ela só existe porque temos o Livre-Arbítrio como parte de nossas


faculdades Espirituais.

Essa dupla é a que norteia o Espírito no seu trajeto evolucionário.

E hoje vamos falar um pouquinho dessa dupla em nosso trajeto


Reencarnatório.
Desenvolvimento (30-40 min)

Livre-Arbítrio
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Livre-Arbítrio é uma faculdade do Espírito e que repercute também no
homem.

Dentro do conceito Espírita ele é a liberdade moral do homem.


Faculdade de guiar-se conforme a sua vontade.

Essa liberdade pode ser diminuída no homem em diversos graus


dependendo da influência do corpo.
No grau mais alto essa liberdade é diminuída nos casos de alteração da
faculdade mental, seja natural ou por acidente.

Citar exemplos de liberdade de ação.

O Espírito desencarnado também goza dessa liberdade.


E é em virtude dessa faculdade que o Espírito também pode escolher suas
existências e provas que acha adequada ao seu adiantamento.

Claro que o grau de liberdade do Espírito está ligado ao seu nível moral.
Quanto mais elevado, mais liberdade o Espírito tem.
Eles usam as crianças como uma analogia para demonstrar o nível de livre-
arbítrio que o Espírito tem.

Citar exemplo breve da liberdade da criança


Causa e Efeito

Na balança da Justiça Divina o livre-arbítrio é um dos pratos da balança.


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Qual é o outro prato?

A responsabilidade sobre os atos praticados. (Ou a lei de Causa e Efeito)

Tendo responsabilidade sobre esses atos, seremos felizes à medida que


essas ações forem de acordo com as Leis Divinas.
E seremos infelizes quando não forem.

Isso porque toda ação gera uma consequência, o efeito.

Não é ação e reação.


Essa é a terceira lei de Newton
(Toda ação gera uma reação igual e contrária...)

Não é a Lei de Talião, Olho por olho, aplicada nos tempos de Moisés.
E ainda hoje, de vez em quando, por nós...

Em nosso inconsciente ainda reina a Lei de Talião.


E me parece que atualmente está mais reforçada e também apoiada pelos
governos mundo afora.
Basta ver alguns comentários e post nas redes sociais.

“A partir de agora tratarei as pessoas como elas me tratam...”


“Ame quem te ama...”
“De valor às pessoas que te dão valor...”
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“Desejo em dobro tudo o que você deseja para mim”
“Bandido bom é bandido morto”

Aliás, a Lei de Talião existe dentro das Leis Divinas.


E algumas pessoas se utilizam desse argumento espírita para defender suas
opiniões insanas.

Eis o que nos fala a Doutrina:


Especificamente sobre a pena de morte
764. Disse Jesus: Quem matou com a espada, pela espada perecerá.
Essas palavras não consagram a pena de talião e, assim, a morte dada
ao assassino não constitui uma aplicação dessa pena?
“Tomai cuidado! Tem-se enganado a respeito dessas palavras, como
acerca de muitas outras. A pena de talião é a justiça de Deus. É Deus
quem a aplica. Todos vocês sofrem essa pena a cada instante, pois
que são punidos naquilo em que tinham pecado, nesta existência
ou em outra. Aquele que foi causa do sofrimento para seus
semelhantes virá a se encontrar numa condição em que sofrerá o
que tenha feito sofrer. Este o sentido das palavras de Jesus. Mas
Jesus não disse também: Perdoai aos vossos inimigos? E não te
ensinou a pedir a Deus que te perdoe as ofensas como tem você
mesmo perdoado, isto é, na mesma proporção em que houver
perdoado? Compreendei-o bem.”
Sofremos hoje devido as consequências más dos nossos atos passados.
Iremos ter sofrimentos semelhantes ao que causamos aos outros nesta ou
em outra existência.
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Perguntar ao público
E onde está o livre-arbítrio então?

Escolha das Provas


Primeiro na escolha das provas, quando desencarnado.

Quando no mundo espiritual, o Espírito goza também de sua liberdade de


escolha. Tendo essa faculdade ele a aplica na escolha do gênero de provas
pela qual deve passar na próxima reencarnação.

“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar, e nisso


consiste o seu livre-arbítrio.”
Q258

“Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira


responsabilidade de seus atos e das consequências que estes
tiverem.”

Escolhendo o Gênero de provas pelas quais ele deseja passar aqueles que
estão incumbidos de ajuda-lo preparam essa reencarnação.

Determinam

Planeta, País, Família, Dificuldades inerentes em cada circunstância.


Sociais, Econômicas, Familiares, Físicas, etc.
Quando a Doutrina nos diz que somos punidos pelo que causamos não é
porque Deus nos pune, e sim porque sua lei está induzindo o Espírito a se
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corrigir.

Como ele colocou suas leis em nossa consciência. Essas leis nos
impulsionam a nos melhorar, nos cobrando.

Logo, aquele que cometeu um erro é impulsionado de algum modo a


corrigi-lo.

Colocar exemplos da codificação. Especificamente do livro O Céu e o


Inferno – Expiações Terrestres

Encerramento (5 min)

Mostrar para o público que as situações que estão vivenciando neste


momento não são fortuitas.

Que ele escolheu as provas pelas quais estão passando neste momento.

Apesar da dificuldade dessas provas e, às vezes, parecer que não há solução


ou que não conseguirão suportar; eles têm sim a opção de vencê-las.

Isso porque quando estavam na erraticidade eles escolheram essas provas


e se a escolheram é porque sabiam que podiam vencer.
Anexo 1
Texto enviado pela Sandra para estudo
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Segue a palestra com reajustes e mudança do título para sua apreciação e
análise:
Título da palestra:
A lei de causa e efeito e o livre Arbítrio
Focos da palestra:
Causa
Efeito
Livre Arbítrio
Introdução:
A Doutrina Espírita explica que tudo se encadeia no Universo.
Nada acontece ao acaso.
Há em tudo uma sequência natural de causas e efeitos.
Esta lei procura explicar os acontecimentos da vida atribuindo um "motivo
justo", e uma "finalidade proveitosa" para todos os acontecimentos com
que se depara o homem, inclusive o sofrimento.
Segundo ela, a todo ato (causa) da vida moral do homem corresponderia
uma consequência (efeito).
Explicação e exemplo:
A Lei de Causa e Efeito, que não é punitiva e sim educativa, existe para o
nosso próprio bem, conforme explica a questão 964 de O Livro dos
Espíritos:
“Deus tem suas leis que regulam todas as vossas ações; se as violais é vossa
falta. Sem dúvida, quando um homem comete um excesso, Deus não
pronuncia um julgamento contra ele para lhe dizer, por exemplo: foste
guloso e vou te punir.
Mas ele traçou um limite; as doenças e, frequentemente, a morte, são a
consequência dos excessos: eis a punição. Ela é o resultado da infração à
lei. Assim é tudo”.
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Livre Arbítrio:
O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência
de si mesmo.
Já não haveria liberdade, desde que a escolha fosse determinada por uma
causa independente da vontade do Espírito.
A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude
da sua livre vontade.
É o que se contém na grande figura emblemática da queda do homem e do
pecado original: uns cederam à tentação, outros resistiram.”
Nesta fase, Deus, em sua infinita misericórdia, permite que Espíritos mais
elevados tracem-lhe o caminho a seguir, como forma de suprir-lhe a falta
de experiência.
Nós, do Reino Humano, conquistamos a faculdade do livre arbítrio, ou seja,
passamos a ter a liberdade de escolha, a partir de então somos construtores
do nosso próprio destino.
Como consequência natural do poder escolher, temos a responsabilidade
pela escolha como característica básica deste momento evolutivo.
O livre arbítrio é sempre proporcional à condição evolutiva do ser.
19º Tendo sempre o Espírito seu livre-arbítrio, seu melhoramento é por
vezes lento, e sua obstinação no mal muito tenaz.
Ele pode persistir anos e séculos; mas chega sempre um momento em que
sua teimosia em enfrentar a justiça de Deus se dobra diante do sofrimento,
e em que, apesar de sua soberba, reconhece o poder superior que o
domina.
Assim que se manifestam nele as primeiras luzes do arrependimento, Deus
lhe faz entrever a esperança.
Nenhum Espírito está na condição de jamais aperfeiçoar-se; de outro modo,
estaria destinado a uma eterna inferioridade, e escaparia à lei do progresso
que rege providencialmente todas as criaturas.
21º Cada um é responsável apenas por suas faltas pessoais; ninguém
carrega a pena das faltas de outrem, a menos que tenha dado lugar a tal,
seja provocando-as por seu exemplo, seja não as impedindo quando tinha
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esse poder.
É assim, por exemplo, que o suicida é sempre punido; mas aquele que, por
sua dureza, impele um indivíduo ao desespero e daí a destruir-se, sofre uma
pena ainda maior.
22º Embora a diversidade das punições seja infinita, há aquelas que são
inerentes à inferioridade dos Espíritos, e cujas consequências, exceto as
nuances, são quase idênticas.
A punição mais imediata, sobretudo para os que se apegaram à vida
material negligenciando o progresso espiritual, consiste na lentidão da
separação da alma e do corpo, nas angústias que acompanham a morte e o
despertar na outra vida, na duração da perturbação que pode durar meses
e anos.
Para aqueles, ao contrário, cuja consciência é pura, que, durante a vida se
identificaram com a vida espiritual e se desprenderam das coisas materiais,
a separação é rápida, sem abalos, o despertar pacífico e a perturbação
quase inexistente.

Conclusão:
27º O meio de evitar ou atenuar as consequências de seus defeitos na vida
futura é desfazer-se deles o máximo possível na vida presente; é reparar o
mal, para não ter de repará-lo mais tarde de maneira horrível. Quanto mais
se demora a se desfazer dos defeitos, mais as consequências são penosas e
mais a reparação que se deve realizar é rigorosa.
28º A situação do Espírito, desde sua entrada na vida espiritual, é a que ele
preparou pela vida corporal. Mais tarde, outra encarnação lhe é dada para
a expiação e a reparação por novas provas; mas ele as aproveita mais ou
menos em virtude de seu livre-arbítrio; se não aproveita, é uma tarefa a
recomeçar cada vez em condições mais penosas: de modo que aquele que
sofre muito na terra pode dizer que tinha muito que expiar; aqueles que
gozam de uma felicidade aparente, apesar de seus vícios e sua inutilidade,
estejam certos de pagá-lo muito caro numa existência ulterior. É neste
sentido que Jesus disse: “Bem aventurados os aflitos, pois eles serão
consolados.” (Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V.)
As provas reúnem criaturas que, compromissadas com o seu passado
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menos feliz, solicitam o reajuste, para libertação e progresso evolutivo de
seus Espíritos.
A lei de Causa e Efeito concede àqueles que se voltam para o Bem e o Amor,
a colheita dos frutos, como resultado de seus esforços na Seara do Bem.
Assim, seremos responsáveis por todas as atitudes infelizes perante o nosso
semelhante, assim como seremos credores por todo bem que
dispensarmos.
“A cada um será dado segundo as suas obras...” nos alerta Jesus.
Se o tempo é patrimônio comum para todos o uso bom ou mal que dele
fizermos é problema particular de cada um.
Jamais percamos a visão da meta superior a que nos destinamos e, com
Jesus, empenhemo-nos na lei do Amor ao próximo, criando um bem maior
para com todas as criaturas, condizente com a lei Divina.

Paz e Luz a todos

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