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Introdução
O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras
que visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para
que continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando
uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:
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Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um
espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio
produtivo actual, mas também às tendências de transformação no mercado;
Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto
é, saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros
homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o
papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir
grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre
outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a
aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na
vida?
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes,
tendo em conta a realidade do país.
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d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica
social do país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se
relacionar bem com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da
comunidade bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em
grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e
crianças.
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos
níveis subsequentes.
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é,
adaptar-se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem
cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas
múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a
flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da vida.
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No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos
temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas
competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a
cabo na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam
um modelo do saber ser, conviver com os outros e bem fazer.
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas
de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele
contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e
co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado.
No currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da
leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos
alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa,
exposições, actividades culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros
momentos de prática da língua numa situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados
a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre
temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação
social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar informações e
a sistematizá-la.
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e,
no caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores
moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação
da moçambicanidade.
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1.5. O Papel do Professor
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-
os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação
do aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas
tenham significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais
sentido se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos
inerentes à disciplina, às componentes transversais e às situações reais.
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:
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Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em
equipa, de análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim
para o desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.
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O Ensino da disciplina de História
O programa foi concebido tendo em conta os temas transversais que deverão ser integrados
ao longo da planificação das unidades temáticas. Para complementar a abordagem dos temas
transversais poder-se-ão realizar actividades extracurriculares.
Ao longo do 1º ciclo do Ensino Secundário Geral, (8ª, 9ª e 10ª Classes) os alunos devem
desenvolver as seguintes competências gerais para a vida:
• Emite opiniões sobre os processos históricos, sociais e culturais que ocorrem em seu
redor, no país e no mundo;
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• Promove o respeito pelos órgãos nacionais e internacionais de defesa dos direitos
humanos e de cidadania;
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No final da 9ª Classe o aluno deve ser capaz de:
• Situar no tempo e no espaço a transição do feudalismo ao capitalismo;
• Caracterizar o período da transição do feudalismo ao capitalismo quanto à situação
económica, política, social e ideológica;
• Relacionar o comércio colonial com o processo da acumulação primitiva do capital na
Europa e do início do subdesenvolvimento dos povos das colónias;
• Caracterizar as revoluções burguesas na Inglaterra e na França;
• Mencionar as principais medidas económicas e políticas tomadas pela burguesia para
consolidar o seu poder económico, político e social;
• Explicar as causas e o decurso da Comuna de Paris, os seus efeitos, o seu fracasso e
a sua importância para o movimento operário no mundo;
• Mencionar como o imperialismo desde o seu surgimento se caracterizou pela política
de agressividade, expansionismo, exploração dos próprios operários e da pilhagem
dos países com menor nível de desenvolvimento;
• Caracterizar particularmente os efeitos da pilhagem e da partilha do continente
africano pelas potências imperialistas bem como das primeiras guerras imperialistas
nos finais do século XIX;
• Explicar o papel de Portugal na penetração imperialista;
• Explicar as causas do agravamento das contradições e as rivalidades das potências
imperialistas;
• Utilizar adequadamente mapas, quadros, esquemas, cronologias e gravuras
relacionadas com o conteúdo do programa;
• Utilizar adequadamente os termos e conceitos de: revolução burguesa, burguesia,
trabalho assalariado, comércio colonial, mercantilismo, absolutismo, parlamento,
monarquia, república, manufactura, capitalismo, reforma, expropriação, nobreza,
acto de supremacia, luta de classes, guerra civil, proletariado e operariado.
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Visão Geral dos Conteúdos da Disciplina de História da 9ª Classe
Avaliação 18
horas
Total de horas 72
horas
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Carga Horária Por Trimestre
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PLANO TEMÁTICO DETALHADO
Unidade Temática 1 A Formação do Sistema Capitalista Mundial (Séc. XV-XVIII)
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
• Definir “Período de Transição” ou 1.1. A Europa e mundo no início do
“Antigo Regime”; séc. XV;
• Caracterizar a economia europeia no 1.1.1. O “Período de Transição” ou
Período de Transição; “Antigo Regime”; Caracteriza a Europa e o Mundo no período de
• Caracterizar a estrutura da sociedade 1.1.2. A economia europeia no transição;
europeia no Período de Transição; período de Transição ou Antigo
Regime;
1.1.3. A estrutura da sociedade
europeia no período de transição;
• Caracterizar o desenvolvimento das 1.1.4. O desenvolvimento sócio-
sociedades africanas durante o económico, politico e cultural da
período de transição; África entre o século XV e XVII;
• Descrever as relações entre a África e 1.1.5. As relações entre a África e 18
o mundo no período de transição; os outros continentes entre os
séculos XV-XVII;
• Explicar os antecedentes da 1.2. Expansão Europeia e Comércio
Expansão; Colonial (Revisão); Interpreta a penetração estrangeira como
• Explicar os factores e/ou razões da 1.2.1. O comércio Mediterrânico nos uma fase da integração da África e
Expansão; séculos XIII e XIV: Moçambique na economia mundial;
• Caracterizar as etapas da Expansão - As partes envolvidas;
Europeia; - os principais mercadores;
• Caracterizar a expansão portuguesa - A ascensão dos italianos e turcos; Reconhece a expansão como resultado do
em Moçambique; 1.2.2. os factores de expansão, desenvolvimento técnico e científico do
• Explicar o carácter desigual do objectivos e etapas; mundo;
comércio colonial; 1.2.3. A expansão portuguesa em
Moçambique; Analisa criticamente a pilhagem colonial
1.2.4. A pilhagem colonial: destacando o carácter injusto das trocas
- as trocas desiguais; comerciais e o tráfico de escravos;
- o tráfico de escravos;
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Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
• Explicar o impacto da expansão e 1.2.5. As consequências da 1ª
comércio colonial em África, Ásia e expansão europeia: Explica as razões da pilhagem colonial e as
América e Europa no início do Séc. - permutas culturais entre Europa, sua consequências;
XV; Ásia, América e África;
- ascensão da Burguesia mercantil;
• Explicar o conceito mercantilismo e - início do subdesenvolvimento das
o seu papel na pilhagem colonial; colónias em benefício das potências
coloniais;
1.2.6. As Teorias Económicas do
Antigo Regime;
1.2.7. O mercantilismo e o seu
papel na pilhagem das colónias e a
• Sintetizar a origem, as acumulação de capitais na Europa;
características, espaço e tempo em 1.2.8. O Fisiocratismo: Origens e
que se difundiu o fisiocratismo; características;
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Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
• Analisar as causas da crise religiosa 1. 4. A crise religiosa do século XVI: Associa a origem das igrejas cristãs modernas
do Séc. XVI; a Reforma Protestante e a à reforma religiosa;
• Caracterizar a crise religiosa; resposta da Igreja Católica;
• Identificar as correntes religiosas 1.4.1. Origens e características da
resultantes da Reforma protestante; Crise;
• Descrever a resposta da Igreja 1.4.2. A Reforma Religiosa;
Católica face à Reforma Protestante; 1.4.3.As principais correntes
protestantes (Luteranismo
/Calvinismo/ Anglicanismo); Diferencia o sistema absolutista e
1.4.4. A resposta da Igreja Católica democrático;
(contra-reforma);
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Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
• Explicar o processo de formação das 1.8. A luta pela independência
colónias da América do Norte; nas colónias inglesas da
América do Norte;
1.8.1. As colónias inglesas da
América do Norte
• Caracterizar as contradições entre a
- As contradições entre Inglaterra
Inglaterra e as 13 colónias norte
e as 13 colónias norte-
americanas;
americanas
1.8.2. O processo da luta pela
independência das colónias
norte-americanas (breve
cronologia)
1.8.3. A Constituição Americana de Analisa a importância de uma Constituição
1787, sua importância. como a lei-mãe que regula as relações de
uma sociedade.;
• Explicar a importância da Constituição
americana de 1787;
•
• Explicar as causas da Revolução 1.9. A Revolução Francesa (1789- Interpreta textos referentes aos ideais da
Francesa; 1795) liberdade e dos direitos do Homem
• Explicar os conceitos Iluminismo, 1.9.1. As causas da Revolução relacionando-os com o Iluminismo;
Revolução Burguesa; Francesa
• Explicar as características do 1.9.2. O Início da Revolução: A
Iluminismo; convocação dos Estados
• Descrever as etapas da Revolução; Gerais e a tomada da Bastilha
• Explicar a importância da Revolução; 1.9.3. As etapas da Revolução
Francesa
1.9.4. A importância da Revolução
Francesa
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Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
• Analisar a situação africana nos África entre os séculos XV – XVIII Explica a relação entre a Europa e África entre
séculos XV-XVIII; A situação Económica os séculos XV e XVIII;
A situação política
A situação religiosa
A cultura
As Relações entre a Europa e África
entre os séculos XV e XVIII
Sugestões Metodológicas: Unidade Temática 1. A Formação do Sistema Capitalista Mundial (Séc. XV-XVIII)
No programa da 8ª Classe, a última unidade trata da emergência e desenvolvimento do Feudalismo na Europa entre os
séculos VII-XV e o estádio de desenvolvimento da África durante o mesmo período.
O Programa da 9ª Classe inicia com a análise das contradições que este sistema continha, cuja derrocada dá origem ao Sistema
Capitalista, que começa a desenvolver-se à partir do século XV. O professor, ao iniciar a implementação deste programa,
deverá fazer a ponte entre o programa da 8ª classe, nomeadamente a última unidade no concernente a África antes do Sec.
XV, de tal forma que os alunos compreendam a ligação que existe entre este programa e o da 8ª classe.
A 1ª Unidade do Programa da 9ª classe trata da “Formação do Sistema Capitalista Mundial entre o século XV e XVIII. O fulcro
desta unidade é a Acumulação Primitiva do Capital que é acompanhada de um amplo movimento económico (mercantilismo),
político (absolutismo), ideológico (as reformas e o iluminismo) e cultural (o Renascimento e o Humanismo) em toda a Europa.
Esta fase conduziu a uma tomada de poder pela burguesia, mantendo, entretanto, a monarquia como forma de Estado.
Introduz-se nesta unidade o fenómeno de trabalho assalariado no interior do sistema capitalista e, em simultâneo, o fenómeno
de exploração entre Estados, que se manifestou através da troca desigual com as colónias, com destaque para o tráfico de
escravos. Estes temas favorecem uma ligação com a actualidade na compreensão das origens remotas do subdesenvolvimento
dos povos africanos, asiáticos e latino-americanos.
O ciclo de estudo do Estado numa sociedade de classes deve culminar com a análise do Estado burguês e reflectir sobre
conceitos de Estado, classe, luta de classes, capital e burguesia. É necessário que os alunos entendam que a tomada do poder
pela burguesia foi uma revolução em relação ao sistema Feudal.
Para melhor abordagem desta unidade sugere-se o seguinte:
• Estudar convenientemente os objectivos específicos definidos para cada subunidade, os conteúdos e as competências
requeridas;
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• Utilizar os livros do aluno da 9ª classe existentes e outros manuais complementares (como os livros da 7ª e 8ª);
• Promover estudos independentes através da elaboração de resumos, quadros comparativos, fichas de trabalho,
esquemas, mapas, interpretação de textos, debates, etc.
• Destacar o carácter transitório do período em estudo e as marcas do mesmo no domínio político, económico, cultural e
social.
Mais do que descrever as Revoluções Burguesas é fundamental destacar a sua importância no processo de transição do
Feudalismo ao Capitalismo.
Será importante destacar nesta unidade o surgimento de um novo sistema de relações de produção, baseadas no trabalho
assalariado, em oposição ao quadro de relações vigentes no feudalismo.
O fenómeno do comércio colonial (baseado na troca desigual) deve ser destacado para que os alunos entendam as origens, em
parte, do subdesenvolvimento dos povos africanos, asiáticos e latino-americanos. Em torno desta questão merece atenção
especial a problemática do tráfico de escravos, para cuja abordagem propõe-se o seguinte:
• recomendar aos alunos para preparar um breve resumo sobre as origens, as rotas, agentes e consequências do tráfico
esclavagista com base no livro de Ciências Sociais da 7ª classe e no de História da 8ª classe;
• com base nos trabalhos dos alunos e em algumas leituras complementares, o professor poderá partir para uma
abordagem mais profunda do tráfico, destacando em particular o impacto desta prática.
• Levar os alunos, a pesquisa de documentos históricos nas diferentes matérias em estudo, para uma melhor
compreensão da política e ideologia da época em estudo.
• Ao falar da expansão europeia, envolver os alunos na análise da designação “descobrimentos” que também é usada para
este fenómeno e problematizar esta terminologia.
Por exemplo, sub-temas como: “A economia europeia no Antigo Regime”; “O comércio no Mediterrâneo nos séculos XIII e XIV”,
“O desenvolvimento sócio-económico da África entre o Século XV e XVII”; etc., podem ser distribuídos a pequenos grupos de
alunos (3 ou 4) para prepararem e apresentá-los na aula seguindo-se um debate. É importante que o professor ajude os
alunos a seleccionar os materiais de consulta, a seleccionar questões principais que devem ser respondidas e a organizar o
texto. No debate participam todos os alunos sob orientação criteriosa do professor. Os autores do texto anotam as observações
dos colegas, o professor ajuda-os a corrigir e aí surge documento de consulta para todos.
O professor pode encarregar a um grupo de 3 ou 4 alunos para estudarem e interpretarem-no e apresentar a síntese à turma,
sob olhar atento do professor. Um dos aspectos que o professor não deve esquecer é o de contextualizar estas ideias e levar os
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alunos a compreender a sociedade, sua génese e transformação e os múltiplos factores que nela intervêm, como produto da
acção humana.
Esta forma de ensinar História exige muita organização e planificação cuidadosa do professor. O professor distribui os trabalhos
e acompanha a sua realização e exige que outros alunos estudem os temas para poder intervir construtivamente no dia da
discussão.
Este exercício pode ser difícil no início mas tem a vantagem de fazer com que os alunos participem na construção de uma aula,
estimula a sua auto-estima e criatividade e consolida a sua auto-confiança.
O mesmo se pode fazer em relação aos conceitos que se seguem. Um grupo de alunos pode ocupar-se do esclarecimento
destes conceitos e apresentar os resultados à turma.
Esta unidade relaciona-se com vários Temas Transversais. Ao falar do trafico de escravos poder-se-á relacionar com o Tema
Transversal: Cultura de paz, direitos humanos e democracia, isto é, os alunos podem realizar trabalhos como bandas
desenhadas, pesquisas e outros sobre o comércio de escravos e as suas consequências. Estes trabalhos deverão reflectir as
regiões onde os escravos eram capturados e o destino dos mesmos e as condições desumanas a que estavam sujeitos.
Conceitos:
O conhecimento e aplicação dos conceitos inerentes aos conteúdos em leccionação são importantes porque permitem que os
alunos adquiram vocabulário específico da disciplina. Por isso sugerem-se os seguintes conceitos:
Estado, Classes Sociais, Luta de classes, Capital, Burguesia, Período de Transição, Comércio Colonial, Monarquia, Acumulação
Primitiva do Capital, Reforma, Protestantismo, Absolutismo, Escravatura, Revolução burguesa, parlamentarismo, Regime
Constitucional, Iluminismo.
Podem ser desenvolvidas actividades como apresentação e debate de alguns artigos da Constituição por exemplo Inglesa,
Americana ou Francesa para aferir a importância deste instrumento. Os alunos devem compreender a importância de um
Estado de direito.
Em relação à Constituição moçambicana, pode ser interessante convidar um parlamentar, ou uma outra personalidade
reconhecida para abordar este tema.
As actividades aqui sugeridas podem ser realizadas também em relação às outras unidades. O que se pretende é que o
ensino/aprendizagem desta unidade permita atingir os objectivos e competências definidos no programa através de uma
participação activa dos alunos.
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Indicadores de desempenho
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Unidade Temática 2 O Capitalismo Industrial e o Movimento Operário
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horári
a
• Descrever os factores da eclosão 2.1. A Revolução Industrial e o Compara a sociedade católico-feudal com
da Revolução Industrial na desenvolvimento do capitalismo Industrial: a da época industrial;
Inglaterra; 2.1.1. Os factores da eclosão da "Revolução
Industrial" na Inglaterra; Associa a Revolução Industrial ao triunfo
• Analisar as consequências 2.1.2. As invenções técnicas na primeira e das relações capitalistas de produção na 16 h
económicas, políticas sociais e segunda fase da "Revolução Industrial" e as Europa;
culturais da Revolução Industrial; novas fontes da energia;
2.1.3. As consequências económicas,
políticas, sociais e culturais da "Revolução
Industrial".
• Descrever as condições de vida e 2.2. O Movimento Operário:
de trabalho dos operários; 2.2.1. As condições de vida e de trabalho dos
• Relaciona as condições de vida e operários;
de trabalho com o 2.2.2. A exploração do trabalho feminino e
descontentamento dos operários; infantil;
2.2.3. As contradições fundamentais entre a
classe operária e a burguesia; Relaciona condições de trabalho e de vida
• Explicar o contexto em que 2.2.4. O aparecimento das teorias dos operários com as mais diversas
surgiram as teorias socialistas; socialistas: formas de luta;
• Descrever as características gerais 2.2.4.1. O Socialismo Utópico;
do socialismo Utópico e socialismo 2.2.4.2. O Socialismo Científico;
ciêntifico;
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Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horári
a
• Caracterizar os primeiros 2.2.5. O sindicalismo e as primeiras
movimentos operários europeus; organizações e
• Descrever as principais formas de manifestações operárias:
luta dos operários; - Os TRADE-UNIONS na Inglaterra;
• Mencionar os primeiros partidos - A Confederação Geral dos Trabalhadores
operários europeus; na França;
- A Liga Comunista e 1ª. Internacional;
- A formação dos partidos operários
europeus;
• Explicar as causas da Comuna de 2.3. A Comuna de Paris:
Paris; 2.3.1. As causas e o decorrer da Comuna;
• Explicar o decorrer da Comuna 2.3.2. As características do primeiro poder
de Paris; popular e as causas da sua derrota;
• Identificar as características do 2.3.3. O Significado da Comuna de Paris;
primeiro poder popular e as
causas da sua derrota;
• Explicar o significado da Comuna;
• Descrever o mapa político da 2.4. África e Moçambique na época das
África e Moçambique nos séculos Revoluções Burguesa e Industrial; Avalia criticamente a presença europeia
XVIII/ XIX; 2.4.1. O mapa político da África no final do em África e Moçambique;
• Caracterizar a estrutura sócio- século XVIII/início de XIX:
económica da África neste 2.4.2. A estrutura sócio-económica;
período; 2.4.3. As relações África/mundo; Associa a penetração Europeia em
• Descrever as relações 2.4.4. A presença europeia em Moçambique com o despertar da
África/resto do mundo; Moçambique; identidade nacional;
• Explicar a presença europeia em
Moçambique;
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Sugestões Metodológicas: Unidade Temática 2. O Capitalismo Industrial e o Movimento Operário
O centro desta unidade é o estudo da Revolução Industrial, particularmente o desenvolvimento de máquinas, fábricas e as
fontes da energia, assim como os ramos principais da indústria e as suas aplicações nas novas relações de produção.
No concernente às lutas do proletariado é importante destacar a Comuna de Paris e a sua importância como primeiro Estado da
classe operária no mundo. A Comuna de Paris será apresentada como primeiro exemplo da revolução proletária preconizada
por Marx e Engels.
São introduzidos e aprofundados conceitos como: movimento operário, reforma parlamentar, socialismo utópico, socialismo
científico, internacionalismo proletário, comuna, proletariado, 1ª internacional.
Para o melhor tratamento destes conteúdos sugere-se o seguinte:
• Que sempre que seja possível se recorra ao trabalho independente dos alunos. Por exemplo, na análise dos factores da
Revolução Industrial na Inglaterra, como é o caso da “revolução agrícola”, “revolução demográfica”, “o alargamento dos
mercados e a acumulação de capitais”. Pode-se propor a realização de trabalhos em grupo resumindo os assuntos em
questão seguidos de discussão na sala e elaboração de sínteses. O mesmo pode ser feito em relação as fases da
Revolução Industrial em que os alunos podem sintetizar as principais invenções técnicas de cada fase.
• As actividades a realizar no âmbito do trabalho independente deverão ser programadas pelo professor de acordo com as
condições concretas da sua escola.
Sendo possível os alunos poderão ser levados a contemplar a realidade dos assuntos em estudo através de visitas a fábricas ou
outros sectores relacionados. Podem ser adoptadas várias acções como as sugeridas em relação à unidade 1.
Nesta unidade, o conteúdo sobre o capitalismo relacionam-se com o Tema Transversal: Cultura de paz, direitos humanos e
democracia. O professor deverá conduzir os alunos a compreender que o sistema capitalista era caracterizado pela
exploração da força de trabalho dos operários, para além da exploração da mão de obra infantil. Por exemplo o conteúdo
exploração do trabalho feminino e infantil pode ser aprofundado na perspectiva de género através de trabalhos sobre a
participação da mulher na vida económica, politica e social da comunidade do país. Também se pode fazer o levantamento e
uma análise crítica a práticas de exploração de crianças no trabalho, recorrendo a diversos materiais e entrevistas a membros
da comunidade.
Os alunos poderão realizar trabalhos em grupo de pesquisa sobre as condições de trabalho dos operários moçambicanos
baseando na Lei do Trabalho em vigor na República de Moçambique. Pode–se aproveitar esta oportunidade para analisar as
causas da revolta que deu origem ao 1º de Maio. Estes trabalhos deverão ser apresentados e debatidos na sala de aula.
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INDICADORES DE DESEMPENHO
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Unidade Temática 3 - Do Capitalismo Industrial ao Imperialismo
A transição do Capitalismo Industrial à fase de monopólio e a essência económica e política do Imperialismo é o ponto principal
desta unidade.
Analisando e avaliando o Imperialismo como fase suprema do Capitalismo, os alunos devem conhecer as causas e a razão de
ser da transição do capitalismo livre e concorrencial, ao Capitalismo monopolista, bem como a essência económica, política e o
lugar histórico do Imperialismo. Para isso sugere-se que o professor destaque os conceitos “Capitalismo Concorrencial”,
“Capitalismo Monopolista” e conduza os alunos a compreender a diferença entre estes dois fenómenos.
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Outro aspecto essencial nesta unidade é que os alunos entendam o carácter agressivo do Imperialismo para o que será
importante destacar os acontecimentos do passado que consubstanciam essa política imperialista.
Deve-se caracterizar o Imperialismo com exemplos concretos da sociedade europeia do século XIX, ajudando a desenvolver,
nos alunos, uma atitude anti-imperialista, bem como prepará-los para a compreensão dos conteúdos e objectivos da 10ª
Classe. Para esta abordagem serão considerados, como exemplos, a África Austral e Moçambique.
Os alunos deverão saber aplicar e explicar os conceitos de Imperialismo, monopólios, exportação de capitais, livre concorrência
e financeira. As actividades sugeridas na primeira unidade, relativamente aos alunos, podem ser também adoptadas nas outras
unidades.
As competências claramente sugeridas no Plano Detalhado do Programa constituem a síntese da aprendizagem, ou seja, o
resultado da construção do conhecimento. Ao professor é solicitado a privilegiar a análise dos processos históricos para que os
próprios alunos construam este conhecimento.
Nesta unidade, o conteúdo sobre o imperialismo relacionam-se com o Tema Transversal: Cultura de paz, direitos humanos e
democracia. O professor deverá conduzir os alunos a compreender que o Imperialismo era a fase mais avançada do
desenvolvimento do Capitalismo, caracterizado pela: Concentração Monopolista, Exportação de Capital Recrudescimento do
sistema Colonial...
Os alunos poderão realizar trabalhos em grupos tentando trazer exemplos de violação da paz dos direitos humanos e da
democracia. A pesquisa devera centrar-se na análise critica das principais características do Imperialismo, citando exemplos da
actuação das potências imperialistas. Estes trabalhos deverão ser apresentados e debatidos na sala de aula.
Indicadores de desempenho
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AVALIAÇÃO:
A avaliação permite ao professor tirar conclusões dos resultados obtidos para o desenvolvimento
do trabalho pedagógico subsequente e verificar a necessidade de reajuste curricular de acordo
com as necessidades educativas dos alunos.
A avaliação deve focalizar-se em todas as actividades realizadas pelos alunos de forma que se
obtenha uma imagem fiável do desempenho do aluno e do professor, em termos de
competências básicas descritas no Programa de Ensino.
Para cada uma das avaliações propostas o professor deverá ter em conta o regulamento de
avaliação que prevê a realização de duas ACS e uma ACP obrigatórias por cada trimestre.
Assim, deverá privilegiar a avaliação contínua no decurso da própria aula que poderá consistir na
elaboração de esquemas, gráficos cronológicos, leitura e interpretação de mapas ou globo
terrestre etc. Para o caso de visitas de estudo os alunos poderão elaborar relatórios a serem
apresentados em grupos.
O professor poderá adoptar outras iniciativas de avaliação que visam estimular o processo de
ensino aprendizagem com o objectivo de obter melhores resultados.
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