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Caro Professor
É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino
Secundário Geral.
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Ministro da Educação e Cultura
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1. Introdução
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre
uma componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de
competências relevantes para uma integração plena na vida política, social e
económica do país.
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Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida,
um espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só
ao meio produtivo actual, mas também às tendências de transformação no
mercado;
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa
que o papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou
de transmitir grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia
ou química, entre outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o
aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da
vida.
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena
na vida?
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b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de
aprendizagem e busca metódica de informação em diferentes meios e uso de
tecnologia;
c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização
e apresentação dos trabalhos;
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida
económica social do país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se
relacionar bem com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da
comunidade bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente
ou em grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências,
idosos e crianças.
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG
esteja preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os
estudos nos níveis subsequentes.
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é,
adaptar-se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que
exigem cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção
de perspectivas múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação,
empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da
vida.
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a comunidade escolar é chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-
os na resolução de situações-problema parecidas com as que se vão confrontar na
vida.
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima
definidas de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente
escolar e fora dele contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as
actividades curriculares e co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e
estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção
da leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse
dos alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de
pesquisa, exposições, actividades culturais em datas festivas e comemorativas, entre
outros momentos de prática da língua numa situação concreta. Os alunos deverão
ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e seus autores,
a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos
órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma
apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la.
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Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das
línguas e, no caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras
de autores moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto
patriótico e exaltação da moçambicanidade.
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos,
envolvendo-os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e
complexos. A preparação do aluno para a vida passa por uma formação em que o
ensino e as matérias leccionadas tenham significado para a vida do jovem e possam
ser aplicados a situações reais.
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- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.
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O ensino e aprendizagem de História
Este Programa de Ensino foi concebido e estruturado com base no Plano Curricular do
Ensino Secundário Geral, (PCESG), tendo em conta o processo de revisão curricular
realizado no Ensino Básico.
Neste programa foram introduzidas alterações que consistiram na redução parcial dos
conteúdos referentes à história universal tendo-se mantido o essencial; foram igualmente
introduzidos conteúdos referentes a processos históricos de África e de Moçambique e
indicadas vias de abordagem que se aproximam da estratégia definida para o Ensino
Básico.
Este programa assim como todos os outros devem ter em conta os temas transversais que
deverão ser integrados ao longo da planificação das unidades temáticas. Para complementar
a abordagem dos temas transversais poder-se-ão realizar através de actividades
extracurriculares. O ensino desta disciplina contribui para o desenvolvimento de atitudes de
respeito pelos direitos e crenças dos outros, de solidariedade, de tolerância, consciência
patriótica e vontade de participar activamente na construção de uma sociedade
moçambicana democrática.
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Competências a Desenvolver no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral
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Identificar na História as referências e o papel das suas comunidades no contexto do
património histórico nacional;
Estabelecer analogias, semelhanças e diferenças entre o “eu” e o (s) outro (s) de
diversos tempos e lugares, como a procurarem o sentido das permanências e
mudanças culminando com a compreensão da realidade presente;
Analisar conteúdos numa base global nacional, como forma de contribuir para o
fortalecimento da unidade nacional;
Levaros alunos a estabelecerem nexos entre os conhecimentos teóricos da aula e a
experiência prática, devendo a pesquisa dos alunos ter como ponto de partida o
levantamento de problemas reais e actuais;
Compreender a dinâmica da História do país nos níveis sócio-politico e económico.
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3. Objectivos da aprendizagem da História na 12ª Classe
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Visão Geral dos Conteúdos da Disciplina de História da 12ª classe
Unidades Temáticas Conteúdos C. Horária
1:Sobre a periodização da
História de Moçambique
1.1. Periodização da História de Moçambique:
1.2. As fontes da História de Moçambique
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Sistematização
2: Moçambique - Da
comunidade de caçadores
2.1. A comunidade de caçadores e recolectores
2.2. Os povos de origem Bantu:
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e recolectores ao Sistematização
surgimento das
sociedades de exploração
3: Os Estados de 3.1. Abordagem teórica sobre a origem do Estado.
Moçambique e a 3.1.1. O surgimento da diferenciação social.
penetração mercantil 33
estrangeira 3.2. Os Estados de Moçambique e a penetração mercantil estrangeira
3.2.1 O Estado do Zimbabwe:
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.
5:Moçambique pós-
independente
5.1A independência Nacional e a RPM:
5.1.1 Política interna
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5.1.2 Política Externa
5.1.3 Constituição da República
Carga Horária Por Trimestre
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Plano Temático
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Sugestões metodológicas
Para esta unidade sugere-se que se explore as competências que os alunos desenvolveram
nas classes anteriores.
No que respeita à periodização, sugere-se que o professor trabalhe com os seus alunos na
elaboração de gráficos de tempo e quadro - resumos, indicando as principais
características de cada período.
Importa também referir sobre o carácter relativo e subjectivo da periodização que depende
do historiador das fontes utilizadas e dos critérios de periodização. Deverá discutir com seus
alunos a proposta de periodização apresentada no livro Historia de Moçambique, Vol I, pp
1 /7.
Indicadores de desempenho
Bibliografia
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Unidade 2: Moçambique - Da comunidade de caçadores e recolectores ao surgimento das
sociedades de exploração
Objectivos específicos Conteúdo Competência
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Sugestões metodológicas
Nesta unidade sugere-se exploração dos pré-requisitos que os alunos possuem de classes
anteriores sobretudo as principais características das sociedades e sedentárias.
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Indicadores de desempenho
Bibliografia básica:
SERRA, Carlos (ed). História de Moçambique, Vol.1, Maputo, Livraria
Universitária,2000.
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Unidade 3: Os Estados de Moçambique e a penetração mercantil estrangeira
Objectivos específicos Conteúdo Competê
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Objectivos específicos Conteúdo Competê
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Sugestões metodológicas
Ao destacar os ciclo do ouro, do marfim e dos escravos, deve chamar a atenção que o
ciclo do ouro que começa com a chegada dos árabes – persas e prolonga-se com a
chegada dos europeus.
Sugere-se que se explore o papel da religião africana nos Estados moçambicanos, pois a
legitimidade do chefe só era reconhecida se passar por cerimónias mágico - religiosas.
Ainda sobre o capital mercantil, deverá debater com seus alunos o papel do mesmo no
reforço do poder da classe dominante e na desestruturação das sociedades moçambicanas.
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Indicadores de desempenho
- Localizar no mapa os Estados de Moçambique entre os séculos XV e XIX ,
- Explicar o processo de formação e declínio dos diferentes estados,
- Explicar a importância do comércio de ouro e de marfim no desenvolvimento dos
estados de Moçambique
- Caracterizar as relações entre os europeus e os povos de Moçambique no âmbito da
penetração mercantil estrangeira
- Analisar o impacto dos escravos nas formações políticas moçambicanas
Bibliografia básica:
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Unidade 4: O período da dominação colonial em Moçambique e os Movimentos de
Libertação Nacional
Objectivos específicos Conteúdo Competência
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Objectivos específicos Conteúdo Competência
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Objectivos específicos Conteúdo Competência
Analisar o papel de Eduardo 4.5.5 A fusão dos três movimentos e a criação da Frente de Libertação de
Mondlane como o arquitecto da Moçambique (FRELIMO)
Unidade Nacional O 1º Congresso da FRELIMO Explica a imp
O 2º Congresso da FRELIMO Independência naci
Analisar a Luta Armada como a via 4.5.6. O desencadeamento da Luta Armada de Libertação Nacional.
para alcançara a independência Principais etapas
Os Heróis da luta armada de Libertação Nacional (exemplos:
Descrever as principais etapas da Luta Eduardo Mondlane, Samora Machel, Josina Machel, Tomás Nduda, Descreve o papel d
Armada de Libertação Nacional Filipe Samuel Magaia, Mateus Sansão Muthemba, John Issa, José pelos Heróis na Lu
Macamo, Paulo Samuel Nkankomba, Francisco Manyanga). Libertação Naciona
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Sugestões metodológicas
Ao abordar-se esta unidade, sugere-se que se faça uma ligação com os conteúdos
abordados na 11ª Classe sobre os sistemas coloniais em África. Ao tratar as teorias sobre
as resistência em África destacar os três postulados defendidos por T.O. Ranger, a saber:
i) em primeiro lugar, afirmou-se que a resistência africana era importante, já que provava
que os africanos nunca se haviam resignado à pacificação europeia; ii) em segundo lugar,
sugeriu-se que longe, longe de ser desesperada ou ilógica, essa resistência era muitas
vezes movida por ideologias racionais e inovadoras; iii) em terceiro lugar, argumentou-se
que os movimentos de resistência não eram insignificantes; pelo contrário, tiveram
consequências importantes, em seu tempo, e tem ainda hoje, notável ressonância.
Sugere-se também que trabalhe com seus alunos, as várias etapas do nacionalismo
moçambicano, desde as primeiras formulações nacionalistas até ao surgimento das
primeiras organizações nacionalista.
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Deverá trabalhar os seguintes conceitos: colonialismo, imperialismo, economia
colonial, mussoco, proletariado, nacionalismo, nacionalismo económico.
Indicadores de desempenho
- Elaborar mapas sobre as campanhas de pacificação e companhias monopolistas
- Avaliar a actuação do colonialismo português no aspecto económico, político e social
- Recolher e sistematizar informação junto dos seus pais e encarregados de educação,
autoridades locais e outras sobre a importância do mussoco e do imposto de palhota
- Elaborar mapas sobre o avanço da Luta de Libertação Nacional,
- Avaliar o significado da independência nacional.
Bibliografia básica:
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Unidade 5: Estratégia de Desenvolvimento de Moçambique pós-independência
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Sugestões metodológicas
Indicadores de desempenho
- Explica a política interna e externa adoptada por Moçambique depois da
Independência
- Analisa a Constituição da Repúbica
AVALIAÇÃO
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