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Apresentação
Introdução
2. O quilombo de Palmares
Bibliografia
Colofão digital
Introdução
Tarde de novembro. Barrado pela cortina de nuvens, o sol não
consegue impedir que uma fria garoa tome conta da cidade.
Por toda parte, há pedestres apressando o passo, indiferentes
ao que está ao seu redor. O trânsito se torna nervoso e a
disputa por cada palmo de rua congestionada transforma o
dirigir numa luta encarniçada de todos contra todos.
– “Eu não diria isso – afirma Nádia ao sublinhar sua fala com o
movimento ritmado da asa. De um lado, é preciso reconhecer
que a grande maioria dos escravos não foge, não participa de
levantes, nem atenta contra a vida de seus feitores ou
senhores. À exceção da geração que chega à abolição, a maior
parte dos cativos vive a escravidão até a morte. Isso não
significa que aceitam pura e simplesmente este amargo
destino, mas tão somente que estes homens e mulheres se
comportam como todos os seres humanos em circunstâncias
extremamente desfavoráveis, ou seja, tendem a se adaptar para
tentar sobreviver. Para eles, resistir à escravidão, via de regra,
é sinônimo de resistir ao trabalho. O cativo precisa ser mau
trabalhador para não ser um bom escravo. Daí o relaxamento, a
incúria, a subserviência fingida, o trato ruinoso dos animais e
das ferramentas, a sabotagem, enfim, um processo que leva
quem está submetido à escravidão a estabelecer limites de
tolerância que não deixam de ser percebidos.
– “Você não está querendo dizer que, mais uma vez, a lógica do
lucro ganha dos sentimentos de humanidade que deveriam
desabrochar após séculos de tamanhos sofrimentos?!? Está...?”
– “Bom, Nádia, será que dá para ter uma idéia mais precisa
disso tudo?”.
– “Não assuste por tão pouco – diz Nádia ao abrir as asas. Vou
tratar disso tudo na última etapa da nossa viagem pela historia
ao resgatar a passagem...
Goiânia, 1999.
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ISBN
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