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José Lins do Rego e

Raquel de Queiroz
Modernismo Prosa- 2ª Geração
José Lins do Rego – FOGO MORTO
• Narrativa composta em 3 partes:
• 1ª- Mestre Amaro- fabricava celas para animais (trabalho com couro)
• 2ª- Engenho de Santa Fé- da fundação a sua decadência
• 3ª- Vitorino Carneiro da Cunha- quer de volta o passado colonial
Fogo Morto- Mestre Amaro
• Mestre Amaro- casa a margem da estrada e também do tempo. Filho de um seleiro que foi muito
importante, fez até uma sela para o Imperador ( século XIX) produzir algo era ser top de linha.
Mestre Amaro se ressente por ser substituído pelas máquinas- Revolução Industrial.
• Ele entende que não há mais espaço para este tipo trabalho, esta ressentido, com uma história
pessoal também trágica.
• Tem uma filha, com problemas mentais*. É infeliz =/. A filha não se casou e não dará continuidade
a família. Gostaria de ter tido um filho para ter continuidade ao sangue e ao nome da família.
• Corre a lenda que ele vira Lobisomem, há o afastamento das pessoas do vilarejo.
• Passa a dar assistência aos cangaceiros, ele é preso, humilhado, a filha enlouquece, a mulher o
abandona e ele morre sozinho =/. Final de um ciclo.
Fogo Morto- Engenho Santa Fé
Fundação do Engenho, organização do engenho, família e a decadência do engenho. Século
XIX
Capitão Thomás- engenho produtivo, este capitão envelhece e ainda em vida percebe que
aquele modelo não funciona mais, depois da fuga de um escravo ele se sente humilhado,
adoece e morre. Vem a abolição 1888. Após sua morte, o engenho fica vazio e a produção do
açúcar termina, pois não houve a transposição da mão de obra escrava para a assalariada. O
coronel Lula de Holanda era muito cruel e não ficou ninguém para ajudar na fazenda.
Não há filhos, somente uma filha, do coronel Lula, que não se casa, devido ao controle
demasiado do pai.
O engenho não produz, torna-se alvo de invasões e pede ajuda a outro coronel. No final um
cangaceiro invade a fazenda e da cabo ao reinado do Coronel Lula.
Fogo Morto- Vitorino Carneiro da Cunha-
• Vitorino Carneiro da Cunha- objeto de deboche das crianças
(bobo da corte, exposto a humilhações) origem humilde
• Mas... Ele é corajoso! Ele é capaz de enfrentar a polícia (Mestre
Amaro), enfrenta o cangaceiro (Coronel Lula), ele tem um filho que
esta na marinha e é bem sucedido.
• Personagem articulado
FOGO MORTO
• No dia do enterro do mestre Amaro na volta do enterro, pergunta-se quando o
engenho Santa Fé vai voltar a acender as caldeiras e alguém responde: -não
vai, está de Fogo Morto.
• Sinal de que o engenho naquele modelo: morreu.
• Procurou-se discutir os modelos de funcionamento dos engenhos e de sua
extinção pela não adaptação. Produção artesanal e mão de obra escrava.
Modelos decadentes, ou você se adapta ou... Acaba. Século XIX, final da
república velha.
O 15
• Rita de Queluz- pseudônimo de Raquel de Queiroz
• Publicado no início da década de 30. Chamou atenção de Mário de
Andrade sobre a originalidade da história.

• Mas, por que o título é o 15?


O 15- SECA DE 1915
0 15.
• Animais e vegetação morrem, levando a população a migrarem para
outros lugares. Alguns foram para Amazônia outras foram para Fortaleza.
• Ao chegarem em Fortaleza, os mais pobres eram enviados ao que
chamavam de Campo de concentração, pois achavam que teriam ajuda.
Porém, estes campos eram apenas fachada para manter os retirantes longe
do centro da cidade. Em especial com as classes mais altas.
O 15

• Com esta situação percebemos que as autoridades não conseguiam


perceber que os retirantes queriam apenas ajuda. O livro mostra os efeitos
da seca na vida de pessoas simples.
• O livro com 26 capítulos, começa com Dona Inácia fazendo uma prece,
junto com a neta Conceição, para que chuva venha. Elas moravam em uma
fazenda. Conceição era uma jovem professora independente que buscava
na leitura aprendizado.
O 15
• Conceição era crítica e independente. Mantinham contato com os
parentes. Dentre eles o Vicente, homem simples e valente.
• Durante a seca, percebe que os animais estão ficando doentes e cheio de
carrapatos. Ele pede ajuda a D. Inácia com remédios.
• Conversa com Conceição- Love story <3
“Novamente a cavalo no pedrês, Vicente marchava através da estrada
vermelha e pedregosa, orlada pela galharia negra da caatinga morta. Os
cascos do animal pareciam tirar fogo nos seixos do caminho. Lagartixas
davam carreirinhas intermitentes por cima das folhas secas no chão que
estalavam como papel queimado. O céu, transparente que doía, vibrava,
tremendo feito uma gaze repuxada. Vicente sentia por toda parte uma
impressão ressequida de calor e aspereza.”
O 15
• D. Inácia e Conceição- seguem para Fortaleza
• Vicente- resolve ficar na fazenda.
• Vagueiro Chico Bento- morava na fazenda vizinha. Muitas pessoas
começaram a fugir para capital, por conta da seca. Ele não tinha para onde ir,
soltou o gado para morrer e seguiu a pé com a família rumo a Fortaleza. Há
momentos de solidariedade, como o oposto. Acontece de tudo neste êxodo
para a cidade grande.
O 15.

• Chico Bento chega a Capital e vai para....


• Percebemos que durante toda história estes personagens estão interligados e irão
mostrar os efeitos desta seca do exterior que interfere no homem interior a todo
tempo.
• Esta obra tem o regionalismo do interior do Ceará.
• Linguagem coloquial
• Problemas sociais
O 15
• Mário de Andrade, após a leitura de O 15, faz um resenha do livro,
elogiando a escrita da autora. Menciona a seca, os deveres dos homens
e de como a literatura é importante sobre a conscientização dos efeitos
da seca.
• Raquel de Queiroz- grande referência na Literatura Brasileira, foi a
primeira mulher a ganhar o prêmio Camões e a entrar na ABL.

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