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1o bimestre - Aula 03
Ensino Médio
● Relações patriarcais e familiares ● Analisar as contribuições e
na colonização portuguesa no problematizar as críticas aos
Brasil; estudos de Gilberto Freyre
acerca da sociedade patriarcal;
● Gilberto Freyre e a Casa-Grande: ● Compreender o processo de
a exceção da sociedade constituição da família patriarcal
açucareira do nordeste; colonial e a primazia do âmbito
privado na sociedade brasileira;
● Escravidão.
● Desnaturalizar a ideia de
escravidão “branda” nas relações
entre senhores e escravizados na
vida doméstica.
TODOS FALAM!
Patriarcado pode ser entendido como um poder familiar (pater famílias) e pessoal de
dominação dos homens sobre as mulheres, seus descendentes, escravos e família.
Um funcionário do governo sai a passeio com a família
em seguida, vem a mãe, ainda grávida; atrás dela, sua criada de quarto,
escrava mulata, infinitamente mais apreciada no serviço do que uma
negra; em seguida, a ama-de-leite negra, a escrava da ama-de-leite, o
negro doméstico do senhor, um jovem escravo que está aprendendo o
serviço [...]”. (STRAUMANN, 2001).
Esses pestinhas, mimados até a idade dos cinco ou seis anos, são em
seguida entregues à tirania dos outros criados, que os domesticam a
chicotadas e os formam, para compartilhar com eles os tormentos e os
desgostos do serviço [...].” (STRAUMANN, 2001).
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Correção
Da mesma forma, “O Jantar no Brasil”, mostra uma família à mesa: o
senhor e esposa - um casal de “ioiôs”, como eram chamados os senhores
brancos nos antigos engenhos de açúcar e, no entorno, os escravizados,
com destaque para a atitude da mulher em relação às crianças, que
Debret descreve, tendo em vista o destino das dos pequenos, não com
benevolência, mas comparando ao hábito europeu de alimentar os cães
durante as refeições. As imagens revelam a escravidão como relação
social dominante, permeada de violência, em que se tratava, com
ingerência e arbítrio do senhor, os escravizados como “peças”, “bens” na
vida familiar.
O patriarcalismo de Gilberto Freyre
Na obra Casa-grande & Senzala (1933),
Gilberto Freyre descreve a família patriarcal
do Nordeste açucareiro como a base da
organização social e econômica do Brasil
colonial. Os grandes latifúndios, ou seja, as
grandes propriedades rurais, ditavam as
regras, tendo na figura do grande
proprietário de terras a centralização do Engenho de Itamaracá, de Frans
poder sobre todos em seus domínios: Post. A gravura mostra diversos
mulheres, filhos, familiares agregados, detalhes de uma fazenda de cana-de-
empregados livres, escravizados, animais, a açúcar no Brasil do século XVII.
produção rural e a própria terra.
Outros olhares
Gilberto Freyre foi um importante intérprete da sociedade brasileira e
um dos autores do pensamento social que mais se deteve na análise do
patriarcado brasileiro, regime presente na formação da família e da
sociedade brasileira, observado em sua obra Casa-Grande & Senzala. No
entanto, Freyre suaviza a violência que havia no mundo privado em
relação à escravização doméstica, suscitando intensos debates entre
historiadores, em torno da ideias de “democracia racial”, de harmonia
entre as raças. Também é necessário revisitar seu modelo de
colonização ibérica no Nordeste açucareiro, que representou uma
exceção à regra em nosso país!
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Outros olhares
No entanto, Freyre suaviza a violência que havia no mundo privado em
relação à escravização doméstica, suscitando intensos debates entre
historiadores, em torno da ideias de “democracia racial”, de harmonia
entre as raças. Também é necessário revisitar seu modelo de colonização
ibérica no Nordeste açucareiro, que representou uma exceção à regra em
nosso país!
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3. A sociedade escravista e patriarcal manteve a
mulher sob total submissão.
● Se, na sociedade colonial, existiram mulheres submetidas ao domínio
masculino, possivelmente a maioria, houve também muitas mulheres
que desafiaram aquele padrão. A existência de pedidos de divórcio por
parte das mulheres, fugas e outras transgressões demonstram que as
mulheres nem sempre foram submissas e nem o poder masculino foi
pleno e inquestionável”. (Ensinar História, 2015)
Continua...
● “Existiram mulheres que
administraram engenhos,
vendas e tabernas. Em centros
urbanos, quase 50% das
moradias eram chefiadas por
mulheres. Se a imagem da
mulher submissa se refere às
mulheres brancas da elite, as
demais ganharam outro
estereótipo. Venda em Recife (muitas dessas vendas eram
dirigidas por mulheres). Aquarela, J. M. Rugendas.
Continua... (1822-1825).
● Negras, mestiças e indígenas foram vistas como objeto de desejo
masculino e, como tal, associadas à vida desregrada e transgressora. A
maioria dessas mulheres, vivendo sob forte preconceito e a
discriminação, foram relegadas a ocupações marginais. Mas muitas
pretas ou pardas, livres ou libertas enriqueceram e acumularam bens e
escravos sem, contudo, ganharem prestígio social. Mesmo lutando por
seus lares e filhos, elas permaneceram às margens da sociedade”.
(Ensinar História, 2015)
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Continua...
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