O BRASIL E A FILOSOFIA POLÍTICA • Sem ação no horizonte, não há filosofia política. • Supervalorização dos clássicos (filosofia do Primeiro Mundo). • Filosofia política x Ciência política • Ciência política: presente. Filosofia política: passado e presente. A SOCIEDADE CONTRA O SOCIAL ou A SOCIEDADE PRIVATIZADA
• "A sociedade" x "social“
• Poder econômico x miséria
• Manutenção da hierarquia social.
• O social é aquilo que não pode tornar-se sociedade.
• Economia x democracia GRANDEZA E MISÉRIA DO "POLITICAMENTE CORRETO" • A atenuação de termos entendidos como pejorativos pelas políticas PC é ridicularizada no Brasil.
• O que é justo torna-se "sem graça", só o
politicamente incorreto teria humor.
• Rir do poder em vez de zombar da impotência.
IRACEMA OU A FUNDAÇÃO DO BRASIL • Iracema = América
• Iracema , a virgem tabajara consagrada a Tupã,
apaixona-se por Martim, guerreiro branco inimigo dos tabajaras. Por esse amor abandona sua tribo, tornando-se esposa do inimigo de seu povo. Quando mais tarde percebe que Martim sente saudades de sua terra e talvez de alguma mulher, começa a sofrer. Nasce-lhe o filho, Moacir, enquanto Martim está lutando em outras regiões. Ao voltar, ele encontra Iracema prestes a morrer. Parte, então com o filho para outras terras. • Norma – Vicenzo Bellini (1831)
• O propósito de Alencar está em encontrar
nossas raízes, sem por em xeque um povo ou outro. Com isso, reduz a parte que se dava aos portugueses mas sem jamais lhe negar a legitimidade. Os projetos das raízes e da identidade constitui por si só um significativo contraste com Bellini. • A legitimação é um dos traços quase essenciais de todo o pensamento voltado para as raízes.
• O que faz o português conquistando-a, é pois
tomar a alma da mesma do mundo ameríndio. Para ter os homens, era necessário começar pela mulher. Para apossar-se da terra, era preciso primeiro alcançar a alma. • O objetivo de Alencar ao escrever Iracema é, mais propriamente, “construtivo”. Aos indígenas cabe um papel, mas desde que saiba reconhecer e aceitar seu caráter subalterno: é o que Poti cumprirá. A busca de raízes aqui se inscreve.
• Podemos cuidar dos bens que nos deixou
Iracema, não do mal que em nós ficou sua prematura partida. • Se Caubi, o filho de Araquém, é “senhor do caminho”, é sua irmã, Iracema, quem dá a Martim as notas que permitem ocupar o país. Sem a mulher, o homem é nada – é o que entende, romântico, Alencar. Ou, sem a lenda que legitime, não haveria como realizar uma história nacional. O REAL E SEU IMAGINÁRIO OU O FIM DA ESQUERDA ILUMINISTA
• Uma das questões da doutrina econômica é a
da moeda como representação de riquezas. Mas a moeda também pode ter o papel de representar conteúdos menos tangíveis, não econômicos, que constituem uma nacionalidade. •A nova moeda retoma o nome da velha moeda, o real, de plural réis.
•Tivemos primeiro o cruzado (1986), voltamos,
com a reforma Collor, ao cruzeiro (1990). E em 1994, ao real, que foi anunciado pelo cruzeiro real (1993). • Real, plural réis, referia-se a el-rei de Portugal, ou seja, o singular remetia ao governante monárquico. Já real, plural reais, remete à realidade.
• A eficácia simbólica do real foi inegável:
elegeu duas vezes um presidente de República, cimentou uma aliança entre o centro e a direita, privatizou as estatais, acalmou por vários anos as tensões sociais. •Já se a inflação decorre de equívocos, em especial da fantasia de que subindo-se nominalmente os preços ou os salários se ganha mais, o que se pede da política econômica são medidas, ou planos, que beneficiarão a todos sendo, portanto, neutros no começo e positivos a seguir. Dessa perspectiva, não há confronto entre distintos interesses: há apenas a vitória da razão sobre as paixões, ou das Luzes sobre desejos mal elaborados. • Uma racionalidade toda se apresenta como capaz de promover a emancipação dos homens de seus males. Os males que padecemos não são mais expostos como fruto da iniquidade social. Resultam, simplesmente, de um engano no modo de perceber o mundo. E é desse modo que o iluminismo se afasta de sua conexão de esquerda. 3 PRINCIPAIS FAMÍLIAS DE IMAGENS
• 1- Grandes personagens da história brasileira
• 2- Tipos regionais • 3- Natureza basicamente animal • Temos uma proposta de identidade nacional, como, aliás, sempre é o caso quando se trata da moeda de um país. • Por muito tempo, as personagens de nossa história a quem se homenageava nas cédulas de papel-moeda representavam sua vertente mais oficial. Eram Tamandaré, Caxias, a Princesa Isabel e o barão do Rio Branco. • Com a nota celebrando Augusto Ruschi, deu- se tom ecologista à produção da Casa da Moeda, que agora prestigiava o cultor de nossos beija-flores, o cientista que tentou salvar-se de uma enfermidade fatal recorrendo à pajelança indígena. • Cada vez mais ouvimos, especialmente no rádio, no comércio ou nos telefones de telemarketing, um gerúndio desproposital. “vamos estar falando com o senhor” ou “eles estarão encontrando tal coisa”. Mesmo ações que se dão no instante (encontrar) são apresentadas no gerúndio dando uma ideia de ação contínua. • A cidadania renasceu, em 1985, ou o que imaginávamos cidadania renasceu, como a orfandade do pai presidencial. UMA POLÍTICA SEM POLÍTICOS: COLLOR E SENNA