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Caro Professor
É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário
Geral.
Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade
de se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se
faça sem sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida
continuem a ser desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.
Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem
em mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG,
de professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas
instituições públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço
da transformação curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer.
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1. Introdução
O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras
que visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para
que continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando
uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:
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Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um
espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio
produtivo actual, mas também às tendências de transformação no mercado;
Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto
é, saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros
homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o
papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir
grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre
outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a
aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na
vida?
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes,
tendo em conta a realidade do país.
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d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica
social do país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se
relacionar bem com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da
comunidade bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em
grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e
crianças.
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos
níveis subsequentes.
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é,
adaptar-se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem
cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas
múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a
flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da vida.
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No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos
temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas
competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a
cabo na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam
um modelo do saber ser, conviver com os outros e bem fazer.
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas
de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele
contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e
co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado.
No currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da
leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos
alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa,
exposições, actividades culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros
momentos de prática da língua numa situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados
a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre
temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação
social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar informações e
a sistematizá-la.
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e,
no caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores
moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação
da moçambicanidade.
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1.5. O Papel do Professor
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-
os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação
do aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas
tenham significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais
sentido se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos
inerentes à disciplina, às componentes transversais e às situações reais.
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:
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Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em
equipa, de análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim
para o desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.
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O Ensino da disciplina de História
Este Programa de Ensino foi elaborado a partir do que vigorou até 2008. No geral os
conteúdos não sofreram grandes alterações, contudo, alguns conteudos foram reorientados
para uma abordagem centrada em África em geral e Moçambique em particular.
Este programa assim como todos os outros devem ter em conta os temas transversais que
deverão ser integrados ao longo da planificação das unidades temáticas. Para complementar a
abordagem dos temas transversais poder-se-ão realizar actividades extracurriculares.
O ensino desta disciplina deve contribuir para o desenvolvimento de atitudes de respeito pelos
direitos e crenças dos outros, de solidariedade, de tolerância, consciência patriótica e vontade
de participar activamente na construção de uma sociedade moçambicana democrática.
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Desenvolver e consolidar o imaginário social comprometido com o ideal da pátria;
Contribuir para a compreensão da sociedade, sua génese e transformação e os
múltiplos factores que nela intervém, como produto da acção humana e a
compreensão de si mesmo como agente social e os processos sociais como
orientadores da dinâmica dos diferentes grupos humanos.
Desenvolver e consolidar atitudes, comportamentos, ancorados nas competências do
aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.
Despertar nos alunos a compreensão dos elementos cognitivos, afectivos, sociais e
culturais que constituem a identidade própria e a dos outros;
Contribuir para a consolidação de um espírito democrático e comprometimento para
construção de uma sociedade solidária através da acção cooperativa e não
individualista.
Utilizar adequadamente a linguagem própria da História na escola, no trabalho e em
todos os contextos da vida.
Assim, a disciplina de História continuará a desenvolver as competências adquiridas nas
classes anteriores, versando, por um lado, a História Universal, e por outro, o entrosamento
da História do continente africano e da pátria na história universal.
Para o efeito, dever-se-à privilegiar à combinação de métodos e técnicas com vista a
desenvolver nos alunos capacidades de observação, análise, recolha de informações,
contextualização dos processos e acontecimentos, interpretação e síntese.
Ao longo do 1º ciclo do Ensino Secundário Geral, (8ª, 9ª e 10ª Classes) os alunos devem
desenvolver as seguintes competências gerais para a vida:
Emite opiniões sobre os processos históricos, sociais e culturais que ocorrem em seu
redor, no país e no mundo;
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Promove atitudes de solidariedade, tolerância e respeito pelas diferenças;
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3. Visão Geral dos conteúdos do 1º Ciclo do Ensino
Secundário Geral
8ª Classe 9ª Classe 10ª Classe
1. A História como 1.- A Formação do Sistema 1.- As contradições
Ciência Capitalista entre os Séculos Imperialistas dos finais
XV-XVIII do século XIX até ao final
da 1ª Guerra Mundial
2.-Origem e Evolução 2.- O Capitalismo Industrial e 2.- O Mundo entre a 1ª e a
do Homem o Movimento Operário nos 2ª Guerra Mundiais (1918-
séculos XVIII-XIX 1939)
3.- As diferenciações 3.- Do Capitalismo Industrial 3.- A 2ª Guerra Mundial
sociais e a formação de ao Imperialismo (1939-1945) e o Movimento
Estados de Libertação Nacional
4. As relações sócio- 4.- O Mundo entre a
políticas na Europa e confrontação e o
na África entre séc.VII- desanuviamento
XV
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Visão Geral dos Conteúdos da Disciplina de História da 9ª Classe
Avaliação 18
horas
Total de horas 72
horas
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Carga Horária Por Trimestre
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PLANO TEMÁTICO DETALHADO
Unidade Temática 1 A Formação do Sistema Capitalista Mundial (Séc. XV-XVIII)
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
Definir o conceito “Período de 1.1. A Europa e mundo no início do
Transição” ou “Antigo Regime”; séc. XV;
Caracterizar a economia europeia no 1.1.1. O “Período de Transição” ou
Período de Transição; “Antigo Regime”;
Caracterizar a estrutura da sociedade 1.1.2. A economia europeia no o Interpreta a penetração estrangeira como
europeia no Período de Transição; período de Transição ou Antigo uma fase da integração da África e
Regime; Moçambique na economia mundial;
1.1.3. A estrutura da sociedade
europeia no período de transição; o -Reconhece a expansão como resultado do
Caracterizar o desenvolvimento das 1.1.4. O desenvolvimento sócio- desenvolvimento técnico e científico do
sociedades africanas durante o económico, politico e cultural da mundo;
período de transição; África entre o século XV e XVII;
Descrever as relações entre a África e 1.1.5. As relações entre a África e o Analisa criticamente a pilhagem colonial 18
o mundo no período de transição; os outros continentes entre os destacando o carácter injusto das trocas
séculos XV-XVII; comerciais e o tráfico de escravos;
Explicar os antecedentes da 1.2. Expansão Europeia e Comércio
o Explica a fundamentação teórica da
Expansão; Colonial (Revisão);
pilhagem colonial;
Explicar os factores e/ou razões da 1.2.1. O comércio Mediterrânico nos
Expansão; séculos XIII e XIV:
o Explica as consequências dos movimentos
Caracterizar as etapas da Expansão - As partes envolvidas;
Europeia; - os principais mercadores; Culturais e Ideológicos dos Séculos XIV-
Caracterizar a expansão portuguesa - A ascensão dos italianos e turcos; XVI;
em Moçambique; 1.2.2. os factores de expansão,
Explicar o carácter desigual do objectivos e etapas;
1.2.3. A expansão portuguesa em o Associa a origem das igrejas cristãs
comércio colonial;
Moçambique; modernas à reforma religiosa;
1.2.4. A pilhagem colonial:
- as trocas desiguais; o Diferencia o sistema absolutista e
- o tráfico de escravos; democrático;
Explicar o impacto da expansão e 1.2.5. As consequências da 1ª o Elabora textos, resumos e sínteses,
comércio colonial em África, Ásia e expansão europeia:
quadros e esquemas sobre as matérias
América e Europa no início do Séc. - permutas culturais entre Europa,
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Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
XV; Ásia, América e África; dadas;
- ascensão da Burguesia mercantil;
Explicar o conceito mercantilismo e - início do subdesenvolvimento das
o seu papel na pilhagem colonial; colónias em benefício das potências
Sintetizar a origem, características, coloniais;
espaço e tempo em que se difundiu o 1.5. As Teorias Económicas do
fisiocratismo; Antigo Regime;
1.5.1. O mercantilismo e o seu
papel na pilhagem das colónias e a
acumulação de capitais na Europa;
1.5.2. O Fisiocratismo: Origens e
características;
Definir Renascimento e Humanismo; 1.3. O Renascimento, o
Caracterizar cada um destes Humanismo, suas características e
movimentos culturais e ideológicos; difusão:
Sintetizar a influência destes 1.3.1. Conceito de Renascimento;
movimentos nas ciências e na arte; 1.3.2. Os factores do
Nomear principais representantes Renascimento;
destes movimentos; 1.3.3. Características do
Renascimento;
1.3.4. Representantes;
1.3.5. O Humanismo e sua difusão;
1.3.6. Os novos caminhos da
ciência e da arte;
Analisar as causas da crise religiosa 1. 4. A crise religiosa do século XVI:
do Séc. XVI; a Reforma Protestante e a
Caracterizar a crise religiosa; resposta da Igreja Católica;
Identificar as correntes religiosas 1.4.1. Origens e características da
resultantes da Reforma protestante; Crise;
Descrever a resposta da Igreja 1.4.2. A Reforma Religiosa;
Católica face à Reforma Protestante; 1.4.3.As principais correntes
protestantes (Luteranismo
/Calvinismo/ Anglicanismo);
1.4.4. A resposta da Igreja Católica
(contra-reforma);
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Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
Explicar o conceito e características 1.6. O Absolutismo; o Associa as revoluções burguesas ao
do absolutismo; 1.6.1. Conceito e características do desenvolvimento da sociedade capitalista;
Analisar criticamente o regime absolutismo;
absolutista, tomando como exemplo o 1.6.2. O surgimento dos regimes
absolutismo francês; absolutistas na Europa; o - Explica o alcance das medidas tomadas
Relacionar as Revoluções Burguesas 1.6.3. O exemplo da França; pela burguesia depois do triunfo das
na Europa com o desenvolvimento da 1.7. As Revoluções Burguesas; revoluções burguesas;
Sociedade capitalista; 1.7.1. A Revolução Burguesa na
Explicar as principais medidas Inglaterra e seu significado:
tomadas pela burguesia para As origens; o Associa a Revolução Americana a formação
consolidar o seu poder; As fases; dos Estados Unidos da América do Norte;
Importância/significado;
Explicar o processo de formação das - A crise económica e social e as
colónias da América do Norte novas ideias iluministas; o Reconhece as revoluções burguesas como
Caracterizar as contradições entre a - Iluminismo-Conceito, transição política do antigo regime católico
Inglaterra e as 13 colónias norte características e representantes. feudal ao novo regime liberal;
americanas 1.8. A luta pela independência
Explicar a importância da Constituição nas colónias inglesas da
americana de 1787 América do Norte; o Analisa a importância de uma Constituição
1.8.1. As colónias inglesas da como a lei-mãe que regula as relações de
América do Norte uma sociedade.;
- As contradições entre Inglaterra
e as 13 colónias norte-
americanas o Interpreta textos referentes aos ideais da
1.8.2. O processo da luta pela liberdade e dos direitos do Homem (o
independência das colónias Iluminismo);
norte-americanas (breve
cronologia)
1.8.3. A Constituição Americana de
1787, sua importância.
Explicar as causas da Revolução 1.9. A Revolução Francesa (1789-
Francesa 1795)
Explicar os conceitos Iluminismo, 1.9.1. As causas da Revolução
Revolução Burguesa Francesa
Explicar as características do 1.9.2. O Início da Revolução: A
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Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horária
Iluminismo convocação dos Estados
Descrever as etapas da Revolução Gerais e a tomada da Bastilha
Explicar a importância da Revolução 1.9.3. As etapas da Revolução
Francesa
1.9.4. A importância da Revolução
Francesa
África entre os séculos XV – XVIII
A situação Económica
A situação política
A situação religiosa
A cultura
As Relações entre a Europa e África
entre os séculos XV e XVIII
Sugestões Metodológicas:
No programa da 8ª Classe, a última unidade trata da emergência e desenvolvimento do Feudalismo na Europa entre os
séculos VII-XV e o estádio de desenvolvimento da África durante o mesmo período.
O Programa da 9ª Classe inicia com a análise das contradições que este sistema continha, cuja derrocada dá origem ao Sistema
Capitalista, que começa a desenvolver-se à partir do século XV. O professor, ao iniciar a implementação deste programa,
devera fazer a ponte entre o programa da 8ª classe, nomeadamente a última unidade no concernente a África antes do Sec.
XV, de tal forma que os alunos compreendam a ligação que existe entre este programa e o da 8ª classe.
A 1ª Unidade do Programa da 9ª classe trata da “Formação do Sistema Capitalista Mundial entre o século XV e XVIII. O fulcro
desta unidade é a acumulação primitiva do capital que é acompanhado de um amplo movimento económico (mercantilismo),
político (absolutismo), ideológico (as reformas e o iluminismo) e cultural (o Renascimento e o Humanismo) em toda a Europa.
Esta fase conduziu a uma tomada de poder pela burguesia, mantendo, entretanto, a monarquia como forma de Estado.
Introduz-se nesta unidade o fenómeno de trabalho assalariado no interior do sistema capitalista e, em simultâneo, o fenómeno
de exploração entre Estados, que se manifestou através da troca desigual com as colónias, com destaque para o tráfico de
escravos. Estes temas favorecem uma ligação com a actualidade na compreensão das origens remotas do subdesenvolvimento
dos povos africanos, asiáticos e latino-americanos.
O ciclo de estudo do Estado numa sociedade de classes deve culminar com a análise do Estado burguês e reflectir sobre
conceitos de Estado, classe, luta de classes, capital e burguesia. É necessário que os alunos entendam que a tomada do poder
pela burguesia foi uma revolução em relação ao sistema Feudal.
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Para melhor abordagem desta unidade sugere-se o seguinte:
Estudar convenientemente os objectivos específicos definidos para cada subunidade, os conteúdos e as competências
requeridas;
Utilizar os livros do aluno da 9ª classe existentes e outros manuais complementares (como os livros da 7ª e 8ª);
Promover estudos independentes através da elaboração de resumos, quadros comparativos, fichas de trabalho,
esquemas, mapas, interpretação de textos, debates, etc.
Destacar o carácter transitório do período em estudo e as marcas do mesmo no domínio político, económico, cultural e
social.
Mais do que descrever as Revoluções Burguesas é fundamental destacar a sua importância no processo de transição do
Feudalismo ao Capitalismo.
Será importante destacar nesta unidade o surgimento de um novo sistema de relações de produção, baseadas no trabalho
assalariado, em oposição ao quadro de relações vigentes no feudalismo.
O fenómeno do comércio colonial (baseado na troca desigual) deve ser destacado para que os alunos entendam as origens, em
parte, do subdesenvolvimento dos povos africanos, asiáticos e latino-americanos. Em torno desta questão merece atenção
especial a problemática do tráfico de escravos, para cuja abordagem propõe-se o seguinte:
recomendar aos alunos para preparar um breve resumo sobre as origens, as rotas, agentes e consequências do tráfico
esclavagista com base no livro de Ciências Sociais da 7ª classe e no de História da 8ª classe;
com base nos trabalhos dos alunos e em algumas leituras complementares, o professor poderá partir para uma
abordagem mais profunda do tráfico, destacando em particular o impacto desta prática.
Levar os alunos, a pesquisa de documentos históricos nas diferentes matérias em estudo, para uma melhor
compreensão da política e ideologia da época em estudo.
Ao falar da expansão europeia o professor poderá referir-se a designação “descobrimentos” que também é usada para
este fenómeno e problematizar esta terminologia.
Por exemplo, sub-temas como: “A economia europeia no Antigo Regime”; “O desenvolvimento sócio-económico da África entre
o Século XV e XVII”; “O comércio no Mediterrâneo nos séculos XIII e XIV”, etc., podem ser distribuídos a pequenos grupos de
alunos (3 ou 4) para prepararem e apresentá-los na aula seguindo-se de um debate. É importante que o professor ajude os
alunos a seleccionar os materiais de consulta, a seleccionar questões principais que devem ser respondidas e a organizar o
texto. No debate participam todos os alunos sob orientação criteriosa do professor. Os autores do texto anotam as observações
dos colegas, o professor ajuda-os a corrigir e aí surge documento de consulta para todos.
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O mesmo se pode fazer em relação a um texto da época de transição. Por exemplo o texto citado nas pág.31-32 do livro da 9ª
classe, de Luís Fernando e Teresa Nhampule, sobre o Renascimento, diz:
O professor pode encarregar a um grupo de 3 ou 4 alunos para estudarem e interpretarem-no e apresentar a síntese à turma,
sob olhar atento do professor. Um dos aspectos que o professor não deve esquecer é o de contextualizar estas ideias e levar os
alunos a compreender a sociedade, sua génese e transformação e os múltiplos factores que nela intervêm, como produto da
acção humana.
Esta forma de ensinar História exige muita organização e planificação cuidadosa do professor. O professor distribui os trabalhos
e acompanha a sua realização e exige que outros alunos estudem os temas para poder intervir construtivamente no dia da
discussão.
Este exercício pode ser difícil no início mas tem a vantagem de fazer com que os alunos participem na construção de uma aula,
estimula a sua auto-estima e criatividade e consolida a sua auto-confiança.
O mesmo se pode fazer em relação aos conceitos que se seguem. Um grupo de alunos pode ocupar-se do esclarecimento
destes conceitos e apresentar os resultados à turma.
Conceitos:
O conhecimento e aplicação dos conceitos inerentes aos conteúdos em leccionação são importantes porque permitem que os
alunos adquiram vocabulário específico da disciplina. Por isso sugerem-se os seguintes conceitos:
Estado, Classes Sociais, Luta de classes, Capital, Burguesia, Período de Transição, Comércio Colonial, Monarquia, Acumulação
Primitiva do Capital, Reforma, Protestantismo, Absolutismo, Escravatura, Revolução burguesa, parlamentarismo, Regime
Constitucional, Iluminismo.
Podem ser desenvolvidas actividades como apresentação e debate de alguns artigos da Constituição por exemplo Inglesa,
Americana ou Francesa para aferir a importância deste instrumento. Os alunos devem compreender a importância de um
Estado de direito.
Em relação à Constituição moçambicana, pode ser interessante convidar um parlamentar para abordar este tema.
As actividades aqui sugeridas podem ser realizadas também em relação às outras unidades. O que se pretende é que o
ensino/aprendizagem desta unidade permita atingir os objectivos e competências definidos no programa através de uma
participação activa dos alunos.
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Indicadores de desempenho
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Unidade Temática 2 O Capitalismo Industrial e o Movimento Operário
Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horári
a
Descrever os factores da eclosão 2.1. A Revolução Industrial e o o Compara a sociedade católico-feudal
da Revolução Industrial na desenvolvimento do capitalismo Industrial: com a da época industrial;
Inglaterra; 2.1.1. Os factores da eclosão da "Revolução o Associa a Revolução Industrial ao
Industrial" na Inglaterra; triunfo das relações capitalistas de
Analisar as consequências 2.1.2. As invenções técnicas na primeira e produção na Europa; 16 h
económicas, políticas sociais e segunda fase da "Revolução Industrial" e as
culturais da Revolução Industrial; novas fontes da energia;
2.1.3. As consequências económicas,
políticas, sociais e culturais da "Revolução
Industrial".
Descrever as condições de vida e 2.2. O Movimento Operário: o Compreende o carácter injusto das
de trabalho dos operários; 2.2.1. As condições de vida e de trabalho dos relações capitalistas de produção;
Relaciona as condições de vida e operários;
de trabalho com o 2.2.2. A exploração do trabalho feminino e
descontentamento dos operários; infantil; o Relaciona as más condições de trabalho
2.2.3. As contradições fundamentais entre a e de vida dos operários com as mais
classe operária e a burguesia; diversas formas de luta;
Explicar o contexto em que 2.2.4. O aparecimento das teorias
surgiram as teorias socialistas; socialistas:
Descrever as características gerais 2.2.4.1. O Socialismo Utópico; o Assume que é membro activo da
do socialismo Utopico e socialismo 2.2.4.2. O Socialismo Científico; sociedade e que da sua acção podem
ciêntifico resultar mudanças no meio em que
está inserido;
Caracterizar os primeiros 2.2.5. O sindicalismo e as primeiras
movimentos operários europeus; organizações e
Descrever as principais formas de manifestações operárias:
luta dos operários; - Os TRADE-UNIONS na Inglaterra;
Mencionar os primeiros partidos - A Confederação Geral dos Trabalhadores
operários europeus; na França;
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Objectivos Específicos Conteúdos -Competências Básicas Carga
O aluno: horári
a
- A Liga Comunista e 1ª. Internacional;
- A formação dos partidos operários
europeus;
Explicar as causas da Comuna de 2.3. A Comuna de Paris: o Avalia criticamente a presença europeia
Paris; 2.3.1. As causas e o decorrer da Comuna; em África e Moçambique;
Explicar o decorrer da Comuna 2.3.2. As características do primeiro poder
de Paris; popular e as causas da sua derrota;
Identificar as características do 2.3.3. O Significado da Comuna de Paris; o Associa a penetração Europeia em
primeiro poder popular e as Moçambique com o despertar da
causas da sua derrota; identidade nacional
Explicar o significado da Comuna;
Descrever o mapa político da 2.4. África e Moçambique na época das
África e Moçambique nos séculos Revoluções Burguesa e Industrial;
XVIII/ XIX; 2.4.1. O mapa político da África no final do o Elabora textos, resumos e sínteses;
Caracterizar a estrutura sócio- século XVIII/início de XIX:
quadros e esquemas sobre as matérias
económica da África neste 2.4.2. A estrutura sócio-económica;
dadas;
período; 2.4.3. As relações África/mundo;
Descrever as relações 2.4.4. A presença europeia em
África/resto do mundo; Moçambique;
Explicar a presença europeia em
Moçambique;
Sugestões Metodológicas:
O centro desta unidade é o estudo da Revolução Industrial, particularmente o desenvolvimento de máquinas, fábricas e as
fontes da energia, assim como os ramos principais da indústria e as suas aplicações nas novas relações de produção.
16
No concernente às lutas do proletariado é importante destacar a Comuna de Paris e a sua importância como primeiro Estado da
classe operária no mundo. A Comuna de Paris será apresentada como primeiro exemplo da revolução proletária preconizada
por Marx e Engels.
São introduzidos e aprofundados conceitos como: movimento operário, reforma parlamentar, socialismo utópico, socialismo
científico, internacionalismo proletário, comuna, proletariado, 1ª internacional.
Para o melhor tratamento destes conteúdos sugere-se o seguinte:
Que sempre que seja possível se recorra ao trabalho independente dos alunos. Por exemplo, na análise dos factores da
Revolução Industrial na Inglaterra, como é o caso da “revolução agrícola”, “revolução demográfica”, “o alargamento dos
mercados e a acumulação de capitais”. Pode-se propor a realização de trabalhos em grupo resumindo os assuntos em
questão seguidos de discussão na sala e elaboração de sínteses. O mesmo pode ser feito em relação as fases da
Revolução Industrial em que os alunos podem sintetizar as principais invenções técnicas de cada fase.
As actividades a realizar no âmbito do trabalho independente deverão ser programadas pelo professor de acordo com as
condições concretas da sua escola.
Sendo possível os alunos poderão ser levados a contemplar a realidade dos assuntos em estudo através de visitas a fábricas ou
outros sectores relacionados. Podem ser adoptadas várias acções como as sugeridas em relação à unidade 1.
INDICADORES DE DESEMPENHO
17
Unidade Temática 3 - Do Capitalismo Industrial ao Imperialismo
Sugestões Metodológicas:
A transição do Capitalismo Industrial à fase de monopólio e a essência económica e política do Imperialismo é o ponto principal
desta unidade.
Analisando e avaliando o Imperialismo como fase suprema do Capitalismo, os alunos devem conhecer as causas e a razão de
ser da transição do capitalismo livre e concorrencial, ao Capitalismo monopolista, bem como a essência económica, política e o
lugar histórico do Imperialismo. Para isso sugere-se que o professor destaque os conceitos “Capitalismo Concorrencial”,
“Capitalismo Monopolista” e conduza os alunos a compreender a diferença entre estes dois fenómenos;
18
Outro aspecto essencial nesta unidade é que os alunos entendam o carácter agressivo do Imperialismo para o que será
importante destacar os acontecimentos do passado que consubstanciam essa política imperialista.
Deve-se caracterizar o Imperialismo com exemplos concretos da sociedade europeia do século XIX, ajudando a desenvolver,
nos alunos, uma atitude anti-imperialista, bem como prepará-los para a compreensão dos conteúdos e objectivos da 10ª
Classe. Para esta abordagem serão considerados, como exemplos, a África Austral e Moçambique.
Os alunos deverão saber aplicar e explicar os conceitos de Imperialismo, monopólios, exportação de capitais, livre concorrência
e financeira. As actividades sugeridas na primeira unidade, relativamente aos alunos, podem ser também adoptadas nas outras
unidades.
As competências claramente sugeridas no Plano Detalhado do Programa constituem a síntese da aprendizagem, ou seja, o
resultado da construção do conhecimento. Ao professor é solicitado a privilegiar a análise dos processos históricos para que os
próprios alunos construam este conhecimento.
Indicadores de desempenho
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AVALIAÇÃO:
A avaliação permite ao professor tirar conclusões dos resultados obtidos para o desenvolvimento
do trabalho pedagógico subsequente e verificar a necessidade de reajuste curricular de acordo
com as necessidades educativas dos alunos.
A avaliação deve focalizar-se em todas as actividades realizadas pelos alunos de forma que se
obtenha uma imagem fiável do desempenho do aluno e do professor, em termos de
competências básicas descritas no Programa de Ensino.