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Ficha Técnica

Título: Educação Física, Programa da 9ª Classe


Edição: ©INDE/MINED - Moçambique
Autor: INDE/MINED – Moçambique
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique
Arte final: INDE/MINED - Moçambique
Tiragem: 1500 Exemplares
Impressão: DINAME
Nº de Registo: INDE/MINED – 6259/RLINLD/2010
Prefácio

Caro Professor

É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral.

Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade de
se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça
sem sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a
ser desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.

As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram desenvolver,


compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para
a vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o mundo de trabalho
numa economia cada vez mais moderna e competitiva.

Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem
em mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de
professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições
públicas, empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço da
transformação curricular e a quem aproveitamos desde já, agradecer.

Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas,


apelamos ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa
criatividade e empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que
amanhã contribuirão para o combate à pobreza.

Aires Bonifácio Baptista Ali.

Ministro da Educação e Cultura

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Programa de Educação Física da 9ª Classe 1
1. Introdução

A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se


enquadra no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e Cultura e
tem como objectivos:

• Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos


aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país.
• Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado, flexível
e profissionalizante.
• Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos
estudos como para o mercado de trabalho e auto emprego.
• Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.

Constituem principais documentos curriculares:


• O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador que contém
os objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as estratégias de
implementação;
• Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos;
• O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG);
• Outros materiais de apoio.

1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG

O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que
continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.

O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.

As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do


mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das
Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre
outros desafios.

Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma
formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:

Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e


estético, de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e
formular os seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais
que tiver de tomar em diversas circunstâncias da sua vida;

Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos


científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a
interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e
naturais;

Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um


espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio
produtivo actual, mas também às tendências de transformação no mercado;

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Programa de Educação Física da 9ª Classe 2
Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é,
saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens
de diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129

Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se


organize em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o
mundo, agir sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma
responsável.

Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas


relevantes para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e
como cidadãos responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral.

1.2. Os desafios da Escola

A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o
papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir
grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre
outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender
e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.

Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?

As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é,


conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza para
enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana. Isto
significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas, pensar
critica e criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de combinar um
conjunto de conhecimentos, práticas e valores.

Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo
em conta a realidade do país.

Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as


competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e
escrita, matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas
como cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar,
nomeadamente:

a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;


b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de
aprendizagem e busca metódica de informação em diferentes meios e uso de
tecnologia;
c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e
apresentação dos trabalhos;
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica social
do país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se relacionar
bem com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da comunidade
bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
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Programa de Educação Física da 9ª Classe 3
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em
grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e
crianças.

Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática
educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.
(...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de experimentar
situações em que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num ambiente limpo se a escola
estiver limpa e promover o asseio em todos os espaços escolares. O aluno cumprirá as regras de
comportamento se elas forem exigidas e cumpridas por todos os membros da comunidade escolar de
forma coerente e sistemática.
PCESG:27
Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça,
solidariedade, humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o amor à
pátria, o amor próprio, o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito pelo próximo e pelo
bem comum, deverá estar ancorado à prática educativa e estar presente em todos os
momentos da vida da escola.

As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis
subsequentes.

Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se
a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais
novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na
resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de
modo a ter várias ocupações ao longo da vida.

1.3. A Abordagem Transversal

A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista
um desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade
escolar é chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de
situações-problema parecidas com as que se vão confrontar na vida.

No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos
temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas
competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo
na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um
modelo do saber ser, conviver com os outros e bem fazer.

Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de
tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele
contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-
curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.

O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao


longo do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações
para a sua abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio
sobre os temas transversais.

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Programa de Educação Física da 9ª Classe 4
O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias que
permite estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias
áreas de conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as actividades
a realizar no âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam professores,
alunos e até a comunidade e constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos.

1.4 As Línguas no ESG

A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No
currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).

As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de todas


as disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os
professores deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam adequar o
seu discurso às diferentes situações de comunicação. A correcção linguística deverá ser uma
exigência constante nas produções dos alunos em todas as disciplinas.

O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura
(concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões
para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades
culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática da língua
numa situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer
comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre
factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou
criticar de forma apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la.

Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no
caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores
moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da
moçambicanidade.

1.5. O Papel do Professor

O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis na


família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho.

Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os
em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do
aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas tenham
significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.

O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido
se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à
disciplina, às componentes transversais e às situações reais.

Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:

• organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus


conhecimentos, habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de soluções;
• encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento
de competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um

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Programa de Educação Física da 9ª Classe 5
problema que os obriga a recorrer a conhecimentos, procedimentos e experiências de
outras áreas do saber;
• acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-los
e corrigi-los durante o processo de trabalho;
• criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o mundo
e transformá-lo;
• avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa
perspectiva formativa.

Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à


profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa
passa pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as disciplinas.
Neste sentido, não se pode falar em desenvolvimento de competências para vida, de
interdisciplinaridade se os professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se
fecham nas suas próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionais ou da
história local poderá envolver diferentes disciplinas. Por exemplo:
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e
correcção dos textos;
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes;
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região;
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.

Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em equipa,


de análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para o
desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.

As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o


desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é mais
um centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para reprodução e
memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e conhecimentos. O
aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e pesquisa de informação,
reflectindo criticamente sobre a sociedade.

O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os


recursos e aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma
comunidade escolar implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural, organizador
democrático e gestor da heterogeneidade vivencial dos alunos.

As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de conceber


e utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo; entusiasmo, espírito
competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e debate de ideias; o interesse
pela integração social e vocação profissional.

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Programa de Educação Física da 9ª Classe 6
2. O Ensino-Aprendizagem na disciplina de Educação Física

O presente programa apresenta uma proposta que procura diversificar e ampliar as práticas
pedagógicas, ligadas à educação física, com o intuito de fornecer ao professor instrumentos que
devem orientar o seu trabalho.
O programa aponta metas de qualidade que ajudam o aluno a enfrentar o mundo actual como
cidadão participativo, reflexivo, autónomo, conhecedor dos seus direitos e deveres. No entanto, é
aberto e flexível podendo ser adaptado à realidade de cada escola.
Assim, a Educação Física deve contribuir para o desenvolvimento da cultura física e exercício da
cidadania e da moçambicanidade; favorecer a autonomia dos alunos para monitorar as suas
actividades, regulando o esforço, traçando metas, conhecendo as potencialidades, limitações e
distinguir situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais.
Neste sentido a disciplina de Educação Física vai continuar a desenvolver as competências
adquiridas na 8ª classe versando, por um lado, os desportos colectivos e, por outro lado, os desportos
individuais e habilidades éticas e socioculturais.
A primeira parte do programa apresenta os objectivos gerais, a visão geral dos conteúdos as
competências específicas da disciplina de Educação Física do Ensino Secundário Geral do 1º ciclo
(ESG1), que apontam para o desenvolvimento de habilidades, capacidades, valores e atitudes.
A segunda parte aborda os Objectivos, Unidades Temáticas e Avaliação da 9ª classe. Esta parte
também contempla as sugestões metodológicas gerais que podem auxiliar o professor nas questões
do quotidiano e serve de ponto de partida para discussões e debate.
Por cada unidade temática estão definidos objectivos, conteúdos, competências básicas, carga
horária, sugestões metodológicas, e indicadores de desempenho. Caberá ao professor seleccionar os
meios materiais, as estratégias de ensino e os manuais para o trabalho docente, de acordo com as
condições da escola.
As unidades temáticas estão distribuídas por trimestres de forma que não passem de 4 unidades
como ilustra o quadro que se segue:

I Trimestre II Trimestre III Trimestre


Ginástica (4 horas) Atletismo (6 horas) Basquetebol (10 horas)
Futebol (10 horas) Andebol (10 horas) Voleibol (10 horas)
Atletismo (6 horas) Ginástica (6 horas) Danças (2 horas)
Jogos Tradicionais (4
horas)

Para a avaliação das unidades temáticas descritas no programa, deverá ser usada a grelha de
observação.

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Programa de Educação Física da 9ª Classe 7
3. Objectivos da disciplina Educação Física no ESG

Ao Terminar o ESG o aluno deve:


1. Demonstrar competências em variadas formas de movimentos e na coordenação motora;
2. Aplicar os conceitos e princípios do movimento na aprendizagem e desenvolvimento de
habilidades motoras;
3. Dominar as regras de jogo;
4. Demonstrar o espírito do “fair play”;
5. Demonstrar um estilo de vida saudável através da prática da actividade física regular;
6. Demonstrar responsabilidade pessoal e comportamento social na realização de actividades
físicas;
7. Compreender as diferenças individuais na prática da actividade física;
8. Adquirir conhecimentos de segurança para uma variedade de situações e como prevenir ou
tratar lesões;
9. Reconhecer o papel do desporto, jogos e danças na cultura moderna;
10. Desenvolver atitudes positivas face à Educação Física e Desporto como uma actividade que
pode ser realizada como desporto ou profissão.

Competências a desenvolver no ESG1


1. Procede ao levantamento de canções, jogos e danças tradicionais em línguas locais
2. Pesquisa informação sobre os benefícios da actividade física recorrendo a materiais
bibliográficos;
3. Pratica actividades físicas com prescrição do professor;
4. Demonstra atitude positiva na luta contra malefícios de drogas, tabaco e das doenças
hipo cinéticas.
5. Respeita regras, adversários e claques e aceita as diferenças na prática da actividade
física;
6. Respeita os resultados do jogo;
7. Fala sobre a importância da actividade física;
8. Pratica as diferentes modalidades desportivas em vários meios sociais e atmosféricos
9. Auxilia na organização de jogos inter turmas e actividade desportiva no local de
residência;
10. Demonstra noções de higiene e segurança na prática desportiva;
11. Relaciona os conhecimentos de outras áreas curriculares com a Educação Física;
12. Respeita os colegas portadores de deficiência a praticar e participar nos jogos ou outras
tarefas de gestão de competições.
13. Usa a terminologia específica da disciplina de Educação Física;
14. Usa a linguagem gestual para transmitir ideia e para se comunicar no jogo;
15. Esforça-se em atingir melhores prestações e performances físicas em todas as aulas e
testes;
16. Ajuda aos colegas mais fracos a superarem as suas dificuldades;
17. Cumpre com os regulamentos de competição desportiva.

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Programa de Educação Física da 9ª Classe 8
Objectivos Gerais do ESG1
Ao terminar o primeiro ciclo do ensino secundário geral, o aluno deve:
1. Dominar as técnicas das modalidades leccionadas;
2. Desenvolver capacidades motoras;
3. Dominar as regras fundamentais dos jogos;
4. Desenvolver o espírito de tolerância, disciplina e respeito pelas regras e senso pelas
diferenças culturais;
5. Auxiliar na organização actividades desportivas, cívicas e comunitárias;
6. Promover um estilo de vida saudável através da prática da actividade física regular;
7. Valorizar o património cultural através das habilidades etnoculturais (danças e jogos
tradicionais);
8. Promover a aprendizagem inclusiva e integrada através da actividade física.

Visão geral dos conteúdos da 8ª a 10ª classe


Unidades temáticas e conteúdos Classe
1. Ginástica 8ª 9ª 10ª
1.1 Rope Skipping ( Salto Acrobático a Corda) • • •
• Exercícios individuais com 1 corda
- corrida de velocidade estacionaria
- Criss cross
- Exercícios de coordenação
• Exercícios 2 pessoas uma corda
• Exercícios com 1 corda longa
• Exercícios com 2 cordas longas (double dutch)
• Free style (montagem de coreografias)
1.2 Ginástica Aeróbica • •
• Passos básicos de pernas
• Movimentos básicos de braços
• Exercícios localizados para pernas, braços e tronco
1.3 Ginástica Acrobática
• Exercícios estáticos 2 a 2 • • •
• Exercícios dinâmicos 2 a 2
• Exercícios estáticos 3 a 3
• Montagem de coreografias
1.4 Ginástica Artística Desportiva
• Aparelho - solo • • •
- Combinações dos elementos rolamentos a frente e
atrás,
- Pino de cabeça, pino de braços e roda)
- Elementos de ligação (Salto antero posterior, salto
tesoura)
- Elementos de equilíbrio (avião, bandeira)
- Elementos de flexibilidade (ponte, espargata)
• Aparelho - Saltos
- Corrida salto em extensão
- Salto em extensão com ½ giro
- Salto carpa
- Salto engrupado
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Programa de Educação Física da 9ª Classe 9
- Salto eixo
2. Danças e Jogos Educativos 8ª 9ª 10ª
2.1 Dança Moçambicana • • •
- Passos básicos de uma dança a escolha
- Montagem de uma coreografia
2.3 Jogos • • •
- Jogos tradicionais
- Jogos Recreativos
3. Atletismo 8ª 9ª 10ª
3.1 Corridas
- velocidade •
- estafetas • •
3.2 Saltos
-comprimento •
-triplo salto • •
3.3 Lançamentos
- Arremesso da Bola •
- Peso • •
3.4 Exercícios combinados
-Fartleck • • •
4. Andebol 8ª 9ª 10ª
-técnica individual • •
-táctica individual e colectiva • • •
-jogos • • •

5. Basquetebol 8ª 9ª 10ª
-técnica individual • •
-táctica individual e colectiva • • •
-jogos • • •

6. Futebol 8ª 9ª 10ª
-técnica individual • •
-táctica individual e colectiva • • •
-jogos • • •

7. Voleibol 8ª 9ª 10ª
-técnica individual • •
-táctica individual e colectiva • • •
-jogos • • •

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Programa de Educação Física da 9ª Classe 10
Objectivos Gerais da 9ª classe
Ao terminar a 9ª classe, o aluno deve ser capaz de:
1. Aperfeiçoar as técnicas desportivas dos conteúdos de Atletismo, Ginástica, Andebol,
Basquetebol, Futebol, Voleibol, Danças e Jogos Educativos;
2. Aplicar as regras fundamentais de Atletismo, Ginástica, Andebol, Basquetebol, Futebol,
Voleibol;
3. Aprofundar conhecimentos sobre as Danças e Jogos Educativos;
4. Aprofundar as habilidades práticas relativas aos processos de elevação e manutenção das
capacidades físicas;
5. Compreender os princípios de organização para participação em diferentes tipos de
actividades físicas, na perspectiva de animação cultural e desportiva;
6. Aprofundar o interesse pela prática regular das actividades físicas e a compreensão da sua
importância como factor da saúde ao longo da vida;
7. Possuir hábitos de higiene e segurança na prática desportiva;
8. Possuir hábitos de trabalho independente;
9. Valorizar o património cultural da comunidade, do país e do mundo.

Visão Geral dos Conteúdos da 9ª classe


Unidades temáticas e conteúdos Trimestre
1. Ginástica I II III
Rope Skipping ( Salto Acrobático a Corda) •
ƒ Corrida de velocidade estacionaria
ƒ Criss cross •
Ginastica Aeróbica
ƒ Passos básicos de pernas de baixo impacto (marchar, elevacao de joelhos,
step touch, V step, elevacao de calcanhar, squat, chute baixo, grape vine,
polichinelo
ƒ Movimentos básicos de braços
Ginastica Acrobática •
ƒ Exercícios dinâmicos 2 a 2 e 3 a 3
ƒ Montagem de coreografias
Ginastica Artistica desportiva •
ƒ Aparelho - solo
- Combinações dos elementos roda, pino de braços e roda.
ƒ Aparelho - Saltos
- Salto engrupado
2. Danças e Jogos Educativos
2.1 Dança Moçambicana •
− Passos básicos de uma dança a escolha
− Montagem de uma coreografia
2.2 Jogos tradicionais e Recreativos •
3. Atletismo
3.1 Corridas
− velocidade •
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Programa de Educação Física da 9ª Classe 11
− estafetas •
3.2 Saltos
− comprimento •
3.3 Lançamentos
− lançamento do peso parado •
3.4 Exercícios combinados
− Fartleck •
4. Andebol •
− técnica individual
− táctica individual
− jogos
5. Basquetebol •
− técnica individual
− táctica individual
− jogos
6. Futebol •
− técnica individual
− táctica individual
− jogos
7. Voleibol •
− técnica individual
− táctica individual
− jogos

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Programa de Educação Física da 9ª Classe 12
Plano Temático Detalhado da 9ª classe
Unidade Temática 1: Ginástica

Objectivos Conteúdos Competências básicas Carga


específicos O aluno Horária
Rope Skipping (Salto Acrobático a Corda) Executa os exercícios de salto a corda com a
Desenvolver a ƒ Corrida de velocidade estacionaria técnica correcta e de forma eficiente.
velocidade, a resistência ƒ Criss cross
e a coordenação motora Ginastica Aeróbica Combina pelo menos 4 exercícios diferentes com 10
ƒ Passos básicos de pernas de baixo impacto corda de forma individual
Conhecer os passos (marchar, elevação de joelhos, step touch, Combina pelo menos 4 exercícios de salto a corda
básicos da ginástica V step, elevação de calcanhar, squat, chute em grupo, integrado as diversas formas de salto a
aerobica desportiva baixo, grape vine, polichinelo corda.
ƒ Movimentos básicos de braços.
Ginastica Acrobática
Desenvolver o ƒ Exercícios dinâmicos 2 a 2 e 3 a 3 Executa os passos básicos de pernas e
equilíbrio, a forca e a ƒ Montagem de coreografias movimentos de braços;
flexibilidade Ginastica Artistica Desportiva Identifica os exercícios correctos e seguros para
ƒ Aparelho - solo pernas, tronco e braços
Desenvolver o espirito - Combinações de roda e pino de braços.
de equipe ƒ Aparelho - Saltos Executa e combina os elementos aprendidos nas
- Salto engrupado classes anteriores em ligação com elementos de
flexibilidade, equilíbrio

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Sugestões metodológicas da Unidade Temática 1: Ginástica
Para superar o problema da insuficiência de equipamentos e superlotação das turmas, sugere-se o trabalho por estações. Para cada estação
são escolhidos 2 conteúdos das várias subunidades temáticas da ginástica. Ex: primeira estação coloque 2 exercícios de Rope Skipping;
na segunda estação, 2 exercícios da ginástica acrobática; na terceira, 2 elementos do solo e na quarta, 1 ou 2 saltos.
Estimule a criatividade dos alunos deixando que eles construam as suas próprias combinações.
No Rope Skipping sugere-se:
ƒ Estimular a realização do exercício em equipes de 4 alunos, dois rapazes e duas raparigas nas corridas de velocidade.
ƒ Implementar a corrida de resistência estacionaria com a corda durante 2 minutos.
ƒ Implementar salto duplo em 30 segundos.
Ginástica Aeróbica sugere-se:
ƒ Na introdução de coreografias de passos básicos de pernas e movimentos básicos de braços deve incentivar s alunos a fazer com
acompanhamento musical (aparelho audio ou alunos cantando).
Na ginástica acrobática sugere-se:
ƒ Nos exercícios 2 a 2, procurar que haja equilíbrio nas alturas e peso entre os elementos do mesmo grupo.
ƒ Na construção de pirâmides os pares devem ter níveis de altura e força diferentes, ficando os alunos mais pesados (base) sempre
em baixo os leves (volante) em cima.
ƒ Deve-se ter cuidado com a coluna vertebral: o corpo deve estar sempre direito, com as nádegas e abdómen contraído e não pisar
na região lombar. Prestar particular atenção na postura e nas pegas.
ƒ Deve-se apostar em exercícios seguros e não em exercícios difíceis que ultrapassem o nível de execução dos alunos.
Na Ginástica Artística Desportiva sugere-se:
ƒ Que os elementos de ligação entre a roda, o pino de braço sejam o salto antero-posterior, a salto tesoura, os elementos de
equilíbrio (avião, bandeira) ou elementos de flexibilidade (ponte, espargata)

Indicadores de Desempenho
Realiza a corrida de velocidade de 30 segundos no Rope Skipping.
Combina, no mínimo, 4 exercícios de salto a corda em grupo, integrando diversas especialidades de salto á corda.
Executa os passos básicos de pernas e movimentos de braços na ginástica aerobica;

14
Unidade Temática 2: Dança
Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
O aluno Horária
Desenvolver a ƒ Passos básicos de uma dança Reconhece o ritmo da dança escolhida.
coordenação motora e moçambicana a escolha, dos alunos
o ritmo ƒ Montagem de uma coreografia Executa os passos das danças escolhidas pela turma de 2
forma individual e em grupo.
Pesquisar as danças da Pesquisa as danças usando várias fontes de informação e
sua comunidade elabora o relatório.
Descreve e explica aos colegas oralmente as danças que
conhece.

Sugestões Metodológicas da Unidade Temática 2: Dança


Sugere-se que os passos básicos da dança respeitem os compassos de dois em dois ou de três em três tempos.
Aconselha-se que o professor obrigue o aluno a explorar livremente o espaço que lhe rodeia de acordo com uma execussao técnica
correcta de elementos corporais simples ( deslocamentos, voltas, equilíbrios e saltos).
Como a dança é uma actividade extremamente rica, o professor deve considerar os seus aspectos coordenativos criativos e ritmos.

Indicadores de desempenho
O aluno executa a dança de acordo com o tipo de música ou canção seguindo o ritmo.
Prestar atenção à execução da coreografia na coordenação, a colaboração e a criatividade do aluno.

15
Unidade Temática 3: Jogos Tradicionais
Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
O aluno Horária
ƒ Jogos tradicionais locais
Valorizar a cultura Reconhece os jogos, sua importância e interpreta as
moçambicana mensagens neles contidos.
4
Desenvolver o espírito Pesquisa os jogos tradicionais usando várias fontes de
de equipe informação e elabora o relatório.

Descreve o jogo de forma oral e explica-o aos colegas.

Sugestões Metodológicas da Unidade Temática 3: Jogos Tradicionais


Sugere-se que o professor para alem dos jogos tradicionais da zona explore jogos de outras regiões do país.
Deve se fazer uma abordagem histórica de cada jogo na sua leccionação, procurando explorar a expressão da vida quotidiana dos
antepassados.
Para criar mais interesse nos jogos, pode-se combinar jogos ou adapta-los. Por exemplo, no jogo My God, pode integrar alguns
exercícios de cálculo Matemática ou conteúdos de outras disciplinas.

Indicadores de desempenho
Executa o jogo de acordo com as regras específicas e manifesta espírito de equipa.
Explica o jogo de forma oral e demonstra-o aos seus colegas.

16
Unidade temática 4: Atletismo
Objectivos Específicos Conteúdos Competências básicas Carga
O aluno horária
Aplicar os elementos técnicos da Corrida de estafetas Realiza a transmissão de testemunho em movimento
corrida de estafetas; ascendente sem controlo visual;
Combina a corrida de balanço com a chamada, o salto
Executar o salto em comprimento Salto em comprimento na passada e a queda;
com corrida de balanço;
Realiza o triplo salto utilizando os três apoios; 12
Executar o triplo salto Triplo salto Executa o lançamento a partir da posição parado;

Executar o lançamento de peso sem Lançamento de peso a partir da posição Realiza os exercícios com variação do ritmo e
balanço parado velocidade.

Realizar vários exercícios com Fartlek (marchas, corridas e saltos).


variação de ritmo e velocidade.

Sugestões Metodológicas para a Unidade Temática 4: Atletismo


Em todas as aulas de atletismo , o professor deve incorporar os exercícios preparatórios da corrida (ABC de Corridas).
Nas corridas de estafetas aconselha-se a realização da recepção do testemunho sem controlo visual e a transmissão ascendente. A entrega do
testemunho deve ocorrer na zona de transmissão com controlo sonoro combinado.
No salto em comprimento o professor deve observar após a chamada a passagem da coxa da perna livre paralela ao chão.
No triplo salto, sugere-se que realize saltos sucessivos a pé coxinho buscando maior elevação possível: a partir da posição parado, realiza
sucessivamente a impulsão, 2 saltos a pé coxinho (direita – direita ou esquerda – esquerda) e o terceiro salto com a perna contrária.
No lançamento de peso, o professor deve orientar os alunos a iniciar as aulas com exercícios preparatórios (adaptação ao engenho,
lançamentos com as duas mãos para os diferentes lados – para frente, para trás, para cima, para as laterais – e lançamento do engenho com
uma mão – para frente, para trás, para cima, para os lados). Só depois destes exercícios se podem fazer ensaios do lançamento sem
deslizamento. Aconselha-se para que os alunos levem materiais alternativos para a sua aprendizagem (meias com areia, bolas de trapos, entre
outros)
Aconselha-se a realização de competições entre os alunos com a integração das três especialidades do atletismo;

Indicadores de desempenho
Executa as corridas, o salto em comprimento, o lançamento do peso e o triplo salto seguindo as especificidades técnicas de cada
especiaidade .
17
Unidade temática 5: Andebol
Objectivos Específicos Conteúdos Competências básicas Carga
O aluno horária
Realizar o passe picado e recepção Passe picado e recepção da bola Executa o passe picado em situação de exercício ou
de bola; jogo;

Drible com mudança de direcção Dribla com mudança de mãos


Realizar o drible com mudança de
direcção; Remata sempre que se encontra em situação de 10
Remate em suspensão vantagem para a finalização;
Finalizar as jogadas através do
remate Técnica do guarda-redes Coloca-se sempre em posição privilegiada para a
defesa utilizando as mãos e os pés;

Executar as técnicas fundamentais Jogos reduzidos Executa os elementos técnicos em situação de jogo e
do guarda-redes. cumpre com as regras de jogo.

Aperfeiçoar as técnicas aprendidas


em situação do jogos

Sugestões Metodológicas para Unidade Temática 5: Andebol

Na aprendizagem do passe picado e recepção sugere-se que o professor coloque um obstáculo entre o passador e o receptor.
Aconselha-se que se realizem os diferentes tipos de passes, para que o aluno tenha muitas oportunidades de aplicação durante o jogo.
O professor deve mencionar os aspectos que são importantes para o guarda redes.
O jogo deve estar sempre presente em todas as aulas.
Deve-se privilegiar os jogos reduzidos para garantir a aplicação dos elementos técnicos aprendidos em situação de jogo.
Os jogos tradicionais “Cheia” e “35” podem ser utilizados para o ensino de remate.

Indicadores de Desempenho
Executa os elementos técnicos em condições jogáveis incluindo a técnica de guarda-redes..
Incentiva os colegas da equipa em situações de defesa e ataque durante o jogo e no respeito ao cumprimento das regras do jogo.

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Unidade temática 6: Basquetebol

Objectivos Específicos Conteúdos Competências básicas Carga


O aluno horária
Executar o passe picado e por cima Passe picado e por cima da cabeça; Executa o passe com oposição ou para os pivots;
da cabeça;
Executa o drible com rotação para a mudança de mão;
Drible com mudança de direcção;
Executar o drible com mudança de Realiza o lançamento em zonas próximas do cesto ou
direcção; em entradas rápidas para o cesto;
10
Lançamento na passada; Executa os elementos técnicos em situação de jogo e
Realizar o lançamento após uma cumpre com as regras do jogo.
recepção ou fim de um drible.
Jogos reduzidos;
Aperfeiçoar os elementos técnicos
aprendidos

Sugestões Metodológicas para a Unidade Temática 6: Basquetebol

No ensino dos passes picado e por cima da cabeça o professor deve privilegiar a presença de um opositor passivo entre o passador e o
receptor.
No drible com mudança de direcção o professor deve colocar obstáculos ou sinais para a rotação e mudança de direcção e da mão.
No lançamento na passada o professor deve iniciar o ensino em forma lenta, e progressivamente vai aumentando o ritmo.
Deve-se privilegiar os jogos reduzidos para garantir a aplicação dos elementos técnicos aprendidos pelos alunos em situação de jogo.
O jogo deve estar sempre presente em todas as aulas.

Indicadores de Desempenho
Executa o passe por cima da cabeça, drible de protecção o asse picardo e lançamento na passada em situação de jogo.
Cumpre as regras do jogo.

19
Unidade temática 7: Futebol

Objectivos Específicos Conteúdos Competências básicas Carga


O aluno horária
Executar a recepção com a coxa e o Recepção da bola com a coxa e o peito; Executa a amortecimento com a coxa e o peito;
peito;
Condução da bola com mudança de Conduz a bola de modo a ultrapassar os adversários;
Executar a condução da bola com direcção;
mudança de direcção; Remata de cabeça para finalizar a jogada;

Realizar o remate com a cabeça; Remate de cabeça; Posiciona-se em situação privilegiada para a defesa; 10

Aplica os elementos aprendidos em situação de jogo.


Executar as técnicas básicas do Técnica de guarda-redes;
guarda-redes;

Realizar jogos reduzidos; Jogos reduzidos;

Sugestões Metodológicas para a Unidade Temática 7: Futebol


Na recepção com a coxa e o peito, o aluno deve manter a bola sob seu controlo.
Para a condução da bola com mudança de direcção é necessário utilizar as várias partes do pé para tocar a bola, cabeça levantada,
olhando sempre para o campo e o posicionamento dos colegas e adversários, velocidade controlada, mudança de ritmo e aceleração, usar
os dois pés.
O professor deve orientar para que o aluno faça o remate da bola com a testa.
Na técnica do guarda-redes, o professor deve incidir mais no posicionamento e economia de gestos.
Deve-se privilegiar os jogos reduzidos para garantir a aplicação dos elementos técnicos aprendidos em situação de jogo.
O jogo deve estar sempre presente em todas as aulas.

Indicadores de Desempenho
Executa a recepção com a coxa, condução da bola com mudança de direcção, remate com a cabeça em situação de jogo.
Mobiliza os colegas para o ataque e para a defesa e no cumprimento das regras do jogo.

20
Unidade temática 8: Voleibol

Objectivos Específicos Conteúdos Competências básicas Carga


O aluno: horária
Realizar o serviço e a recepção Serviço por cima Executa o serviço para a zona indicada;
baixa (manchete) ou alta (toque de
bola) do serviço ou remate; Recepção Baixa (manchete) ou alta
(toque de bola). Utiliza a técnica correspondente segundo a trajectória
da bola;
Executar o passe de costas; Passe de costas
10
Finalizar o ataque com o remate em Remate em suspensão Executa o passe de costas;
suspensão;
Finaliza o ataque com remate em suspensão ao
Aperfeiçoar as técnicas aprendidas. Jogos reduzidos terceiro toque;

Utiliza os elementos aprendidos em situação de jogo e


cumpre com as regras do jogo.

Sugestões Metodológicas para a Unidade temática 8: Voleibol


Sugere-se que o professor baixe a rede ou outro obstáculo (cordas, paus, balizas etc.) para permitir que todos os alunos consigam transpor
a bola por cima da rede.
Na realização do serviço por cima o professor poderá associa-lo à recepção baixa ou por cima;
A Manchete e o passe devem ser realizados de forma a permitir as acções posteriores no jogo;
O professor deverá incentivar os alunos a finalizar através de remate em suspensão.
Deve-se privilegiar os jogos reduzidos para garantir a aplicação dos elementos técnicos aprendidos pelos alunos em situação de jogo.
O jogo formal deve estar sempre presente em todas as aulas.

Indicadores de Desempenho
Executa o serviço por cima, recepção de acordo com a trajectória, finaliza o ataque com remate e executa passe de costas em situação de
jogo.
Cumprimento das regras do jogo.

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Sugestões Metodológicas Gerais

1. Seguir orientações da classe anterior


2. Na introdução de cada unidade temática referente aos desportos, o professor
pode, em coordenação com outras disciplinas como a história, fazer uma
abordagem histórica da modalidade, destacando o seu surgimento, prática e
tipos de competições oficiais que se realizam (jogos olímpicos, africanos,
campeonatos mundiais, jogos escolares, figuras de destaque e a prática na sua
zona ou província).
3. Nos jogos desportivos colectivos, enquanto parte dos alunos realiza como
actividade o jogo, o professor poderá indicar um aluno para apitar ou orientar,
de modo que o professor trabalhe com os demais alunos no desenvolvimento
de capacidades motoras em trabalhos por estações ou circuitos.;
4. O professor deve dar regras de segurança em espaços e actividades próprias da
disciplina de Educação Física.
5. O professor deve dar normas para a preservação do equilíbrio ecológico;
6. Os alunos com necessidades educativas especiais devem estar integrados nas
aulas de educação física dando-lhes possibilidade de exercitar o que a sua
deficiência permite, envolvendo-lhes como árbitros ou líderes do grupos.
7. Os exercícios de organização e controlo podem ser utilizados em qualquer
parte da aula, para fins organizativos ou nas rotinas de transição;
8. Os complexos de exercícios sugeridos nos programas devem incluir
actividades físicas para a resolução de tarefas, desenvolvimento de
conhecimentos, habilidades e atitudes;
9. Nos jogos reduzidos, o professor deve prestar atenção na movimentação
contínua no ataque, antecipação e precisão, comunicação e inter ajuda.
10. Os alunos devem ser informados constantemente sobre o seu estado de
aptidão, assim como do domínio técnico das diferentes especialidades.
11. Todos os exercícios devem ser realizados de forma dinâmica, para permitir
que o aluno aplique o máximo do tempo no compromisso motor;
12. Durante a leccionação das aulas de Educação Física, o aluno deverá aprender
as noções de primeiros socorros, principalmente os procedimentos a ter em
conta em caso de lesões decorrentes da prática da actividade física como
contusões, luxações, fracturas, prisão muscular, ferimentos e desmaios;
13. Na prestação dos 1º socorros deve-se ter cuidado com ferimentos que
sangram, evitando contacto com o sangue;
14. Sugere-se que o professor fale dos benefícios da disciplina de Educação Física
para a saúde do aluno, referenciando a predisposição do corpo humano à
doenças hipo cinéticas com o avançar da idade e dos hábitos alimentares;

22
15. O professor deve desenvolver nos alunos atitudes positivas face à Educação
Física e Desporto como uma carreira que pode ser seguida como desportista
ou como profissão;
16. O professor deve criar círculo de interesse onde o aluno possa cooperar com
outros em tarefas e projectos comuns (actividades de superação e
aperfeiçoamento pessoal, actividades de demonstração de competências
individual e em grupos) e produção de material desportivo improvisado nas
oficinas pedagógicas durante os períodos de férias escolares e tempos livres;
17. Em caso de falta de material didáctico de uma determinada unidade temática,
o professor deve encontrar formas alternativas de se alcançar os objectivos e
competências recorrendo ao material local produzido pelos próprios alunos
sob orientação do professor.
18. Sempre que se mostrar necessário, o professor deverá consultar os programas
e manuais do Ensino Básico.
19. Privilegiar os trabalhos em estações com actividades multivariadas.
20. As regras de jogos devem estar sempre presentes em cada aula de acordo com
os elementos técnicos leccionados.
21. O professor deverá aproveitar os alunos que se destacam na turma para
servirem de líderes dos grupos.

Sugestões Metodológicas para a Avaliação

1. Cada escola poderá optar por uma bateria de testes para as três ACP's, desde
que se avaliem as mesmas componentes de aptidão física.
2. Aconselha-se que a bateria de testes tenha exercícios que avaliem as
capacidades físicas isoladamente ou em complexos de exercícios. Estes
exercícios devem abranger os músculos do tronco, dos membros superiores e
inferiores para avaliar a força, a velocidade, a resistência, a flexibilidade e a
agilidade.
3. Sugere-se que o professor informe aos alunos os seus níveis de aptidão física
alcançados e motivá-los para a sua melhoria.
4. Em caso de não se registar uma progressão nos níveis de aptidão física, cabe
ao professor informar a situação à direcção da escola e ao encarregado de
educação.
5. No processo de avaliação o professor deverá considerar a participação dos
alunos nas aulas.
6. O aluno que demonstrar melhores performances nas modalidades desportivas,
o professor deverá orientá-lo para o clube escolar.
7. O professor deve privilegiar as diferentes formas de avaliação, principalmente
a formativa durante a leccionação.

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8. Para a avaliação das técnicas professor pode usar a seguinte escala de
pontuação: 1 – Não executa, 2 – Executa com muitas dificuldades 3 - Executa
com dificuldades 4 - Executa bem 5 - Executa com perfeição.

O quadro que se segue poderá ser adaptado para o registo das ACP's
Data Exercício 1 trimestre 2º trimestre 3º trimestre Progressão
ACS1 ACS2 ACP ACS1 ACS2 AC ACS1 ACS2 ACP ACP (-, =, +)
Flexões de braços 30”
Abdominais 30”
Flexões de pernas
Salto horizontal
Sit-and-reach
Corrida de 60 m
Corrida de 10 min
Vaivém (5m x 6 R)
Legenda: - rendimento negativo, = manutenção do rendimento, + rendimento positivo.

N.B.: A bateria de teste para a ACP deve avaliar a aptidão física orientada para a saúde.
Assim, as flexões de braços, os abdominais e as flexões de pernas medem a força e a
resistência dos braços, tronco e pernas, respectivamente; os exercícios de flexibilidade
medem a mobilidade articular da coluna vertebral, a corrida de 60 metros mede a
velocidade de deslocamento, a corrida de 10 minutos mede a resistência cárdio-
respiratória e o vaivém mede agilidade.
Neste aspecto é necessário identificar as dificuldades de aprendizagem onde os alunos
precisam de ajuda. Será igualmente importante a identificação do que o aluno é capaz de
fazer e conhecer os níveis de aquisição de habilidades, capacidades e atitudes.
A avaliação deverá ter em conta o desenvolvimento cognitivo, físico e social do aluno.
Para que se consiga este tipo de avaliação devem ser feitas duas provas sistemáticas
(ACS) e uma parcial (ACP) em cada trimestre.
Assim, as avaliações devem ser controladas pelo professor, cabendo as ACS’s centrar os
seus objectivos nas habilidades motoras (técnica e táctica) e a ACP deve incidir,
principalmente, nos seus objectivos e nas capacidades motoras.

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Bibliografia Recomendada

Autor: Lúcio Pereira Correia


Título: Educação Física e Desportiva no Ensino Secundário, Manual Básico – 10º Ano
Porto Editora - 1997

Autor: Lúcio Pereira Correia


Título: Educação Física e Desportiva no Ensino Secundário, Manual Básico – 7º Ano
Porto Editora

Autor: Paulo Romão e Silvina Pais


Título: Educação Física, Manual Prático – 7º, 8º, 9º Ano
Porto Editora - 2001

Autor: Gerald Simolinski


Título: Corre, Lança e Salta - Manual Prático da IAAF.
Witsorg

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