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Ficha Técnica

Título: Educação Física, Programa da 12ª Classe


Edição: ©INDE/MINED - Moçambique
Autor: INDE/MINED – Moçambique
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique
Arte final: INDE/MINED - Moçambique
Tiragem: 350 Exemplares
Impressão: DINAME
Nº de Registo: INDE/MINED – 6262/RLINLD/2010

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Programa de Educação Física da 12ª Classe
Prefácio

Caro Professor

É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral.

Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade de se
reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça sem
sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a ser
desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.

As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram desenvolver,


compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para a
vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário Geral enfrentar o mundo de trabalho numa
economia cada vez mais moderna e competitiva.

Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem em
mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de
professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições públicas,
empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço da transformação curricular e
a quem aproveitamos desde já, agradecer.

Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas, apelamos
ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa criatividade e
empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que amanhã contribuirão
para o combate à pobreza.

Aires Bonifácio Baptista Ali.

Ministro da Educação e Cultura

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Programa de Educação Física da 12ª Classe
1. Introdução

A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo que se enquadra


no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da Educação e Cultura e tem como
objectivos:

• Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos alunos


aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico do país.
• Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo diversificado, flexível e
profissionalizante.
• Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a continuação dos estudos
como para o mercado de trabalho e auto emprego.
• Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.

Constituem principais documentos curriculares:


• O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador que contém os
objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de estudos e as estratégias de
implementação;
• Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos;
• O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG);
• Outros materiais de apoio.

1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG

O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que
continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.

O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.

As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às exigências do


mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades comunicativas, ao domínio das
Tecnologias de Informação e Comunicação, à resolução rápida e eficaz de problemas, entre outros
desafios.

Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma
formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:

Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético,
de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os
seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiver de
tomar em diversas circunstâncias da sua vida;

Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de conhecimentos


científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a
interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais;

Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito
empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual,
mas também às tendências de transformação no mercado;
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Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é,
saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de
diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129

Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se organize
em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o mundo, agir
sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma responsável.

Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas relevantes
para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e como cidadãos
responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral.

1.2. Os desafios da Escola

A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel
da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes
quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-se,
assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus
conhecimentos ao longo da vida.

Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?

As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto é,


conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo mobiliza para
enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa, na vida quotidiana. Isto
significa que para resolver um determinado problema, tomar decisões informadas, pensar critica e
criativamente ou relacionar-se com os outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto de
conhecimentos, práticas e valores.

Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também à
sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta a
realidade do país.

Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo, não só as


competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de comunicação, leitura e escrita,
matemática e cálculo, mas também, as competências gerais, actualmente reconhecidas como
cruciais para o desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar, nomeadamente:

a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;


b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de aprendizagem e
busca metódica de informação em diferentes meios e uso de tecnologia;
c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na realização e
apresentação dos trabalhos;
d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida económica social do
país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se relacionar bem
com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;

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h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da comunidade bem
como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e crianças.

Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática
educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.
(...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de experimentar situações
em que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num ambiente limpo se a escola estiver limpa e
promover o asseio em todos os espaços escolares. O aluno cumprirá as regras de comportamento se elas
forem exigidas e cumpridas por todos os membros da comunidade escolar de forma coerente e sistemática.
PCESG:27
Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça, solidariedade,
humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança, o amor à pátria, o amor
próprio, o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito pelo próximo e pelo bem comum, deverá
estar ancorado à prática educativa e estar presente em todos os momentos da vida da escola.

As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis
subsequentes.

Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se a
uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais novas
habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na resolução de
problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias
ocupações ao longo da vida.

1.3. A Abordagem Transversal

A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista um
desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade escolar é
chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de situações-problema
parecidas com as que se vão confrontar na vida.

No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos temas
transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas competências e nos
temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo na escola e as atitudes
dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver
com os outros e bem fazer.

Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de tal
forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele contribuam
para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-curriculares
sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores.

O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao longo
do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações para a sua
abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os temas
transversais.

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O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias que permite
estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias áreas de
conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as actividades a realizar no
âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam professores, alunos e até a
comunidade e constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos.

1.4 As Línguas no ESG

A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No
currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).

As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento conjugado de todas as


disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas de línguas. Todos os professores
deverão assegurar que alunos se expressem com clareza e que saibam adequar o seu discurso às
diferentes situações de comunicação. A correcção linguística deverá ser uma exigência constante
nas produções dos alunos em todas as disciplinas.

O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura
(concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões
para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades
culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática da língua numa
situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários
sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou
lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma
apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la.

Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no caso
da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores moçambicanos
constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da moçambicanidade.

1.5. O Papel do Professor

O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e responsáveis na


família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro, comunidade) ou no trabalho.

Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os em
actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do aluno para
a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas tenham significado para
a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.

O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido se
estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à
disciplina, às componentes transversais e às situações reais.

Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:

• organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus conhecimentos,


habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas de soluções;

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• encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento de
competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um
problema que os obriga a recorrer a conhecimentos, procedimentos e experiências de
outras áreas do saber;
• acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-los e
corrigi-los durante o processo de trabalho;
• criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o mundo e
transformá-lo;
• avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa
perspectiva formativa.

Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao saber, à


profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso deste programa passa
pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os professores de todas as disciplinas. Neste
sentido, não se pode falar em desenvolvimento de competências para vida, de interdisciplinaridade
se os professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas suas
próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionais ou da história local poderá
envolver diferentes disciplinas. Por exemplo:
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura, redacção e
correcção dos textos;
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de fontes;
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da região;
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.

Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar em equipa, de


análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima, contribuindo assim para o
desenvolvimento das competências mais gerais definidas no PCESG.

As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas para o


desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o professor não é mais um
centro transmissor de informações e conhecimentos, expondo a matéria para reprodução e
memorização pelos alunos. O aluno não é um receptáculo de informações e conhecimentos. O
aluno deve ser um sujeito activo na construção do conhecimento e pesquisa de informação,
reflectindo criticamente sobre a sociedade.

O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem, regulando os recursos e


aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na liderança de uma comunidade escolar
implica ainda que seja um mediador e defensor intercultural, organizador democrático e gestor da
heterogeneidade vivencial dos alunos.

As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva de conceber e


utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em grupo; entusiasmo, espírito
competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo raciocínio e debate de ideias; o interesse pela
integração social e vocação profissional.

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2. O Ensino-Aprendizagem na disciplina de Educação Física

O presente programa apresenta uma proposta que procura diversificar e ampliar a prática pedagógicas
ligadas à educação física com o intuito de fornecer ao professor instrumentos que devem orientar o seu
trabalho.
O programa aponta metas de qualidade que ajudem o aluno a enfrentar o mundo actual como cidadão
participativo, reflexivo, autónomo, conhecedor dos seus direitos e deveres. No entanto, é aberto e
flexível podendo ser adaptado à realidade de cada escola.
Assim, a disciplina de Educação Física dará a continuidade ao desenvolvimento de competências já
iniciadas no ESG 1. Neste ciclo, o Ensino da Educação Física está orientada para a valorização de
conhecimentos relativos à construção da auto-estima, e da identidade pessoal, ao cuidado com o corpo,
ao aprimoramento motor, à valorização dos vínculos afectivos e à negociação de atitudes e todas as
implicações relativas à saúde da colectividade, na perspectiva da promoção de uma qualidade de vida
saudável.

A primeira parte do programa apresenta os objectivos gerais, a visão geral dos conteúdos e as
competências específicas da disciplina de Educação Física do Ensino Secundário Geral do 2º ciclo
(ESG2), que apontam para o desenvolvimento de habilidades, capacidades, valores e atitudes.
A segunda parte aborda os Objectivos, Unidades Temáticas e Avaliação. Esta parte também contempla
as sugestões metodológicas gerais que podem auxiliar o professor nas questões do quotidiano e serve de
ponto de partida para discussões e debate sobre os temas transversais e a educação patriótica.
Por cada unidades temáticas estão definidos objectivos, conteúdos, competências básicas, carga horária,
sugestões metodológicas, e indicadores de avaliação. Caberá ao professor seleccionar os meios
materiais, as estratégias de ensino e os manuais para o trabalho docente, de acordo com as condições da
escola.
As unidades temáticas estão distribuídas por trimestres de forma que não passem de 3 unidades
temáticas, incluindo as opcionais, como ilustra o quadro que se segue:

I Trimestre II Trimestre III Trimestre


Danças e Jogos Tradicionais (6 horas) Andebol (10 horas) Ginástica (6 horas)

Atletismo (6 horas) Basquetebol (10 horas) Futebol (10 horas)


Opcional (4 horas) Voleibol (10 horas) Opcional (8 horas)

Constituem unidades opcionais o Xadrez, Badmington, Natação, Cricket, Ténis, Desporto de Orientação
e Netbol dependendo das condições da escola. Contudo, os mesmos não devem ser matérias de
avaliação sumativa.
Para a avaliação das unidades temáticas descritas no programa, deverá ser usada a grelha de observação.
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3. Objectivos Gerais da Disciplina de Educação Física no ESG

Ao Terminar o ESG o aluno deve


1 Demonstrar competência em variadas formas de movimentos e proficiência na coordenação
motora;
2 Aplicar os conceitos e princípios do movimento na aprendizagem e desenvolvimento de
habilidades motoras;
3 Aplicar as regras de jogo e “fair play”;
4 Demonstrar um estilo de vida saudável através da prática da actividade física regular;
5 Demonstrar responsabilidade pessoal e comportamento social na realização de actividades
físicas;
6 Compreender as diferenças individuais na prática da actividade física;
7 Adquirir Conhecimentos de segurança para uma variedade de situações e como prevenir e tratar
lesões;
8 Reconhecer o papel do desporto, jogos e danças na cultura moderna;
9 Desenvolver atitudes positivas face à Educação Física e Desporto como uma actividade que pode
ser realizada como desporto ou como profissão.
10 Colaborar na elaboração e realização de projectos de organização de eventos desportivos e na
massificação de actividades na turma, escola e na comunidade;
11 Integrar outras áreas do currículo escolar na busca dos seus benefícios no decurso da actividade
física.

Competências a desenvolver no ESG2


1. Descreve e demonstra as danças e formas de jogos aos seus colegas.
2. Pesquisa informação sobre os benefícios da actividade física recorrendo a tecnologias de
informação;
3. Pratica actividades físicas sem prescrição do professor traçando metas individuais;
4. Promove atitude positiva na luta contra malefícios de drogas, tabaco e das doenças hipo cinéticas
(derivadas da falta da actividade física), responsáveis por várias complicações metabólicas:
enfartes, hipertensão, artrites, osteoporose, entre outras;
5. Aplica os princípios do fair play em todas as circunstancias
6. Mobiliza-se e sensibiliza os colegas e familiares a praticarem exercícios físicos;
7. Desempenha tarefas ligadas ao treinamento, ajuizamento e gestão de actividades desportivas na
escola como actividades curriculares e/ou co-curriculares.
8. Colabora na elaboração e realização de projectos de organização de eventos desportivos e na
massificação de actividades na turma, escola e na comunidade;
9. Demonstra noções dos primeiros socorros;
10. Integrar outras áreas do currículo escolar (Biologia, Física, Geografia, História e TIC’s) na busca
dos seus benefícios no decurso da actividade física.
11. Participa activamente em torneios, festivais e campanhas de responsabilidade social nas datas
festivas ou em favor das camadas desfavorecidas.

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Programa de Educação Física da 12ª Classe
Visão geral dos conteúdos da 11ª e 12ª classes
Unidades temáticas e conteúdos Classe
1. Ginástica 11ª 12ª
Ginastica Aeróbica • •
ƒ Passos básicos de pernas de alto impacto (correr, elevacao de joelhos, step
touch, V step, elevacao de calcanhar, squat, chute baixo, grape vine,
polichinelo
ƒ Movimentos básicos de braços
ƒ Exercícios localizados para pernas, braços e tronco
Ginastica Artística Desportiva
• •
ƒ Aparelho - Saltos
- Salto carpa
- Salto eixo com giro completo
2. Danças e Jogos recreativos 11ª 12ª
ƒ Dança Contemporânea • •
ƒ Jogos Educativos
3. Atletismo 11ª 12ª
Marcha Desportiva • •
Saltos
-Altura •
-triplo •
3.3. Exercícios combinados
-Fartleck • •
4. Andebol 11ª 12ª
-táctica individual e colectiva • •
-jogos • •

5. Basquetebol 11ª 12ª


-táctica individual e colectiva • •
-jogos • •

6. Futebol 11ª 12ª


-táctica individual e colectiva • •
-jogos • •

7. Voleibol 11ª 12ª


-táctica individual e colectiva • •
-jogos • •

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Programa de Educação Física da 12ª Classe
Objectivos Gerais da disciplina de Educação Física na 12ª classe
Ao terminar a 12ª classe o aluno deve:
− Incrementar e controlar os níveis de aptidão física.
− Possuir iniciativas para organizar ventos na sua comunidade e na escola.
− Possuir um estilo de vida activo e controlar os factores de risco decorrentes da falta de
actividade.
− Aperfeiçoar as técnica de 1º socorros.
− Desenvolver atitudes positivas face à Educação Física e Desporto como uma actividade que pode
ser realizada como desporto ou como profissão.
− Valorizar o património cultural através das danças e jogos tradicionais e recreativos.
− Desenvolver a auto-aprendizagem integrada e inclusiva.

Visão Geral dos Conteúdos do 12ª classe

Unidades temáticas e conteúdos Trimestre


1. Ginástica I II III
Ginastica Aeróbica •
ƒ Passos básicos de pernas de alto impacto (correr, elevacao de joelhos, step
touch, V step, elevacao de calcanhar, squat, chute baixo, grape vine,
polichinelo
ƒ Movimentos básicos de braços
ƒ Exercícios localizados para pernas, braços e tronco
Ginastica Artística Desportiva

ƒ Combinações de aparelho e solo
2. Danças e Jogos Educativos •
Dança Contemporânea
− Passos básicos de uma dança a escolha dos alunos
− Montagem de uma coreografia
Jogos Educativos
3. Atletismo •
− Corrida de velocidade
− Corrida de estafeta
− Corrida de resistência
− Lançamento de peso
− Salto em cumprimento
− Triplo salto
− Salto em altura
− Fartlek
4. Andebol •
− táctica individual e colectiva
− jogos
5. Basquetebol •
− táctica individual e colectiva
− jogos
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6. Futebol •
− táctica individual e colectiva
− jogos
7. Voleibol •
− táctica individual e colectiva
− jogos

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Programa de Educação Física da 12ª Classe
Plano Temático Detalhado da 12ª classe
Unidade Temática 1: Ginástica
Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
O aluno Horária
Executar os passos básicos .1 Ginastica Aeróbica Executa os passos básicos de pernas de alto impacto e
de pernas de alto impacto e ƒ Passos básicos de pernas de alto impacto (correr, movimentos de braços.
movimentos de braços elevacao de joelhos, step touch, V step, elevacao de
calcanhar, squat, chute baixo, grape vine, polichinelo) Realiza os exercícios adequados para pernas, tronco e
ƒ Movimentos básicos de braços braços
ƒ Exercícios localizados para pernas, braços e 6
tronco
Coordenar a corrida, pré- 1.2. Ginastica Artística Desportiva Executa com perfeição a combinação dos elementos
chamada, chamada, apoio e ƒ Aparelho - Salto em Extensão com giro que compõem o salto em extensão com giro completo
recepção. completo (corrida, pré-chamada, chamada, apoio e recepção).

Sugestões metodológicas da Unidade Temática 1: de Ginástica


Para superar o problema da insuficiência de equipamentos e superlotação das turmas, sugere-se o trabalho por estacões. Para cada
estação são escolhidos 2 conteúdos das várias subunidades temáticas da ginástica..
Estimule a criatividade dos alunos deixando que eles construam as suas próprias combinações
Os alunos devem dominar as técnicas de apoio ou ajuda ao companheiro. Depois de se ter segurança e na realização dos exercícios,
pode-se fazer de forma individual.
Na ginástica aeróbica, o professor deve introduzir os movimentos de pernas e só depois de assimilados se inclui o movimento de
braços. Os alunos devem ser estimulados a conhecer a terminologia adequada; fazer a aula com acompanhamento musical (aparelho
audio, canções ou instrumentos musicais) e educá-los a contagem de blocos de 8 tempos e a nocao de frases musicais com 32 tempos
Indicadores de Desempenho
Executa os passos básicos de pernas de alto impacto e movimentos de braços.
Executa com perfeição a combinação dos elementos que compõem o salto em extensão com giro completo ( Corrida, pré-chamada,
chamada, apoio e recepção).

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Unidade Temática 2: Danças e jogos Educativos
Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
O aluno Horária
Desenvolver a ƒ Dança contemporânea
coordenação motora e o - Passos básicos de uma dança Executa os passos das danças em grupo. 6
ritmo - Montagem de coreografia
Auxilia na montagem de coreografias
Executar a dança
contemporânea Pratica jogos diversos e variadas formas de movimento
Desenvolver a aptidao ƒ Jogos Educativos Documenta os jogos e danças por si praticados.
física - Jogos recreativos

Sugestões Metodológicas da Unidade Temática 2: Dança e jogos Educativos


Nas aulas de dança deverá ser exaltada a cultura como uma variável de identidade e moçambicanidade que deve estar presente em
todas as manifestações sociais.
Deve-se priorizar a dança moçambicana incluindo as músicas ligeira moçambicana e da nova geração.
O professor deve incorporar jogos variados que desenvolvam habilidades e capacidades físicas.
Para a recolha de jogos, o professor deve orientar trabalho em grupo para permitir que os alunos se comuniquem e promovam o espírito crítico e
auto-critico que envolve o trabalho de pesquisa.

Indicadores de Desempenho

Apresenta coreografia da sua iniciativa.


Estabelece equilibro entre a musica, o ritmo e os passos.
Apresenta relatório dos jogos do seu domínio.

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Unidade temática 3: Atletismo
Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
O aluno: Horária.
Realizar a marcha desportiva, o salto em Corrida de velocidade Tem preferência por uma ou mais especialidades
altura e o Fartleck. Corrida de estafeta
Corrida de resistência Incentiva os colegas a aderir nas actividades
Lançamento de peso
6
Salto em cumprimento Controla os seus níveis de desempenho.
Triplo salto
Salto em altura
Fartlek

Sugestões metodológicas para a Unidade Temática 3: do Atletismo.


O professor poderá organizar as aulas em forma de competição abrangendo todos os conteúdos leccionados no ESG de seguinte
maneira: nas primeiras aulas, o professor forma os grupos por especialidades. Na segunda fase, os alunos escolhem que quiserem
praticar. Em caso de dúvida sobre os conteúdos das classes anteriores poderá consultar os programas do ensino secundário geral do 1°
ciclo.

Indicadores de Desempenho
Integra-se em grupos de trabalho.
Regista os níveis do seu desempenho

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Unidade temática 4: Andebol
Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
O aluno Horária
Realizar acções ofensivas e Acções defensivas (bloco, ajuda/troca e Executa o ataque e a defesa
defensivas em equipa desarme) e acções ofensivas (manter a
posse de bola e finalizar) Forma grupos e ajuíza os jogos 10

Utilizar o sistema táctico 6:0 e 5:1 Sistema táctico 6:0 e 5:1 Explica os acontecimentos do evento

Sugestões Metodológicas para Unidade Temática 4: Andebol


Durante as aulas, o professor deve priorizar os jogos formais. Deve em cada aula indicar alunos para exercer as funções de arbitragem
e de direcção. Os jogos intra-turmas jogam um papel muito importante na formação dos grupos e no incremento de aderência nestes
jogos.

Indicadores de Desempenho
Participa voluntariamente nas actividades.
Emite seu juízo acerca dos eventos decorrentes do jogo.
Cumpre com as regras de jogo.

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Unidade temática 5: Basquetebol
Unidade Objectivos Específicos Conteúdos Competências básicas Carga
Temática O aluno horária
Realizar acções ofensivas e defensivas Acções defensivas (bloco, ajuda/troca e Executa o ataque e a defesa
em equipa desarme) e acções ofensivas (manter a
Basquetebol posse de bola e finalizar) 10

Utilizar os sistemas de defesa à zona e Sistemas de defesa à zona e de ataque. Domina as tácticas ofensivas e defensivas e
de ataque. regras de jogo

Sugestões Metodológicas para Unidade temática 5: Basquetebol


Durante as aulas, o professor deve priorizar os jogos formais. Deve em cada aula indicar alunos para exercer as funções de arbitragem
e de direcção. Os jogos intra-turmas jogam um papel muito importante na formação dos grupos e no incremento de aderência nestes
jogos.

Indicadores de Desempenho
Participa voluntariamente nas actividades.
Emite seu juízo acerca dos eventos decorrentes do jogo.
Cumpre com as regras de jogo.

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Unidade temática 6: Futebol
Objectivos específicos Conteúdos Competências básicas Carga
O aluno Horária
Realizar acções ofensivas e Acções ofensivas e defensivas em Aplica os princípios básicos de ataque e de defesa em situação
defensivas em igualdade e forma jogada de jogo.
superioridade numérica. 10

Realizar várias formas de jogo e Jogo Formal Utiliza os elementos técnicos e tácticos em situação de jogo.
adquirir noções de arbitragem; Apita jogos ao nível da turma.
Executar os elementos técnicos e
tácticos em situação de jogo.

Sugestões Metodológicas para a Unidade Temática 6: Futebol


Durante as aulas, o professor deve priorizar os jogos formais. Deve em cada aula indicar alunos para exercer as funções de arbitragem
e de direcção. Os jogos intra-turmas jogam um papel muito importante na formação dos grupos e no incremento de aderência nestes
jogos.

Indicadores de Desempenho
Participa voluntariamente nas actividades.
Emite seu juízo acerca dos eventos decorrentes do jogo.
Cumpre com as regras de jogo.

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Unidade Temática 7: Voleibol
Unidade Objectivos Específicos Conteúdos Competências Básicas Carga Horária
Temática O aluno:
Realizar o bloco e Complexo 1 e 2 Realiza o bloco e defesa permitindo as próximas acções ofensivas
defesa permitindo a
continuidade do jogo.

Voleibol Executar os elementos Táctica Individual Executa os elementos técnicos e tácticos em função das várias
técnicos e tácticos em e Colectiva situaçoes de Jogo 10
função da situação de
Jogo

Aplicar as regras de Regras de Jogo Conhece e aplica as regras de jogo


jogo

Sugestões Metodológicas para a Unidade Temática 7: Voleibol


Durante as aulas, o professor deve priorizar os jogos formais. Deve em cada aula indicar alunos para exercer as funções de arbitragem
e de direcção. Os jogos intra-turmas jogam um papel muito importante na formação dos grupos e no incremento de aderência nestes
jogos.

Indicadores de Indicadores de Desempenho


Participa voluntariamente nas actividades.
Emite seu juízo acerca dos eventos decorrentes do jogo.
Cumpre com as regras de jogo.

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Sugestões Metodológicas Gerais

1. Seguir orientações da classe anterior


2. Na introdução de cada unidade temática referente aos desportos, o professor pode, em
coordenação com outras disciplinas como a história, fazer uma abordagem histórica
da modalidade, destacando o seu surgimento, prática e tipos de competições oficiais
que se realizam (jogos olímpicos, africanos, campeonatos mundiais, jogos escolares,
figuras de destaque e a prática na sua zona ou província).
3. Nos jogos desportivos colectivos, enquanto parte dos alunos realiza como actividade
o jogo, o professor poderá indicar um aluno para apitar ou orientar, de modo que o
professor trabalhe com os demais alunos no desenvolvimento de capacidades motoras
em trabalhos por estações ou circuitos.;
4. O professor deve dar regras de segurança em espaços e actividades próprias da
disciplina de Educação Física.
5. O professor deve dar normas para a preservação do equilíbrio ecológico;
6. Os alunos com necessidades educativas especiais devem estar integrados nas aulas de
educação física dando-lhes possibilidade de exercitar o que a sua deficiência permite,
envolvendo-lhes como árbitros ou líderes do grupos.
7. Os exercícios de organização e controlo podem ser utilizados em qualquer parte da
aula, para fins organizativos ou nas rotinas de transição;
8. Os complexos de exercícios sugeridos nos programas devem incluir actividades
físicas para a resolução de tarefas, desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e
atitudes;
9. Nos jogos reduzidos, o professor deve prestar atenção na movimentação contínua no
ataque, antecipação e precisão, comunicação e inter ajuda.
10. Os alunos devem ser informados constantemente sobre o seu estado de aptidão, assim
como do domínio técnico das diferentes especialidades.
11. Todos os exercícios devem ser realizados de forma dinâmica, para permitir que o
aluno aplique o máximo do tempo no compromisso motor;
12. Durante a leccionação das aulas de Educação Física, o aluno deverá aprender as
noções de primeiros socorros, principalmente os procedimentos a ter em conta em
caso de lesões decorrentes da prática da actividade física como contusões, luxações,
fracturas, prisão muscular, ferimentos e desmaios;
13. Na prestação dos 1º socorros deve-se ter cuidado com ferimentos que sangram,
evitando contacto com o sangue;
14. Sugere-se que o professor fale dos benefícios da disciplina de Educação Física para a
saúde do aluno, referenciando a predisposição do corpo humano à doenças hipo
cinéticas com o avançar da idade e dos hábitos alimentares;

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15. O professor deve desenvolver nos alunos atitudes positivas face à Educação Física e
Desporto como uma carreira que pode ser seguida como desportista ou como
profissão;
16. O professor deve criar círculo de interesse onde o aluno possa cooperar com outros
em tarefas e projectos comuns (actividades de superação e aperfeiçoamento pessoal,
actividades de demonstração de competências individual e em grupos) e produção de
material desportivo improvisado nas oficinas pedagógicas durante os períodos de
férias escolares e tempos livres;
17. Em caso de falta de material didáctico de uma determinada unidade temática, o
professor deve encontrar formas alternativas de se alcançar os objectivos e
competências recorrendo ao material local produzido pelos próprios alunos sob
orientação do professor.
18. Sempre que se mostrar necessário, o professor deverá consultar os programas e
manuais do Ensino Básico.
19. Privilegiar os trabalhos em estações com actividades multivariadas.
20. As regras de jogos devem estar sempre presentes em cada aula de acordo com os
elementos técnicos leccionados.
21. O professor deverá aproveitar os alunos que se destacam na turma para servirem de
líderes dos grupos.

Sugestões Metodológicas para a Avaliação


1. Cada escola poderá optar por uma bateria de testes para as três ACP's, desde que se
avaliem as mesmas componentes de aptidão física.
2. Aconselha-se que a bateria de testes tenha exercícios que avaliem as capacidades
físicas isoladamente ou em complexos de exercícios. Estes exercícios devem abranger
os músculos do tronco, dos membros superiores e inferiores para avaliar a força, a
velocidade, a resistência, a flexibilidade e a agilidade.
3. Sugere-se que o professor informe aos alunos os seus níveis de aptidão física
alcançados e motivá-los para a sua melhoria.
4. Em caso de não se registar uma progressão nos níveis de aptidão física, cabe ao
professor informar a situação à direcção da escola e ao encarregado de educação.
5. No processo de avaliação o professor deverá considerar a participação dos alunos nas
aulas.
6. O aluno que demonstrar melhores performances nas modalidades desportivas, o
professor deverá orientá-lo para o clube escolar.
7. O professor deve privilegiar as diferentes formas de avaliação, principalmente a
formativa durante a leccionação.
8. Para a avaliação das técnicas professor pode usar a seguinte escala de pontuação: 1 –
Não executa, 2 – Executa com muitas dificuldades 3 - Executa com dificuldades 4 -
Executa bem 5 - Executa com perfeição.

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O quadro que se segue poderá ser adaptado para o registo das ACP's

1 trimestre 2º trimestre 3º trimestre


ACS1 ACS2 ACP ACS1 ACS2 AC ACS1 ACS2 ACP
Flexões de braços 1’
Abdominais 1’
Flexões de pernas
Salto horizontal
Sit-and-reach
Corrida de 80m
Corrida de 12 min
Vaivém (5m x 6 R)
Legenda: - rendimento negativo, = manutenção do rendimento, + rendimento positivo.
N.B.: A bateria de teste para a ACP deve avaliar a aptidão física orientada para a saúde. Assim,
as flexões de braços, os abdominais e as flexões de pernas medem a força e a resistência dos
braços, tronco e pernas, respectivamente; os exercícios de flexibilidade medem a mobilidade
articular da coluna vertebral, a corrida de 60 metros mede a velocidade de deslocamento, a
corrida de 10 minutos mede a resistência cárdio-respiratória e o vaivém mede agilidade.
Neste aspecto é necessário identificar as dificuldades de aprendizagem onde os alunos precisam
de ajuda. Será igualmente importante a identificação do que o aluno é capaz de fazer e conhecer
os níveis de aquisição de habilidades, capacidades e atitudes.
A avaliação deverá ter em conta o desenvolvimento cognitivo, físico e social do aluno. Para que
se consiga este tipo de avaliação devem ser feitas duas provas sistemáticas (ACS) e uma parcial
(ACP) em cada trimestre.
Assim, as avaliações devem ser controladas pelo professor, cabendo as ACS’s centrar os seus
objectivos nas habilidades motoras (técnica e táctica) e a ACP deve incidir, principalmente, nos
seus objectivos e nas capacidades motoras.

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Bibliografia Recomendada

Autor: Lúcio Pereira Correia


Título: Educação Física e Desportiva no Ensino Secundário, Manual Básico – 10º Ano
Porto Editora - 1997

Autor: Lúcio Pereira Correia


Título: Educação Física e Desportiva no Ensino Secundário, Manual Básico – 7º Ano
Porto Editora

Autor: Paulo Romão e Silvina Pais


Título: Educação Física, Manual Prático – 7º, 8º, 9º Ano
Porto Editora - 2001

Autor: Gerald Simolinski


Título: Corre, Lança e Salta - Manual Prático da IAAF.
Witsorg

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