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Caro Professor
É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário Geral.
Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve necessidade de se
reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a integração do aluno se faça sem
sobressaltos e para que as competências gerais, tão importantes para a vida continuem a ser
desenvolvidas e consolidadas neste novo ciclo de estudos.
Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que hoje tem em
mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do INDE e da DINEG, de
professores das várias instituições de ensino e formação, quadros de diversas instituições públicas,
empresas e organizações, que colocaram a sua sabedoria ao serviço da transformação curricular e
a quem aproveitamos desde já, agradecer.
Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes programas, apelamos
ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que convoquem a vossa e criatividade e
empenho para levar a cabo a gratificante tarefa de formar hoje os jovens que amanhã contribuirão
para o combate à pobreza.
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1. Introdução
O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras que
visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para que
continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de competências
relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do país.
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando uma
formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:
Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual, crítico e estético,
de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os
seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiver de
tomar em diversas circunstâncias da sua vida;
Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, um espírito
empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual,
mas também às tendências de transformação no mercado;
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Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto é,
saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros homens de
diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129
Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a educação se organize
em torno deles de modo a proporcionar aos jovens instrumentos para compreender o mundo, agir
sobre ele, cooperar com os outros, viver, participar e comportar-se de forma responsável.
Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e práticas relevantes
para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos como indivíduos, e como cidadãos
responsáveis e úteis na família, na comunidade e na sociedade, em geral.
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o papel
da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir grandes
quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-se,
assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus
conhecimentos ao longo da vida.
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na vida?
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas também à
sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes, tendo em conta a
realidade do país.
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i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação individualmente ou em grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências, idosos e crianças.
Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos na prática
educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de aprender a fazer fazendo.
As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG esteja
preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos nos níveis
subsequentes.
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é, adaptar-se a
uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem cada vez mais novas
habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas múltiplas na resolução de
problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias
ocupações ao longo da vida.
A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica com vista um
desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito, toda a comunidade escolar é
chamada a contribuir na formação dos alunos, envolvendo-os na resolução de situações-problema
parecidas com as que se vão confrontar na vida.
No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos temas
transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas competências e nos
temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a cabo na escola e as atitudes
dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver
com os outros e bem fazer.
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima definidas de tal
forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar e fora dele contribuam
para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades curriculares e co-curriculares
sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores.
O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma explícita, ao longo
do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada disciplina, são dadas indicações para a sua
abordagem no plano temático, nas sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os temas
transversais.
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O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias que permite
estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências treinadas em várias áreas de
conhecimento para resolver problemas concretos. Assim, espera-se que as actividades a realizar no
âmbito da planificação e implementação de projectos, envolvam professores, alunos e até a
comunidade e constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos.
A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado. No
currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da leitura
(concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos alunos, sessões
para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa, exposições, actividades
culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros momentos de prática da língua numa
situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer comentários
sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou
lidos nos órgãos de comunicação social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma
apropriada, a buscar informações e a sistematizá-la.
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e, no caso
da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores moçambicanos
constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação da moçambicanidade.
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-os em
actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação do aluno para
a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas tenham significado para
a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais sentido se
estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos inerentes à
disciplina, às componentes transversais e às situações reais.
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:
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encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o desenvolvimento de
competências. Por exemplo, envolver os alunos numa actividade, projecto ou dar um
problema que os obriga a recorrer a conhecimentos, procedimentos e experiências de
outras áreas do saber;
acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos, motivá-los e
corrigi-los durante o processo de trabalho;
criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para compreender o mundo e
transformá-lo;
avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser desenvolvidas, numa
perspectiva formativa.
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Ensino-Aprendizagem da Disciplina de História
Foram introduzidas alterações que consistiram na redução parcial dos conteúdos referentes à história
universal devendo-se abordar o essencial; foram igualmente introduzidos conteúdos referentes a
processos históricos de África e de Moçambique e indicadas vias de abordagem que se aproximam da
estratégia definida para o ensino básico. Mas mais do que o referido no parágrafo anterior a mudança de
fundo consiste na metodologia de abordagem de todo o programa e dos conteúdos nele prescritos,
actividades a realizar em cada unidade temática, constantes das sugestões metodológicas e toda a
filosofia que sustentou a elaboração deste Programa de ensino.
Ao se abordar o programa da 8ª classe, tem de se ter em conta que ele inicia o 1º ciclo do Ensino
Secundário Geral que termina na 10ª classe. Nesse sentido o programa deve ser tido como um todo
integrado no conjunto dos conteúdos do ciclo e na sua relação com as outras disciplinas. Visto que o
programa não abarca a totalidade de conteúdos úteis e relevantes para a vida, deve-se enriquecê-lo através
de conteúdos transversais que podem ser abordados enquadrando-os em temas apropriados ou através de
trabalhos extra-curriculares de forma que para além de consolidar e aprofundar os conhecimentos
adquiridos, o ensino desta disciplina contribua para o respeito dos direitos e crenças dos outros,
desenvolvimento de atitudes de solidariedade, de tolerância e respeito face às ideias e opiniões diferentes
das suas e da consciência patriótica e vontade de participar activamente na construção de uma sociedade
moçambicana democrática.
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Competências a Desenvolver no 1º Ciclo do Ensino Secundário Geral
Ao longo do 1º ciclo do Ensino Secundário Geral, (8ª, 9ª e 10ª Classes) os alunos devem desenvolver as
seguintes competências gerais para a vida:
Emite opiniões sobre os processos históricos, socio-culturais que ocorrem em seu redor, no país
e no mundo;
Promove o respeito pelos órgãos nacionais e internacionais de defesa dos direitos humanos e de
cidadania;
Demonstra compreensão dos problemas económicos e sociais do seu país e sugere, a seu nível,
vias de solução em seu benefício e em benefício da comunidade em que está inserido;
Desenvolve o sentimento patriótico através de visitas aos locais de interesse histórico e participa
activamente nos processos políticos do seu país;
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Objectivos Gerais do Ciclo
Constituem objectivos gerais do Ensino de História no Ciclo:
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Visão Geral dos conteúdos do 1º Ciclo do Ensino Secundário Geral
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Situar os acontecimentos no tempo e no espaço;
Relacionar a história da Pátria e do Continente Africano com o desenvolvimento das sociedades
de classe no Mundo.
Analisar o processo de Hominização destacando a importância do trabalho para a evolução
física e intelectual do Homem;
Desenvolver o hábito de trabalhar colectiva e independentemente com disciplina e
perseverança, conservando cuidadosamente todos os materiais escolares;
Despertar nos alunos a consciência da relação entre a História da Pátria, do Continente Africano
e do Mundo, contribuindo para a formação da memória e identidade nacional;
Comparar os períodos históricos tratados a partir das relações estabelecidas na produção e
explicar o progresso histórico;
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Visão Geral dos Conteúdos da Disciplina de História da 8ª Classe
Avaliações 18
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Carga Horária por trimestre
Trimestre Unidade Temática Carga
Horária
1º Unidade 1: A História como ciência 10
Trimestre 1.1 História como Ciência: sua importância
1.2 As fontes da história
1.3 A História e outras ciências.
O tempo e a História
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PLANO TEMÁTICO
Unidade Temática: 1. A HISTÓRIA COMO CIÊNCIA
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Sugestões Metodológicas
Esta Unidade trata da História como Ciência. Visa mostrar o carácter científico da História entanto que área do saber humano, tendo em
conta as competências desenvolvidas pelos alunos a partir da 4ª Classe, bem como a ideia do que é a História. Com base nesses
conhecimentos, deve-se recomendar leituras de textos contidos em História Activa 1 ou Luís Fernando e Honório Reis ou outros e fazer
pequenos questionários de orientação para criar nas aulas uma situação de debate.
Os alunos poderão fazer o levantamento de fontes escritas em alguns serviços ou instituições incluindo a própria escola. Consoante o local
poderá ser sugerido ao aluno que identifique na sua comunidade algumas fontes arqueológicas e/ou orais. Sugere-se igualmente que o
professor discuta com os seus alunos a importância dos diferentes tipos de fontes para a reconstrução da História tendo em conta a
disponibilidade e credibilidade das mesmas.
Na recolha e tratamento das fontes é preciso assegurar a interdisciplinaridade. Por exemplo, pode-se aproveitar os conhecimentos da
Língua Portuguesa para fazer pequenos resumos sobre o levantamento feito; no caso em que existam fontes arqueológicas podem ser
representadas graficamente utilizando os conhecimentos de Desenho.
Neste contexto, recomendam-se visitas a locais de interesse histórico-cultural tais como, Museus, instituições governamentais como
administrações, governos provinciais, postos administrativos, bem como arquivos, igrejas, mesquitas, fábricas (onde existam) e outros
locais de interesse social e económico. Pode promover palestras com "protagonistas" da história ou outras figuras. Como as turmas são
numerosas o professor poderá subdividir a turma em dois ou três grupos e cada grupo teria o seu próprio alvo de estudo. Esta actividade e
outras similares é de carácter obrigatório.
No que diz respeito a História de África e de Moçambique é importante que o professor sublinhe o papel das fontes escritas e tradições
orais.
Deverá igualmente realçar que com a invenção da escrita no IV milénio a.n.e./ a. C. foi possível registar os vários acontecimentos da
Humanidade.
Quanto às formas de contagem do tempo o professor deverá explicar as razões da contagem decrescente e crescente nos períodos antes da
nossa era ou antes de Cristo (a.n.e ou A. C.) e da nossa era (n.e) ou Depois de Cristo (D.C.)
Recomenda-se que os alunos realizem exercícios de contagem do tempo bem como a elaboração de gráficos de tempo. Para a História de
África e de Moçambique sugerimos que o professor trabalhe com os seguintes quadros:
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O professor deverá realçar o princípio da interdisciplinaridade mostrando o contributo das outras ciências como por exemplo a Geografia,
Antropologia, Economia, Cronologia e Arqueologia.
Com isto, o professor levará os alunos à conclusão de que na produção do conhecimento histórico contribuem os dados e
conhecimentos de outras ciências.
Ao longo do estudo desta Unidade o professor poderá priorizar o tratamento dos seguintes conceitos: História, Tempo, Espaço, Fontes
da História e Periodização.
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Unidade Temática: 2. ORIGEM E EVOLUÇÃO DO HOMEM
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Sugestões Metodológicas
Esta unidade trata da Origem e Evolução do Homem. Na abordagem teórica do processo e na menção dos principais factores dessa
evolução, o professor poderá tomar como exemplos os processos africanos ou da região da África Austral onde foram descobertos
vestígios mais antigos dessa evolução. O professor tomará em conta os seguintes aspectos:
A compreensão de que a origem e desenvolvimento do Homem é o resultado da combinação de vários factores;
A importância da agricultura na vida social e económica dos Homens;
A compreensão e a conclusão de que o trabalho é a fonte do progresso Humano.
O aprofundamento que se sugere poderá ser feito através de:
Discussão com os alunos sobre as teorias (evolucionista e da criação), explorando as ideias e os conhecimentos que os
alunos já possuem acerca da origem do Homem, sem ferir susceptibilidades.
Explicação breve dos diferentes factores do desenvolvimento físico e intelectual do Homem;
Recapitulação, pelos alunos, do processo da Hominização e das transformações físicas e intelectuais cujo estudo
iniciaram na 6ª classe;
Discussão sobre a importância do trabalho no progresso humano ( os próprios alunos poderão fazer pequenos textos
sobre a importância do trabalho ou sobre as profissões. O professor prestará atenção sobre as inclinações dos alunos e
induzirá os alunos a concluir que todas as profissões são importantes e devem ser valorizadas e respeitadas);
Discussão sobre a importância e produção do fogo;
Explicação da importância da agricultura e da pastorícia, através da recolha das experiências dos alunos.
Recomenda-se que o professor trabalhe com o livro de FERNANDO, Luís & REIS, Honório. História. 8ª Classe, pp.28 a 50,
explorando os textos, as gravuras e os esquemas.
Trabalhará os seguintes conceitos: evolução, hominização, religião, trabalho, nomadismo, sedentarização.
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Indicadores de desempenho:
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Unidade Temática: 3. A DIFERENCIAÇÃO SOCIAL E A FORMAÇÃO DE ESTADOS
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Unidade Temática: A DIFERENCIAÇÃO SOCIAL E A FORMAÇÃO DE ESTADOS (cont.)
3.3.2. Roma
Explicar o surgimento da 3.3.2.1.Localização geográfica e povoamento
escravatura em Roma. 3.3.2.2. A origem e características da escravatura em
Explicar a formação do Roma
Império Romano 3.3.2.3. A formação do Império Romano
Analisar as causas da crise 3.3.2.4. A crise e queda do Império
e decadência do Império 3.3.2.5. A cultura greco-romana
Romano Relaciona a História da pátria com
Caracterizar a situação 3. 4. Moçambique : da Comunidade Primitiva à a história do mundo
económica, politica e social formação dos primeiros Estados
de Moçambique desde a 3.4.1. Os Khoisan – organização económica, social e Conclui que a par do
comunidade Primitiva até a ideológica desenvolvimento de outros povos
formação dos primeiros 3.4.2. Os Bantu – organização económica, social e do mundo, os povos africanos
estados. ideológica também desenvolveram
civilizações notáveis que
3.4.3. O Reino de Zimbabwe contribuíram para o percurso da
- Localização geográfica sociedade humana.
- A estrutura económica política e sócio-ideológica
- A decadência
3.4.4.. O império de Mutapa
- Localização geográfica
- A estrutura económica, política e sócio-ideológica
- A decadência
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Sugestões Metodológicas
Esta unidade trata da Diferenciação Social e a Formação de Estados. Na abordagem desta unidade, o professor tomará em conta os
seguintes aspectos:
Que o surgimento do excedente e a sua apropriação por um grupo determinado da população, criou condições para a
diferenciação social e o aparecimento do Estado;
Que há necessidade da existência de regras que regulem a vida dos homens, tomando como exemplo o Código de Hamurábi
(Mesopotâmia) ;
Que há necessidade de participação de todos na tomada de decisões sobre a vida política, económica e social das comunidades,
tomando como exemplo a democracia ateniense e a partir deste estudo, promover debates sobre a democracia moçambicana
(suas principais manifestações);
No que diz respeito a diferenciação social sugere-se que os alunos trabalhem com esquemas como o que é apresentado na página 43
do Livro de FERNANDO, Luís & REIS, Honório .História, 8ª Classe.
A abordagem do Código de Hamurábi deverá conduzir à conclusão de que em todas as sociedades, incluindo a sociedade
moçambicana também existem leis e regras que regulam as relações entre os membros da comunidade (ritos de iniciação, relações
adultos/jovens, marido/mulher...).
Nos tempos actuais para além das regras e leis tradicionais existe uma Constituição que regula a vida na sociedade. Será oportuno e
obrigatório dedicar algum tempo para estudo de alguns capítulos da Constituição da República de Moçambique. Caso a escola não
tenha poderá contactar as secretarias provinciais ou distritais, conselhos municipais ou partidos, administrações ou outras entidades
para solicitar o documento.
Ao tratar o assunto sobre a democracia Ateniense o professor procurará, na medida do possível, relacioná-la com o processo de
democratização de Moçambique. Para tal poderá, na sala de aulas, partir de exemplos concretos como a eleição do chefe turma, dos
chefes de grupos e outros representantes para mostrar a importância do exercício democrático. Poderá promover visitas às
Assembleias Municipais, ao Parlamento, Associações Culturais ou Desportivas, entre outras, para tomar contacto com as práticas
democráticas vigentes.
Em relação ao esclavagismo na Grécia e Roma os alunos poderão prestar atenção aos seguintes aspectos:
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O carácter desumano desta prática e as formas de combatê-la usando o exemplo de Spartacus em Roma. No que respeita a
África será importante que o professor destaque que a escravatura neste período era patriarcal e doméstica. Portanto não se
pretende aqui uma abordagem sobre o tráfico esclavagista que será objecto de estudo a partir da 9ª classe;
A crise e queda do Império Romano como uma das condições para a emergência do Feudalismo na Europa.
Sugere-se a realização de trabalhos individuais sobre o contributo da civilização greco-romana, que podem ser pequenos questionários
seguidos de debate, dramatização de uma sessão do parlamento, quadro-resumo sobre as criações culturais da Grécia e Roma com a
cultura actual, entre outras.
Em relação a evolução da vida económica e social dos homens em Moçambique sugere-se que se elabore uma tabela comparativa das
comunidades Khoisan e Bantu tendo em conta os seguintes elementos: modo de vida, actividades económicas, divisão do trabalho e
organização social.
A referência aos Estados localizados no território actual de Moçambique tem como principal finalidade mostrar a existência de
estrutura política, económica e social antes mesmo de qualquer influência estrangeira. Assim, sugere-se que o professor conduza a
aprendizagem no sentido de se chegar a esta importante conclusão.
O que se pretende é que se faça a ligação entre a teoria e a prática em toda a actividade educativa. Por isso, tendo em conta que os
reinos do Zimbabwe e Mutapa foram tratados na 6ª classe, recomenda-se que os alunos explorem as unidades 2 e 3 do programa de
Ensino das Ciências Sociais da 6a classe. Neste exercício sugere-se que sejam feitos trabalhos independentes com mapas, esquemas e
quadros comparativos sobre o Zimbabwe e Mutapa.
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Indicadores de desempenho:
Para comprovar se os alunos adquiriram as competências sugeridas nesta unidade, o professor terá em conta, entre outros, os seguintes
indicadores de desempenho:
-Relaciona o surgimento e apropriação do excedente, com o aparecimento da diferenciação social;
-Explica as causas que permitiram a formação das primeiras sociedades de classe em África (Egipto), e na Ásia (Mesopotâmia);
-Explica os factores que permitiram a formação, na Grécia e no Império Romano, de sociedades esclavagistas;
-Elabora quadros comparativos entre as sociedades nómadas e sedentárias
-Elabora mapa sobre a expansão Bantu.
-Descreve as rotas da expansão Bantu
-Explica as vantagens das regras e leis numa sociedade.
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Unidade Temática: 4. AS RELAÇÕES SÓCIOPOLÍTICAS NA EUROPA E NA ÁFRICA ENTRE OS SÉCULOS V E XV
4.2.4. Sistematização
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Sugestões Metodológicas
Esta unidade trata das Relações Sociopolíticas na Europa e na África entre os Séculos V e XV.
Com esta unidade os alunos devem analisar e caracterizar a formação e o desenvolvimento da
sociedade feudal, em particular na Europa onde teve maior expressão. Os alunos relacionam o
desenvolvimento do Feudalismo com as invasões bárbaras e a queda do Império Romano do
Ocidente e o fim do regime esclavagista.
Poder-se-à referir que este sistema desenvolveu-se também noutros continentes mas com algumas
especificidades. Neste aspecto particular recomenda-se que sejam explorados alguns textos que
exponham de forma geral e simples a organização sociopolítica e económica de alguns Estados
feudais na Europa e Ásia tais como os Francos, o Bizâncio e o Califado Árabe sem entrar em
pormenores.
Ao se referir à peste negra no âmbito da crise do feudalismo, o professor poderá aproveitar o
momento para falar do impacto das epidemias na evolução das sociedades explorando em
particular o efeito devastador do HIV/SIDA, Malária e de outras doenças endémicas nos nossos
tempos e as medidas de combate. Caso o professor não disponha de material para explicar os
alunos sobre as formas de combate poderá convidar enfermeiros ou representantes de
organizações que trabalham com estas matérias.
Na abordagem deste assunto é essencial destacar que enquanto a Europa vivia num regime feudal,
em África desenvolviam-se reinos e Impérios com um dinamismo próprio e com uma certa
estabilidade política, económica, social e cultural, como por exemplo a Etiópia.
O objectivo é que os alunos compreendam e interiorizem que em África, durante o período em
referência, também se desenvolveram processos históricos dinâmicos e consequentes comparáveis
aos dos outros continentes, antes do contacto com os europeus.
A explicação e a sistematização dos conhecimentos sobre o desenvolvimento dos Estados africanos e
de Moçambique é de primordial importância para a promoção nos alunos de atitudes tais como
orgulho pela História da África e da sua Pátria.
Nesta unidade serão abordados os seguintes conceitos básicos: Feudalismo, Feudo, Servidão,
Religião, Exploração.
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Situa no tempo o desenvolvimento do sistema feudal na Europa;
Elabora um quadro em que agrupe as características económicas, políticas, sociais e culturais
do feudalismo;
Identifica as principais causas da decadência do sistema feudal;
Localiza a Etiópia no continente africano;
Caracteriza a estrutura económica, política e sócio-ideológica da Etiópia;
4. Avaliação
A avaliação permite ao professor tirar conclusões dos resultados obtidos para o desenvolvimento
do trabalho pedagógico subsequente e verificar a necessidade de reajuste curricular de acordo
com as necessidades educativas dos alunos.
A avaliação deve focalizar-se em todas as actividades realizadas pelos alunos de forma que se
obtenha uma imagem fiável do desempenho do aluno e do professor, em termos de competências
básicas descritas no Programa de Ensino.
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Para abordagem dos conteúdos definidos neste Programa de Ensino, sugere-se a
consulta, de entre outra, a seguinte bibliografia:
BICÁ, Firoza & ISMAEL, A. Ismael. Ciências Sociais: Tempo e espaços, 6ª Classe.
Porto, Porto Editora, p.64-65
FERNANDO, Luís & REIS, Honório. História. 8ª Classe. Maputo, DINAME, p.7-8
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