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Prefácio
Caro Professor
É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino Secundário
Geral.
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Programa de Educação Visual, 10ª classe
1. Introdução
O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas orientadoras
que visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes instrumentos relevantes para
que continuem a aprender ao longo de toda a sua vida.
O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre uma
componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de
competências relevantes para uma integração plena na vida política, social e económica do
país.
Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação, assegurando
uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares, assim descritos:
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Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do Homem, isto
é, saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua família e aos outros
homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros.
Agenda 2025:129
A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto significa que o
papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a contar ou de transmitir
grandes quantidades de conhecimentos de história, geografia, biologia ou química, entre
outros. Torna-se, assim, cada vez mais importante preparar o aluno para aprender a
aprender e para aplicar os seus conhecimentos ao longo da vida.
Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena na
vida?
Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola, mas
também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas importantes,
tendo em conta a realidade do país.
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As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o ESG
esteja preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir os estudos
nos níveis subsequentes.
Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é,
adaptar-se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que exigem
cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção de perspectivas
múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação, empreendedorismo e a
flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da vida.
No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais e dos
temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem impregnados nas
competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante que as acções levadas a
cabo na escola e as atitudes dos seus intervenientes sobretudo dos professores constituam
um modelo do saber ser, conviver com os outros e bem fazer.
Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima
definidas de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente escolar
e fora dele contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que as actividades
curriculares e co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e estimulem os alunos a
mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.
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A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo globalizado.
No currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas Moçambicanas, línguas
estrangeiras (Inglês e Francês).
O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção da
leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de interesse dos
alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou trabalhos de pesquisa,
exposições, actividades culturais em datas festivas e comemorativas, entre outros
momentos de prática da língua numa situação concreta. Os alunos deverão ser encorajados
a ler obras diversas e a fazer comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre
temas variados, a dar opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação
social, a expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar informações
e a sistematizá-la.
Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das línguas e,
no caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras de autores
moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto patriótico e exaltação
da moçambicanidade.
Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos, envolvendo-
os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e complexos. A preparação
do aluno para a vida passa por uma formação em que o ensino e as matérias leccionadas
tenham significado para a vida do jovem e possam ser aplicados a situações reais.
O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará mais
sentido se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os conteúdos
inerentes à disciplina, às componentes transversais e às situações reais.
Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante que este
consiga:
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A disciplina de Educação Visual é na sua essência uma disciplina prática que visa desenvolver
nos alunos a destreza manual, através de diferentes técnicas de expressão, o sentido de
organização de espaços físicos e pictóricos, de estética e gosto pelo belo, entre outras
qualidades, como a analítico-crítica de comunicação através da IMAGEM.
Tendo em conta os quatro pilares saber conhecer, saber fazer, saber ser e saber viver juntos e
com os outros, o currículo, num processo de Educação Integral e Interdisciplinar, deverá
garantir conhecimentos, aptidões e atitudes socialmente relevantes e aproximar os programas de
ensino da vida quotidiana.
Este programa fornece dados que podem ajudar o professor a orientar os alunos a ver, observar,
reconhecer, interpretar e criar para melhor Comunicar e Produzir. Criar significa, procurar
a maneira adequada de dizer aos outros, através da representação plástica, aquilo que vemos,
sentimos e projectamos.
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Objectivos
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Unidades Temáticas
1. Desenho e Normalização
2. Desenho de Observação
3. Organização Formal
4. Desenho Geométrico
5. Projecções ortogonais
6. Formas em axonometrias
7. Transformação da forma
8. Comunicação visual
9. Forma função
10. Formas complexas em projecções ortogonais
11. Formas em Desenho cotado
12. Axonometria de formas complexas
13. Formas em perspectiva Visual
14. Formas em perspectiva Rigorosa
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I Trimestre
II Trimestre
III Trimestre
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Indicadores de Desempenho
• Caracteriza as manifestações da pintura da sua província e de outras regiões do país?
• Diferencia o período medieval e outros períodos do desenvolvimento da arte universal?
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• Reconhecer a relação existente entre a forma de um • Critérios a ter em atenção na • Dá um parecer lógico sobre
objecto e a sua utilidade produção de bens de uso as funções que um dado
objecto possa exercer a partir
• Identificar as partes constituintes de um objecto • Descrição de objectos de uso corrente das suas características
(do ponto de vista das suas formais
• Descrever a natureza dos objectos produzidos e o tipo características funcionais)
da sua embalagem • Analisa e descreve as partes
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• Planeamento e criação de protótipos de um objecto
de objectos de uso corrente
• Projecta e constrói protótipos
• Estudo de diferentes embalagens de objectos de uso corrente
Depois da descrição destes critérios é importante que se faça a recolha de objectos em atenção ao segundo ponto, para a identificação e análise dos
elementos funcionais presentes em cada um deles. Dado este passo, deve-se dar oportunidade de os alunos idealizarem objectos com inspiração em
existentes ou da sua originalidade. Isto requer um projecto, ver terceiro ponto: Deve-se desenhar (idealizar) quatro a seis esboços de exemplares do
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mesmo objecto que se pretende construir e em seguida escolhe-se um dos esboços para a concretização. Os objectos podem ser de barro, madeira,
arame ou outro material fácil de manipular.
Após esta fase, far-se-á, de acordo com o quarto ponto, a recolha e análise de diferentes embalagens relacionando o seu formato e a sua consistência
com a forma e natureza dos objectos a que se destinam. E, Finalmente, os alunos construirão embalagens para os objectos por eles produzidos,
podendo ser de cartolina, cartão ou madeira.
Em situações de carência de materiais e/ou para melhor gestão do ensino desta unidade, algumas fases deste trabalho poderão ser realizadas em
grupos.
Indicadores de Desempenho
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Esta unidade já foi abordada na 9ª classe, pelo que os alunos já têm conhecimentos básicos sobre o assunto. Sendo assim, o professor poderá
começar por recapitular, com os alunos sobre a importância, a aplicação e a construção dos planos de projecção. À semelhança do que é
recomendado na 9ª classe (unidade 4) nesta abordagem, o uso de material didáctico para observação não deve ser menosprezado. Tanto as formas
planas como tridimensionais serão criadas pelos próprios alunos. Estes terão várias possibilidades na escolha do material, como por exemplo,
esferovite, madeira, barro, cartão e outros. Cabe ao professor facultar esta tarefa com, caso seja possível, visitas de estudo a locais onde se poderá
recolher material de desperdício para este fim.
As projecções deverão realizar-se sobre quatro Planos de Projecção: inferior (planta), frontal, (vista de frente), direito (vista lateral esquerda) e
esquerdo (vista lateral direita).
Indicadores de Desempenho
Representa formas Bi e tri dimensionais nas suas projecções ortogonais?
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No desenho cotado, os alunos estarão perante sólidos simples com reentrâncias e outros com saliências desenhados a rigor, para leitura e inscrição
das cotas. O professor deve privilegiar o desenho cotado de objectos de uso corrente, tal como mobiliário da sala de aula e de habitação.
Para uma melhor racionalização do tempo, deverão dar prioridade a cotagem das formas representadas nas projecções ortogonais.
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No transporte de medidas para as formas volumétricas, os alunos partem de projecções ortogonais devidamente cotadas e a seguir representam as
formas a três axonometrias (isométrica, cavaleira e dimétrica). Os cortes devem ser efectuados com base em planos de frente e de novel, para a
verificação das partes ocultas.
Indicadores de Desempenho
Elabora esboços de formas de modo para escrever as suas dimensões e características gerais?
Desenha e inscreve as cotas de formas simples?
Transporta medidas das formas planas (projecções ortogonais) para as formas em perspectiva axonométrica?
Representa secções produzidas por cortes feitos através de planos de nível e de frente?
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Identificar cada um dos tipos de perspectiva • Tipos de representação axonométrica • Distingue os três tipos de
axonométrica (isométrica, dimétrica e cavaleira) perspectiva axonométrica:
Representar formas geométricas bidimensionais e • Representação de formas bi dimensionais: Isométrica, Dimétrica e
tri-dimensionais em isometria com auxílio da triangulo, quadrado, rectângulo e circulo; Cavaleira
malha reticulada • Representação axonométrica de sólidos a partir • Constrói formas tri- 6
Representar formas tri-dimensionais em das suas projecções: dimensionais em perspectiva
axonometria; • Cubo, prismas e pirâmides (de bases axonométrica a partir das
Relacionar a perspectiva axonométrica com as quadrangulares e triangulares), cones e projecções e vice-versa.
projecções ortogonais. cilindros;
Observar regras de higiene e segurança no trabalho
Sugestões Metodológicas
Nesta unidade, espera-se que os alunos possam aprofundar e consolidar os conteúdos adquiridos na introdução desta unidade na 9ª Classe. A
abordagem desta unidade nesta classe deverá incidir sobre a execução de composições com sobreposições. Uma mesma composição pode ser
executada nos três sistemas de representação, facto que proporcionará aos alunos a exercitação na redução das mediadas pertencentes ao eixo y. A
execussão das perspectivas neste capítulo deverá ter em conta a aplicação e inscrição correcta das cotas.
As embalagens construídas a Forma-Função, contribuem para que os alunos compreenderem a relação entre axonometria e projecções. Como forma
de consolidação os alunos fazem composições numa folha de desenho usando formas em axonometria. Podem também criar modelos ou padrões
para ornamentação de paredes, piso ou objecto de adorno.
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Para a motivação desta unidade, o professor poderá levar os alunos para observarem a deformação visual aparente que o efeito de perspectiva
proporciona, referindo-se à Linha do Horizonte bem como a proporção entre os elementos observados.
O estudo da Perspectiva Visual visa preparar os alunos para a representação em Perspectiva Rigorosa.
Como elementos construtivos trabalhar-se-á apenas com a linha do horizonte (LH) e os pontos de fuga (PF). São recomendadas representações a 1PF e a
2PF, podendo os corpos (bidimensionais ou tridimensionais) encontrarem-se acima, a meio e abaixo da LH.
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Uma prerrogativa que se deve ter bem presente são as amplitudes dos dois raios visuais (esquerdo e direito) na representação a 2PF, conducentes à
determinação dos PF, entre estas e o PQ que são de 60 e 30 graus centígrados, respectivamente.
O PV situa-se exactamente no ponto onde os dois raios cruzam-se fazendo um ângulo de 90 graus.
A aproximação ou afastamento do PV do PQ resulta em configurações também interessantes, pelo que se deve procurar experimentar.
Indicadores de Desempenho
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A organização do espaço de trabalho é importante numa aula. Para se realizar uma boa aula deverão ser
observados vários aspectos que vão desde a organização das carteiras, o posicionamento do professor em
relação aos alunos durante o processo de explicação ou demonstração de um certo conteúdo,
interrelacionamento dos temas abordados na aula com elementos da vida quotidiana. Deve-se procurar levar os
estudantes a encontrar respostas positivas às perguntas que poderão surgir, como:
O porquê e para quê estou a aprender isto?
Que importância tem este conteúdo para a resolução de problemas do dia-a-dia?
As respostas são muito importantes para que o aluno encontre incentivos na sua realização pessoal tanto
presente como futura, por forma a evitar desinteresse e desmotivação durante as aulas.
O espaço de ensino deve ser adaptado às situações concretas. Uma boa aula não se circunscreve somente à sala
de aula, mas também fora desta, num espaço informal como: o pátio da escola, área de interesse dentro da
comunidade local, (Museus, Galeria de Arte, Casa de Cultura, etc.). Para além dos locais referidos
anteriormente, o professor poderá aproveitar todas as oportunidades/potencialidades para fazer visitas de
estudos, por forma que os alunos consolidem os conhecimentos, habilidades e atitudes adquiridas. Poderá
igualmente combinar e articular diferentes meios pedagógicos (abordagem oral, demonstração audiovisual,
trabalho de atelier, etc).
A abordagem da técnica pela técnica não servirá de nada, se quisermos que a aprendizagem seja significativa. A
materialização das actividades propostas deve partir de situações concretas em que se faça sentir a sua
necessidade.
Se o aluno percebe a aplicação prática do seu conhecimento para a resolução dos problemas pessoais ou da
comunidade (emprego e auto emprego), estará então, em melhores condições para mobilizar a sua energia e
atenção para aprender mais.
A escolha de um método de ensino depende de vários factores, como por exemplo, a idade e/ou comportamento
dos alunos, a experiência do professor, a natureza do conteúdo ou o trabalho prático a ser realizado, os
instrumentos e materiais (locais e/ou convencionais) e equipamento disponíveis, o período de decurso da aula
(manhã, tarde, noite), etc.
A opção final deve ser o resultado de uma avaliação cuidada da situação conjuntural feita pelo professor,
propondo-se a exploração dos seguintes métodos:
• Elaboração Conjunta (forma-função: análise de vários aspectos funcionais e estéticos; descodificação
de mensagens dadas através da imagem e/ou cor; aulas de introdução, de revisão ou específicas).
• Trabalho em grupo, como oportunidade de consolidar de forma prática os pilares saber, saber ser; saber
trabalhar em equipe, cooperação e respeito mútuo (exercitação dos conhecimentos na impossibilidade de
cada aluno poder experimentar todas as fases de execução de um projecto).
A composição dos grupos deve ser equilibrada, no sentido de aglutinar os alunos com diferentes ritmos
de aprendizagem. Esta disposição facilita a colaboração e o espírito de entreajuda. Os aluno mais
habilitados poderão funcionar como monitores, ajudando os colegas mais fracos e também ao professor
na gestão de turmas numerosas.
• Expositivo (numa aula de 90 minutos a transmissão de conhecimentos não deve exceder o tempo de 20
minutos; isto pressupõe que não deve haver nenhuma aula exclusivamente expositiva).
As situações que devem ser postas aos alunos podem ser resolvidas essencialmente com base:
• Na reprodução (por exemplo de formas apresentadas)
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O Ambiente Escolar é parte inseparável da Educação Estética. A criação de um ambiente agradável e estético
constitui, além de uma preocupação, uma actividade conjunta entre os professores e seus alunos e os alunos
entre si.
As possibilidades de trabalho em comum são facilitadas pela realização de exposições que contribuem na
educação do colectivo. A realização de exposições é uma componente básica da ambientação escolar e contribui
para o desenvolvimento do espírito crítico, auto-estima e valorização do seu trabalho. Destaca-se o seu valor
como meio educativo porque reflecte o trabalho criativo dos alunos constituindo uma motivação, um incentivo
para progredir. Ele fortalece os laços afectivos com a sua escola e estimula seu interesse não só pela disciplina
de Desenho mas, pelo estudo em geral.
A exposição constitui também uma referência visual da avaliação do desempenho dos alunos e do professor,
porque reflecte o grau de domínio de materiais, instrumentos e técnicas propostas nos programas de ensino.
Uma exposição pode ter lugar desde a própria sala de aula passando por um espaço da escola até à comunidade
onde a escola está inserida.
Os debates ou a apreciação conjunta dos trabalhos desenvolve habilidades de comunicação, e espírito crítico,
etc.
Seria conveniente que o professor aproveitasse a riqueza dos conteúdos da disciplina para desenvolver
conteúdos transversais. Por exemplo no conteúdo que aborda a comunicação visual poder-se-ia desenvolver
actividades práticas de criação de cartazes, símbolos, logótipos, abordando temas sobre prevenção de doenças,
preservação do ambiente, combate as drogas, direitos humanos, etc.
A marcação de TPCs deve ser uma tarefa obrigatória e sempre que se revelar oportuno o professor poderá
aproveitar os TPCs para consolidar as aprendizagens, para assinalar uma data comemorativa/festiva, caso o
tempo lectivo não seja suficiente. Desta forma contribuir-se-á para o fortalecimento do espírito cívico e
patriótico.
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Avaliação
A avaliação na disciplina de desenho deve ter uma função formativa e motivadora e não punitiva.
Ela deve obedecer as formas específicas preconizadas pelo Regulamento de Avaliação do Ensino Secundário
Geral.
Para se avaliar poder-se-á recorrer a determinados itens que podem ser objecto de verificação, tais como:
• Apresentação das folhas de trabalho (esquadria, legenda, organização e limpeza);
• Evolução progressiva no domínio de técnicas;
• Qualidade expressiva.
No item, Apresentação das folhas de trabalho, pretende-se avaliar a esquadria, legenda, organização e limpeza.
O professor poderá exigir um certo rigor neste parâmetro porque estes conteúdos vêem sendo abordados desde o
3º Ciclo do Ensino Básico.
Evolução progressiva no domínio de técnicas. Lembre-se que existem conteúdos, relacionados com Desenho e
Pintura por exemplo, que foram retomados desde o Ensino Básico. A sua repetição garante o melhor domínio
das técnicas.
O item qualidade expressiva destina-se a valorizar aspectos dos traçados que, devido ao meio riscador utilizado,
não se encontram abrangidos por quaisquer disposições normalizadoras: o enquadramento do desenho, a
adequação das diferenciações introduzidas nos tipos de traço utilizados, a regularidade do traço, o
posicionamento e a apresentação geral do objecto gráfico final.
Além dos diferentes tipos de avaliação (oral, escrita) o professor poderá recorrer à aplicação das várias
estratégias, nomeadamente: auto-avaliação, avaliação que um aluno faz ao trabalho do outro, avaliação que um
aluno faz do resultado do trabalho de um grupo, avaliação que um aluno faz do resultado do trabalho da turma.
A prática da hétero-avaliação será sempre enriquecedora para os alunos uma vez que, ela própria, leva ao
desenvolvimento do sentido crítico, auto-estima, respeito pelas diferenças, ajuda mútua, entre outros aspectos
formativos que concorrem para uma formação integral do aluno.
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