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Ficha Técnica

Título: Física, Programa da 12ª Classe


Edição: ©INDE/MINED - Moçambique
Autor: INDE/MINED – Moçambique
Capa, Composição, Arranjo gráfico: INDE/MINED - Moçambique
Arte final: INDE/MINED - Moçambique
Tiragem: 350 Exemplares
Impressão: DINAME
Nº de Registo: INDE/MINED – 6272/RLINLD/2010

Física - Programa da 12ª classe 1


Prefácio

Caro Professor

É com imenso prazer que colocamos nas suas mãos os Programas do Ensino
Secundário Geral.

Com a introdução do Novo Currículo do Ensino Básico, iniciada em 2004, houve


necessidade de se reformular o currículo do Ensino Secundário Geral para que a
integração do aluno se faça sem sobressaltos e para que as competências gerais,
tão importantes para a vida continuem a ser desenvolvidas e consolidadas neste
novo ciclo de estudos.

As competências que os novos programas do Ensino Secundário Geral procuram


desenvolver, compreendem um conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores necessários para a vida que permitam ao graduado do Ensino Secundário
Geral enfrentar o mundo de trabalho numa economia cada vez mais moderna e
competitiva.

Estes programas resultam de um processo de consulta à sociedade. O produto que


hoje tem em mãos é resultado do trabalho abnegado de técnicos pedagógicos do
INDE e da DINEG, de professores das várias instituições de ensino e formação,
quadros de diversas instituições públicas, empresas e organizações, que colocaram
a sua sabedoria ao serviço da transformação curricular e a quem aproveitamos
desde já, agradecer.

Aos professores, de que depende em grande medida a implementação destes


programas, apelamos ao estudo permanente das sugestões que eles contêm e que
convoquem a vossa criatividade e empenho para levar a cabo a gratificante tarefa
de formar hoje os jovens que amanhã contribuirão para o combate à pobreza.

Aires Bonifácio Baptista Ali.

Ministro da Educação e Cultura

Física - Programa da 12ª classe 2


1. Introdução

A Transformação Curricular do Ensino Secundário Geral (TCESG) é um processo


que se enquadra no Programa Quinquenal do Governo e no Plano Estratégico da
Educação e Cultura e tem como objectivos:

• Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino, proporcionando aos


alunos aprendizagens relevantes e apropriadas ao contexto socioeconómico
do país.
• Corresponder aos desafios da actualidade através de um currículo
diversificado, flexível e profissionalizante.
• Alargar o universo de escolhas, formando os jovens tanto para a
continuação dos estudos como para o mercado de trabalho e auto emprego.
• Contribuir para a construção de uma nação de paz e justiça social.

Constituem principais documentos curriculares:


• O Plano Curricular do Ensino Secundário (PCESG) – documento orientador
que contém os objectivos, a política, a estrutura curricular, o plano de
estudos e as estratégias de implementação;
• Os programas de ensino de cada uma das disciplinas do plano de estudos;
• O regulamento de avaliação do Ensino Secundário Geral (ESG);
• Outros materiais de apoio.

1.1. Linhas Orientadoras do Currículo do ESG

O Currículo do ESG, a ser introduzido em 2008, assenta nas grandes linhas


orientadoras que visam a formação integral dos jovens, fornecendo-lhes
instrumentos relevantes para que continuem a aprender ao longo de toda a sua
vida.

O novo currículo procura por um lado, dar uma formação teórica sólida que integre
uma componente profissionalizante e, por outro, permitir aos jovens a aquisição de
competências relevantes para uma integração plena na vida política, social e
económica do país.

As consultas efectuadas apontam para a necessidade de a escola responder às


exigências do mercado cada vez mais moderno que apela às habilidades
comunicativas, ao domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação, à
resolução rápida e eficaz de problemas, entre outros desafios.

Assim, o novo programa do ESG deverá responder aos desafios da educação,


assegurando uma formação integral do indivíduo que assenta em quatros pilares,
assim descritos:

Saber Ser que é preparar o Homem moçambicano no sentido espiritual,


crítico e estético, de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos
autónomos, críticos e formular os seus próprios juízos de valor que estarão
na base das decisões individuais que tiver de tomar em diversas
circunstâncias da sua vida;

Saber Conhecer que é a educação para a aprendizagem permanente de


conhecimentos científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários
para a compreensão, a interpretação e a avaliação crítica dos fenómenos
sociais, económicos, políticos e naturais;

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Saber Fazer que proporciona uma formação e qualificação profissional
sólida, um espírito empreendedor no aluno/formando para que ele se adapte
não só ao meio produtivo actual, mas também às tendências de
transformação no mercado;

Saber viver juntos e com os outros que traduz a dimensão ética do


Homem, isto é, saber comunicar-se com os outros, respeitar-se a si, à sua
família e aos outros homens de diversas culturas, religiões, raças, entre
outros.
Agenda 2025:129

Estes saberes interligam-se ao longo da vida do indivíduo e implicam que a


educação se organize em torno deles de modo a proporcionar aos jovens
instrumentos para compreender o mundo, agir sobre ele, cooperar com os outros,
viver, participar e comportar-se de forma responsável.

Neste quadro, o desafio da escola é, pois, fornecer as ferramentas teóricas e


práticas relevantes para que os jovens e os adolescentes sejam bem sucedidos
como indivíduos, e como cidadãos responsáveis e úteis na família, na comunidade e
na sociedade, em geral.

1.2. Os desafios da Escola

A escola confronta-se com o desafio de preparar os jovens para a vida. Isto


significa que o papel da escola transcende os actos de ensinar a ler, a escrever, a
contar ou de transmitir grandes quantidades de conhecimentos de história,
geografia, biologia ou química, entre outros. Torna-se, assim, cada vez mais
importante preparar o aluno para aprender a aprender e para aplicar os seus
conhecimentos ao longo da vida.

Perante este desafio, que competências são importantes para uma integração plena
na vida?

As competências importantes para a vida referem-se ao conjunto de recursos, isto


é, conhecimentos, habilidades atitudes, valores e comportamentos que o indivíduo
mobiliza para enfrentar com sucesso exigências complexas ou realizar uma tarefa,
na vida quotidiana. Isto significa que para resolver um determinado problema,
tomar decisões informadas, pensar critica e criativamente ou relacionar-se com os
outros um indivíduo necessita de combinar um conjunto de conhecimentos, práticas
e valores.

Naturalmente que o desenvolvimento das competências não cabe apenas à escola,


mas também à sociedade, a quem cabe definir quais deverão ser consideradas
importantes, tendo em conta a realidade do país.

Neste contexto, reserva-se à escola o papel de desenvolver, através do currículo,


não só as competências viradas para o desenvolvimento das habilidades de
comunicação, leitura e escrita, matemática e cálculo, mas também, as
competências gerais, actualmente reconhecidas como cruciais para o
desenvolvimento do indivíduo e necessárias para o seu bem estar, nomeadamente:

a) Comunicação nas línguas moçambicana, portuguesa, inglesa e francesa;


b) Desenvolvimento da autonomia pessoal e a auto-estima; de estratégias de
aprendizagem e busca metódica de informação em diferentes meios e uso
de tecnologia;
c) Desenvolvimento de juízo crítico, rigor, persistência e qualidade na
realização e apresentação dos trabalhos;

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d) Resolução de problemas que reflectem situações quotidianas da vida
económica social do país e do mundo;
e) Desenvolvimento do espírito de tolerância e cooperação e habilidade para se
relacionar bem com os outros;
f) Uso de leis, gestão e resolução de conflitos;
g) Desenvolvimento do civismo e cidadania responsáveis;
h) Adopção de comportamentos responsáveis com relação à sua saúde e da
comunidade bem como em relação ao alcoolismo, tabagismo e outras
drogas;
i) Aplicação da formação profissionalizante na redução da pobreza;
j) Capacidade de lidar com a complexidade, diversidade e mudança;
k) Desenvolvimento de projectos estratégias de implementação
individualmente ou em grupo;
l) Adopção de atitudes positivas em relação aos portadores de deficiências,
idosos e crianças.

Importa destacar que estas competências encerram valores a serem desenvolvidos


na prática educativa no contexto escolar e extra-escolar, numa perspectiva de
aprender a fazer fazendo.

(...) o aluno aprenderá a respeitar o próximo se tiver a oportunidade de


experimentar situações em que este valor é visível. O aluno só aprenderá a viver num
ambiente limpo se a escola estiver limpa e promover o asseio em todos os espaços
escolares. O aluno cumprirá as regras de comportamento se elas forem exigidas e
cumpridas por todos os membros da comunidade escolar de forma coerente e
sistemática.
PCESG:27

Neste contexto, o desenvolvimento de valores como a igualdade, liberdade, justiça,


solidariedade, humildade, honestidade, tolerância, responsabilidade, perseverança,
o amor à pátria, o amor próprio, o amor à verdade, o amor ao trabalho, o respeito
pelo próximo e pelo bem comum, deverá estar ancorado à prática educativa e estar
presente em todos os momentos da vida da escola.

As competências acima indicadas são relevantes para que o jovem, ao concluir o


ESG esteja preparado para produzir o seu sustento e o da sua família e prosseguir
os estudos nos níveis subsequentes.

Perspectiva-se que o jovem seja capaz de lidar com economias em mudança, isto é,
adaptar-se a uma economia baseada no conhecimento, em altas tecnologias e que
exigem cada vez mais novas habilidades relacionadas com adaptabilidade, adopção
de perspectivas múltiplas na resolução de problemas, competitividade, motivação,
empreendedorismo e a flexibilidade de modo a ter várias ocupações ao longo da
vida.

1.3. A Abordagem Transversal

A transversalidade apresenta-se no currículo do ESG como uma estratégia didáctica


com vista um desenvolvimento integral e harmonioso do indivíduo. Com efeito,
toda a comunidade escolar é chamada a contribuir na formação dos alunos,
envolvendo-os na resolução de situações-problema parecidas com as que se vão
confrontar na vida.

No currículo do ESG prevê-se uma abordagem transversal das competências gerais


e dos temas transversais. De referir que, embora os valores se encontrem
impregnados nas competências e nos temas já definidos no PCESG, é importante
que as acções levadas a cabo na escola e as atitudes dos seus intervenientes

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sobretudo dos professores constituam um modelo do saber ser, conviver com os
outros e bem fazer.

Neste contexto, toda a prática educativa gravita em torno das competências acima
definidas de tal forma que as oportunidades de aprendizagem criadas no ambiente
escolar e fora dele contribuam para o seu desenvolvimento. Assim, espera-se que
as actividades curriculares e co-curriculares sejam suficientemente desafiantes e
estimulem os alunos a mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores.

O currículo do ESG prevê ainda a abordagem de temas transversais, de forma


explícita, ao longo do ano lectivo. Considerando as especificidades de cada
disciplina, são dadas indicações para a sua abordagem no plano temático, nas
sugestões metodológicas e no texto de apoio sobre os temas transversais.

O desenvolvimento de projectos comuns constitui-se também com uma estratégias


que permite estabelecer ligações interdisciplinares, mobilizar as competências
treinadas em várias áreas de conhecimento para resolver problemas concretos.
Assim, espera-se que as actividades a realizar no âmbito da planificação e
implementação de projectos, envolvam professores, alunos e até a comunidade e
constituam em momentos de ensino-aprendizagem significativos.

1.4 As Línguas no ESG

A comunicação constitui uma das competências considerada chave num mundo


globalizado. No currículo do ESG, são usados a língua oficial (Português), línguas
Moçambicanas, línguas estrangeiras (Inglês e Francês).

As habilidades comunicativas desenvolvem-se através de um envolvimento


conjugado de todas as disciplinas e não se reserva apenas às disciplinas específicas
de línguas. Todos os professores deverão assegurar que alunos se expressem com
clareza e que saibam adequar o seu discurso às diferentes situações de
comunicação. A correcção linguística deverá ser uma exigência constante nas
produções dos alunos em todas as disciplinas.

O desafio da escola é criar espaços para a prática das línguas tais como a promoção
da leitura (concursos literários, sessões de poesia), debates sobre temas de
interesse dos alunos, sessões para a apresentação e discussão de temas ou
trabalhos de pesquisa, exposições, actividades culturais em datas festivas e
comemorativas, entre outros momentos de prática da língua numa situação
concreta. Os alunos deverão ser encorajados a ler obras diversas e a fazer
comentários sobre elas e seus autores, a escrever sobre temas variados, a dar
opiniões sobre factos ouvidos ou lidos nos órgãos de comunicação social, a
expressar ideias contrárias ou criticar de forma apropriada, a buscar informações e
a sistematizá-la.

Particular destaque deverá ser dado à literatura representativa de cada uma das
línguas e, no caso da língua oficial e das línguas moçambicanas, o estudo de obras
de autores moçambicanos constitui um pilar para o desenvolvimento do espiríto
patriótico e exaltação da moçambicanidade.

1.5. O Papel do Professor

O papel da escola é preparar os jovens de modo a torná-los cidadãos activos e


responsáveis na família, no meio em que vivem (cidade, aldeia, bairro,
comunidade) ou no trabalho.

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Para conseguir este feito, o professor deverá colocar desafios aos seus alunos,
envolvendo-os em actividades ou projectos, colocando problemas concretos e
complexos. A preparação do aluno para a vida passa por uma formação em que o
ensino e as matérias leccionadas tenham significado para a vida do jovem e
possam ser aplicados a situações reais.

O ensino - aprendizagem das diferentes disciplinas que constituem o currículo fará


mais sentido se estiver ancorado aos quatro saberes acima descritos interligando os
conteúdos inerentes à disciplina, às componentes transversais e às situações reais.

Tendo presente que a tarefa do professor é facilitar a aprendizagem, é importante


que este consiga:

• organizar tarefas ou projectos que induzam os alunos a mobilizar os seus


conhecimentos, habilidades e valores para encontrar ou propor alternativas
de soluções;
• encontrar pontos de interligação entre as disciplinas que propiciem o
desenvolvimento de competências. Por exemplo, envolver os alunos numa
actividade, projecto ou dar um problema que os obriga a recorrer a
conhecimentos, procedimentos e experiências de outras áreas do saber;
• acompanhar as diferentes etapas do trabalho para poder observar os alunos,
motivá-los e corrigi-los durante o processo de trabalho;
• criar, nos alunos, o gosto pelo saber como uma ferramenta para
compreender o mundo e transformá-lo;
• avaliar os alunos no quadro das competências que estão a ser
desenvolvidas, numa perspectiva formativa.

Este empreendimento exige do professor uma mudança de atitude em relação ao


saber, à profissão, aos alunos e colegas de outras disciplinas. Com efeito, o sucesso
deste programa passa pelo trabalho colaborativo e harmonizado entre os
professores de todas as disciplinas. Neste sentido, não se pode falar em
desenvolvimento de competências para vida, de interdisciplinaridade se os
professores não dialogam, não desenvolvem projectos comuns ou se fecham nas
suas próprias disciplinas. Um projecto de recolha de contos tradicionais ou da
história local poderá envolver diferentes disciplinas. Por exemplo:
- Português colaboraria na elaboração do guião de recolha, estrutura,
redacção e correcção dos textos;
- História ocupar-se-ia dos aspectos técnicos da recolha deste tipo de
fontes;
- Geografia integraria aspectos geográficos, físicos e socio-económicos da
região;
- Educação Visual ficaria responsável pelas ilustrações e cartazes.

Com estes projectos treinam-se habilidades, desenvolvem-se atitudes de trabalhar


em equipa, de análise, de pesquisa, de resolver problemas e a auto-estima,
contribuindo assim para o desenvolvimento das competências mais gerais definidas
no PCESG.

As metodologias activas e participativas propostas, centradas no aluno e viradas


para o desenvolvimento de competências para a vida pretendem significar que, o
professor não é mais um centro transmissor de informações e conhecimentos,
expondo a matéria para reprodução e memorização pelos alunos. O aluno não é um
receptáculo de informações e conhecimentos. O aluno deve ser um sujeito activo na
construção do conhecimento e pesquisa de informação, reflectindo criticamente
sobre a sociedade.

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O professor deve assumir-se como criador de situações de aprendizagem,
regulando os recursos e aplicando uma pedagogia construtivista. O seu papel na
liderança de uma comunidade escolar implica ainda que seja um mediador e
defensor intercultural, organizador democrático e gestor da heterogeneidade
vivencial dos alunos.

As metodologias de ensino devem desenvolver no aluno: a capacidade progressiva


de conceber e utilizar conceitos; maior capacidade de trabalho individual e em
grupo; entusiasmo, espírito competitivo, aptidões e gostos pessoais; o gosto pelo
raciocínio e debate de ideias; o interesse pela integração social e vocação
profissional.

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O Ensino-aprendizagem na disciplina de Física

A aprendizagem de Física no 2º ciclo tem como objectivo, ampliar e aprofundar os


conhecimentos adquiridos no 1º ciclo de modo que o aluno possa compreender a
evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do
conhecimento cientifico.
Os programas de Física concebidos para o ciclo, oferecem aos alunos os elementos
essenciais do quadro físico do mundo para que possam ser capazes de desenvolver
a sua identidade como indivíduos criativos, sociais e possuidores de atitudes,
hábitos, habilidades e conhecimentos úteis a si mesmo e à sociedade e para a
continuação com os estudos.

Estes programas abordam os conteúdos relacionados com os fenómenos


mecânicos, térmicos, luminosos, eléctricos, electromagnéticos, atómicos e
nucleares. A sua estruturação permite continuar a formação paulatina dos alunos,
centrada na aquisição de elementos fundamentais do conhecimento e do
desenvolvimento de habilidades e atitudes.

Na concepção da estrutura do programa, parte-se do ponto de vista macroscópico


dos fenómenos do mundo circundante mais próximo dos alunos, portanto, mais
acessível aos órgãos sensoriais, com base nos conhecimentos adquiridos no 1ºciclo
e noutras disciplinas de ciências naturais, em especial a Química, para a explicação
dos fenómenos microscópicos que ocorrem ao nível da electrosfera e do núcleo
atómico – Fenómenos Atómicos e Nucleares.

A lógica que segue o ordenamento do sistema de conhecimentos baseia-se na


análise de um fenómeno que, do geral, passa-se para a caracterização qualitativa
deste, seguindo-se a determinação quantitativa do mesmo (o valor e as suas
unidades) e por último, a lei fenomenológica que relaciona as grandezas físicas.

Em consequência, como métodos de aprendizagem prevalecem o centrado no


aluno, apoiado numa forte base experimental, de tal modo que se reduz o volume
de informação teórica secundária em muitos dos conteúdos tratados. Pretende-se
fortalecer o trabalho com os conceitos fundamentais e incrementar o tempo para o
desenvolvimento de habilidades, tanto intelectuais como práticas, que permitam
aos alunos participar activamente e com certo grau de independência na aquisição
de conhecimentos, assim como serem capazes de utilizá-los na explicação dos
fenómenos que os rodeiam.
Neste ciclo o aluno terá contacto pela primeira vez com os elementos da Física
Moderna: Radiação do corpo Negro, Física Atómica (Fenómeno fotoeléctrico, Níveis
de Energia no Átomo de Hidrogénio, Raios-x), Física Nuclear (Desintegração
Radioactiva, Reacções de Fusão e Fissão Nuclear).

Assim sendo, o aluno deve ter uma visão clara da aplicabilidade dos fenómenos
relacionados com a Física Moderna, para que estes não fiquem apenas na esfera
teórica, mas que ele veja que ela está presente no seu dia a dia, por exemplo,
durante a fotosíntese quando as plantas recebem os raios solares durante o dia ou
quando estão privadas deste, quando está em frente a um computador, durante a
emissão radiofónica ou televisiva, no hospital durante uma sessão de raios-x, etc.

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1. Competências a desenvolver no 2º Ciclo

Ao nível do segundo ciclo o ensino da Física visa desenvolver, nos alunos,


competências que lhes permitam:
• Investigar um problema, colocando hipóteses de sua testagem e generalizar
a situações semelhantes;
• Apresentar os resultados de experiências, descrevendo conhecimentos
físicos de forma adequada;
• Construir modelos físicos e usá-los para analisar e explicar fenómenos
naturais e situações do dia a dia;
• Examinar e ilustrar modelos físicos usando tecnologias de informação e
comunicação;
• Combinar interdisciplinarmente o conhecimento físico com conhecimentos de
outras áreas do saber científico;
• Aplicar no sistema produtivo o conhecimento físico, manejando de forma
adequada e responsável o equipamento afim, compreendendo a evolução
dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do
conhecimento cientifico;
• Apontar os eventuais impactos ambientais e sociais resultantes da utilização
de diferentes formas de energia de uso social;

2.Objectivos gerais da disciplina


Pretende-se que a aprendizagem da Física no ESG contribua para a formação de
uma cultura de ciência e tecnologia efectiva, que permita ao aluno:

♦ fazer a interpretação dos factos, fenómenos e processos naturais;


♦ compreender a evolução dos meios tecnológicos e sua relação
dinâmica com a evolução do conhecimento cientifico
♦ compreender os procedimentos técnicos e tecnológicos e ajusta-los a
uma realidade socio-cultural e ambiental

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3. Visão geral dos conteúdos do 2º ciclo

11a Classe
Unidade I – Mecânica (Cinemática, Estática e Dinâmica)
Unidade II – Trabalho e Energia. Choques e Colisões
Unidade III – Electrostática
Unidade IV – Corrente Eléctrica Contínua. O electromagnetismo

12ª Classe
Unidade I – Ondas Electromagnéticas. Radiação do Corpo Negro
Unidade II – Física Atómica
Unidade III – Física Nuclear
Unidade IV – Mecânica dos Fluídos (Hidrodinâmica)
Unidade V – Gases. Termodinâmica
Unidade VI – Oscilações Mecânicas

V. O Ensino da Física na 12ª classe:

O aluno inicia a sua aprendizagem com o estudo das Ondas electromagnéticas. O


estudo de Ondas iniciou na 10ª classe, onde a aprendizagem foi apenas das ondas
mecânica. Na 12ª classe pretende-se comparar a equação geral da onda em que a
velocidade é generalizada para a velocidade da luz no vácuo. O estudo das ondas
electromagnéticas serve de base para o início do estudo da Física Moderna, em
especial a Radiação do corpo Negro, que se completa com a Física Atómica e a
Física Nuclear.

Sugere-se aos professores de Física a abordagem dos conteúdos, a partir de


situações problemáticas e contextualizadas ao quotidiano do aluno.
Estas situações podem ser criadas através de experiências simples, a partir dos
conhecimentos empíricos do aluno ou mesmo de artigos publicados em jornais,
revistas livros científicos, e pela Internet.
A realização de experiências por parte do aluno poderá ser uma forma de aumentar
a destreza e a habilidade para o trabalho prático. Através do trabalho em grupo,
dentro e fora da sala de aulas, o aluno vai desenvolver habilidades para se
relacionar com os outros e cooperar na resolução de problemas.

Neste ciclo o aluno terá contacto pela primeira vez com alguns elementos da
chamada Física Moderna, nomeadamente: Radiação do corpo Negro, Física Atómica
(Fenómeno fotoeléctrico, Níveis de Energia no Átomo de Hidrogénio, Raios-x,
Desintegração Radioactiva, Reacções de Fusão e Fissão Nuclear).
Assim sendo, o aluno deve ter uma visão clara da aplicabilidade dos fenómenos
relacionados com a Física Moderna, para que estes não fiquem apenas na esfera
teórica, mas que ele veja que ela está presente no seu dia a dia, por exemplo,
quando está em frente a um computador, ou durante a fotossíntese quando as
plantas recebem os raios solares durante o dia ou quando estão privadas deste,
durante as emissãos radiofónicas ou televisivas, no hospital durante uma sessão de
raios-x.
Na Radiação do Corpo Negro, na Física atómica e Nuclear, há uma grande relação
com a Matemática e a Química. Em relação a Matemática a ligação é,
especialmente, nas relações de proporcionalidade directa e inversa, na construção e
interpretação de gráficos, na medição de grandezas físicas, na conversão de
unidades e no cálculo diferencial. Em relação à Química há uma estreita ligação
com as reacções químicas, com os átomos, elementos químicos e desintegração
das partículas.

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VI. Objectivos da Disciplina na 12ª Classe

A disciplina de Física na 12ª classe está dirigida a:

• Desenvolver habilidades que preparam o aluno para que seja capaz de:
- Construir e interpretar gráficos da dependência entre as grandezas físicas,
tais como y(t), v(t) e a(t).
- Utilizar os conceitos estudados para interpretar e explicar a um nível
profundo os fenómenos das radiações electromagnéticas, atómicos e
nucleares, as Leis de Wien e Stefan – Boltzman, a teoria de Planck, os níveis
de energia nos átomos, a desintegração radioactiva, a produção dos raios-x,
o funcionamento dos reactores nucleares, os processos de produção de
energia nuclear no cosmo e nos reactores nucleares.
- Descrever as experiências fundamentais que provêm da manifestação dos
fenómenos atómicos e nucleares.
- Interpretar em situações concretas as Leis de Wien, Stefan – Boltzman,
Bohr, hipótese de Planck.

• Resolver problemas qualitativos e quantitativos com variante na qual


intervenham mais de duas grandezas, incluindo a dedução de qualquer das
grandezas que intervêm na fórmula, relacionadas com:
- As ondas electromagnéticas.
- A radiação do corpo negro.
- O fenómeno Fotoeléctrico.
- Os níveis de energia no átomo de hidrogénio.
- A produção dos raios –x e seu espectro.
- Espectros atómicos.
- Desintegração radioactiva.
- Reacções de fissão e fusão nuclear.
- Oscilações mecânicas.

• Representar as equações químicas das principais reacções nucleares.

• Exemplificar os fundamentos de alguns processos tecnológicos de carácter


geral e importante para o nosso desenvolvimento económico, em particular
os que estão relacionados com os fenómenos electromagnéticos, atómicos e
nucleares.

• Realizar experiências, elaborar relatórios sobre as experiências realizadas e


interpretar os resultados obtidos.

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VII. Visão geral dos conteúdos da 12ªclasse Nº
de aulas

I - Trimestre
Unidade I – Ondas Electromagnéticas. Radiação do Corpo Negro 12
Unidade II – Física Atómica 18
Revisão e Avaliação 6

II - Trimestre
Unidade III – Física Nuclear
22
Unidade IV – Mecânica dos Fluídos (Hidrodinâmica) 8
Revisão e Avaliação 6

III - Trimestre
Unidade V – Gases. Termodinâmica
18
Unidade VI – Oscilações Mecânicas 12
Revisão e Avaliação 6

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Unidade I – Ondas Electromagnéticas. Radiação do Corpo Negro

Objectivos Conteúdos Competências Carga


Horária
• Explicar a diferença entre ondas mecânicas e • Ondas mecânicas e • Identifica características de
electromagnéticas. elecromagnéticas. ondas mecânicas e ondas
• Explicar fenómenos da natureza com base nas • O espectro das ondas electromagnéticas, 12
propriedades gerais e específicas das ondas electromagnéticas. relacionando-as a seus
electromagnéticas. • O espectro óptico. usos nos mais diferentes
contextos
• Aplica o conhecimento
sobre a análise espectro na
indústria, na determinação
das densidades ou na
indústria mineira (analise
da pureza das gemas)
• Explicar fenómenos da natureza com base nas • Formas de transmissão de calor. • Analisa fenómenos de
formas de transmissão de calor. (condução, convecção e poluição ambiental
• Aplicar o Princípio Fundamental da Calorimetria radiação) • Analisa o efeito de estufa
na resolução de exercícios concretos. • Troca de calor entre os corpos. relacionando com o
• Aplicar as leis de Wienn e Stefan – Boltzman na Princípio Fundamental da aquecimento global e as
resolução de exercícios concretos. Calorimetria. alterações climáticas.
• Interpretar os gráficos da emissividade em • Leis da radiação do corpo Negro • Estima a temperatura do
função da frequência e do comprimento de (Wien e Stefan – Boltzman). sol e de outros astros
onda.

Sugestões metodológicas
Os alunos realizam experiências sobre ondas mecânicas como forma de rever as grandezas que caracterizam as ondas e as propriedades
gerais das ondas (reflexão, refracção, interferência, difracção, etc.), estudadas na 10ª classe.
É importante que os alunos realizem experiências sobre as propriedades gerais das ondas electromagnéticas como a refleção, refracção e
interferência e difracção em películas finas de óleo sobre a água ou sobre a superfície polida de um CD – Room.
b
A lei de Wien ( λ máx = )pode ser verificada experimentalmente observando a chama de um fogão a gás ou de carvão ou ferro
T
incandescente comparando a côr no interior e exterior da chama ou do corpo incandescente.
Para verificar as formas de transmissão de calor, os alunos vão realizar experiências sobre condução, convecção e radiação de calor.
O Princípio Fundamental da Calorimetria pode ser verificado experimentalmente uma vez introduzida grandezas fundamentais da
calorimetria (capacidade térmica, calor específico e quantidade de calor). Aqui é fundamental que os alunos saibam calcular a

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temperatura final de uma mistura sem ter em conta o calor absorvido pelo calorímetro e sem mudanças de estado das substâcias
envolvidas.
A Lei de Stefan – Boltzman ( ε = σ .T ) pode ser verificada através da realização de uma experiência para calcular a temperatura do
4

sol ( por exemplo, numa lata pintada de preto, encher com água e com um termómetro medir a temperatura).
Para comprovar que as constantes físicas provem de resultados de cálculos experimentais, os alunos poderão realizar a experiência
para o cálculo da constante de Stefan – Boltzman, a qual é semelhante a da determnação da temperatura do sol.

Experiências recomendadas
Visto que as experiências aqui recomendadas são para comprovação de fenómenos, verificação de leis e de princípios, sugere-se que
sejam executadas pelos alunos, trabalhando em grupos.
• Produção de onda em uma corda ou na superfície da água.
• Reflexão, refracção, interferência, difracção de ondas mecânicas numa camada fina de água sobre uma superfície tranparente
colocada ao sol. Note-se que os fenómentos das ondas nesta experiência podem ser observados fácilmente através da projecção
das mesmas no solo (por baixo da superfície transparente onde se encontra a água).
• Reflexão, refracção, interferência, difracção de ondas electromagnéticas numa camada fina de óleo espalhada sobre a água, num
espelho e na superfície reflectora de um CD - Room.
• Transmissão de calor por condução num corpo sólido.
• Transmissão de calor por convecção numa camada de ar aquecida.
• Transmissão de calor por radiação na superfície de um termómetro.
• Verificar a Lei de Wien na chama de um fogão a gás ou num corpo incandescente.
• Cálculo da temperatura do sol com o auxílio de um termómetro e uma lata pintada de negro colocada ao sol.
• Cálculo da constante de Stefan – Boltzman através da emissividade uma superfície de uma lata pintada de negro em banho maria.

Indicadores de desempenho
• Discute a importância das ondas mecânicas e de ondas electromagnéticas nos processos tecnológicos;
• Explica o uso das propriedades das ondas electromagnéticas na técnica na tecnologia;
• Realiza experiências sobre as diferentes formas de transmissão de calor na natureza;
• Discute com colegas os resultados das experiências realizadas respeitando as opiniões e críticas feitas ao trabalho;
• Elabora e apresenta relatórios das experiências realizadas sobre formas de transmissão de calor na natureza;
• Aplica as Leis Wien e Stafan – Boltzman para explicar fenómenos relacionados com astronomia;
• Analisa noticias dos jornais e televisão, aplicando conhecimentos científicos na abordagem de situações da vida quotidiana.

Física - Programa da 12ª classe 15


Unidade II – Física Atómica

Objectivos Conteúdos Competências Carga


Horária
• Explicar a aplicação dos raios catódicos com • Raios catódicos, suas • Explica o funcionamento
base nas suas proriedades. propriedades e aplicações do televisor ou um monitor
• Explicar a emissão termoelectrónica e Físicas atómica. A emissão e as causas das imagens 18
fotoeléctrica. termoelectrónica e fotoeléctrica. mal ajustadas.
• Aplicar as Leis do Fenómeno Fotoeléctrico na • Leis do Fenómeno Fotoeléctrico. • Interpreta o
resolução de exercícios concretos. funcionamento de painel
solar como fonte de
energia alternativa.
• Explicar a produção dos raios-x. • Raios-x. Produção, propriedades • Interpreta as chapas de R-
• Explicar as aplicações dos raios-x com base nas e aplicações. X para a detecção de
suas propriedades. • Espectro do raio R-x defeitos de ossos ou em
• Explicar a transformação e produção dos raios-x peças (radiografia)
na resolução de exercícios concretos. • Explica aplicações
• Interpretar o espectro dos raios-x na resolução tecnológicas do Raio x.
de exercícios concretos. • Aplica a relação funcional
entre variáveis.
• Explicar a produção dos níveis de energia no • Os níveis de energia no átomo • Interpreta o fenómeno da
átomo de hidrogénio. de Hidrogénio. luminescência e a noção
• Aplicar a equação de Planck na resolução de das cores visíveis
exercícios concretos relacionados com os níveis
de energia no átomo de hidrogénio.

Sugestões metodológicas
Para a discussão das aplicações das propriedades dos raios catódicos sugere-se o uso de artigos de jornais ou revistas. O professor
poderá recomendar aos alunos para recolher e seleccionar notícias dos jornais ou artigos de revistas que abordem assuntos relacionados
com os raios catódicos, que será usado como material para abordagem deste assunto na sala de aulas.
A emissão fotoeléctrica pode ser realizada experimentalmente através da descarga de um electroscópio de folhas carregado quando
colocado ao sol. O professor realiza a experiência, os alunos observam, individualmente sistematizam os factos observados, em grupos
discutem os dados sistematizados e elaboram o relatório da experiência.
As leis do fenómeno fotoeléctrico podem ser ilucidadas através da realização da experiência para o cálculo da constante de Planck. Para
realizar tal experiência os alunos podem usar fotodiodos de cores diversas intercalados num circuíto munido de uma resitência variável.
O estudo dos raios-x também pode ser feito com base em artigos científicos sobre o tema. Os alunos, em grupos, podem realizar um
trabalho de investigação ou um projecto cujo tema, por exemplo, pode ser “os raios –x na minha vida”.

Física - Programa da 12ª classe 16


No tratamento da física atómica sugere-se que se comece por abordar as interacções ao nível da electrosfera dos átomos. Partindo da
emissão termoeléctrica vai-se fazer o estudo do fenómeno fotoeléctrico. Após o tratamento das três leis do fenómeno fotoeléctricos
,chega-se ao extremo da Mecânica Clássica, pois a explicação de2ª e 3ª lei deram origem a Teoria Quântica- o quantum( Ε = h. f ).
Com a equação de Einstein para o fenómeno fotoeléctrico ( E = φ + Ecmáx ) os alunos vão determinar a constante de Planck bem como fazer
a representação gráfica da energia cinética e potencial de paragem em função da frequência da radiação incidente
Sugere se o tratamento dos Raios-X ou Röntgen como consequência do estudo dos raios catódicos cujas propriedades se deve referir. No
1 2
tratamento da transformação de energia no tubo dos R-X, ( q.U = mv = h. f ) ,sugere-se que se faça abordagem das propriedades dos
2
raios, a Lei Moseley (f~Z2 ).

Experiências recomendadas
• Descarga de um electroscópio de folhas colocado ao sol.
• Cálculo da constante de Planck através do gráfico da tensão de arranque de fotodiodos de côres diferentes. (Note-se que a tensão
de arranque de um fotodiodo é aquela a partir da qual o fotodiodo começa a emitir luz).

Indicadores de desempenho
• Discute as aplicações dos Raios catódicos na técnica;
• Explica o princípio de funcionamento dos relógios e maquinas calculadoras, que usam a energia a solar.
• Calcula a frequência da radiação incidente, da função trabalho e da energia cinética das partículas usando as leis do fenómeno
fotoeléctrico;
• Determina a frequência limite, a constante de Planck a partir de gráfico de energia cinética e do potencial de paragem em função
da frequência;
• Identifica as diferentes aplicações na ciência e na técnica do fenómeno fotoeléctrico;
• Explica a produção dos raios – x com base nos níveis de energia e sua aplicação no seu dia a dia.

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Unidade III– Física Nuclear

Objectivos Conteúdos Competências Carga


Horária
• Distinguir as diferentes partículas nucleares. • Partículas nucleares e sua • Usa o conceito de
• Representar as diferentes partículas nucleares. representação. partículas nucleares para
• Identificar elementos isótopos e isóbaros. • Elementos isótopos e isóbaros. interpretar fenómenos 22
físicos.
• Explica a aplicação dos
Isótopos nos processos
tecnológicos (na medicina
e na agricultura)
• Identificar os diferentes tipos de reacções • Reacções nucleares. • Discute a origem da
nucleares. • Reacções de desintegração energia de alto rendimento
• Representar os diferentes tipos de reacções (alfa, beta, gama e captura sua utilização pacifica e os
nucleares de desintegração. electrónica). efeitos de destruição
• Caracteriza diferentes
radiações nos processos
tecnológicos.
• Identificar uma reacção de fissão nuclear. • Reacções de fissão. • Descreve as reacções
• Representar uma reacção de fissão nuclear. nucleares que ocorrem nos
• Explicar o princípio de uma reacção em cadeia. processos tecnológicos;
• Calcular o defeito de massa e a energia • Aplica relação funcional
libertada numa reacção de fissão nuclear. entre variáveis.
• Identificar uma reacção de fusão nuclear. • Reacções de fusão. • Interpreta fenómenos
• Representar uma reacção de fusão nuclear. físicos como a origem da
• Calcular o defeito de massa e a energia energia solar
libertada numa reacção de fusão nuclear.
• Explicar o funcionamento de um reactor nuclear. • Reactores nucleares e sua • Descreve aplicações
• Explicar a diferença entre os diferentes tipos de aplicação. tecnológicas da energia
reactores nucleares. • Bomba atómica. nuclear.
• Explicar o funcionamento de uma bomba
atómica.

Física - Programa da 12ª classe 18


Sugestões metodológicas
No estudo dos isótopos, sugere-se uma abordagem essencialmente direccionada a sua aplicação na técnica, nomeadamente na
agricultura e na medicina. Por exemplo, uma das aplicações na medicina é a sua utilização no diagnostico e eliminação de tumores com
uso do Co-60 (cobalto-60). Na agricultura o uso do P-20 (fósforo -20) em mutações genéticas e multiplicação de novas variedades de
plantas, e na industria para detectar fendas e defeitos em peças metálicas. Em grupos os alunos vão recolher e sistematizar as aplicações
que os isótopos têm na técnica.
Sugere-se o uso de artigos científicos de revista, internet, etc, para a discussão dos diferentes tipos de reacções nucleares.
Também se pode ilucidar o carácter probablístico da desintegração através da realização de uma experiência sobre a curva da
probabilidade usando um número significativo de moedas (por exemplo, 20 moedas). Lançar as moedas de uma só vez ao ar e retirar-se
todas as que aparecerem com a “cara” voltada para cima. Em função do número de lançamentos os alunos vão construir o gráfico de
frequências.
È também importante que se discutam o uso da energia nuclear para o bem da humanidade assim como o uso não humanístico desta
fonte energética. O professor modera um momento de debate aonde os alunos vão reflectir sobre a insegurança da paz no mundo pela
existência de reactores nucleares em alguns países. Poderão também reflectir sobre o papel da ciência e tecnologia no desenvolvimento
da humanidade.
No tratamento dos tipos de desintegração sugere-se que para as partículas, se apresente seus símbolos e as respectivas massas atómicas
relativas em u.m.a bem como sua carga, e respectivas. Para cada partícula estudada os alunos vão montar uma tabela onde indicam o
respectivo simbolo, a massa atómica e carga.
Sugere-se que se aborde a lei de desintegração radioactiva, alfa, beta (captura electrónica) e a desintegração gama, referindo-se as
propriedades como o poder de penetração o alcance no ar, carga, a deflexão em campos eléctricos e magnéticos, o poder de ionização,
velocidade, massa e natureza.
ln 2 ∆N
Ao tratar das Leis de desintegração é importante apresentar o conceito de período de Semidesintegração T 1 = , Actividade A=
2 λ ∆t
( A = λN ) deve-se falar da contagem do tempo ao longo do processo de desintegração (t= n × T 1 ) ,a contagem do numero de nuclidos
2
por se desintegrar N=N0 .2-n
Da equação de Einstein ∆E = ∆m.C sugere se que se refira o conceito de defeito de massa ( massa dos reagentes menos a massa dos
2

produtos ) e a transformação da equação de Einstein em (Mev) , ∆E = 931∆m. .A Reacção de fissão, a fusão(como fonte da obtenção da
energia do sol e outras estrelas através das reacções do ciclo protão –protão, o ciclo carbono nitrogénio – oxigénio e processo -3 α )
devem ser discutidas.

Experiências recomendadas
• Construção da curva de probabilidade durante o lançamento de moedas ao ar.

Indicadores de desempenho
• Identifica a aplicação dos isótopos na agricultura, na medicina e na industria.
• Distingue os tipos de reacção nuclear que ocorrem nos processos tecnológicos;
• Identifica as formas de protecção contra as radiações nucleares na técnica;

Física - Programa da 12ª classe 19


• Calcula a energia das reacções nucleares através duma reacção química;
• Explica o funcionamento dos reactores nucleares e da bomba atómica;
• Discute sobre a insegurança da paz no mundo pela existência de reactores nucleares em alguns países;
• Confronta diferentes interpretações de senso comum e cientificas sobre a utilização de energia nuclear.

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Unidade IV – Mecânica dos Fluídos - Hidrodinâmica

Objectivos Conteúdos Competências Carga


Horária
• Aplicar a definição da vazão volúmica na • Vazão volúmica.(caudal) • Aplica os conceitos de
resolução de exercícios concretos. • Viscosidade. vazão volúmica na escolha
• Explicar o conceito de fluído ideal. • Fluído ideal. de tubagem adequada 8
para distribuição de água
para habitação ou noutros
sistemas hidráulicos
• Aplicar o Princípio de Continuidade na resolução • Princípio de Continuidade. • Descreve as aplicações do
de exercícios concretos. princípio de continuidade
na técnica;
• Aplica a relação funcional
entre variáveis.
• Aplicar o Princípio de Bernoulli na resolução de • Princípio de Bernoulli. • Explica aplicações
exercícios concretos. tecnológicas do principio
de Bernoulli.

Sugestões metodológicas
Com a realização de experiências simples o professor poderá elucidar o Princípio Fundamental da Hidrostática.
O conceito de vazão volúmica ou caudal(Q =A. v ), pode ser introduzido a partir duma experiência. Por exemplo, os alunos vão determinar
o tempo necessário para encher um copo de água deitando lentamente e rápidamente água.
A dedução de equação de Continuidade ( v1 . A1 = v 2 . A2 ) poderá ser através da realização de experiências.
O Princípio de Bernoulli pode ser mostrado experimentalmente suspendendo uma bola de ténis de mesa um pedaço de papel ou cartolina
através do ar que sai de um balão através de um funil ou soprando entre duas folhas de papel ou mesmo soprando por baixo de um tunel
feito de papel.
1 2 1
A equação que traduz o Princípio de Bernoulli ( p1 + ρv1 + ρgh1 = p 2 + ρv 22 + ρgh2 ) pode ser deduzido através da conjugação da Lei de
2 2
Conservação de Energia Mecânica e os conceitos de trabalho, pressão e energia cinética.

Experiências recomendadas
As experiências aqui recomendadas são para a comprovação de fenómenos e verificação de leis. Assim sugere-se que sejam executadas
pelos alunos, trabalhando em grupos.

Física - Programa da 12ª classe 21


• Análise a dependência da pressão com a profundidade.
• Cálculo da vazão ao se encher um copo lentamente e rápidamente.
• Avaliar o movimento da água ao passar de um ponto largo para outro estreito ou da velocidade de circulação da água de lugares
muito fundos para outros pouco fundos.
• Experiência do Paradoxo Hidrodinâmico soprando entre duas folhas de papel ou soprando por baixo de um tunel de papel.
• Experiência do Paradoxo Hidrodinâmico suspendento um pedaço de papel ou cartolina através do ar que sai de um balão através
de um funil.

Indicadores de desempenho
• Calcula a pressão nas paredes dum tubo e velocidade dum líquido em tubos estreitos e grossos, usando a equação de
continuidade;
• Aplica o Princípio de Bernoulli para calcular a velocidade dum líquido em tubos estreitos e grossos;
• Descreve a aplicação do princípio de continuidade nos sistemas de regadio;
• Realiza experiências para verificar o conceito de vazão volumica;
• Discute com colegas os resultados das experiências realizadas respeitando as opiniões e críticas feitas ao trabalho
• Apresenta sugestões para uso de tubagem apropriada que resulta na poupança de combustível.

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Unidade V – Gases. Termodinâmica

Objectivos Conteúdos Competências Carga


Horária
• Explicar o conceito de Gás perfeito ou ideal com • Parâmetros de estado. Gás • Usa o conceito de Gás 18
base nos parâmetros de estado. perfeito ou ideal. perfeito para interpretar
• Aplicar a equação de Estado do Gás Perfeito ou • Equação de Estado do Gás fenómenos físicos do dia a
Ideal na resolução de exercícios concretos. Perfeito ou Ideal. dia;
• Descreve os parâmetros de
estado do Gás perfeito
• Aplicar os isoprocessos na resolução de • Isoprocessos. Diagramas dos • Descreve os isoprocessos
exercícios concretos. Isoprocessos (Isotérmico, que ocorrem no dia a dia
• Interpretar os diagramas dos isoprocessos. isobárico e isovolumétrico). • Constrói e interpreta
gráficos.
• Calcular o trabalho termodinâmico de um gás • Trabalho termodinâmico. • Usa o conceito de trabalho
nos diferentes isoprocessos. • Primeira Lei da Termodinâmica. termodinâmico para
• Aplicar a Primeira Lei da Termodinâmica aos interpretar fenómenos
isoprocessos. físicos (por exemplo,
funcionamento duma
geleira);
• Usa a primeira lei da
termodinâmica para
explicar processos
tecnológicos

Sugestões metodológicas
O professor poderá fazer a dedução da equação de estado do gás ideal( p.v = nRT ) a partir da realização de experiência sobre os
isoprocessos.
Estabelecendo certa analogia com a expressão do trabalho mecânico os alunos vão calcular apartir de graficos o trabalho nos diferentes
isoprocessos;
Com base na Lei de Conservação de Energia o professor vai fazer a dedução da primeira Lei da Termodinâmica ( ∆Q = ∆U + W )
Para processos cíclicos, é importante o professor frisar que o calor e a temperatura não são idênticos e por isso que num processo
isotérmico pode ocorrer troca de calor.
Os alunos vão realizar experiências para analisar os isoprocessos, nomeadamente, a relação entre a pressão e o volume num processo
isotérmico, relação entre a pressão e a temperatura num processo isovolumétrico e a relação entre o volume e a temperatura num
processo isobárico.

Física - Programa da 12ª classe 23


Experiências recomendadas
As experiências aqui recomendadas são para a comprovação de fenómenos e verificação de leis. Assim sugere-se que sejam executadas
pelos alunos, trabalhando em grupos.
• Relação entre a pressão e o volume num processo isotérmico durante a compressão do ar dentro de uma siringa.
• Relação entre a pressão e a temperatura num processo isovolumétrico (aquecendo o ar ou água até a ebulição dentro de um balão
ou uma lata fechada).
• Relação entre o volume e a temperatura num processo isobárico aquecendo um balão vazio.

Indicadores de desempenho
• Realiza cálculos envolvendo a equação do Gás Ideal e os Diferentes os isoprocessos;
• Constrói e interpreta os diagramas dos isoprocessos;
• Utiliza a Primeira Lei da Termodinâmica para interpretar processos cíclicos (isoprocessos);
• Avalia sistemas tecnológicos em termos de dissipação de calor, identificando as transformações de energia ou os processos pelos
quais elas ocorrem.
• Realiza experiências e elabora relatórios;

Física - Programa da 12ª classe 24


Unidade VI – Oscilações Mecânicas
Objectivos Conteúdos Competências Carga
Horária
• Caracterizar oscilações mecânicas; • Características das oscilações • Explica o fenómeno de 12
• Interpretar o gráfico da elongação em função do mecânicas. ressonância na
tempo. • Equação e gráfico da elongação electrotecnia
em função do tempo. (funcionamento de
aparelhos de rádio e
televisores),
• Explica o fenómeno de
ressonância na construção
de edifícios
• Constrói e interpreta
gráficos.
• Deduzir a equação da velocidade em função do • Equação e gráfico da velocidade • Aplica a relação funcional
tempo com base no cálculo diferencial. em função do tempo. entre variáveis.
• Interpretar o gráfico da velocidade em função • Constrói e interpreta
do tempo. gráficos dum movimento
• Deduzir a equação da aceleração em função do • Equação e gráfico da aceleração • Aplica a relação funcional
tempo com base no cálculo diferencial. em função do tempo. entre variáveis.
• Interpretar o gráfico da aceleração em função • Constrói e interpreta
do tempo. gráficos.
• Aplicar as equações de Thompson na resolução • Equações de Thompson. • Aplica a equação de
de exercícios concretos. Thompson na
determinação da
aceleração de gravidade e
suas variações
• Aplica a relação funcional
entre variáveis.

Sugestões metodológicas
O professor começa por fazer a revisão dos conceitos de derivadas já estudados na Matemática, orientando os alunos para resolver
alguns exercícios. Utilizando os resultados dos exercícios resolvidos pelos alunos o professor a explica o significado da primeira e segunda
derivadas da posição em função do tempo.
Usando derivadas os alunos vão deduzir as expressões da velocidade e da aceleração em função do tempo e representarem-nas
graficamente.
A aplicação das equações deduzidas pode ser na dedução e na interpretação das equações de Tohmpson.

Física - Programa da 12ª classe 25


Utilizando um pêndulo matemático os alunos vão determinar experimentalmente a aceleração de gravidade.

Experiências recomendadas
• Cálculo do período das oscilações de um pêndulo e de um oscilador de mola.
• Determinação da aceleração de gravidade com base num pêndulo matemático.
• Determinação da constante elástica de uma mola através do período das oscilações.

Indicadores de desempenho
• Identifica características de oscilações mecânicas relacionando-as a suas aplicações nos mais diferentes contextos;
• Reconhece características físicas e parâmetros de movimentos oscilatórios em diferentes formas de representação;
• Deduz as expressões da velocidade e da aceleração em função do tempo com o auxílio das derivadas.
• Interpreta e constrói gráficos da elongação, da velocidade e da aceleração em função do tempo para o movimento oscilatório;
• Explica o fenómeno de anomalia gravitacional que determina a existência de jazigos de mineiros;
• Realiza experiências e elabora relatórios.

Física - Programa da 12ª classe 26


Estratégias para tornar o programa mais relevante.
A seguir são apresentadas algumas propostas de estratégias que o professor
poderá fazer uso, durante o processo de ensino-aprendizagem, para tornar a
implementação do programa mais relevante.
¾ Trabalhar com modelos, introduzindo-os através da discussão de modelos
microscópicos;
¾ Construir modelos a partir da necessidade explicativa dos fatos;
¾ Abordar as leis e princípios físicos a partir dos elementos próximos, práticos
e da vida diária;
¾ Promover um conhecimento contextualizado e integrado à vida dos alunos;
¾ Estimular a observação, classificação e organização dos factos e fenómenos
observados no quotidiano segundo os aspectos físicos;
¾ Promover realização de experiências simples para explicação dos
fenómenos;
¾ Promover realização de visitas de estudos.
¾ Estimular o acompanhamento de notícias científicas,

Física - Programa da 12ª classe 27


Avaliação

A avaliação é uma tarefa didáctica necessária, contínua e sistemática do trabalho


do professor, em todo o processo de ensino e aprendizagem na escola.
É através desta que se pode acompanhar passo a passo o domínio das matérias
pelos educandos e obter resultados que vão surgindo no decorrer do trabalho
interactivo professor -aluno e vice-versa.
Avaliação é uma tarefa muito complexa que não pode ser entendida e nem
resumida simplesmente com provas e atribuição da nota ao aluno.
A Avaliação deve ser orientada para o ensino centrado no aluno e deve ser uma
componente essencial e sistemática, tendo como finalidade avaliar o grau de
assimilação da matéria pelos alunos através de perguntas orais, realização de
experiências, testes escritos (sistemáticos ou finais).
A avaliação deve ser realizada de forma tal que evite estimular o estudo
memorizado, deve-se estimular conhecimentos sistemáticos, essenciais,
transcendentes bem como desenvolvimento de competências. Para desenvolver
competências é preciso propor tarefas e desafios que incitem os alunos a mobilizar
seus conhecimentos, habilidades e valores. A realização de projectos deve ser uma
das formas para avaliação dos alunos.
Recomenda-se que a ênfase da avaliação seja sobre os indicadores de desempenho
definidos ao longo programa, tendo mais em conta os aspectos qualitativos e
fenomenológicos do que os aspectos quantitativos.
Quando se realizam avaliações deve-se garantir que os alunos estejam conscientes
da validade da classificação obtida.

Física - Programa da 12ª classe 28


Bibliografia

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Física - Programa da 12ª classe 29

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