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Maria Luísa Daniel

Implicações das escolhas dos cursos no sucesso académico dos estudantes do ensino
superior (2022-2025)

Licenciatura em Ensino de História, com Habilidades em documentação

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2022
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Maria Luísa Daniel

Implicações das escolhas dos cursos no sucesso académico dos estudantes do ensino
superior (2022-2025)

Trabalho de carácter avaliativo apresentado na


cadeira de MEIC, com tema implicações das
escolhas dos cursos no sucesso académico dos
estudantes do ensino superior (2022-2025), 1º
ano, leccionado por:
Dra. Sufiane Mot

Dra. Sufiane Mote

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2022
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Índice

Introdução ..................................................................................................................... 5

1. Tema ......................................................................................................................... 6

1.1. Delimitação de tema......................................................................................... 6

1.2. Objecto de estudo ............................................................................................. 6

2. Problematização................................................................................................... 6

3. Justificativa .......................................................................................................... 7

4. Objectivos ............................................................................................................. 8

4.1. Objectivo geral ................................................................................................. 8

4.2. Objectivos específicos ...................................................................................... 8

5. Hipóteses ............................................................................................................... 8

6. Metodologias ........................................................................................................ 8

6.1. Classificação da pesquisa ................................................................................ 8

6.1.1. Quanto a natureza ............................................................................................... 8

6.1.2. Quanto aos Procedimentos Metodológicos......................................................... 9

6.1.3. Quanto aos Objectivos ........................................................................................ 9

6.1.4. Quanto a Abordagem ao Problema ..................................................................... 9

6.1.5. Quanto aos Procedimentos Técnicos .................................................................. 9

6.2. Métodos de abordagem .......................................................................................... 9

6.2.1. Método indutivo ................................................................................................ 9

6.2.2. Monográfico .................................................................................................... 10

6.3. Técnicas de Colecta de Dados ............................................................................. 10

6.3.1. Entrevista Semi-Estruturada ......................................................................... 10

6.3.2. Questionário ...................................................................................................... 11

6.4. Universo e Amostra da Pesquisa ...................................................................... 12

6.4.1. Universo ........................................................................................................... 12

6.4.2. Amostras .......................................................................................................... 12


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7. Fundamentação teórica ..................................................................................... 12

7.1. Factores influenciam a escolha de um curso superior ................................ 17

7.2. Adaptando-se ao curso .................................................................................. 18

8. Orçamento e Cronograma ................................................................................... 19

Referências bibliográficas........................................................................................... 20
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Introdução

Esta pesquisa tem como tema implicações das escolhas dos cursos no sucesso
académico dos estudantes do ensino superior.

Com este tema, pretendemos identificar os factores que concorrem de forma


significativa na escolha dos cursos e na tomada de decisão para ingresso no ensino
superior.

Na verdade são diversos os aspectos que de certa forma influem na escolha dos cursos
ou profissões podendo se destacar a combinação de factores internos e externos. Esta
diversidade de factores torna o processo de escolha bastante complexo e as vezes
conflituante, sendo necessário apoio por parte de um orientador vocacional.

A orientação vocacional e profissional visa proporcionar informações sobre um/a


determinado/a curso/profissão de forma satisfatória e sustentável. Com base nas
informações facultadas vão permitir que os indivíduos obtenham um autoconhecimento
e façam uma boa escolha tendo em consideração que o fim último desta actividade é
integrar os indivíduos de forma certa a um lugar também certo para que desenvolvam
um bom desempenho e se evite frustrações.

A Orientação Vocacional e Profissional é mais do que um momento para a descoberta


da profissão a seguir. É um processo em que conflitos, estereótipos e preconceitos são
trabalhados, informações sobre as carreiras são oferecidas e a escolha do caminho
profissional é realizada a partir do autoconhecimento adquirido na relação com o outro,
dentro da realidade social em que o sujeito se encontra (BOCK e AGUIAR, 2002).

Por isso que o processo de acompanhamento e apoio devem começar desde o ensino
primário para que o aluno se descubra quanto cedo e tome decisões que respeitem o seu
mundo interno e externo.

A abordagem deste tema é de extrema importância a partir do momento que pretende


contribuir não só com teorias, sim com experiências no sentido de garantir que os
candidatos tenham informações suficientes dos cursos existentes nas universidades e
consigam fazer ligação entre estes e o mundo profissional, assim como os seus anseios,
capacidades, habilidades, aptidões e motivações, enquanto pessoa.
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1. Tema

Implicações das escolhas dos cursos no sucesso académico dos estudantes do ensino
superior, caso universidade Rovuma , extensão de Cabo Delgado Montepuez, (2022-
2025).

1.1.Delimitação de tema
 Delimitação Espacial: universidade Rovuma, extensão de Cabo Delgado
Montepuez
 Delimitação Temporal: 2022-2025
1.2.Objecto de estudo

Escolha de cursos para o sucesso académico

2. Problematização

Na universidade Rovuma, na extensão de Cabo Delgado, é muita frequência, encontrar


muitos estudantes, nos diferentes cursos a fazer mudanças a pois terem começado os
seus estudos.

Este factor tem sido, sempre frequente em vários anos. O ingresso no ensino superior
implicitamente significa uma escolha profissional uma vez que os cursos ministrados
reflectem naquilo que o jovem poderá desempenhar no futuro.

É nesta perspectiva que o adolescente antes de tomar uma dada decisão necessita de
apoio tanto dos seus pais, dos professores, mas principalmente de um orientador que
possa auxiliar e proporcionar informações sobre o mercado de emprego, os cursos
disponíveis no ensino superior, a vantagem e desvantagem dos mesmos, e aquilo que
são as suas qualidades enquanto um ser único e singular.

Estamos a querer dizer que existem distintos parâmetros que devem ser observados
tanto pelo orientador e orientando, visando garantir eficácia e eficiência nas opções
deste último. Trata-se de todo o movimento ou percurso que deve ser seguido pelo
adolescente, tendo como base de indicação a sua inclinação, as suas aptidões,
habilidades, capacidades conjugadas com as oportunidades que o mercado proporciona.

Não havendo a observância deste critérios, o que leva os estudantes a fazerem


mudanças, nascem a seguinte pergunta de partida:
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Que Implicações tem havido com as mudanças pois a escolha dos cursos no sucesso
académico dos estudantes do ensino superior?

3. Justificativa

Sendo um estudante da mesma delegação, foi muito frequente de assistir estudantes


fazendo as mudanças e troca de cursos. Com isso, leva querer que, na tentativa, ou na
sequencia mas matérias ou as expectativas de emprego o qual desejam não tomadas
antecipadamente.

Neste contexto, procurando identificar as reais causas, leva ao estudante a escolha deste
tema.

Com este tema, será importante fazer o estudo, de forma a reverter este problema que
tem sido frequente nesta universidade. Na verdade a escolha de qualquer curso ou
profissão está por detrás disso algum motivo, interesse, vocação, informação ou
qualquer outro elemento.

Assim o indivíduo tem de considerar na escolha profissional se a profissão por ele


desejada é muito concorrida no mercado ou não, ou seja, se há pouco empregos e
muitos quadros formados.

Na verdade, qualquer escolha dum curso, uma profissão culmina no mercado de


trabalho, daí que de alguma forma somos movidos a optar por um curso por ter se
sabido que oferece possibilidade de emprego imediato.

Por isso que o processo de acompanhamento e apoio devem começar desde o ensino
primário para que o aluno se descubra quanto cedo e tome decisões que respeitem o seu
mundo interno e externo.

A abordagem deste tema é de extrema importância a partir do momento que pretende


contribuir não só com teorias, sim com experiências no sentido de garantir que os
candidatos tenham informações suficientes dos cursos existentes nas universidades e
consigam fazer ligação entre estes e o mundo profissional, assim como os seus anseios,
capacidades, habilidades, aptidões e motivações, enquanto pessoa.
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4. Objectivos
4.1.Objectivo geral

Conhecer as implicações das mudanças dos cursos dos cursos ministrados na


universidade Rovuma, extensão de Cabo Delgado.

4.2.Objectivos específicos
 Identificar as consequências das mudanças a pós a escolha de um determinado
curso;
 Criar estratégias, aos estudantes para que possam fazer escolha de um curso com
uma linhagem da sua profissão;
 Propor medidas aos estudantes, para que possam escolher cursos das suas
habilidades.
5. Hipóteses
Falta de escolha de curso que corresponde com seus interesses, capacidades,
habilidades e expectativas, levam a mudar durante processo de ensino;
A indução pelos pais dos estudantes na escolha de cursos, impõem aos
estudantes a escola dos mesmos, cursos sem a sua habilitação.

6. Metodologias
6.1.Classificação da pesquisa

6.1.1. Quanto a natureza

Quanto a natureza, esta pesquisa classifica-se como sendo básica. É uma pesquisa
básica porque o Objectivo é gerar conhecimentos para aplicações práticas dirigidos à
soluções de problemas específicos.

De acordo com Severino (2003):

O objectivo deste tipo de pesquisa é de procurar alcançar o saber para


satisfação do desejo de adquirir conhecimentos e proporcionar informações
possíveis de aplicações práticas, sendo desvinculada de finalidades utilitárias
imediatas, não sofrendo limitação de tempo. É dirigida à geração do
conhecimento científico não aplicável, imediatamente à solução de demandas
tecnológicas específicas.
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6.1.2. Quanto aos Procedimentos Metodológicos

O presente projecto classifica-se como sendo descritiva. Pós, esta permite descrever as
características ou fenómenos, ou estabelecer relações entre variáveis; envolve técnicas
de colectas de dados padronizadas (questionário, observação); assume em geral a forma
de levantamento.

6.1.3. Quanto aos Objectivos

É pesquisa descritiva. A escolha deste tipo de pesquisa, porque facilitou estudo, análise,
registo e interpretação dos factos do mundo físico. Geralmente os dados foram
colectados pela aplicação de entrevista e questionário.

Portanto, foi usada a este tipo de pesquisa com o objectivo de familiarizar com o
fenómeno ou descobrir nova percepção acerca do mesmo; saber atitudes, pontos de vista
e preferências das pessoas.

6.1.4. Quanto a Abordagem ao Problema

É uma pesquisa qualitativa, considera que existem uma relação entre o mundo e
sujeito que não podem ser traduzidas em números; a pesquisa è descritiva, o
pesquisador tende analisar os seus dados indutivamente.

6.1.5. Quanto aos Procedimentos Técnicos

Esta pesquisa é uma pesquisa do campo. Porque esta é uma pesquisa de campo
deve merecer grande atenção, pois devem ser indicados os critérios de escolha da
amostragem (das pessoas que serão escolhidas como exemplares de certa situação), a
forma pela qual serão colectados os dados e os critérios de análise dos dados obtidos.

6.2. Métodos de abordagem

6.2.1. Método indutivo

O estudo desta pesquisa envolve método indutivo pelo facto O estudo ou


abordagem dos fenómenos caminha para planos cada vez mais abrangentes, indo das
constatações mais particulares às leis e teorias mais gerais.
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Usam por isso este método, que partindo de dados particulares a serem constatados na
amostra, permitiu-nos generalizar os factos inferindo-os numa verdade universal sobre o
caso em estudo.
Este método, foi achado a sua escola pelo facto de permitir que, os dados a
serem colhida parte do particular para geral. Isto em nossa ideia facilitara compreender
quais são as iniciativas particulares que poderão ser generalizadas.

6.2.2. Monográfico

É um estudo sobre um tema específico ou particular de suficiente valor


representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não
só em profundidade, mas em todos os seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a
que se destina.

Assim, este projecto de pesquisa é culminar da execução de uma monografia que


pusemos em prática conforme `as orientações metodológicas dentro da Universidade
Pedagógica. Portanto, não seria possível trazer `a tona os resultados deste pesquisa se
não tivéssemos que no recorrer a este método monográfico.

6.3. Técnicas de Colecta de Dados

6.3.1. Entrevista Semi-Estruturada

A escolha de entrevista não estruturado nesta pesquisa, é para permitir a fonte de


fornecimento de dados, tenha um aprofundamento na explanação dos seus argumentos,
que nossa ideia poderá facilitar a compressão para a sua interpretação, e não só é uma
técnica de investigação, é um procedimento operativo para obter uma informação
através do diálogo intersubjectivo com uma pessoa. Portanto, ela pode ser dirigida ou
semi-dirigida. Esta técnica deve ser complementada por outras como a observação
participante e o estudo de documentação histórica, pois as pessoas dizem coisas,
ocultam dados, pensam e também fazem coisas. A entrevista não é um inquérito de
perguntas fechadas, senão de perguntas abertas, é portanto um diálogo no qual a
iniciativa é do pesquisador.

Assim, a finalidade da entrevista a realidade neste trabalho é de permitir a


recolha de dados em forma, que irão facilitar não só o funcionamento de pistas para
caracterização do tema em estudo, como também reconhecer os factores influenciadores
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da situação, entanto elementos de processo Para facilitar o processo de colecta de dados


usamos as técnicas de entrevista formulada individualmente com questões abertas e
claras para permitir que os participantes respondam as questões que lhes forem
colocados.
Para melhor colecta de dados, usamos o questionário dirigido a direcção da
escola, membro do conselho de escola e a comunidade da escola.

6.3.2. Questionário

Assim, a finalidade do questionário a realizar neste trabalho é de permitir a


recolha de dados de forma, a facilitar não só o fornecimento de pistas para a
caracterização do tema em estudo, como também identificar na instituição as razões de
exclusão do Conselho da Escola na gestão escolar. A escolha desta técnica, deveu-se
pelo facto de os membros do conselho de escola terem informações suficientes da
matéria em estudo, que por sinal não terão grandes dificuldades ao revelar as
informações por este meio.

Portanto, com estas técnicas pretendíamos atingir maior número de informantes


e não só a obter respostas mais rápidas e mais precisas, com segurança, uma vez que as
pessoas não são identificadas.

As técnicas aqui arroladas apresentam vantagens seguintes:

 Possibilita atingir grande número de pessoas de diversas localizações


geográficas com baixo custo;
 Permite o anonimato das respostas;
 Permite que as pessoas o respondam no momento que lhes pareça mais
apropriado;
 Não expõe os pesquisados à influência da pessoa pesquisadora.

Sobre a entrevista, trata-se de um conjunto de questões escritas, e que por sua


vez, podem ser perguntas abertas assim fechadas, com o propósito de obter algum
resultado em pesquisa a alguém predestinado.
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6.4. Universo e Amostra da Pesquisa

6.4.1. Universo

Constitui universo desta pesquisa a todos actores do processo pedagógico,


estamos a falar de docentes, estudantes, pais e encarregados de educação. Abrange esta
população de uma forma descriminada e acordo com a natureza dos objectivos da
pesquisa.

6.4.2. Amostras

40 Representantes serão envolvidos na busca informações para interagir com o


tema. Deste número serão assim distribuídos: 10 docentes, 20 estudantes do 1º ano, 5
pais, 5 orientadores da escolha de cursos.

Tabela de amostras

Sexo Técnicas
utilizadas
Sujeitos da Pesquisa Amostra M F

Docentes 10 5 5 Questionário

Orientadores 5 3 2 Questionário

Estudantes 20 10 10 Entrevista

Pais 5 5 - Entrevista

Total 40 23 17

Fonte: Autora – 2022

7. Fundamentação teórica

A escolha de um/a curso/profissão não tem sido tarefa fácil, porquanto é uma fase
decisiva e conflituosa, já que isso implica optar dentre várias possibilidades apenas
uma, a qual vai ditar a vida futura do jovem, adolescente ou mesmo do adulto.

Para evitar que os adolescentes e jovens façam escolhas precipitadas estes devem ser
proporcionados serviços de orientação vocacional e profissional.
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Como afirma Soares, (2002), a orientação vocacional significa o processo pelo qual se
dá uma ajuda psicológica a um indivíduo de modo a identificar suas aptidões, interesses
e seu auto-conceito, na escolha de uma ocupação, a preparar-se para ela, ingressar e
progredir positivamente.

Assim, a Orientação Vocacional é, então, um processo, uma trajectória, uma evolução


mediante a qual os orientados reflectem sobre a sua problemática e buscam caminhos
para sua elaboração.

Tudo o que se trabalha durante a orientação vocacional tem por finalidade levar o
orientando a pôr em práticas seu protagonismo quanto ao autoconhecimento e sua visão
da realidade, capacitando-o a tomar decisões reflexivas.

Na óptica de Carvalho (1993, p.102), a Orientação Profissional pode ser definida como
um processo de autoconhecimento e do conhecimento do mercado e das profissões, com
objectivo de auxiliar o indivíduo na escolha de uma profissão que responda a seus
anseios. Assim reduz-se o risco de frustrações no âmbito profissional, as quais
representam gasto de tempo e dinheiro, além de desgaste emocional.

Esses serviços podem funcionar em escolas, universidades e escolas superiores, em


instituições de formação, em centros públicos de emprego e outros sítios afins.

Nesta esteira de pensamento esta actividade deverá ser providenciada aos jovens que
ainda não se encontram amadurecidos com relação o seu projecto vital visando
apoiar/proporcionar um ambiente propício para tomarem decisões certas tendo como
quadro de referência as suas habilidades, capacidades, interesses, motivações, o
mercado de trabalho e as mudanças socioprofissionais.

O ingresso no ensino superior implicitamente significa uma escolha profissional uma


vez que os cursos ministrados reflectem naquilo que o jovem poderá desempenhar no
futuro. Mazzari apud Trindade (2009) “Ensino superior é um processo que ocorre numa
instituição pluridisciplinar de formação dos quadros e de profissionais do nível superior,
de pesquisa e de extensão de domínio e cultivo do saber humano.”

Na verdade é importante aumentar a oferta de serviços de Orientação Vocacional no


ensino superior para que o candidato saiba de antemão os perfis de saída e de entrada, a
duração dos cursos e o seu nível de empregabilidade.
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Os candidatos devem proceder à especificação dos objectivos dos serviços de


Orientação no ensino superior e, mais explicitamente, estabelecer a relação entre o
ensino superior e o nível de qualidade dos serviços de Orientação tendo como panorama
a satisfação e rentabilidade na sua futura escolha profissão.

De acordo com Erikson (1976), uma escolha profissional é parte da definição da


identidade ocupacional e uma opção que, na visão do indivíduo, irá nortear os caminhos
a serem percorridos e nas escolhas futuras.

Para aludir que a maior parte dos jovens que pretende ingressar no ensino superior não
dispõe de experiências, informações, apoio que lhes permita tomar decisões/escolhas
bem aturadas evitando frustrações ao longo da formação e no exercício da futura
profissão.

Para Santos (2005) “escolher é, ao mesmo tempo, decidir e renunciar. Uma escolha
implica em deixar para trás as opções que ficaram de fora.”

É nesta perspectiva que o adolescente antes de tomar uma dada decisão necessita de
apoio tanto dos seus pais, dos professores, mas principalmente de um orientador que
possa auxiliar e proporcionar informações sobre o mercado de emprego, os cursos
disponíveis no ensino superior, a vantagem e desvantagem dos mesmos, e aquilo que
são as suas qualidades enquanto um ser único e singular.

Segundo Penteado (2009), é extremamente difícil a escolha profissional nas sociedades


modernas e, como deve ser feita cedo pelo jovem, esse necessita, cada vez mais, de
orientação especializada e eficiente para tarefa tão relevante quanto complexa e que, na
escola, é responsabilidade do orientador.

Estamos a querer dizer que existem distintos parâmetros que devem ser observados
tanto pelo orientador e orientando, visando garantir eficácia e eficiência nas opções
deste último. Trata-se de todo o movimento ou percurso que deve ser seguido pelo
adolescente, tendo como base de indicação a sua inclinação, as suas aptidões,
habilidades, capacidades conjugadas com as oportunidades que o mercado proporciona.

Há aqui uma necessidade do orientador ser um visionário no sentido de evitar levar o


adolescente a um curso que só é válido naquele instante, para tal, deve se informar com
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relação as metamorfoses sociais, políticas, económicas, culturais, e do próprio mercado


de emprego.

Na verdade a escolha de qualquer curso ou profissão está por detrás disso algum
motivo, interesse, vocação, informação ou qualquer outro elemento.

Segundo Bock (2001, p.310), numa determinada profissão temos aspectos a se


considerar para fazer a escolha certa: o mercado de trabalho, a importância social e a
remuneração da profissão e ainda o tipo de trabalho e as habilidades necessárias ao seu
desempenho. Todos estes elementos são avaliados pelo indivíduo e em algum momento
podem contribuir para que a pessoa escolha ou não a profissão.

Nalgumas vezes, o mercado de trabalho de uma determinada profissão está saturado, o


que significa que o número de profissionais procurando vender sua força de trabalho
(oferta) é maior que o número de empregos (procura) (Bock, 2001, p.310).

Assim o indivíduo tem de considerar na escolha profissional se a profissão por ele


desejada é muito concorrida no mercado ou não, ou seja, se há pouco empregos e
muitos quadros formados (idem).

Na verdade, qualquer escolha dum curso, uma profissão culmina no mercado de


trabalho, daí que de alguma forma somos movidos a optar por um curso por ter se
sabido que oferece possibilidade de emprego imediato.

Não é para menos que ao fazer uma escolha profissional precisa-se ter uma informação
suficientemente sólida sobre o mercado de emprego para evitar que jovens e adultos se
formem e não tenham espaço para aplicar os seus conhecimentos teóricos.

As informações acima referenciadas também são extensivas sobre importância social da


profissão, ou seja, se é bem remunerada ou não; pelo menos uma remuneração mínima
para garantir um bom padrão de vida.

“Considerando essas questões do ponto de vista da sociedade como um todo, podemos


dizer que todas as profissões têm importância social, pois todas elas respondem a algum
tipo de necessidade social e contribuem para a manutenção da vida em sociedade”
(Bock 2001, p.318).
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No entanto, sabe-se que a sociedade atribui diferente prestígio às profissões. Assim,


algumas vezes os jovens são aliciados pelas profissões que maior importância social
tiver.

Outro aspecto que merece se ter em conta é que toda profissão tem alguns pré-requisitos
necessários para o seu desempenho. Os requisitos e o tipo de trabalho que se realiza
devem ser considerados, quando pensamos em escolher uma profissão.

Não se pode pensar nas profissões apenas pela aparência: prestígio, remuneração ou
mercado. A profissão deve ser vista por dentro, o que realmente faz um profissional
daquela área. E quando falamos em pré-requisitos, surge logo a questão de ter ou não as
habilidades necessárias. (Bock 2001, p.318).

É sempre bom recordar que a orientação vocacional e profissional tem como fim último
ajudar os adolescentes, jovens e adultos a fazerem escolhas conscientes e ponderadas
para evitar desperdício de tempo, recursos (humanos e materiais) e para uma satisfação
pessoal. Nessa conjuntura, o jovem, o adolescente assim como o adulto ao fazerem as
suas escolhas necessitam de se conhecerem no que diz respeito as habilidades e as que o
próprio emprego exige em termos de qualificações académicas.

Com certeza o nível de formação de cada indivíduo também contribui nas oportunidades
de emprego, o indivíduo vai escolher a profissão de acordo com as suas possibilidades
de formação.

Em quase todas as sociedades o factor económico pesa mais que o esforço individual,
ou, melhor dizendo, o factor económico propicia que o esforço individual seja
recompensado. Assim, o aluno proveniente das classes mais altas da sociedade tem mais
oportunidades, pois dispõe de tempo para dedicar-se aos estudos e não trabalha (ou não
exerce actividades profissionais muito desgastantes). Assim o orientador deverá ter em
conta este aspecto para que os jovens não façam escolha sem uma informação mínima
com relação os custos da formação.

Um elemento não menos relevante está relacionado com as influencias que o jovem ou
adolescente sofre do seu tecido familiar ou social. O grupo familiar e o grupo de amigos
são apontados pelos entrevistados como sendo a fonte das principais pressões e os
principais elementos para que o indivíduo se referencie quando escolhe qualquer coisa,
inclusive sua profissão.
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O grupo de amigos fornece, em geral, uma referência positiva, isto é, o indivíduo utiliza
as referências positivamente, enquanto o grupo familiar pode, eventualmente, fornecer
referências que o indivíduo procura rejeitar com sua escolha. Os pais têm tendência de
escolher as profissões para os seus filhos. Os amigos, esses apresentam argumentos pró
ou contra a escolha do jovem mais sem olhar nos diversos factores (Bock 2001, p.313)

O processo de escolha de profissão é, pois, um momento do processo de identidade do


indivíduo. Entram assim, em sua escolha, todos os elementos que ingressaram em seu
mundo psíquico.

Suas expectativas em relação a si próprio, seus gostos, as habilidades que já


desenvolveu até o momento, a profissão das pessoas que lhe são significativas, as
imagens registadas no seu mundo interior relacionadas às profissões, a percepção que
tem de suas condições materiais, seus limites e possibilidades, seus desejos, tudo aquilo
que deseja negar, tudo aquilo que deseja afirmar, enfim, todo seu mundo interno é
mobilizado para a escolha profissional, inclusive factores inconscientes, que também
entram neste jogo, e com muita força (idem).

Na verdade a história individual, as oportunidades que lhe foram proporcionadas pelo


seu meio envolvente vão interferir de certa forma no momento de querer se decidir em
relação a profissão que pretende seguir.

7.1. Factores influenciam a escolha de um curso superior

A escolha de um curso superior é uma decisão importante na vida de cada


pessoa, visto que é o início de uma possível carreira profissional dentro do
curso escolhido e nesta escolha diversos factores podem motivar a pessoa a
escolher determinado curso. Muito embora a necessidade pelo precoce
ingresso no mercado de trabalho e outros factores socioeconómicos externos
ao controle do indivíduo reconhecidamente restrinjam-lhe a escolha
profissional, existe a liberdade de cada indivíduo em decidir pela própria
sorte e construir seu destino, alterando rumos e ajustando-se a situações em
busca da felicidade (Bomtempo, 2005).

Essa escolha pode parecer simples, no entanto, quando se pensa que tal escolha pode
influenciar directamente na vida do indivíduo começa a se tornar complexa. Pinheiro e
Santos (2010) destacam que ao optar por uma carreira, é preciso identificar quais
factores podem motivar uma pessoa. Os indivíduos procuram basearem-se em suas
próprias expectativas, informações que possam ter recebido do meio ambiente ou
mesmo recompensas.
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Surpreende constatar que um adolescente que está passando pela fase de


mudanças em tantas outras áreas, como religião e ética, também deve realizar
uma escolha tão importante quanto definir uma profissão. É por esse motivo
que o adolescente se apoia em vários factores para lhe ajudar a escolher sua
profissão: “vocação”, sua história, genética, escolhas pessoais, culturais e
principalmente opinião dos familiares. (Nunes, 2014).

As pesquisas realizadas explicam a escolha profissional, levando em conta aspectos do


mercado de trabalho, questões de sobrevivência, vocação, status, cultura, história de
vida, porém poucos dão prioridades à dimensão subjectiva neste processo de escolha
profissional. (Soares 2007).

7.2. Adaptando-se ao curso

O ajustamento à universidade entre os calouros depende de um conjunto de aspectos


que faz com que eles se sintam pertencendo ao curso e à universidade. Nesse sentido, os
vínculos afectivos com os colegas, as relações com os professores, as actividades extra-
classe e o desenvolvimento de estratégias para lidar com as frustrações e dificuldades
são factores importantes na experiência de adaptação.

A vivência trazida pelos universitários mostrou que os vínculos afectivos com os


colegas são essenciais para a adaptação. Além do sentimento de pertencer a um grupo,
as amizades possibilitam a partilha de experiências e o apoio em caso de dificuldades.
A importância dos professores para a adaptação à vida académica dos calouros é
percebida em dois planos: o académico e o pessoal. Os alunos notam que o desempenho
em sala de aula, a competência e a capacidade de ensinar do professor são aspectos que
contribuem para gostar do curso e envolver-se nas actividades. Quando isso não ocorre,
o sentimento é de frustração. Porém, além dessa dimensão académica do papel docente
na adaptação, os professores também podem cumprir uma importante função no aspecto
pessoal do ajustamento à universidade. Esse segundo papel, embora não pareça central,
é percebido pelos alunos como uma demonstração de interesse que vai além do
aprendizado formal.
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8. Orçamento e Cronograma

Ord. Designação Qtdd Custo Unitário Custo Total


(Mts) (Mts)
1 Resmas de papel A4 01 250,00 250,00
2 Esferográficas 05 15,00 75,00
3 Borrachas 02 10,00 20,00
4 Lápis 02 10,00 20,00
5 Impressões 04 300,00 1.200,00
6 Encadernação 04 60,00 240,00
7 Lanche 04 250,00 1.000,00
8 Imprevistos 1.000,00 1.000,00
Total
3.805,00mt
Cronograma
MES/ETAPAS janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

Escolha do X
tema

Levantamento X X X
bibliográfico

Elaboração do X
anteprojeto

Apresentação X
de primeiros
passo

Coleta de X X
dados

Análise dos X
dados

Revisão e X
redação final

Entrega do X
projecto
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Referências bibliográficas

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