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Casos Práticos

ANÁLISE FINANCEIRA

NÚCLEO DE GESTÃO FINANCEIRA

Autores:
Ana Martins
Celísia Baptista
Leonor Salsa
Sandra Rebelo
Telma Correia

Revisão (setembro de 2020):


Telma Correia
Análise Financeira

ÍNDICE

Preparação das Demonstrações Financeiras 3


Caso n.º 1 4
Caso n.º 2 7
Caso n.º 3 9
Estudo da Situação Financeira 10
Caso n.º 4 11
Caso n.º 5 12
Caso n.º 6 13
Caso n.º 7 14
Caso n.º 8 16
Caso n.º 9 18
Caso n.º 10 19
Caso n.º 11 20
Caso n.º 12 21
Caso n.º 13 23
Caso n.º 14 25
Caso n.º 15 27
Caso n.º 16 30
Caso n.º 17 32
Caso n.º 18 34
Caso n.º 19 37
Caso n.º 20 38
Caso n.º 21 39
Caso n.º 22 41
Caso n.º 23 43
Caso n.º 24 45
Caso n.º 25 47
Caso n.º 26 48
Caso n.º 27 50
Caso n.º 28 51
Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade 54
Caso n.º 29 55
Caso n.º 30 56
Caso n.º 31 57
Caso n.º 32 58
Caso n.º 33 59
Caso n.º 34 63
Caso n.º 35 67
Caso n.º 36 70
Caso n.º 37 72
Caso n.º 38 73
Caso n.º 39 74
Caso n.º 40 75
Caso n.º 41 76
Caso n.º 42 77
Caso n.º 43 78
Caso n.º 44 79
Caso n.º 45 80
Caso n.º 46 81
Caso n.º 47 82

1
Análise Financeira

Casos Integrados 84
Caso n.º 48 85
Caso n.º 49 88
Caso n.º 50 93
Caso n.º 51 98
Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores 101
Caso n.º 52 102
Caso n.º 53 107
Caso n.º 54 111
Caso n.º 55 117
Caso n.º 56 121
Caso n.º 57 129
Caso n.º 58 137
Formulário 144

2
Análise Financeira Preparação das Demonstrações Financeiras

Casos Práticos
de Análise Financeira

PREPARAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS

3
Análise Financeira Preparação das Demonstrações Financeiras

Caso Prático n.º 1

Tendo presente as informações complementares e as demonstrações contabilísticas do ano N


da empresa ABC, Lda. que a seguir se apresentam, prepare as Demonstrações Financeiras para
efeitos de análise, elaborando o Balanço Financeiro e a Demonstração dos Resultados
Preparada.

a) Balanço
(unidade: euros)
RUBRICAS 31/DEZ/N
ATIVO
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 802.750
Ativos intangíveis 1.750
Investimentos financeiros 73.000
877.500
Ativo corrente
Inventários 62.365
Clientes 159.169
Capital subscrito e não realizado 75.000
Outros créditos a receber 6.000
Outros ativos correntes 9.700
Caixa e depósitos bancários 33.500
345.734
Total do ativo 1.223.234
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital subscrito 575.000
Reservas 125.000
Resultados transitados -6.531
Resultado líquido do período 16.011
Total do capital próprio 709.480
PASSIVO
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 225.000
225.000
Passivo corrente
Fornecedores 230.750
Adiantamentos de clientes 5.500
Estado e outros entes públicos 15.054
Financiamentos obtidos 21.500
Outros passivos correntes 15.950
288.754
Total do passivo 513.754
Total do capital próprio e do passivo 1.223.234

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Análise Financeira Preparação das Demonstrações Financeiras

b) Demonstração dos Resultados


(unidade: euros)
RUBRICAS PERÍODO N
Vendas e serviços prestados 469.215
Variação nos inventários da produção 1.000
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas -284.000
Fornecimentos e serviços externos -42.500
Gastos com o pessoal -17.100
Imparidade de inventários (perdas) -3.850
Imparidade de dívidas a receber (perdas) -1.000
Outros gastos e perdas -4.250
RESULT. ANTES DE DEPR., GASTOS FINANC. E IMPOSTOS 117.515
Gastos de depreciação e de amortização -55.000
RESULTADO OPERACIONAL 62.515
Juros e gastos similares suportados -27.500
RESULTADO ANTES IMPOSTOS 35.015
Imposto sobre o rendimento do período -9.004
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 26.011

c) Outras Informações

1. Ativos fixos tangíveis e intangíveis

O valor total de depreciações e amortizações acumuladas era o seguinte:

Depreciações: 130.500 euros


Amortizações: 2.000 euros

2. Investimentos financeiros

Esta rubrica integra investimentos em títulos no valor de 73.000 euros. Uma parte dos títulos
detidos pela empresa refere-se a obrigações da própria empresa, adquiridas durante o ano N,
no valor de 20.000 euros.

3. Inventários

As perdas por imparidade acumuladas relativas a inventários registavam o valor de 6.985


euros.

4. Clientes

Registam-se perdas por imparidade acumuladas relativas a dívidas a receber no valor de 1.000
euros.

5
Análise Financeira Preparação das Demonstrações Financeiras

5. Capital subscrito

Em dezembro do ano N a empresa procedeu ao aumento do capital em 75.000 euros. À data


do balanço os sócios ainda não tinham realizado o aumento de capital, embora já estivessem
registados todos os movimentos contabilísticos que lhe são inerentes.

6. Outros créditos a receber

Refere-se a dívidas de sócios à empresa.

7. Outros ativos correntes

Do valor total registado nesta rubrica 9.000 euros referem-se a adiantamentos a fornecedores
de investimentos (conta 2713) por conta do fornecimento de ativos fixos tangíveis; o valor
restante refere-se a adiantamentos efetuados ao pessoal.

8. Financiamentos obtidos (Passivo Corrente)

Inclui um empréstimo efetuado à sociedade por um dos sócios no valor de 9.000 euros, com
carácter de suprimentos, sem qualquer prazo de reembolso definido e não vencendo juros.

9. Outros gastos e perdas

A decomposição da conta é a seguinte: descontos de p/p concedidos: 2.250 euros; gastos e


perdas nos restantes investimentos financeiros: 2.000 euros.

10. Resultados a distribuir

Os sócios decidiram distribuir 10.000 euros dos resultados do período, estando o movimento
já refletido no balanço em outros passivos correntes.

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Análise Financeira Preparação das Demonstrações Financeiras

Caso Prático n.º 2

Proceda à preparação do Balanço e da Demonstração dos Resultados de 31/12/N da empresa


Delta, Lda., para efeitos de análise financeira.

Demonstrações Financeiras

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE N

(unidade: euros)
RUBRICAS 31/Dez/N
ATIVO
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 387.500
Ativos intangíveis 30.000
Participações financeiras 70.000
Outros ativos financeiros 75.000
562.500
Ativo corrente
Inventários 245.000
Clientes 206.000
Diferimentos 8.000
Caixa e depósitos bancários 48.000
507.000
Total do ativo 1.069.500
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital subscrito 282.500
Reservas 39.650
Resultados transitados -750
Resultado líquido do período 16.750
338.150
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 75.000
Outras dívidas a pagar 200.000
275.000
Passivo corrente
Fornecedores 375.000
Estado e outros entes públicos 31.350
Financiamentos obtidos 50.000
456.350
Total do passivo 731.350
Total do capital próprio e do passivo 1.069.500

7
Análise Financeira Preparação das Demonstrações Financeiras

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS EM 31 DEZEMBRO DE N


(unidade: euros)
RUBRICAS PERÍODO N
Vendas 1.750.000
Variação nos inventários da produção 5.000
Trabalhos para a própria entidade 32.000
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas -1.065.000
Fornecimentos e serviços externos -200.000
Gastos com o pessoal -360.000
Imparidade de dívidas a receber -28.750
Outros rendimentos e ganhos 13.000
Outros gastos e perdas -2.500
RESULT. ANTES DE DEPR., GASTOS FINANC. E IMPOSTOS 143.750
Gastos de depreciação e de amortização -36.500
RESULTADO OPERACIONAL 107.250
Juros e gastos similares suportados -71.650
RESULTADO ANTES IMPOSTOS 35.600
Imposto sobre o rendimento do período -18.850
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 16.750

Informações adicionais

1. Depreciações, amortizações e perdas por imparidade acumuladas


No final do ano o valor de depreciações e amortizações acumuladas era o seguinte:
Amortizações: 12.500 euros
Depreciações: 112.500 euros
A empresa registava perdas por imparidade acumuladas em clientes de cobrança duvidosa no
valor de 32.500 euros e em inventários no valor de 25.000 euros.

2. Diferimentos
Esta rubrica inclui 5.000 euros referentes a uma operação internacional que apenas será
regularizada no ano n+2.

3. Financiamentos obtidos
A rubrica de financiamentos obtidos do PNC inclui 35.000 euros referentes a um empréstimo
obtido no ano n-2 que será liquidado em fevereiro do ano n+1.
A rubrica de financiamentos obtidos do PC inclui um empréstimo de 10.000 euros efetuado
por um dos sócios, sem data de liquidação definida.

4. Outros rendimentos e ganhos


Esta rubrica inclui 3.000 euros referentes a descontos comerciais obtidos junto dos
fornecedores de inventários. O valor restante é referente a juros de depósitos.

5. Outros gastos e perdas


O saldo desta rubrica refere-se a uma perda cambial registada numa compra de equipamento
a um fornecedor internacional.

8
Análise Financeira Preparação das Demonstrações Financeiras

Caso Prático n.º 3

No decorrer da preparação das demonstrações financeiras de uma empresa um analista


financeiro detetou as seguintes situações:

1. A rubrica Adiantamentos a fornecedores (ativo corrente) é composta por adiantamentos a


fornecedores de investimentos.
2. A rubrica Inventários (ativo corrente) inclui mercadorias de difícil venda.
3. A rubrica Outros instrumentos de capital próprio refere-se a prestações suplementares cujo
reembolso tem início dentro de 3 anos.
4. A rubrica Investimentos financeiros (ativo não corrente) é composta por obrigações da
própria empresa.
5. O valor da rubrica Outros rendimentos e ganhos diz respeito a uma diferença cambial em
moeda estrangeira que tinha sido adquirida com fins especulativos.
6. A rubrica Inventários (outros ativos não correntes) inclui mercadorias de difícil venda.
7. A rubrica Financiamentos Obtidos (passivo não corrente) refere-se a suprimentos de sócios.
8. A rubrica Sócios/Acionistas (ativo corrente) refere-se a empréstimos efetuados pela
empresa a dois sócios da mesma.
9. O valor da rubrica Outros Rendimentos e Ganhos diz respeito a uma mais-valia obtida com a
venda de um ativo fixo (mobiliário de escritório).

Assinale os ajustamentos a realizar em cada uma das situações anteriores colocando o número
correspondente nas seguintes opções (nota: cada ajustamento pode referir-se a mais do que
uma situação e diferentes situações podem implicar o mesmo ajustamento):

- Transferir para ativo não corrente: 


- Transferir para ativo corrente - inventários: 
- Transferir para ativo corrente - contas a receber: 
- Transferir para capital próprio: 
- Transferir para passivo não corrente: 
- Transferir para passivo corrente: 
- Incluir em outros rendimentos operacionais: 
- Incluir em outros rendimentos não operacionais: 
- É necessário anular o valor: 
- Não é necessário proceder a qualquer ajustamento: 

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Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Casos Práticos
de Análise Financeira

ESTUDO DA SITUAÇÃO
FINANCEIRA

10
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 4

Com base nos Balanços Financeiros apresentados a seguir faça a respetiva comparação em
valores absolutos, percentagens e graficamente. Proceda à análise da estrutura das aplicações
e das origens.

(unidade: euros)
Rubricas Ano N-1 Ano N Ano N+1
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 350 000 425 000 490 000
Depreciações acumuladas -40 000 -60 000 -85 000
310 000 365 000 405 000
Ativo Corrente
Inventários
Produtos acabados 10 000 7 500 9 000
Contas a receber
Clientes 410 000 600 000 800 000
Outros ativos correntes 5 000 6 000 1 000
Meios financeiros líquidos
Caixa e depósitos bancários 10 000 21 500 32 500
435 000 635 000 842 500
TOTAL DAS APLICAÇÕES 745 000 1 000 000 1 247 500
Capital Próprio
Capital realizado 25 000 25 000 75 000
Resultados transitados -20 000 -35 000 -52 500
Resultado líquido do período -15 000 -17 500 -5 000
-10 000 -27 500 17 500
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 385 000 487 500 500 000
Passivo Corrente
Fornecedores 200 000 400 000 600 000
Estado e outros entes públicos 15 000 10 000 5 000
Financiamentos obtidos 155 000 130 000 125 000
370 000 540 000 730 000
Total do Passivo 755 000 1 027 500 1 230 000
TOTAL DAS ORIGENS 745 000 1 000 000 1 247 500

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Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 5

Sabendo que a empresa Riu Palace, SA. possui os seguintes elementos históricos para o ano N
(primeiro ano de atividade):

▪ Volume de vendas líquidas: 1.500.000 euros


▪ Crédito concedido (negociado): 125.000 euros
▪ Crédito concedido (real): 175.000 euros
▪ Stocks normais: 75.000 euros
▪ Stocks especulativos: 25.000 euros
▪ Crédito negociado com os fornecedores: 75.000 euros
▪ Crédito efetivo dos fornecedores: 150.000 euros
▪ Crédito normal e efetivo da Segurança Social: 7.500 euros

Pretende-se:

Proceda ao cálculo das Necessidades de Fundo de Maneio (NFM).

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Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 6

Sabendo que a empresa BMG, SA apresentou os seguintes elementos históricos para o ano N:

▪ Reserva de segurança de tesouraria: 50.000 euros


▪ Meios financeiros líquidos totais: 75.000 euros
▪ Crédito concedido aos clientes: 250.000 euros
▪ Crédito normal concedido: 200.000 euros
▪ Stocks normais: 125.000 euros
▪ Crédito real obtido dos fornecedores: 150.000 euros
▪ Crédito normal obtido dos fornecedores: 125.000 euros
▪ Ativo não corrente: 1.250.000 euros
▪ Capitais permanentes: 1.550.000 euros

Pretende-se:

Admitindo que o desvio ocorrido no crédito concedido aos clientes se deveu a um atraso
recuperável de dois clientes, calcule o Fundo de Maneio (FM) e as Necessidades de Fundo de
Maneio (NFM).

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Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 7

Em 31 de dezembro de N o Balanço e a Demonstração dos Resultados da empresa Solférias,


Lda. eram os seguintes (em euros):

BALANÇO

ATIVO CAPITAL PRÓPRIO


Ativo Não Corrente Capital realizado 60 000
Ativos fixos tangíveis 562 500 Resultados transitados 28 000
Depreciações acumuladas -187 500 Resultado líquido do período 15 000
Ativo Corrente PASSIVO NÃO CORRENTE
Inventários 70 000 Financiamentos obtidos 300 000
Clientes 235 000 PASSIVO CORRENTE
Meios financeiros líquidos 53 000 Fornecedores 145 000
Adiantamento de clientes 30 000
Estado e Out. Entes Públicos1 40 000
Financiamentos obtidos 100 000
Out. passivos correntes2 15 000

TOTAL 733 000 TOTAL 733 000

1
Refere-se a Imposto Sobre o Rendimento.
2
Refere-se a dividendos a pagar aos sócios.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Vendas 900 000


CMVMC 540 000
FSE 60 000
Gastos com o pessoal 150 000
Depreciações e amortizações 40 000
Outros gastos e perdas 20 000
Resultado Operacional (RO) 90 000
Gastos financeiros 40 000
Resultado Antes de Impostos (RAI) 50 000
ISRP 20 000
Resultado Líquido 30 000

Informações adicionais:

1) A gerência fixou as seguintes políticas de exploração:

- PMR: 3 meses (90 dias)


- PMP (compras de inventários e FSE): 4 meses (120 dias)
- Stocks médios: 1 mês (30 dias)
- Reserva de segurança tesouraria: 20.000 euros

14
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

2) Não obstante os parâmetros fixados em 1), os serviços de gestão de créditos refletiam um


mau funcionamento por falta de coordenação com os serviços de vendas, não sendo
possível atingir o PMR fixado.

3) É comum na atividade em que a empresa se insere os clientes procederem a adiantamentos


que são, aproximadamente, 10% sobre as vendas anuais.

4) Os financiamentos obtidos referem-se a empréstimos bancários que não estão associados


ao ciclo de exploração e não são renováveis.

Pretende-se:

a) Elabore o Balanço Esquemático.

b) Analise a estrutura financeira da empresa Solférias, Lda..

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Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 8

Elabore o Balanço Esquemático da empresa OPA para N+1 e analise a sua estrutura financeira,
sabendo que:

▪ PMP - 15 dias;
▪ PMR - 45 dias;
▪ Reserva de segurança de tesouraria - 50% das vendas mensais;
▪ Diferimentos - associados à exploração e renováveis;
▪ Outrospassivos correntes - 19.364€ encontram-se associados à exploração e são renováveis
dizendo respeito a credores por acréscimo de gastos; o restante não é renovável;
▪ Outros ativos correntes - não renováveis;
▪ Estado e outros entes públicos - associado à exploração e renovável;
▪ Adiantamentos de clientes - renovável;
▪ Taxa de IVA que incide sobre prestações de serviços - 5%;
▪ Taxa de IVA que incide sobre fornecimentos e serviços externos - 20%.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

(em euros)
N N+1
Prestação de serviços 663 800 667 891
TOTAL RENDIMENTOS OPERACIONAIS 663 800 667 891
Fornecimentos e serviços externos 484 262 441 723
Gastos com o pessoal 137 001 177 640
Imparidades de dívidas a receber 3 180 2 505
Gastos de depreciação e de amortização 29 911 31 384
Outros gastos e perdas 629 2 140
TOTAL GASTOS OPERACIONAIS 654 983 655 392
RESULTADO OPERACIONAL 8 817 12 499
Outros gastos 1 151 248
Outros rendimentos 5 964 5 461
RAJI 13 630 17 712
Gastos financeiros 1 805 3 096
RESULTADO ANTES IMPOSTOS 11 825 14 616
Imposto sobre o rendimento do período 5 272 6 446
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 6 553 8 170

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Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

BALANÇOS FINANCEIROS

(em euros)
N N+1
APLICAÇÕES
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 112 483 142 543
Depreciações acumuladas -55 330 -86.714
57 153 55 829
Ativo Corrente
Contas a receber
Clientes 88 675 97 059
Imparidades em dívidas a receber -12 800 -15 305
Estado e outros entes públicos 8 336 6 949
Diferimentos 893 701
Outros ativos correntes 195 8 650
85 299 98 054
Meios financeiros líquidos
Caixa e depósitos bancários 95 395 48 294
TOTAL APLICAÇÕES 237 847 202 177
ORIGENS

Capital Próprio
Capital realizado 15 000 15 000
Reservas 7 925 8 252
Resultados transitados 3 983 10 209
Resultado líquido do período 6 553 8 170
33 461 41 631
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 95 120 42 925
Passivo Corrente
Fornecedores 20 330 21 275
Adiantamento de clientes 48 857 48 151
Estado e outros entes públicos 20 971 28 584
Outros passivos correntes 19 108 19 611
109 266 117 621
TOTAL ORIGENS 237 847 202 177

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Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 9

Suponha que o Balanço da empresa Pilari, Lda. para o ano N é o seguinte:

(em euros)
Aplicações de Fundos Origens de Fundos
Ativo não Corrente Capital Próprio
Ativos fixos tangíveis 675 000 Capital realizado 200 000
Depreciações acumuladas -135 000 Resultado líquido do período 100 000
Ativo Corrente Passivo não Corrente
Inventários 200 000 Financiamentos obtidos 300 000
Clientes 202 500 Passivo Corrente
Caixa e depósitos bancários 25 000 Fornecedores 145 000
1
Estado e outros entes públicos 125 000
Financiamentos obtidos 97 500
Total 967 500 Total 967 500
1 Esta rubrica inclui 100.000 euros de IRC a liquidar ao Estado.

Informações adicionais:

1. A reserva de segurança de tesouraria situa-se em 20.000 euros;


2. O crédito concedido inclui 35.000 euros facilmente mobilizáveis;
3. Há stocks especulativos de matérias-primas no valor de 10.000 euros;
4. Os financiamentos obtidos a curto prazo referem-se à utilização do plafond para desconto
de títulos comerciais (letras) no montante de 50.000 euros e o valor restante a empréstimos
bancários não renováveis. O plafond bancário para desconto de títulos comerciais (letras) é
de 75.000 euros e é renovável.
5. O crédito anormal de fornecedores atinge 25.000 euros que, se não forem imediatamente
liquidados, darão origem ao débito dos correspondentes juros;
6. O crédito do Estado situa-se a um nível normal.

Pretende-se:

Cálculo do saldo da Tesouraria e justificação do seu valor.

18
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 10

A Empresa Industrial Y, com um ciclo de exploração longo, dispõe dos seguintes elementos:

▪ Volume de vendas mensal de 25.000 euros.


▪ Todas as vendas são efetuadas a crédito e os clientes pagam, em média, a 90 dias.
▪O CMVMC representa, em média, 40% do volume de vendas.
▪O stock de matérias-primas corresponde a 2 meses de fabricação.
▪O período de tempo compreendido entre a introdução das matérias-primas no processo
produtivo e a obtenção da produção acabada é, em média, de 3 meses.
▪O custo médio dos produtos em curso corresponde à média entre o custo das matérias-
primas e o custo dos produtos acabados.
▪O stock de produtos acabados deverá ser suficiente para um mês de vendas. O custo da
produção acabada representa 80% das vendas mensais.
▪A empresa paga aos seus fornecedores a 90 dias.

A Empresa Comercial W, com um ciclo de exploração curto, dispõe dos seguintes elementos:

▪ Volume de vendas mensal de 25.000 euros.


▪ Todas as vendas são efetuadas a crédito e os clientes pagam, em média, a 90 dias.
▪O CMVMC representa, em média, 80% do volume de vendas.
▪O stock de mercadorias deverá ser suficiente para um mês de vendas.
▪A empresa paga aos seus fornecedores a 90 dias.

Pretende-se:

Cálculo das Necessidades de Fundo de Maneio (NFM) para as duas empresas. Apresente as
conclusões a que chegou.

19
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 11

A empresa Inovação, Lda. pretende dar início a um pequeno negócio que prevê a fabricação de
um novo produto que poderá dar resposta a um conjunto de necessidades que configuram um
“nicho de mercado”. Neste contexto, os sócios estão disponíveis para investir 150.000 euros
de fundos próprios.

Da análise do mercado conclui-se que as matérias-primas e os fornecimentos e serviços


externos necessários para a fabricação de um novo produto representavam, respetivamente,
50% e 10% do seu preço de venda. Por outro lado, foi possível negociar com os respetivos
fornecedores a concessão de um mês de crédito.

O processo produtivo e o funcionamento do mercado de aquisição de matérias-primas


aconselham a manter em armazém as matérias-primas necessárias para assegurar as
necessidades de funcionamento do mês seguinte.

Os investimentos indispensáveis às obras de instalação, aquisição de equipamento e veículos


poderão atingir o valor de 147.000 euros.

De acordo com a análise do mercado, estima-se que durante os 12 meses de atividade a


empresa venha a vender 96.000 euros do novo produto, sendo de admitir a concessão de um
mês de crédito aos clientes.

Neste negócio a empresa irá liquidar e deduzir IVA à taxa média de 23%, a regularizar ao
Estado no mês seguinte.

De acordo com a estratégia comercial delineada, todas as despesas com pessoal serão
regularizadas numa base de prestação de serviços, não existindo, por esta via, quaisquer
obrigações adicionais da empresa nesta área. As retenções mensais de IRS ascendem a 2.500
euros, sendo a regularização ao Estado efetuada no mês seguinte a que respeitam.

Pretende-se:

1. Face às informações anteriores, confirme se a empresa tem condições para vir a


desenvolver o negócio, tendo em conta os fundos próprios disponíveis e as condições de
funcionamento que foi possível conseguir. Existirão boas perspetivas financeiras deste
negócio vir a concretizar-se?

2. Com o objetivo de aumentar de imediato a penetração no mercado, os gerentes da empresa


admitem a possibilidade de vir a conceder 2 meses de crédito aos seus clientes, dado que
dispõem de poder negocial para, igualmente, vir a obter 2 meses de crédito por parte dos
fornecedores. Será esta alteração benéfica para a empresa? Quais as justificações?

Fonte: Carrilho et al. (2005: 112)

20
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 12

Suponha que a empresa POP apresentou os seguintes documentos, do início da sua atividade
até ao termo do ano N:

Balanço Financeiro: Ano N-1


(em euros)
Aplicações de Fundos Origens de Fundos
Ativo não Corrente 2 500 000 Capital Próprio
Ativo Corrente Capital realizado 1 350 000
Meios financeiros líquidos 100 000 Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 1 250 000
Total 2 600 000 Total 2 600 000

Demonstração dos Resultados: Ano N


(em euros)
Rubricas Valores
Vendas líquidas 2 500 000
1
Gastos totais 2 000 000
Resultado Operacional 500 000
Gastos financeiros 250 000
Resultado Antes de Impostos 250 000
ISRP 100 000
Resultado Líquido do Período 150 000
1 Inclui 250 000 euros de depreciações e amortizações.

Balanço Financeiro: Ano N


(em euros)
Aplicações de Fundos Origens de Fundos
Ativo não Corrente 2 250 000 Capital Próprio
Ativo Corrente Capital realizado 1 350 000
Inventários 250 000 Resultado líquido do período 100 000
Clientes 500 000 Passivo não Corrente
Meios financeiros líquidos 100 000 Financiamentos obtidos 1 000 000
Passivo Corrente
Fornecedores 110 000
Estado e outros entes públicos 115 000
Financiamentos obtidos 375 000
Outros passivos correntes 50 000
Total 3 100 000 Total 3 100 000

21
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Informações adicionais:

▪A reserva de segurança de tesouraria situa-se em 50.000 euros;


▪O crédito concedido aos clientes, os inventários e o crédito obtido dos fornecedores são
normais;
▪O crédito concedido pelo EOEP compreende o ISR (100.000 euros), a pagar no período
seguinte e por se tratar do primeiro ano de atividade da empresa, uma parcela de crédito
renovável (7.500 euros) e uma parcela de crédito não renovável a liquidar em janeiro do
período seguinte (7.500 euros);
▪ Osfinanciamentos obtidos (curto prazo) resultam de uma conta corrente renovável (125.000
euros) que a empresa tenciona continuar a utilizar na totalidade nos próximos anos e da
parcela do empréstimo a médio prazo que se vence no ano N+1 (250.000 euros);
▪A rubrica outros passivos correntes é constituída pelo crédito dos acionistas (50.000 euros)
decorrente dos resultados distribuídos no ano N.

Pretende-se:

Elabore o Balanço Esquemático da empresa no ano N.

22
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 13

A gerência da empresa Ralf, Lda. pretende que se determine, à data de 31 de dezembro de N,


o equilíbrio estrutural de tesouraria. São conhecidas as seguintes informações:

1. Balanço Financeiro do ano N:

Aplicações de Fundos Origens de Fundos


Ativo não Corrente Capital Próprio
Ativo fixo tangível 750 000 Capital realizado 250 000
Depreciações acumuladas -150 000 Reservas 79 200
Outros ativos não correntes 47 500 Resultados transitados 22 000
Resultado líquido do período 8 800
Ativo Corrente
Inventários 125 000 Passivo não Corrente
Perdas por imparidade em inventários -12 500 Financiamentos obtidos 315 000
Clientes 500 000
Perdas por imparidade em div. a receber -12 500 Passivo Corrente
Acionistas/sócios 12 500 Fornecedores 210 000
Diferimentos 2 500 Acionistas/sócios 57 500
Meios Financeiros Líquidos 25 000 Financiamentos obtidos 217 500
Adiantamentos de clientes 20 000
Estado e outros entes públicos 107 500
Total 1 287 500 Total 1 287 500

2. Os financiamentos a curto prazo, obtidos junto de instituições de crédito, integram:


. Utilização de 50.000 euros de um plafond renovável em c/c de 75.000 euros que se destina
a apoio direto à produção;
. Parcela a reembolsar em N+1 de 80.000 euros, relativa ao empréstimo bancário de médio
prazo, constituído em 1 de janeiro de N-1 por 400.000 euros e reembolsável em 5
prestações anuais e iguais;
. Utilização de 87.500 euros do plafond para desconto de letras. A empresa detém um
plafond autorizado e renovável para desconto de letras até ao limite de 125.000 euros.

3. A empresa dispõe, ainda, de um plafond para desconto de livranças no valor de 150.000


euros, não renovável e do qual nada tinha utilizado.

4. Os clientes deveriam situar-se num valor próximo dos 600.000 euros.

5. A reserva de segurança de tesouraria está estimada em 37.500 euros.

6. Os diferimentos referem-se a uma renda leasing antecipada de 2.500 euros referente a um


equipamento produtivo (o contrato de leasing é pago em prestações mensais).

7. O valor considerado normal dos inventários é de 87.500 euros.


23
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

8. A empresa pode usufruir dos seus fornecedores um crédito normal até 225.000 euros.

9. Os adiantamentos de clientes considerados normais, dada a natureza da atividade,


deveriam totalizar 57.500 euros.

10. Os acionistas/sócios são compostos por:


Saldo devedor: empréstimo intercalar às associadas 12.500 euros.
Saldo credor: dividendos a pagar aos sócios.

11. Os valores incluídos na rubrica EOEP reportam-se a valores normais de exploração (45.000
euros) e ao valor em dívida do Imposto Sobre o Rendimento (62.500 euros).

12. Os valores das restantes rubricas são considerados normais.

Pretende-se:

a) Elabore o Balanço Esquemático da empresa para o ano N.

b) Analise o equilíbrio da estrutura financeira da empresa Ralf, Lda..

24
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 14

Com base nos elementos que a seguir se apresentam, pretende-se que elabore o Balanço
Esquemático e analise a estrutura financeira da empresa XYZ, Lda., durante o ano N.

1. Balanço do ano de N:

APLICAÇÕES
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 163 625
Depreciações acumuladas -54 335
Ativos intangíveis 1 625
Amortizações acumuladas -540
Investimentos financeiros 2 500
Outros ativos não correntes 9 375
Ativo Corrente
Inventários
Mercadorias 12 415
Imparidades em inventários -1 000
Contas a receber
Clientes 248 750
Imparidades em dívidas a receber -2 750
Outros ativos correntes 1 065
Meios financeiros líquidos
Caixa 1 060
Depósitos bancários 13 625
TOTAL APLICAÇÕES 395 415
ORIGENS
Capital Próprio
Capital realizado 51 000
Reservas 5 000
Resultados transitados 5 000
Resultado líquido do período 4 625
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 60 000
Passivo Corrente
Fornecedores 152 950
Estado e outros entes públicos 4 375
Financiamentos obtidos 109 840
Outros passivos correntes 2 625
TOTAL ORIGENS 395 415

25
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

2. Outras informações relativas ao balanço:

a) O saldo das contas da classe 1 do SNC - Meios Financeiros Líquidos - considerado normal é
de 8.190 euros.

b) Os saldos das rubricas outros ativos correntes e outros passivos correntes não estão
associados ao ciclo de exploração, não sendo cíclicos.

c) A conta de financiamentos obtidos (curto prazo) integra financiamentos à produção e à


tesouraria. A parte afeta à tesouraria representa 70% do valor dos empréstimos e não é
renovável ao contrário da outra.

d) O saldo da conta EOEP é normal e está associado ao ciclo de exploração da empresa.

e) As compras e vendas foram as seguintes, no período em análise:


Compras 872 700 euros
Vendas 990 000 euros

As vendas ao longo do 1º trimestre de N+1 foram de 216.000 euros.

f) A empresa recebe e paga, em média, respetivamente, a 90 e 60 dias.

g) O stock de mercadorias deverá ser suficiente para fazer face a 5 dias de vendas (do ano
seguinte).

h) A margem bruta é de 12% sobre o preço de venda.

i) A taxa de IVA sobre compras e vendas no ano N foi de 20%.

26
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 15


Com base nas demonstrações financeiras, nos dados do setor e nas informações adicionais,
relativas ao triénio N-1/N+1, da empresa Feiró, Lda. que se dedica à fabricação de
eletrodomésticos, proceda à análise da situação financeira da empresa através do cálculo da
Tesouraria e do método dos rácios.

Informações adicionais:
- Necessidades de Fundo de Maneio (NFM):
N-1 685 000
N 933 500
N+1 1 020 000
- PMR e PMP praticados pela empresa: 65 dias;
- IVA incidindo sobre as vendas, compras de mercadorias e fornecimentos e serviços externos
até ao ano N+1: 20%;
- Dados do setor.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PREPARADAS


(unidade: euros)
RUBRICAS N-1 N N+1
Vendas e serviços prestados 1 667 000 2 305 500 2 631 000
RENDIMENTOS OPERACIONAIS 1 667 000 2 305 500 2 631 000
Custo mercadorias vendidas e das matérias consumidas 1 175 000 1 594 000 1 736 500
Fornecimentos e serviços externos 200 000 299 500 328 500
Gastos com o pessoal 175 000 220 000 260 000
Gastos de depreciação e de amortização 19 500 31 000 37 000
Perdas por imparidade e provisões 17 000 27 500 44 750
Outros gastos e perdas operacionais1 20 000 34 500 30 750
GASTOS OPERACIONAIS 1 606 500 2 206 500 2 437 500
RESULTADO OPERACIONAL 508 035 99 000 193 500
Outros gastos 5 500 0 0
Outros rendimentos 41 000 25 000 21 500
RESULTADO ANTES DE JUROS E IMPOSTOS 96 000 124 000 215 000
Gastos financeiros 80 000 120 000 116 000
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 16 000 4 000 99 000
Imposto sobre o rendimento do período 6 000 2 000 40 000
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 10 000 2 000 59 00
1 Inclui os seguintes valores de impostos: 14.000 (N-1); 23.000 (N); 23.750 (N+1).

27
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

BALANÇOS FINANCEIROS
(unidade: euros)
RUBRICAS N-1 N N+1
Ativos fixos tangíveis 210 000 360 000 499 500
Depreciações acumuladas -146 500 -177 500 -264 500
Ativo não Corrente 63 500 182 500 235 000
Inventários1 425 000 631 000 812 500
Perdas por imparidade em inventários -10 000 -15 000 -22 500
Inventários 415 000 616 000 790 000
Clientes 457 500 316 450 577 000
Perdas por imparidade em dívidas a receber -17 500 -20 000 -29 000
Outros ativos correntes 201 500 128 550 133 000
Contas a receber – curto prazo 641 500 425 000 681 000
Meios financeiros líquidos 22 500 31 000 10 000
Ativo Corrente 1 079 000 1 072 000 1 481 000
APLICAÇÕES TOTAIS 1 142 500 1 254 500 1 716 000
Capital realizado 150 000 150 000 300 000
Reservas 140 000 140 000 185 500
Resultados transitados 116 000 126 000 7 500
Excedentes de revalorização 10 000 10 000 79 500
Resultado líquido do período 10 000 2 000 59 000
Capital Próprio 426 000 428 000 631 500
Financiamentos obtidos 200 000 200 000 200 000
Passivo não Corrente 200 000 200 000 200 000
Provisões 11 000 31 000 59 250
Fornecedores 288 500 383 500 475 250
Estado e outros entes públicos 6 000 2 000 40 000
Financiamentos obtidos 211 000 210 000 310 000
Passivo Corrente 516 500 626 500 884 500
ORIGENS TOTAIS 1 142 500 1 254 500 1 716 000
1 Refere-se a mercadorias.

28
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Quadros do Setor - Central de Balanços


2009 2009 2009 2009 2009 2009 2010 2010 2010 2010 2010 2010

Nº Media Valores Nº Media Valores


Empr Q1 Q2 Q3 Aparada Médios Empr Q1 Q2 Q3 Aparada Médios
RÁCIOS ECONÓMICO-FINANCEIROS
Liquidez
Liquidez geral (%) 64 90,23 148,8 273,1 192,74 177,79 66 94,16 146,78 260,76 189,63 179,68
Liquidez reduzida (%) 64 49,21 95,46 201,9 124,51 129,16 66 56,76 103,07 212,73 131,03 132,03
Estrutura financeira
Autonomia financeira (%) 65 9,08 29,5 48,16 29,56 40,35 66 8,24 32,42 54,68 32,27 41,29
Taxa de endividamento (%) 64 133,9 221,3 492,2 297,6 247,84 64 133,06 214,41 430,16 339,32 242,19
Solvabilidade geral (%) 64 9,45 41,16 92,7 63,58 67,64 66 8,98 47,98 120,63 84,3 70,33
Cobertura dos ativos não correntes (%) 61 97,75 235,1 756 446,94 217,69 58 88,78 227,04 464,68 383,66 228,01
Financiamento
Peso do passivo remunerado (%) 64 0 24,67 53,01 28,37 30,63 66 0 21,59 41,36 23,71 26,6
Custo dos financiamentos obtidos (%) 34 1,53 3,32 7,23 4,42 2,41 33 1,57 2,6 4,38 2,76 2,62
Efeito dos juros suportados (%) 48 70,21 92,38 100 84,33 94,91 50 75,76 94,33 100 87,54 96,32
Rendibilidade
Rendibilidade dos capitais próprios (%) 55 1,36 5,38 9,72 3,85 14,94 58 1,84 8 14,57 6,85 16,9
Efeito da atividade de exploração 49 0,05 0,1 0,14 0,11 0,15
Efeito da atividade de financiamento 49 1,42 1,93 3,02 2,51 2,33
Efeito das restantes atividades financeiras 49 0,37 0,53 0,73 0,54 0,73
Efeito fiscal 49 0,72 0,79 0,87 0,79 0,69
Rendibilidade do ativo (%) 65 0,65 5,56 8,63 5,71 13,22 66 1,95 7 12,41 6,34 14,56
Rendibilidade das vendas (%) 58 3,35 6,75 13,14 5,3 10,5
VAB em percentagem da produção (%) 60 20,54 26,37 41,97 29,32 25,68 58 19,76 25,83 37,38 28,78 23,54
EBITDA em percent. do VN (%) 58 1,53 5,85 11,13 4,81 10,03 58 3,19 6,52 10,95 5,39 10,53
Necessidades(+) / Recursos(-) de fundo de maneio em percent. do VN (%) 58 14,1 33,49 52,45 41,2 23,42 58 6,26 26,3 44,01 38,43 19,61
Risco
Grau de alavancagem combinada 4,05 47 3,87 7,45 17,12 10,67 3,15
Grau de alavancagem da atividade de exploração 49 2 3,45 4,85 3,8 2,21
Grau de alavancagem da atividade de financiamento 49 1 1,06 1,32 1,21 1,04
Grau de alavancagem das restantes atividades financeiras 49 1,38 1,83 2,65 2,21 1,37
Atividade
Prazo médio de recebimentos (nº dias) 57 52,62 90,93 130,4 98,43 92,54 56 56,23 92,72 144,63 99,11 82,09
Prazo médio de recebimentos face ao exterior (nº dias) 31 0 55,51 116,8 60,57 56,3 31 0 2,15 90,89 40,11 53,09
Prazo médio de pagamentos (nº dias) 62 42,15 85,18 152 105,75 82,86 61 39,75 82,64 117,58 101,81 76,74
Prazo médio de pagamentos face ao exterior (nº dias) 42 0 14,79 99,12 55,51 50,95 38 0 6,03 101,16 42,33 58,54
Prazo médio de rotação dos inventários (nº dias) 56 68,76 133,7 321,8 209,98 97,62 56 57,47 116,72 218,51 167,55 84,4
Rotação do ativo (nº vezes) 65 0,54 0,88 1,4 0,92 1,32 66 0,44 0,99 1,43 0,92 1,38
Técnicos
Coeficiente VAB / Ativos fixos não financeiros 60 0,36 1,59 3,33 2,66 1,44 57 0,34 1,52 3,18 2,19 1,47
Coeficiente VAB / Gastos com o pessoal 57 1,08 1,31 1,64 1,36 2,1 54 1,11 1,33 1,64 1,45 1,95
Coeficiente Ativos fixos não finan. / Gastos com o pessoal 57 0,21 0,68 1,68 1,19 1,46 54 0,22 0,64 2,24 1,35 1,32
Repartição dos rendimentos
Fornecedores (%) 63 56,58 72,91 78,7 70,36 72,95 59 58,58 73,21 79,24 69,45 74,69
Pessoal (%) 63 10,3 18,76 34,34 21,69 12,03 59 10,49 16,77 31,18 19,41 11,82
Bancos e outros financiadores (%) 63 0 0,16 0,88 0,54 0,33 59 0 0,1 0,52 0,4 0,29
Estado (%) 63 0,3 0,8 1,64 1,04 1,77 59 0,43 0,91 1,71 1,18 2,37
Empresa - autofinanciamento (%) 63 1,23 4,23 11,55 1,77 10,02 59 2,74 5,38 12,32 6,38 8,48
Restantes (%) 63 0,37 1,62 3,61 2,63 2,91 59 0,2 1,06 2,07 1,27 2,35
Fonte: Banco de Portugal
Informação disponível em: 10-10-2012 16:33:16
Measures:Número de Empresas, Q1, Q2, Q3, Media Aparada, Valores Médios
Período:2009, 2010
CAE:275 - Fabricação de aparelhos para uso doméstico
Dimensão Empresa:Todas as Empresas

29
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 16


A empresa Romana, Lda. pretende conhecer a sua evolução financeira tendo para tal
disponibilizado as demonstrações financeiras previamente corrigidas, relativas aos períodos N-
2, N-1 e N (em anexo), ao seu analista financeiro.

Sabe-se ainda que:

1 - Não houve desinvestimentos durante estes períodos;

2 - Não se procederam a revalorizações durante estes períodos;

3 – Os inventários iniciais em N-2 eram de 20.340 euros;

4 - As variações registadas na conta de depreciações e amortizações acumuladas resultam


apenas da contabilização dos gastos de depreciação e de amortização do período;

5 - As dívidas ao Estado e outros entes públicos referentes a IRC eram as seguintes (em euros):
2.250 (N-2); 1.750 (N-1); 5.000 (n);

6 - Registaram-se os seguintes valores nas Demonstrações dos Resultados:

N-2 N-1 N
Vendas Líquidas 663 785 832 535 1 067 830
Compras 595 585 744 470 952 030
FSE 17 550 21 100 28 125

7 - A atividade da empresa durante o período esteve sujeita a IVA à taxa de 20%.

Pretende-se:

Assuma o papel de analista financeiro e analise a evolução financeira da empresa, recorrendo


à comparação dos balanços financeiros em valores relativos e ao cálculo dos rácios.

30
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

BALANÇOS COMPARADOS (valores relativos)


(em euros)
Rubricas N-2 % N-1 % N %
Aplicações
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 123 100 126 580 134 080
Depreciações acumuladas -37 470 -47 780 -58 080
Ativos intangíveis 375 375 375
Amortizações acumuladas -115 -115 -115
Investimentos financeiros 10 600 10 600 10 600
Ativo não Corrente 96 490 89 660 86 860
Ativo Corrente
Inventários
Mercadorias 14 500 20 980 27 900
Imparidades em mercadorias -600 -3 250 -2 700
Matérias-primas 10 000 5 000 17 025
Imparidades em matérias-primas -400 0 -1 200
Produtos acabados 5 000 13 445 5 000
Embalagens 965 1 170 1 485
29 465 37 345 47 510
Contas a receber – curto prazo
Clientes 16 510 58 235 86 645
Imparidades em dívidas a receber -1 000 -1 825 -2 075
Outros créditos a receber 4 350 150 0
Diferimentos 1 350 0 0
21 210 56 560 84 570
Meios financeiros líquidos
Caixa 455 510 2 670
Depósitos bancários à ordem 17 600 17 685 21 000
Depósitos bancários a prazo 12 500 2 500 2 500
30 555 20 695 26 170
Ativo Corrente 81 230 114 600 158 250
Total das Aplicações de Fundos 177 720 204 260 245 110
Origens
Capital Próprio
Capital realizado 5 500 5 500 5 500
Reservas 2 800 4 850 8 020
Resultados transitados 3 000 3 730 5 000
Resultado líquido do período 880 2 590 7 380
Capital Próprio 12 180 16 670 25 900
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 25 855 61 755 87 500
Outras dívidas a pagar1 10 000 10 000 0
35 855 71 755 87 500
Capital Permanente 48 035 88 425 113 400
Passivo Corrente
Provisões 9 640 5 000 2 500
Fornecedores 13 615 61 415 104 330
Estado e outros entes públicos 7 455 8 260 13 340
Financiamentos obtidos 86 290 32 085 6 965
Outros passivos correntes 12 685 9 075 4 575
Passivo Corrente 129 685 115 835 131 710
Total das Origens de Fundos 177 720 204 260 245 110
1 Refere-se a fornecedores de investimentos.

31
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 17


Tendo presente as demonstrações financeiras corrigidas da empresa ABC, Lda. (Caso Prático
n.º 1) efetue a análise financeira da empresa através do método dos rácios.

Balanço Financeiro do ano N

RUBRICAS 31 Dez N
ATIVO NÃO CORRENTE
Ativos fixos tangíveis 933.250
Depreciações acumuladas -130.500
Ativos intangíveis 3.750
Amortizações acumuladas -2.000
Investimentos financeiros 53.000
Outros Ativos Não Correntes
Acionistas/sócios 6.000
Ad. por conta de investimentos em AFT 9.000
Total do Ativo Não Corrente 872.500

ATIVO CORRENTE
INVENTÁRIOS
Inventários 69.350
Perdas por imparidade em inventários -6.985
CONTAS A RECEBER - curto prazo
Clientes 160.169
Perdas por imparidade em clientes -1.000
Capital subscrito e não realizado 0
Outros créditos a receber 0
Outros ativos correntes 700
MEIOS FINANCEIROS LÍQUIDOS
Caixa e depósitos bancários 33.500
Total do Ativo Corrente 255.734
TOTAL APLICAÇÕES 1.128.234
CAPITAL PRÓPRIO
Capital realizado 500.000
Reservas 125.000
Resultados transitados -6.531
Resultado líquido do período 16.011
Financiamentos obtidos 9.000
Total do Capital Próprio 643.480
PASSIVO NÃO CORRENTE
Financiamentos obtidos 205.000
Total do Passivo Não Corrente 205.000

PASSIVO CORRENTE
Fornecedores 230.750
Adiantamento de clientes 5.500
Estado e outros entes públicos 15.054
Financiamentos obtidos 12.500
Outros passivos correntes 15.950
Total do Passivo Corrente 279.754
Total do Passivo 484.754
TOTAL ORIGENS 1.128.234

32
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Demonstração dos Resultados Preparada do ano N

RENDIMENTOS E GASTOS 31 Dez N


Vendas e serviços prestados 469.215
Variação nos inventários da produção 1.000
TOTAL DOS RENDIMENTOS OPERACIONAIS 470.215
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 284.000
Fornecimentos e serviços externos 42.500
Gastos com o pessoal 17.100
Gastos de depreciação e de amortização 55.000
Imparidade de inventários 3.850
Imparidade de dívidas a receber 1.000
Outros gastos e perdas 2.250
TOTAL DOS GASTOS OPERACIONAIS 405.700
RESULTADO OPERACIONAL 64.515
Outros rendimentos 0
Outros gastos 2.000
RESULT. ANTES JUROS E IMPOSTOS 62.515
Gastos financeiros 27.500
RESULTADO ANTES IMPOSTOS 35.015
Imposto sobre rendimento período 9.004
RESULTADO LÍQUIDO 26.011

33
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 18


1ª Parte
A empresa Soláris, Lda. produz e comercializa painéis solares (sujeitos a IVA à taxa de 20% até
ao ano N+1), operando num mercado em franca expansão.

O Diretor Geral - um dos sócios fundadores da empresa, não percebe a razão pela qual os
resultados da sua empresa tiveram uma evolução desfavorável numa conjuntura favorável,
pelo que pediu para se efetuar a análise financeira da gestão ou atividade da empresa,
disponibilizando para tal os seguintes documentos contabilísticos:

BALANÇOS
(em euros)
Rubricas N N+1
Ativo
Ativo não Corrente 1 096 550 955 200
Ativos fixos tangíveis 1 701 300 1 828 850
Depreciações acumuladas -604 750 -948 650
Investimentos financeiros 0 75 000
Ativo Corrente 1 346 385 1 751 550
Inventários 588 825 721 890
Matérias-primas 382 650 492 800
Imparidades em matérias-primas -38 265 -49 280
Produtos acabados 271 600 309 300
Imparidades em produtos acabados -27 160 -30 930
Contas a receber 746 960 1 006 760
Clientes 492 800 702 800
Imparidades em dívidas a receber -24 640 -35 140
Outros créditos a receber 17 250 67 250
Outros ativos correntes 261 550 271 850
Meios financeiros líquidos 10 600 22 900
Caixa e depósitos bancários 10 600 22 900
Total das Aplicações de Fundos 2 442 935 2 706 750
Capital Próprio e Passivo
Capital Próprio 1 012 800 972 100
Capital realizado 750 000 750 000
Reservas e resultados transitados 50 000 200 000
Resultado líquido do período 212 800 22 100
Passivo não Corrente 375 000 500 000
Financiamentos obtidos 375 000 500 000
Passivo Corrente 1 055 135 1 234 650
Fornecedores 412 585 527 150
Financiamentos obtidos 200 000 250 000
Estado e outros entes públicos 198 950 355 350
Outros passivos correntes 243 600 102 150
Total do Passivo 1 430 135 1 734 650
Total do Capital Próprio e Passivo 2 442 935 2 706 750

34
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS


(em euros)
Rubricas N N+1
Vendas 4 900 000 4 378 400
Variação nos inventários da produção - 54 600 37 700
Gastos variáveis 2 501 530 2 486 015
Margem Bruta 2 343 870 1 930 085
Gastos fixos 1 835 835 1 626 100
- Industriais 876 475 772 250
- Administrativos 496 660 377 450
- Comerciais 462 700 476 400
Resultado Operacional 508 035 303 985
Outros gastos 11 600 6 285
RAJI 496 435 297 700
Gastos financeiros 147 175 173 450
RAI 349 260 124 250
ISRP 136 460 49 700
RL 212 800 74 550
Dividendos 0 52 450
RL Retido 212 800 22 100

2ª Parte

O Diretor Financeiro recolheu ainda a seguinte informação:

1. Os gastos variáveis têm a seguinte composição (em euros):

N N+1
CMVMC 2 318 105 2 262 950
FSE 183 425 223 065

2. Inventários em matérias-primas em 01/01/N: 482.650 euros.

3. Os gastos de depreciação e de amortização são de 292.900 e 343.900 euros para os anos N e


N+1, respetivamente.

4. Durante o ano N não houve qualquer reconhecimento ou reversão das perdas por
imparidade.

5. Os rácios de atividade que traduzem o normal funcionamento da empresa e do setor são os


seguintes:
▪ PMR = 2 meses de vendas do ano
▪ PMP = 2 meses de compras totais do ano
▪ Duração média de MP = 1 mês do mesmo ano
▪ Duração média dos PA = 1 mês do CIPV do ano

35
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

▪ Valor normal da dívida ao Estado = 3% do valor das vendas


▪ Reserva de segurança de tesouraria = 0,5% do valor de vendas

Determine a Tesouraria da empresa durante o período em análise.

36
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 19


A sociedade de distribuição Reparte, SA apresenta os seguintes Balanços em 31 de dezembro
de N e de N+1:

Balanços Financeiros
(em euros)
Rubricas N N+1
Aplicações
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 7 500 000 10 500 000
Depreciações acumuladas -4 500 000 -6 000 000
Participações financeiras 1 250 000 1 950 000
Total do Ativo não Corrente 4 250 000 6 450 000
Ativo Corrente
Inventários 5 500 000 7 000 000
Contas a receber 7 000 000 9 000 000
Meios financeiros líquidos 2 500 000 1 000 000
Total do Ativo Corrente 15 000 000 17 000 000
Total das Aplicações de Fundos 19 250 000 23 450 000
Origens
Capital Próprio
Capital realizado 4 500 000 4 500 000
Reservas 2 000 000 2 100 000
Resultado líquido do período 500 000 850 000
Total do Capital Próprio 7 000 000 7 450 000
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 3 750 000 4 500 000
Passivo Corrente
Fornecedores 6 000 000 7 500 000
Financiamentos obtidos 2 500 000 4 000 000
Total do Passivo 12 250 000 16 000 000
Total das Origens de Fundos 19 250 000 23 450 000

Sabe-se que os dividendos distribuídos referentes ao ano N e N+1 ascendiam, respetivamente,


a 400.000 e 550.000 euros. A empresa não possui reserva de segurança de tesouraria. O
volume de vendas atingiu 27.500.000 euros e 32.500.000 euros para os dois períodos. Os
inventários iniciais em N eram de 6.000.000 euros. Por último, sobre as compras e vendas da
sociedade incidiu IVA à taxa de 20% até N+1. A margem comercial ascende a 25% do preço de
venda.

Pretende-se:

Refira as implicações na estrutura financeira da política geral seguida pela empresa através da
análise do Balanço Esquemático e dos Rácios de Gestão. Proceda ainda ao cálculo e análise dos
Rácios de Liquidez e de Equilíbrio Financeiro a Médio e Longo Prazo.

37
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 20


Com base nos dados que a seguir se apresentam, referentes à Agência de Viagens Só Férias,
Lda.:

- Ativo não corrente bruto 550 000


- Depreciações e amortizações acumuladas 175 000
- Passivo não corrente 250 000
- FM 26 500
- NFM 150 000

Pretende-se:

1. Calcule o valor dos capitais permanentes.

2. Calcule a Capacidade de Endividamento a M/L Prazo (CE) e analise-a.

3. Calcule a Tesouraria.

4. Se a CE for igual a 2, qual o valor da Tesouraria?

5. Considerando que no ano seguinte o RL foi o mesmo e que a empresa aumentou o capital
próprio para que CE = 2, calcule a taxa de Rendibilidade do Capital Próprio para os dois anos.

38
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 21


Tendo por base as demonstrações financeiras da empresa Girassol, Lda. proceda à elaboração
das Demonstrações de Origens e Aplicações de Fundos e à caracterização da sua política de
investimento e de financiamento.

(em euros)
Rubricas N N+1 N+2
Aplicações de Fundos
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 260 000 331 500 562 000
Depreciações acumuladas -79 500 -99 000 -215 500
Ativo Corrente
Inventários
Inventários1 210 000 265 500 386 000
Perdas por imparidade em inventários -10 500 -25 000 -31 000
Contas a receber – curto prazo
Clientes 301 250 300 400 570 500
Perdas por imparidade em dívidas a receber -10 000 -10 000 -12 500
Outros ativos correntes 19 500 53 500 53 000
Meios financeiros líquidos
Caixa e depósitos bancários 106 500 26 000 11 500
Total das Aplicações 797 250 842 900 1 324 000
Origens de Fundos
Capital Próprio
Capital realizado 32 000 32 000 85 000
Reservas 5 000 5 000 5 000
Resultados transitados 159 250 162 250 104 230
Excedentes de revalorização 45 000 45 000 130 000
Resultado líquido do período 3 000 4 480 3 375
Total do Capital Próprio 244 250 248 730 327 605
Passivo não Corrente
Provisões 12 000 16 320 8 920
Financiamentos obtidos 100 000 50 000 130 000
Passivo Corrente
Fornecedores 290 000 300 000 443 975
Estado e outros entes públicos 25 800 33 550 53 500
Financiamentos obtidos 125 200 194 300 360 000
Total do Passivo 553 000 594 170 996 395
Total das Origens 797 250 842 900 1 324 000
1 Refere-se a mercadorias.

39
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Informações adicionais (obtidas nas declarações anuais da Informação Empresarial


Simplificada - IES/DA):

1. Em N+1 verificou-se a alienação de um ativo fixo tangível que se encontrava totalmente


depreciado e cujo valor de aquisição foi de 15.000 euros.

2. Em N+2 houve uma revalorização do ativo fixo. Como resultado de tal medida, verificou-se
um acréscimo do ativo fixo bruto de 175.000 euros e das depreciações acumuladas de
90.000 euros.

3. No ano de N+2 a empresa vendeu ativos fixos tangíveis, cujo valor líquido contabilístico era
de 7.500 euros e as respetivas depreciações de 2.500 euros.

4. Durante o período em estudo, a empresa procedeu à aquisição de novos ativos fixos


tangíveis.

5. O aumento da conta de capital realizado em N+2 deveu-se à entrega de fundos


provenientes dos sócios no valor de 25.000 euros e à incorporação de resultados
transitados.

6. Em N+2 a empresa procedeu à distribuição extraordinária de resultados transitados no valor


de 34.500 euros.

7. Os gastos de depreciação dos períodos N+1 e N+2 foram os seguintes:

N+1 N+2
Gastos de depreciações do período 34 500 29 000

40
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 22

Tendo por base os Balanços da empresa MEN, Lda. e as respetivas notas adicionais, pretende-
se que elabore a Demonstração das Variações dos Fundos Circulantes e a Demonstração de
Origem e Aplicação de Fundos para o ano N.

Notas adicionais:

1. No ano N houve uma revalorização do ativo, tendo o ativo fixo tangível bruto aumentado,
por esse efeito, 400.000 euros e as depreciações acumuladas 200.000 euros.

2. No mesmo ano, verificou-se uma alienação de ativo fixo tangível cujo valor de aquisição foi
de 125.000 euros e o valor das correspondentes depreciações acumuladas de 62.500 euros.

3. O aumento da conta Outras variações no capital próprio resultou da obtenção de um


subsídio ao investimento no valor de 62.500 euros.

4. O aumento de capital realizado foi efetuado por incorporação de reservas e resultados


transitados.

5. O resultado líquido e os gastos de depreciação e de amortização do período apresentam os


seguintes valores (em euros):

Ano N-1 Ano N


Resultado líquido do período 220.000 244.200
Gastos de depreciação e de amortização 175.000 192.500

6. O resultado líquido do ano N vai ser aplicado da seguinte forma: distribuição de resultados
200.000 euros; resultados transitados 44.200 euros.

8. A empresa também procedeu à distribuição de reservas e resultados transitados.

BALANÇOS FINANCEIROS

(unidade: euros)
RUBRICAS ANO N-1 ANO N
Ativos fixos tangíveis 2 375 000 2 837 500
Depreciações acumuladas -1 125 000 -1 455 000
Participações financeiras 210 000 274 000
Outros investimentos financeiros 4 000 4 000
Perdas por imparidade em outros investimentos financeiros 0 -1 000
Ativo não Corrente 1 464 000 1 659 500
Inventários 825 000 1 102 500
Perdas por imparidade em inventários -66 000 -88 200
Inventários 759 000 1 014 300

41
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

RUBRICAS ANO N-1 ANO N


Clientes 775 000 1 000 000
Perdas por imparidade em dívidas a receber -38 750 -50 000
Diferimentos 50 000 60 000
Outros ativos correntes 75 000 37 500
Contas a receber – curto prazo 861 250 1 047 500
Ativos financeiros detidos para negociação 25 000 27 500
Caixa e depósitos bancários 72 000 87 000
Meios financeiros líquidos 97 000 114 500
Ativo Corrente 1 717 250 2 176 300
APLICAÇÕES TOTAIS 3 181 250 3 835 800
Capital realizado 175 000 350 000
Reservas 390 000 308 500
Resultados transitados 93 500 0
Excedentes de revalorização 101 250 301 250
Outras variações no capital próprio 0 62 500
Resultado líquido do período 40 000 44 200
Capital Próprio 799 750 1 066 450
Provisões 17 000 25 000
Financiamentos obtidos 160 000 80 000
Passivo não Corrente 177 000 105 000
Fornecedores 1 122 250 1 248 800
Estado e outros entes públicos 269 750 300 550
Financiamentos obtidos 812 500 1 115 000
Passivo Corrente 2 204 500 2 664 350
ORIGENS TOTAIS 3 181 250 3 835 800

42
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 23

Proceda à elaboração da Demonstração de Origem e Aplicação de Fundos e da Demonstração


das Variações dos Fundos Circulantes da empresa Feiró, Lda. relativas ao ano N e N+1. A
empresa dedica-se à fabricação de eletrodomésticos. Para o efeito, são conhecidas as
demonstrações financeiras do triénio N-1/N+1 e algumas informações adicionais.

Tendo por base a Demonstração de Origem e Aplicação de Fundos e seus anexos, comente a
política de investimento e financiamento da empresa.

Informações adicionais:

1. Durante o triénio em análise, a empresa procedeu à aquisição de ativos fixos mas não se
registou a alienação de qualquer ativo fixo.

2. A variação dos excedentes de revalorização de N para N+1 deve-se à revalorização dos


ativos fixos tangíveis. A revalorização resultou num aumento dos ativos fixos tangíveis
brutos no valor de 119.500 euros e das respetivas depreciações acumuladas no valor de
50.000 euros.

3. O aumento de capital realizado em N+1 foi efetuado com base na incorporação de reservas
no valor de 75.000 euros e na realização, por parte dos sócios, de igual montante.

4. A variação das reservas, entre N e N+1, deve-se à incorporação de resultados transitados.

5. Os resultados líquidos de N-1 e de N foram aplicados integralmente em resultados


transitados.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS


(unidade: euros)
RUBRICAS N-1 N N+1
Vendas e serviços prestados 1 667 000 2 305 500 2 631 000
RENDIMENTOS OPERACIONAIS 1 667 000 2 305 500 2 631 000
Custo mercadorias vendidas e das matérias consumidas 1 175 000 1 594 000 1 736 500
Fornecimentos e serviços externos 200 000 299 500 328 500
Gastos com o pessoal 175 000 220 000 260 000
Gastos de depreciação e de amortização 19 500 31 000 37 000
Perdas por imparidade e provisões 17 000 27 500 44 750
Outros gastos e perdas operacionais1 20 000 34 500 30 750
GASTOS OPERACIONAIS 1 606 500 2 206 500 2 437 500
RESULTADO OPERACIONAL 508 035 99 000 193 500
Outros gastos 5 500 0 0
Outros rendimentos 41 000 25 000 21 500
RESULTADO ANTES DE JUROS E IMPOSTOS 96 000 124 000 215 000
Gastos financeiros 80 000 120 000 116 000
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 16 000 4 000 99 000
Imposto sobre o rendimento do período 6 000 2 000 40 000
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 10 000 1 000 59 000
1 Inclui os seguintes valores de impostos: 14.000 (N-1); 23.000 (N); 23.750 (N+1).

43
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

BALANÇOS FINANCEIROS
(unidade: euros)
RUBRICAS N-1 N N+1
Ativos fixos tangíveis 210 000 360 000 499 500
Depreciações acumuladas -146 500 -177 500 -264 500
Ativo não Corrente 63 500 182 500 235 000
Inventários1 425 000 631 000 812 500
Perdas por imparidade em inventários -10 000 -15 000 -22 500
Inventários 415 000 616 000 790 000
Clientes 457 500 316 450 577 000
Perdas por imparidade em dívidas a receber -17 500 -20 000 -29 000
Outros ativos correntes 201 500 128 550 133 000
Contas a receber – curto prazo 641 500 425 000 681 000
Meios financeiros líquidos 22 500 31 000 10 000
Ativo Corrente 1 079 000 1 072 000 1 481 000
APLICAÇÕES TOTAIS 1 142 500 1 254 500 1 716 000
Capital realizado 150 000 150 000 300 000
Reservas 140 000 140 000 185 500
Resultados transitados 116 000 126 000 7 500
Excedentes de revalorização 10 000 10 000 79 500
Resultado líquido do período 10 000 2 000 59 000
Capital Próprio 426 000 428 000 631 500
Financiamentos obtidos 200 000 200 000 200 000
Passivo não Corrente 200 000 200 000 200 000
Provisões 11 000 31 000 59 250
Fornecedores 288 500 383 500 475 250
Estado e outros entes públicos 6 000 2 000 40 000
Financiamentos obtidos 211 000 210 000 310 000
Passivo Corrente 516 500 626 500 884 500
ORIGENS TOTAIS 1 142 500 1 254 500 1 716 000
1 Refere-se a mercadorias.

44
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 24

Tendo por base as demonstrações financeiras e outras informações da empresa Oliveirinha,


Lda., caracterize a política de investimentos e respetivo financiamento, elaborando para o
efeito a Demonstração de Origens e Aplicações de Fundos para o ano N+1.

Demonstrações Financeiras

BALANÇOS FINANCEIROS
(em euros)
RUBRICAS ANO N ANO N+1
Ativos fixos tangíveis 31 545 76 280
Depreciações acumuladas -18 810 -28 325
Ativo não Corrente 12 735 47 955
1
Inventários 65 000 63 500
Perdas por imparidade em inventários -6 500 -6 350
Inventários 58 500 57 150
Clientes 107 780 155 455
Perdas por imparidade em dívidas a receber -5 390 -7 930
Outros ativos correntes 5 640 2 530
Contas a receber – curto prazo 108 030 150 055
Meios financeiros líquidos 7 770 9 810
Ativo Corrente 174 300 217 015
APLICAÇÕES TOTAIS 187 035 264 970
Capital realizado 3 250 25 000
Reservas 18 985 3 985
Resultados transitados 20 070 43 460
Excedentes de revalorização 0 5 000
Resultado líquido do período 23 390 13 480
Capital Próprio 65 695 90 925
Passivo não Corrente 15 000 30 000
Fornecedores 84 585 109 750
Estado e outros entes públicos2 12 130 12 600
Financiamentos obtidos 5 000 10 000
Outros passivos correntes 4 625 11 695
Passivo Corrente 106 340 144 045
ORIGENS TOTAIS 187 035 264 970
1Refere-se a mercadorias.
2 Inclui dívidas relativas a IRC, 5.130 euros no ano N e 6.100 euros no ano N+1.

45
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

(em euros)
Rubricas N N+1
Vendas 400 990 540 965
CMVMC1 231 445 333 820
1
FSE 44 985 69 390
Margem Bruta 124 560 137 755
2
Outros gastos e perdas 1 325 1 730
Gastos com pessoal 55 925 70 950
Gastos de depreciação e de amortização 2 785 5 165
Perdas por imparidade 4 340 2 390
RO 60 185 57 520
Outros gastos 995 4 810
Outros rendimentos 9 520 1 000
RAJI 68 710 53 710
Gastos financeiros 29 725 31 245
RAI 38 985 22 465
ISRP 15 595 8 985
RL 23 390 13 480
1 Gastos variáveis
2 Refere-se a impostos indiretos

Informações adicionais

1. Do aumento do capital realizado em N+1, 15.000 euros resultaram da incorporação de


reservas e o restante da entrada de dinheiro dos sócios.

2. No período procedeu-se ainda à revalorização dos ativos o que resultou num aumento do
valor dos ativos fixos tangíveis brutos no valor de 11.000 euros.

3. Em N+1 foram alienados por 1.000 euros ativos fixos que haviam sido adquiridos por 2.500
euros, tendo provocado uma mais-valia de 150 euros. Não se verificaram outros abates.

46
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 25

Tendo em conta as demonstrações financeiras do Caso Prático n.º 4 elabore as Demonstrações


de Origens e Aplicações de Fundos, sabendo que a empresa não alienou qualquer ativo não
corrente no período em análise e que o aumento do capital realizado em N+1 foi efetuado por
nova injeção de capital por parte dos sócios.

47
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 26


Perante os Balanços sucessivos da empresa Ruper, SA, proceda ao preenchimento do Mapa de
Mutação de Valores:

(unidade: euros)
Rubricas N N+1 Var.Ativas Var.Passivas
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 296 370 325 505
Depreciações acumuladas -103 400 -123 925
Ativos intangíveis 40 530 40 530
Amortizações acumuladas -23 285 -24 740
Inventários
Inventários 253 220 368 340
Perdas por imparidade em inventários -25 325 -39 030
Contas a Receber – curto prazo
Clientes 171 340 233 570
Perdas por imparidade em dívidas a receber -15 405 -16 165
Outros ativos correntes 22 220 5 455
Meios Financeiros Líquidos
Caixa e depósitos bancários 53 920 81 530
Total das Aplicações 670 185 851 070
Capital Próprio
Capital realizado 300 000 300 000
Reservas legais 1 275 1 275
Outras reservas 1 400 1 400
Resultados transitados -11 675 -6 045
Excedentes de revalorização 112 605 112 605
Resultado líquido do período 5 630 -47 860
Total do Capital Próprio 409 235 361 375
Passivo Corrente
Provisões 37 020 38 805
Fornecedores 189 955 425 630
Estado e outros entes públicos 16 740 4 320
Financiamentos obtidos 15 000 20 650
Outros passivos correntes 2 235 290
Total do Passivo 260 950 489 695
Total das Origens 670 185 851 070

Com base nos dados anteriores e nas informações adicionais seguintes efetue a:

1. Análise da estrutura das aplicações e das origens de fundos.


2. Demonstração das Variações dos Fundos Circulantes (DVFC).

48
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

3. Demonstração de Origens e Aplicações de Fundos (DOAF).


4. Análise da política de investimento e financiamento da empresa.

Informações adicionais:

1. Da Demonstração dos Resultados de N+1 retiraram-se os seguintes elementos (em euros):


▪ Gastos de depreciação e de amortização 22.970
▪ Perdas por imparidade e provisões do período 16.250

2. Durante N+1 verificou-se a venda de ativo fixo tangível:


▪ Valor de aquisição 2.890
▪ Depreciações acumuladas 990
▪ Valor líquido contabilístico 1.900

3. Durante o período em estudo, a empresa procedeu à aquisição de novos ativos fixos


tangíveis.

49
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 27

Analisando as demonstrações financeiras da empresa Mirorgue, Lda. retiraram-se os seguintes


dados:
(unidade: euros)
Rubricas N-1 N Var. Ativas Var. Passivas
Grupo I
Inventários 110 000 90 000
Contas a Receber 70 000 90 000
Meios Financeiros Líquidos 10 000 25 000
Passivo Corrente 340 000 480 000
Grupo II
Ativo não Corrente 2 250 000 3 500 000
Depreciações e amortizações -1 000 000 -1 900 000
Perdas por imparidade em investim. financ. -50 000 -90 000
Capital realizado 250 000 350 000
Excedentes de revalorização 150 000 400 000
Resultados transitados -125 000 0
Resultado líquido do período 25 000 -15 000
Passivo não Corrente 750 000 500 000

Informações adicionais:

1. Em N a empresa procedeu à alienação de ativo não corrente cujo valor de aquisição foi de
50.000 euros e o valor das depreciações e amortizações acumuladas de 40.000 euros.

2. A revalorização efetuada no ano N resultou num aumento do ativo não corrente bruto no
valor de 940.000 euros.

3. Os gastos de depreciação e de amortização do período foram de 250.000 euros.

4. No ano N, os sócios procederam a uma nova injeção de capital na empresa para cobertura
do prejuízo e aumento do capital social.

Pretende-se:

Elabore a Demonstração de Origens e Aplicações de Fundos.

50
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

Caso Prático n.º 28

Tendo por base as demonstrações financeiras preparadas na ótica da análise financeira da


empresa Algarve Jardins, Lda., proceda à elaboração da Demonstração de Origens e Aplicações
de Fundos e à caracterização da sua política de investimento e financiamento.

BALANÇOS FINANCEIROS

(unidade: euros)
Rubricas N-1 N Var.Ativas Var.Passivas
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 360 933 395 026
Depreciações acumuladas -93 433 -102 776
Investimentos financeiros 23 481 30 661
Perdas por imparidade em invest. financeiros -1 174 -1 526
Total do Ativo não Corrente 289 807 321 385
Contas a Receber – curto prazo
Clientes 10 365 4 522
Estados e outros entes públicos 9 743 8 741
Outros ativos correntes 26 478 20 278
Meios Financeiros Líquidos
Caixa e depósitos bancários 23 420 45 059
Total do Ativo Corrente 70 006 78 600
Total das Aplicações 359 813 399 985
Capital Próprio
Capital realizado 140 000 200 000
Outros instrumentos de capital próprio 65 000 65 000
Reservas legais 18 400 18 400
Resultados transitados -35 634 -45 070
Resultado líquido do período -9 436 14 696
Total do Capital Próprio 178 330 253 026
Passivo Não Corrente
Financiamentos obtidos 105 000 70 000
Passivo Corrente
Fornecedores 26 889 22 626
Estado e outros entes públicos 20 934 20 518
Financiamentos obtidos 15 000 19 500
Outros passivos correntes 13 660 14 315
Total do Passivo 181 483 146 959
Total das Origens 359 813 399 985

51
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

(em euros)
Rubricas N-1 N
Vendas e serviços prestados 264 793 314 455
FSE 204 530 215 237
Gastos com pessoal 29 891 30 910
Gastos de depreciação e de amortização 9 785 11 165
Outras imparidades 1 174 352
RO 19 413 56 791
Outros gastos 23 847 32 184
Outros rendimentos 4 912
RAJI - 4 434 29 519
Gastos financeiros 5 002 4 504
RAI -9 436 25.015
ISRP 3 319
RL -9 436 21 696

Informações adicionais retiradas da declaração anual da Informação Empresarial Simplifica –


IES/DA:

- No ano N a empresa procedeu à venda de ativos fixos tangíveis, cujo valor líquido
contabilístico era de 3.250 euros e as respetivas depreciações acumuladas de 1.822 euros.

- A empresa procedeu ainda à aquisição de novos ativos tangíveis durante o período em


estudo.

- As variações ocorridas ao nível do Capital Próprio estão demonstradas no mapa seguinte.

52
Análise Financeira Estudo da Situação Financeira

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NO PERÍODO N

53
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Casos Práticos
de Análise Financeira

ESTUDO DA SITUAÇÃO
ECONÓMICA E DA
RENDIBILIDADE

54
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 29

Pretende-se que efetue o cálculo dos principais indicadores económicos e comente os


resultados obtidos, tendo por base toda a informação relativa à empresa Soláris, Lda. (Caso
Prático n.º 18).

55
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 30

As empresas A e B apresentam as seguintes contas de resultados:

Rubricas Empresa A Empresa B


Vendas 4 500 4 500
Variação nos inventários da produção 500 500
Rendimentos Operacionais 5 000 5 000
Consumo de MP 2 500 600
FSE 500 150
Gastos com o pessoal 500 3 400
Gastos de depreciação e de amortização 750 100
Perdas por imparidade 250 250
Outros gastos e perdas1 250 250
Gastos Operacionais 4 750 4 750
Resultado Operacional 250 250
Outros resultados2 50 50
RAJI 300 300
Gastos financeiros 100 100
RAI 200 200
ISRP 80 80
RLP 120 120
1
Refere-se a impostos diretos.
2
Refere-se a rendimentos suplementares (conta 781).

Proceda ao cálculo dos seguintes indicadores e comente a performance económica das duas
empresas:

◼ Meios Libertos Brutos


◼ Meios Libertos Líquidos
◼ VAB
◼ Produtividade do Trabalho

56
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 31

As empresas X e Y fabricam e comercializam um único e mesmo produto que vendem ao


mesmo preço.

A empresa X é muito mecanizada, utiliza pouca mão-de-obra e os vendedores são pagos ao


mês.

A empresa Y é pouco mecanizada, emprega muitos operários que são pagos à hora e
eventualmente recebem prémios. Os vendedores recebem um salário baixo que é completado
com comissões. Esta empresa pretende assegurar que a evolução dos seus gastos esteja
conforme a conjuntura.

No ano N as duas empresas realizaram o mesmo resultado operacional, 15.000 euros e um


mesmo volume de vendas, 120.000 euros.

No ano N+1, a empresa Y apresentou um RO de 25.000 euros para um volume de vendas de


160.000 euros, enquanto a empresa X vendeu, no mesmo período, 140.000 euros realizando
em RO de 30.000 euros.

Perante este resultado, o diretor da empresa Y ficou sem compreender a razão desta
diferença. Ajude o diretor, avaliando o risco económico das empresas.

Contas de Exploração das Empresas X e Y

Empresa X Empresa Y
N N+1 N N+1
Vendas líquidas 120 000 140 000 120 000 160 000
Gastos variáveis 30 000 35 000 90 000 120 000
Margem Bruta 90 000 105 000 30 000 40 000
Gastos fixos 75 000 75 000 15 000 15 000
Resultado Operacional 15 000 30 000 15 000 25 000

57
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 32

Tome por base os elementos a seguir apresentados referentes à empresa VOX, SA e ao


período económico N:

1. O Grau de Alavanca Operacional (GAO) foi de 2;

2. A empresa não registou qualquer movimento extraexploração, nem obteve quaisquer


rendimentos financeiros;

3. O resultado operacional apurado no período foi de 500.000 euros;

4. O valor dos gastos financeiros ascendeu a 100.000 euros;

5. O ISRP representa 25% dos resultados apurados;

6. Os rendimentos operacionais foram de 2.500.000 euros;

7. O valor dos gastos fixos é, na sua totalidade, constituído pelas depreciações e amortizações.

A principal concorrente da empresa VOX, SA é a empresa XOV, SA, da qual se sabe que
relativamente ao período de N, apresentou os mesmos valores que a empresa VOX, SA com
exceção do Grau de Alavanca Operacional que foi de 4.

Pretende-se:

a) Elabore a Demonstração dos Resultados das duas empresas, para o período N.

b) Tendo por base os elementos constantes na teoria do CVR e sabendo que as duas empresas
foram constituídas no mesmo período e seguem políticas iguais de constituição de
depreciações, amortizações e provisões, analise e compare a estrutura de rendimentos e
gastos e respetivo risco operacional das duas empresas.

58
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 33

Os documentos financeiros e as informações apresentadas referem-se à empresa SoDiverte,


Lda. com o CAE 93210 – Parques de Diversão e Temáticos. Responda às seguintes questões:

1. Analise a evolução do risco operacional no período em estudo, através do preenchimento


do quadro seguinte e da análise dos indicadores da Teoria do CVR.

Rácios/Indicadores Ano N-1 Ano N

Gastos Variáveis

Margem Bruta

Gastos Fixos

V0

MS

GAO

2. Nas alíneas seguintes apenas uma afirmação se encontra totalmente correta, responda
colocando uma cruz (X) naquela que considerar verdadeira.

2.1 Da análise vertical à demonstração dos resultados do ano N verifica-se que:


□ a) por cada 100€ de rendimento operacional cerca de 13,8€ é lucro operacional.
□ b) por cada 100€ de rendimento operacional cerca de 10,8% é lucro.
□ c) por cada 100€ de rendimento operacional cerca de 2,1€ é entregue ao Estado sob a
forma de imposto sobre o rendimento.
□ d) por cada 100€ de rendimento operacional cerca de 11,9€ é lucro.

2.2 A rendibilidade económica da empresa em N mostra que:


□ a) o ativo representa 25,4% dos resultados económicos.
□ b) os meios totais à disposição da empresa geram uma rendibilidade económica de 13,7%.
□ c) os investidores obtêm uma remuneração de 25,4% pelo seu investimento.
□ d) o ativo representa 13,7% dos resultados económicos.

59
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

2.3 A rendibilidade financeira da empresa no ano N revela que:


□ a) os resultados líquidos representam 13,7% do capital próprio.
□ b) os resultados líquidos representam 13,7% do ativo.
□ c) a empresa tem 25,4% de margem financeira.
□ d) os resultados líquidos representam 25,4% do capital próprio.

2.4 De acordo com o GAF da empresa no ano N, um aumento de 10% no resultado operacional
provocará:
□ a) um aumento de 9,05% nos resultados líquidos.
□ b) um aumento de 9,05% nos resultados antes de juros e impostos.
□ c) um aumento de 90,5% nos resultados líquidos.
□ d) um aumento de 0,905% nos resultados líquidos.
2.5 A variação do Autofinanciamento de N-1 para N deve-se essencialmente:
□ a) ao aumento de capitais próprios no ano N.
□ b) ao aumento dos resultados líquidos de N.
□ c) ao aumento do ativo no ano N.
□ d) todas as respostas são corretas.

2.6 A variação do VAB de N-1 para N revela que:


□ a) a empresa tem mais lucros.
□ b) a empresa criou mais riqueza mas é menos produtiva em termos de trabalho.
□ c) a empresa criou mais riqueza e é mais produtiva em termos de trabalho.
□ d) a empresa libertou mais excedentes financeiros.

2.7 Analisando a evolução do grau de alavanca que permite avaliar o risco global da empresa,
verifica-se que este:
□ a) diminuiu devido à redução do risco operacional.
□ b) aumentou devido ao aumento do risco financeiro.
□ c) aumentou devido ao aumento dos gastos financeiros e dos impostos.
□ d) diminuiu devido à redução do risco financeiro.

3. Tendo por base os valores do modelo aditivo da Rendibilidade do Capital Próprio (RCP´) da
empresa no ano N e sabendo que os seus dirigentes tencionam realizar um novo investimento
no valor de 7.500.000€, totalmente financiado com um empréstimo à taxa de 5%, mencione se
este investimento vai ter um efeito positivo ou negativo sobre a RCP´ e calcule o novo valor da
RCP´. Considere que os valores da rendibilidade económica e da taxa efetiva de imposto não
vão sofrer alterações.

60
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

BALANÇOS COMPARADOS

Ano N-1 Ano N Variação


RUBRICAS
Valor % Valor % Valor %
APLICAÇÕES
ATIVO NÃO CORRENTE
Ativos Intangíveis 914 744 1,7% 958 996 1,6% 44 252 4,8%
Ativos Fixos Tangíveis 38 955 504 73,0% 40 999 734 69,2% 2 044 230 5,2%
Investimentos Financeiros 4 224 053 7,9% 7 212 828 12,2% 2 988 775 70,8%
Depreciações e Amortizações Acumuladas -33 062 485 -62,0% -35 938 993 -60,6% -2 876 508 8,7%
Outros Ativos não Correntes 3 068 625 5,8% 2 954 417 5,0% -114 208 -3,7%
ATIVO CORRENTE
Inventários
Produtos Acabados 5 906 893 11,1% 6 822 482 11,5% 915 589 15,5%
Contas a Receber
Clientes c/c 22 935 057 43,0% 21 917 306 37,0% -1 017 751 -4,4%
Estado e Outros Entes Públicos 0 0,0% 358 358 0,6% 358 358 n.d.
Diferimentos 536 704 1,0% 3 797 585 6,4% 3 260 881 607,6%
Outros Ativos Correntes 156 782 0,3% 1 045 954 1,8% 889 172 567,1%
Meios Financeiros Líquidos
Ativos financeiros detidos para negociação 7 000 000 13,1% 5 000 000 8,4% -2 000 000 -28,6%
Depósitos Bancários 2 706 816 5,1% 4 114 244 6,9% 1 407 428 52,0%
Caixa 17 042 0,0% 17 100 0,0% 58 0,3%
TOTAL DAS APLICAÇÕES 53 359 735 100,0% 59 260 011 100,0% 5 900 276 11,1%
ORIGENS
CAPITAL PRÓPRIO
Capital 2 500 000 4,7% 2 500 000 4,2% 0 0,0%
Reservas 3 408 957 6,4% 4 907 235 8,3% 1 498 278 44,0%
Resultados Transitados 6 044 968 11,3% 9 425 504 15,9% 3 380 536 55,9%
Resultado Líquido do Período 2 374 174 4,4% 5 739 769 9,7% 3 365 595 141,8%
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 14 328 099 26,9% 22 572 508 38,1% 8 244 409 57,5%
PASSIVO
Passivo não Corrente
Fornecedores de Investimentos c/c 535 441 1,0% 602 509 1,0% 67 068 12,5%
Financiamentos Obtidos 14 824 925 27,8% 9 824 925 16,6% -5 000 000 -33,7%
Diferimentos 1 952 459 3,7% 609 377 1,0% -1 343 082 -68,8%
Passivo Corrente
Fornecedores c/c 12 515 572 23,5% 13 547 320 22,9% 1 031 748 8,2%
Fornecedores de Investimentos c/c 595 372 1,1% 1 053 583 1,8% 458 211 77,0%
Acionistas/Sócios 502 563 0,9% 1 727 848 2,9% 1 225 285 243,8%
Estado e Outros Entes Públicos 561 978 1,1% 660 090 1,1% 98 112 17,5%
Financiamentos Obtidos 6 388 654 12,0% 3 020 847 5,1% -3 367 807 -52,7%
Provisões 960 486 1,8% 793 736 1,3% -166 750 -17,4%
Outros Passivos Correntes 194 186 0,4% 4 847 268 8,2% 4 653 082 2396,2%
TOTAL DO PASSIVO 39 031 636 73,1% 36 687 503 61,9% -2 344 133 -6,0%
TOTAL DAS ORIGENS 53 359 735 100,0% 59 260 011 100,0% 5 900 276 11,1%

61
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS COMPARADAS

N-1 N Variação
RUBRICAS
Valor % Valor % Valor %
Rendimentos Operacionais
Vendas 11 844 724 28,5% 21 776 811 37,0% 9 932 087 83,9%
Prestações de Serviços 28 898 979 69,5% 35 828 176 60,9% 6 929 197 24,0%
Subsídios à Exploração 848 528 2,0% 1 213 862 2,1% 365 334 43,1%
TOTAL RENDIMENTOS OPERACIONAIS 41 592 231 100,0% 58 818 849 100,0% 17 226 618 41,4%
Gastos Operacionais
CMVMC* 7 547 477 18,1% 14 333 245 24,4% 6 785 768 89,9%
FSE* 11 548 892 27,8% 15 873 333 27,0% 4 324 441 37,4%
Gastos com o Pessoal 17 919 520 43,1% 18 535 701 31,5% 616 181 3,4%
Depreciações e Amortizações do Período 2 379 766 5,7% 2 878 208 4,9% 498 442 20,9%
Provisões do Período 1 607 971 3,9% 865 483 1,5% -742 488 -46,2%
TOTAL GASTOS OPERACIONAIS 41 003 626 98,6% 52 485 971 89,2% 11 482 345 28,0%
RESULTADO OPERACIONAL 588 605 1,4% 6 332 878 10,8% 5 744 273 975,9%
Outros Rendimentos 4 586 468 11,0% 3 342 826 5,7% -1 243 642 -27,1%
Outros Gastos 1 214 044 2,9% 1 538 595 2,6% 324 551 26,7%
RAJI 3 961 029 9,5% 8 137 109 13,8% 4 176 080 105,4%
Gastos Financeiros 993 312 2,4% 1 137 391 1,9% 144 079 14,5%
RAI 2 967 717 7,1% 6 999 718 11,9% 4 032 001 135,9%
Imposto sobre o Rendimento do Período 593 543 1,4% 1 259 949 2,1% 666 406 112,3%
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 2 374 174 5,7% 5 739 769 9,8% 3 365 595 141,8%
* Gastos Variáveis: CMVMC + 50% FSE

PAINEL DE INDICADORES E RÁCIOS


N-1 N
AF 0,269 0,381
Compras 19 096 369 31 122 167
MLLR 6 361 911 9 483 461
VAB 25 868 286 30 416 502
α 0,680 0,621
t 0,2000 0,1800
GAF 0,198 0,905
GAC 9,526 5,221
REA 0,074 0,137
RCP' 0,166 0,254

62
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 34


Com base nas Demonstrações Financeiras da empresa Tex, Lda. que se dedica ao comércio por
grosso de têxteis, analise a sua situação económica respondendo às questões apresentadas.

BALANÇOS FINANCEIROS
(unidade: euros)
RUBRICAS N N+1
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 573 000 580 000
Depreciações acumuladas -177 500 -195 000
395 500 385 000
Inventários
Inventários 403 000 520 000
Contas a Receber – curto prazo
Clientes 318 950 587 000
Imparidades dívidas a receber -12 500 -39 000
Outras contas a receber 128 550 142 500
435 000 690 500
Meios Financeiros Líquidos
Caixa e depósitos bancários 31 000 16 000
APLICAÇÕES TOTAIS 1 264 500 1 611 500
Capital Próprio
Capital realizado 150 000 300 000
Reservas 140 000 186 000
Resultados transitados 126 000 82 000
Excedentes de revalorização 20 000 20 000
Resultado líquido do período 2 000 59 000
438 000 647 000
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 200 000 180 000
Passivo Corrente
Provisões 31 000 49 250
Fornecedores 383 500 425 250
Estado e outros entes públicos 2 000 40 000
Financiamentos obtidos 210 000 270 000
626 500 784 500
ORIGENS TOTAIS 1 264 500 1 611 500

63
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS


(unidade: euros)
RUBRICAS N N+1
Vendas e serviços prestados 2 305 500 2 631 000
RENDIMENTOS OPERACIONAIS (EXPLORAÇÃO) 2 305 500 2 631 000
Custo das mercad. vendidas e das mat. consumidas* 1 594 000 1 736 500
Fornecimentos e serviços externos* 299 500 328 500
Outros gastos e perdas 23 000 23 750
Gastos com o pessoal 220 000 260 000
Gastos de depreciação e de amortização 31 000 37 000
Perdas por imparidades em dívidas a receber* 27 500 26 500
Provisões 0 18 250
Outros gastos e perdas operacionais 11 500 7 000
GASTOS OPERACIONAIS (EXPLORAÇÃO) 2 206 500 2 437 500
RESULTADO OPERACIONAL (EXPLORAÇÃO) 99 000 193 500
Outros rendimentos 25 000 21 500
Outros gastos 1 143 20 333
RESULTADO ANTES DE JUROS E IMPOSTOS 122 857 194 667
Gastos financeiros 120 000 116 000
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 2 857 78 667
Imposto sobre o rendimento do período 857 19 667
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 2 000 59 000
* Gastos Variáveis

1. Proceda ao cálculo dos indicadores da teoria do CVR que permitem estudar a rendibilidade
operacional e o risco económico da empresa, nos anos de N e N+1.

2. Com recurso ao modelo aditivo do efeito financeiro de alavanca, proceda ao cálculo da


rendibilidade financeira da empresa nos anos em análise (utilize 4 casas decimais no cálculo da
rendibilidade económica e do custo médio do passivo.

3. Nas alíneas seguintes apenas uma afirmação se encontra totalmente correta/completa,


responda colocando uma cruz (X) naquela que considerar verdadeira.

3.1 A evolução verificada no Ponto Crítico deve-se ao(à):

□ a) Aumento do valor total dos Gastos Fixos e dos Gastos Variáveis.


□ b) Aumento das Vendas e Serviços Prestados.
□ c) Redução do peso dos Gastos Variáveis nas Vendas e Serviços Prestados.
□ d) Aumento do valor total dos Gastos Variáveis.
□ e) Nenhuma das respostas anteriores está correta.

64
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

3.2 A evolução da Margem de Segurança deve-se:

□ a) Ao aumento do valor das Vendas e Serviços Prestados e à redução do valor do Ponto


Crítico.
□ b) Apenas ao aumento do valor das Vendas e Serviços Prestados.
□ c) Apenas à redução do valor do Ponto Crítico.
□ d) Apenas ao aumento do valor do Ponto Crítico.
□ e) Nenhuma das respostas anteriores está correta.

3.3 A evolução do Grau de Alavanca Operacional é justificada pelo(a):

□ a) Aumento do valor total dos Gastos Fixos.


□ b) Aumento do valor total dos Gastos Variáveis.
□ c) Redução do valor da Margem Bruta.
□ d) Aumento do valor do Resultado Operacional devido ao aumento das Vendas e Serviços
Prestados.
□ e) Aumento do valor do Resultado Operacional devido ao aumento das Vendas e Serviços
Prestados e à redução do peso dos Gastos Variáveis nas Vendas e Serviços Prestados.

3.4 Os indicadores da teoria do CVR sugerem que o risco económico da empresa:


□ a) Desceu devido ao aumento das Vendas e Serviços Prestados, ao aumento dos Gastos
Fixos e à redução do peso dos Gastos Variáveis nas Vendas e Serviços Prestados.
□ b) Desceu devido ao aumento das Vendas e Serviços Prestados e à redução do peso dos
Gastos Variáveis nas Vendas e Serviços Prestados.
□ c) Aumentou devido ao acréscimo dos Gastos Fixos.
□ d) Aumentou devido ao acréscimo dos Gastos Variáveis.
□ e) Aumentou porque o Grau de Alavanca Operacional desceu.

3.5 O modelo aditivo do efeito de alavanca financeiro permite constatar que o aumento da
Rendibilidade do Capital Próprio da empresa, de N para N+1, deve-se:

□ a) Apenas ao aumento da Rendibilidade Económica do Ativo.


□ b) Apenas ao aumento da Rendibilidade Económica do Ativo e à redução do custo médio do
passivo.
□ c) Apenas ao aumento da Rendibilidade Económica do Ativo e à redução do custo médio do
passivo e do nível de fiscalidade.
□ d) Ao aumento da Rendibilidade Económica do Ativo e à redução do nível de
endividamento, do custo médio do passivo e do nível de fiscalidade.
□ e) Nenhuma das respostas anteriores está correta.

65
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

3.6 Admitindo que tudo o resto permanece inalterado, face aos valores de N+1, qual o efeito
sobre a Rendibilidade do Capital Próprio da empresa da contração de um empréstimo, a uma
taxa de juro de 10%, para financiamento de um projeto de investimento a realizar no próximo
ano?

□ a) Provoca um aumento da Rendibilidade do Capital Próprio porque a Rendibilidade


Económica do Ativo é superior ao custo do empréstimo.
□ b) Provoca um aumento da Rendibilidade do Capital Próprio porque a Rendibilidade
Económica do Ativo é inferior ao custo do empréstimo.
□ c) Provoca uma descida da Rendibilidade do Capital Próprio porque a alavanca financeira da
empresa é negativa.
□ d) O aumento do nível de endividamento provoca sempre um aumento da Rendibilidade do
Capital Próprio.
□ e) Nenhuma das respostas anteriores está correta.

3.7 Através do desdobramento do rácio da Rendibilidade Económica do Ativo da empresa


verifica-se que o aumento do mesmo resulta do(a):

□ a) Aumento da margem económica e da rotação do ativo.


□ b) Aumento da margem económica e da redução da rotação do ativo.
□ c) Redução da margem económica e do aumento da rotação do ativo.
□ d) Aumento da rotação do ativo.
□ e) Aumento da margem económica.

3.8 Em N+1 o valor dos Meios Libertos Líquidos da empresa foi de:

□ a) 122.500 euros.
□ b) 140.750 euros.
□ c) 275.250 euros.
□ d) 276.417 euros.
□ e) Nenhuma das respostas anteriores está correta.

66
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 35


Com base na informação financeira da empresa ABC e na informação que se segue, analise a
sua situação económica respondendo às questões apresentadas, sabendo que a empresa
liquidou e deduziu IVA a 21% em N e a 23% em N+1.

1. Complete o quadro e analise a evolução do risco económico no período em estudo.

Rácios e Indicadores N N+1


GV
MB
GF
RO = RAJI 126.770 183.670
V0
MS
α 67,5% 68,7%
1-α 32,5% 31,3%
GAO

2. Nas alíneas seguintes apenas uma afirmação se encontra totalmente correta/completa,


responda colocando uma cruz (X) naquela que considerar verdadeira.

2.1 Relativamente ao efeito financeiro de alavanca em N+1:

□ a) A Rendibilidade Económica do Ativo é inferior ao custo médio do passivo.


□ b) A alavanca financeira do modelo aditivo é negativa.
□ c) A alavanca financeira do modelo aditivo está entre 0 e 1.
□ d) A alavanca financeira do modelo aditivo é superior a 1.
□ e) Nenhuma das respostas anteriores está correta.

2.2 Admitindo que a estrutura de gastos se mantém constante, um aumento de 10% dos
Resultados Operacionais promove um aumento de 14% dos Resultados Líquidos em N+2
porque:

□ a) O Grau de Alavanca Operacional é de 6,52.


□ b) O Grau de Alavanca Financeiro é de 1,56.
□ c) O Grau Financeiro de Alavanca é de 1,40.
□ d) O Grau de Alavanca Operacional é de 1,40.
□ e) O Grau de Alavanca Combinado é de 1,40.

67
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

2.3 Se em N+1 a empresa tivesse optado por financiar a aquisição dos novos Ativos Fixos
Tangíveis com um maior nível de endividamento:

□ a) a RCP` era maior porque o efeito de alavanca financeiro é positivo.


□ b) a RCP` era menor porque o efeito de alavanca financeiro é negativo.
□ c) a RCP` era maior porque o efeito de alavanca financeiro é negativo.
□ d) a RCP` era menor porque o efeito de alavanca financeiro é positivo.
□ e) a RCP` não era afetada, mas a REA (ROI) teria sido mais baixa.

2.4 A Rendibilidade Financeira da empresa no período em estudo:

□ a) Evoluiu de forma positiva: aumentou de 17,5% em N para 21,5% em N+1.


□ b) Evoluiu de forma negativa, dado que o i aumentou de 14,2% em N para 17,8% em N+1.
□ c) Manteve-se nos 25%.
□ d) Evoluiu de forma positiva: aumentou de 15,1% em N para 17,5% em N+1.
□ e) Evoluiu de forma positiva: os dividendos aumentaram de 20.000€ em N para 40.000€ em
N+1.

(em euros)
DR N N+1
Vendas e Serviços Prestados 1.225.670 1.450.800
Rendimentos Operacionais (Exploração) 1.225.670 1.450.800
CMVMC 280.975 325.650
Fornecimentos e Serviços Externos 235.500 255.900
Gastos com o Pessoal 510.225 579.880
Gastos de Depreciação do Período 72.200 105.700
Gastos Operacionais (Exploração)* 1.098.900 1.267.130
Resultado Operacional = RAJI 126.770 183.670
Gastos financeiros 45.670 52.250
RAI 81.100 131.420
ISRP 20.275 32.855
RLP 60.825 98.565
Dividendos 20.000 40.000
RLR 40.825 58.565

* São Gastos Variáveis o CMVMC e 50% dos FSE

68
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

(em euros)
BALANÇOS N N+1
Ativos Fixos Tangíveis 648.045 861.535
Depreciações acumuladas -422.370 -528.070
225.675 333.465

Inventários 52.550 42.350

Contas a Receber
Clientes 270.120 295.500
Outras Contas a Receber 33.210 40.342
Estado e Outros Entes Públicos 8.550 8.750
311.880 344.592

Meios Financeiros Líquidos 135.770 135.900


TOTAL DE APLICAÇÕES 725.875 856.307
Capital Próprio
Capital realizado 150.000 250.000
Reservas 126.750 126.750
Resultados Transitados 86.550 127.375
Resultados Líquidos 40.825 58.565
404.125 562.690
Passivo não Corrente
Financiamentos Obtidos 125.000 100.000

Passivo Corrente
Fornecedores 110.220 107.737
Financiamentos Obtidos 56.000 42.000
Sócios e Acionistas 20.000 40.000
Outras Contas a Pagar 10.530 3.880
196.750 193.617
TOTAL DE ORIGENS 725.875 856.307

69
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 36


Com base nas demonstrações financeiras da empresa Rest, Lda. que se dedica à restauração, e
na informação que se segue, proceda à análise da sua situação económica respondendo às
questões apresentadas.

1. Proceda ao estudo da evolução do risco económico da empresa, no período N/N+1, através


do cálculo e análise dos indicadores da teoria do CVR.

2. Relativamente à rendibilidade dos capitais próprios da empresa:


2.1 Calcule o seu valor em N+1 através do modelo aditivo.
2.2 Admitindo que a empresa em N+2 vai realizar um investimento, no valor de 5.000.000€,
financiado através de uma das seguintes formas de financiamento alternativas:
1) 100% de capitais próprios;
2) 60% de capitais alheios a uma taxa de juro de 9%;
3) 30% de capitais alheios a uma taxa de juro de 6%.

Considerando ainda que a rendibilidade económica e a taxa efetiva do imposto sobre o


rendimento manter-se-ão nos níveis do ano anterior:

a) Mencione de forma justificada, mas sem realizar cálculos, qual das formas de
financiamento anteriores permite maximizar a rendibilidade dos capitais próprios da
empresa em N+2.
b) Estime os valores da rendibilidade dos capitais próprios e da autonomia financeira da
empresa em N+2 no caso de esta vir a optar pela terceira alternativa de financiamento.

(unidade: euros)
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS N N+1
Vendas e serviços prestados 7.679.800 8.681.500
Total dos Rendimentos Operacionais 7.679.800 8.681.500
Custo das mercad. vendidas e das matérias consum. 997.400 1.045.700
Fornecimentos e serviços externos 1.705.500 1.810.500
MARGEM BRUTA 4.976.900 5.825.300
Gastos com o pessoal 3.249.000 3.272.000
Gastos de depreciação e de amortização 1.773.600 1.830.000
Imparidades de dívidas a receber 9.500 6.100
Outros gastos e perdas 160.800 120.000
Total dos Gastos Operacionais 7.895.800 8.084.300
RESULTADO OPERACIONAL -216.000 597.200
Outros rendimentos 283.000 110.500
Outros gastos 234.000 261.000
RESULTADO ANTES JUROS SUPORTADOS E IMPOSTOS -167.000 446.700
Gastos financeiros 89.500 256.200
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS -256.500 190.500
Imposto sobre o rendimento do período 0 47.600
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO -256.500 142.900

70
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

(unidade: euros)
BALANÇOS N N+1
ATIVO NÃO CORRENTE
Ativos fixos tangíveis 31.628.100 36.951.400
Depreciações acumuladas -9.329.000 -12.359.000
Investimentos financeiros 255.400 255.400
Total do Ativo não Corrente 22.554.500 24.847.800
ATIVO CORRENTE
Inventários 275.100 295.600
Contas a receber
Clientes 431.800 618.800
Imparidades de dívidas a receber -52.500 -58.600
Acionistas/sócios 350.500 0
Outras contas a receber 36.000 94.900
765.800 655.100
Meios financeiros líquidos
Caixa e depósitos bancários 61.300 114.700
Total do Ativo Corrente 1.102.200 1.065.400
TOTAL DAS APLICAÇÕES 23.656.700 25.913.200
CAPITAL PRÓPRIO
Capital realizado 3.750.000 3.750.000
Reservas 17.530.000 17.530.000
Excedentes de revalorização 1.250.000 1.750.000
Resultados transitados -679.200 -935.700
Resultado líquido do período -256.500 142.900
Total do Capital Próprio 21.594.300 22.237.200
PASSIVO
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 1.609.600 3.167.200
Passivo corrente
Fornecedores 252.400 433.200
Estado e outros entes públicos 79.400 37.100
Outras contas a pagar* 121.000 38.500
452.800 508.800
Total do Passivo 2.062.400 3.676.000
TOTAL DAS ORIGENS 23.656.700 25.913.200
* Refere-se a fornecedores de investimentos.

71
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 37


A empresa TAL pretende efetuar um novo investimento tendo dois equipamentos alternativos
como opção (A e B). De acordo com o estudo de mercado efetuado foi possível elaborar as
hipóteses de funcionamento mais prováveis:

Equipamento A Equipamento B

Vendas 480 000 480 000


Gastos variáveis operacionais 144 000 288 000
Gastos fixos operacionais 225 000 105 000

Sabendo que:

▪ a Autonomia Financeira da empresa é de 40% (CP´/Aplicações) e a Administração da


empresa quer manter este valor após o investimento;
▪ o imposto sobre o rendimento é igual ao resultado líquido do período;
▪ o custo médio dos capitais alheios é de 10%;
▪ o custo dos equipamentos A e B é de 800.000 euros e 625.000 euros, respetivamente.

Pretende-se:

a) Identifique qual o equipamento a escolher tendo presente o respetivo risco económico


que maximize a Rendibilidade do Capital Próprio? Justifique a sua opção.

b) Critique a decisão da Administração de manter o valor do rácio de Autonomia Financeira


em 40%.

72
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 38


Da empresa SUL, Lda. conhecem-se os seguintes elementos relativos ao ano N:

Demonstração dos Resultados (em euros) Indicadores

Vendas 500 000 RCP´ 25%


Gastos variáveis 200 000
Margem Bruta 300 000 REA(ROI) 25%
Gastos fixos 150 000
Resultado Operacional 150 000 IRC 40%
Gastos financeiros 25 000
RAI 125 000 Custo médio capital alheio 8,33%
ISRP 50 000
RL 75 000

Para o ano N+1 a empresa estima um aumento das aplicações de fundos de 85.000 euros,
sendo 25.000 em ativo circulante e 60.000 em ativos fixos associados à exploração, que será
amortizado em 6 anos. O acréscimo das amortizações já se encontra englobado na taxa de
inflação abaixo indicada para os gastos fixos.

Sabe-se ainda que:

- o investimento irá proporcionar uma redução dos gastos variáveis de 5%;


- a taxa de inflação vai atingir os 4% e repercutir-se-á ao nível dos gastos variáveis e dos
gastos fixos, assim como na taxa média dos capitais alheios que será indexada;
- o objetivo fixado para o ano N+1 é o de atingir uma Rendibilidade do Capital Próprio de
25% não alterando a Autonomia Financeira.

Pretende-se:

a) Construa a Demonstração dos Resultados para o ano N+1.

b) Analise a Rendibilidade Económica, utilizando para o efeito os indicadores em que se


decompõe.

c) Comente a opção de financiamento face ao nível de Rendibilidade Económica previsto,


através da relação entre a Rendibilidade Financeira e a Rendibilidade Económica.

73
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 39


A empresa Alfa apresenta os seguintes dados e informações:

▪ Gasto variável unitário = 15 euros


▪ Ponto crítico em quantidades = 200 unidades
▪ Imposto sobre o rendimento = 25%
▪ Vendas de 800 unidades provocam um resultado operacional de 1.500 euros

Pretende-se:

a) Calcule o resultado operacional que a empresa obterá se vender 3.750 unidades.


b) Determine o Grau de Alavanca Operacional.
c) Qual o resultado operacional se a empresa vender 20% acima do previsto na questão 1)?
d) Comente a posição de risco económico da empresa.

74
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 40


Tendo em conta os elementos da empresa Oliveirinha, Lda. (Caso Prático n.º 24), solicita-se o
seguinte:

1. Comente a opção de financiamento da empresa que, face a um "novo investimento" de


50.000 euros a realizar no início de N+2, decidiu recorrer na sua totalidade a crédito de
fornecedores (M/L prazo) com um encargo líquido de 15% ao ano. A Rendibilidade Económica
deste novo investimento é igual à Rendibilidade Económica de N+1.

Deverá ter em conta a Rendibilidade dos Capitais Investidos e a sua relação com a
Rendibilidade do Capital Próprio.

2. Analise a rendibilidade operacional para o período N/N+1. Para este efeito deverá também
calcular os valores de Autofinanciamento, Meios Libertos, Ponto Crítico e Margem de
Segurança.

3. Admita que os gastos fixos suportados em N+1 e a incorporação de gastos variáveis se


mantêm inalteráveis em termos previsionais e que o preço de venda igualmente se mantém
em N+2 ao mesmo nível de N+1 (P.V. unitário = 25 euros).

a) Analise o efeito ao nível do resultado operacional (N+2) proveniente de um aumento


de 20% das quantidades produzidas/vendidas ( stocks = 0).
b) Que nível de atividade deverá a empresa atingir de forma que o resultado operacional
(N+2) alcance um valor de 100.000 euros.

4. Analise o risco operacional, financeiro e global da empresa através dos indicadores do grau
de alavanca.

75
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 41

A empresa AIREVOLTAR, Lda. apresenta os seguintes dados e informações:

▪ Gastos fixos = 90.000 euros (inclui 10.000 euros de gastos de depreciação e de amortização)

▪ Vendas líquidas = 180.000 euros

▪ Margem das vendas sobre os gastos variáveis = 120.000 euros

▪ Quantidades vendidas = 60.000 unidades

▪ Autonomia Financeira = 0,3


9

Sabendo ainda que:

▪ a taxa de juro do mercado bancário é de 12%;


▪ não foram contabilizados outros gastos ou rendimentos extraexploração e não foram
constituídas quaisquer provisões;
▪ o preço de venda é estável;
▪ o ISRP é de 25%;
▪ o Capital próprio atinge os 75.000 euros.

Pretende-se:

1. Analise o risco operacional da empresa com base nos elementos referentes à teoria do CVR.

2. Determine a Rendibilidade do Capital Próprio.

3. Indique qual a ação a desenvolver pela empresa no sentido de aumentar a RCP’.

76
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 42

A empresa ZIC prevê para o ano N+1 um RO = RAJI de 76.000 euros e um RAI de 40.000 euros.

Sabendo que o ISRP é de 25%, que o custo médio dos seus capitais alheios (líquido de
impostos) é de 9% e que a sua Autonomia Financeira é de 60%, determine:

a) A Rendibilidade do Capital Próprio.

b) Os acionistas admitem liquidar integralmente o passivo da empresa, mediante o aumento


em igual valor do Capital. Concorda? Justifique.

77
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 43


A empresa Gama, Lda. apresentava, em finais de N-1, um fundo de maneio de 150.000 euros e
um ativo não corrente de 100.000 euros. A estrutura do passivo, cujo custo médio era de 10%,
apresentava um valor global de 450.000 euros, 25% a M/L prazo. O resultado líquido apurado
neste ano foi de 27.000 euros, sendo a taxa de imposto sobre os lucros de 25%.

Face a estes elementos determine o nível da Rendibilidade Económica e da Rendibilidade


Financeira, referindo se a empresa deverá endividar-se de forma a aumentar a última.

78
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 44


Admita que a Sociedade PTO fixou grandes objetivos financeiros para N+1: atingir uma
Rendibilidade do Capital Próprio de 30% com uma Autonomia Financeira igual a 0,4.

1. Para atingir aqueles objetivos, qual deverá ser a Rendibilidade Económica (REA), sabendo
que:

a) O valor do imposto sobre o rendimento é igual ao valor do resultado líquido do período.

b) A taxa de juro média dos capitais alheios é igual a 9%.

2. Considere, por outro lado, que se pretendia que o rácio de Solvabilidade Total (Capital
Próprio / Origens) apresentasse um valor de 0,45.

Tendo por base os elementos anteriores, analise os efeitos daquela situação sobre a
Rendibilidade do Capital Próprio.

79
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 45


A empresa MEL, SA dedica-se à produção e comercialização de um produto de moda que tem
permitido elevadas taxas de rendibilidade. O equipamento utilizado é muito específico e não
permite nenhuma outra utilização. Da atividade da empresa são conhecidos os seguintes
indicadores (em euros):

N N+1
1. Volume de vendas 425 000 510 000
2. Coeficiente de não absorção dos GV 0,68 0,68
3. Capitais alheios 40 375 48 450
4. Taxa de imposto s/ rendimento 25% 25%
5. Rendib. aplicações sem risco* 4% 4%
6. Custo médio do capital alheio 12% 12%
7. Gastos fixos 191 250 280 500
8. Rotação do ativo (vendas/ativo) 8 8
9. Outros gastos extraexploração 0 0

* Taxa de referência

No período N+1 o aumento das aplicações deveu-se à variação do ativo fixo.

Pretende-se:

1. Aprecie a rendibilidade operacional da empresa nos períodos de N e N+1. Para os referidos


períodos elabore:
a) A Demonstração dos Resultados
b) Ponto Crítico
c) Grau de Alavanca Operacional
d) Outros indicadores de rendibilidade e risco operacionais

2. Aprecie a rendibilidade dos capitais investidos calculando, entre outros, os seguintes


indicadores:
a) Rendibilidade Económica
b) Rendibilidade Financeira
c) Grau de Alavanca Financeira

Nesta apreciação deverá salientar os principais fatores influentes na Rendibilidade Financeira


da empresa e estabelecer a ligação entre esta (RCP´) e a Rendibilidade Económica.

3. Comente as implicações dos investimentos efetuados e das fontes de financiamento


utilizadas.

80
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 46


Analise a Rendibilidade e o Risco Operacionais bem como a Rendibilidade dos Capitais
Investidos ao longo do triénio N/N+2, tendo em conta os seguintes elementos (em euros):

N N+1 N+2
Vendas 560 000 840 000 1 050 000
Ponto Crítico 150 770 420 000 735 000
Resultado líquido do período 40 000 60 000 6 000
Resultado líquido do período retido 25 000 60 000 6 000
Gastos de depreciação e de amortização 30 000 70 000 75 000
Gastos financeiros 30 000 32 500 50 000
Imposto s/ rendimento 25 000 40 000 4 000
Capital próprio 250 000 425 000 465 000
Aplicações de fundos 625 000 900 000 1 010 000
CMVMC 430 000 575 000 850 000

Não se verificaram nem outros gastos nem outros rendimentos extraexploração.

Verifique também as implicações na Rendibilidade do Capital Próprio de uma redução na taxa


de juro média de 2 pontos percentuais.

81
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

Caso Prático n.º 47


A empresa Cascão, SA apresentou os seguintes elementos contabilísticos no triénio N-2/N:

Rubricas das Demonstrações dos Resultados


(em euros)
N-2 N-1 N
Vendas 642 500 948 500 1 130 500
Compras 450 000 640 000 730 000
FSE 110 000 150 000 205 000
Gastos com o pessoal 50 000 40 000 70 000
Gastos de depreciação e amortização 25 000 27 500 30 000
Perdas por imparidade 6 000 9 000 12 500
Gastos financeiros 55 000 100 000 140 000

Balanços

Rubricas N-2 N-1 N


Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 150 000 200 000 195 000
Ativo Corrente
Inventários
Mercadorias 140 000 205 000 329 000
Contas a receber
Clientes 247 400 273 000 324 500
Meios financeiros líquidos
Caixa e depósitos bancários 11 600 23 000 53 000
Total das Aplicações 549 000 701 000 901 500
Capital Próprio
Capital realizado 100 000 100 000 100 000
Reservas legais e outras reservas 25 000 25 000 40 000
Resultados transitados 0 - 73 500 - 21 500
Resultado líquido do período - 73 500 52 000 73 000
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 220 000 220 000 250 000
Passivo Corrente
Fornecedores 202 500 222 500 250 000
Financiamentos obtidos 75 000 155 000 210 000
Total das Origens 549 000 701 000 901 500

Outras Informações:

▪ A empresa está isenta do pagamento do imposto sobre os lucros.

▪ A repartição dos gastos em fixos e variáveis é a seguinte:

Gastos variáveis: CMVMC, FSE, perdas por imparidade


Gastos fixos: os restantes.

82
Análise Financeira Estudo da Situação Económica e da Rendibilidade

▪ Os inventários de mercadorias constantes no Balanço de 31 de dezembro de N-3 eram de


170.000 euros.

Pretende-se:

a) Analise a evolução do risco operacional da empresa com recurso à teoria do CVR no período
de N-2 / N.

b) Sabendo que a empresa realizou um novo investimento em N+1 no valor de 50.000 euros e
que optou como fonte de financiamento pelo recurso a novo aumento de Capital de igual
montante, e que tinha como fonte alternativa um empréstimo bancário a médio e longo
prazo, cuja taxa de juro era de 12% ao ano, comente, quantificando, a decisão tomada pelos
responsáveis da empresa, tendo presente que a Rendibilidade Económica do Ativo (REA) se
irá manter em N+1 ao nível do ano anterior.

83
Análise Financeira Casos Integrados

Casos Práticos
de Análise Financeira

CASOS INTEGRADOS

84
Análise Financeira Casos Integrados

Caso Prático n.º 48

A empresa Andararoda, Lda. dedica-se à venda de canoas. Na sequência de uma redução do


resultado líquido a empresa pretende analisar a sua situação económica e financeira de modo
a poder controlar a situação. Para tal, apresenta a seguinte informação para o ano N-1 e N:

Balanços Financeiros
(em euros)
Descrição N-1 N
Aplicações
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 468 835 570 335
Depreciações acumuladas -131 585 -182 085
Ativos intangíveis 4 500 4 500
Amortizações acumuladas -3 000 -3 000
Investimentos financeiros 65 000 90 000
403 750 479 750
Ativo Corrente
Inventários
Mercadorias 40 000 40 250

Contas a receber
Clientes 235 000 220 000
Perdas por imparidade em dívidas a receber -12 500 -17 750
222 500 202 250
Meios financeiros líquidos
Caixa e depósitos bancários 6 000 4 750
268 500 247 250
Total das Aplicações 672 250 727 000
Origens
Capital Próprio
Capital realizado 200 000 200 000
Resultados transitados 7 500 27 210
Resultado líquido do período 19 710 7 830
227 210 235 040
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 112 500 87 500

Passivo Corrente
Fornecedores 227 825 313 860
Estado e outros entes públicos 21 215 3 100
Financiamentos obtidos 50 000 62 500
Outros passivos correntes 33 500 25 000
332 540 404 460
Total das Origens 672 250 727 000

85
Análise Financeira Casos Integrados

Demonstração dos Resultados


(em euros)
Descrição N-1 N
Vendas 2 712 500 2 631 250
Total Rendimentos Operacionais 2 712 500 2 631 250
CMVMC 2 100 000 2 025 000
FSE 240 000 245 000
Gastos com o pessoal 205 000 226 250
Gastos de depreciação e de amortização 30 500 70 000
Perdas por imparidade 3 750 5 250
Outros gastos e perdas1 18 900 24 200
Total Gastos Operacionais 2 598 150 2 595 700
Resultado Operacional 114 350 35 550
Outros rendimentos2 1 000 2 500
RAJI 115 350 38 050
Gastos financeiros 32 500 25 000
RAI 82 850 13 050
ISRP 33 140 5 220
RLP 49 710 7 830
Dividendos 30 000 0
RLP Retido 19 710 7 830
1 Parte do valor refere-se a impostos (400 euros em N-1, 450 euros em N).
2 Resultantes de mais-valias obtidas na alienação de ativos fixos tangíveis.

Outras informações:

1. Políticas de Exploração:

▪ PMP (compras de mercadorias e FSE) - 45 dias


▪ PMR - 30 dias
▪ Stock Médio - 30 dias
▪ Reserva de segurança de tesouraria – 7.500 euros

2. No ano de N a empresa procedeu à venda por 25.000 euros de ativos fixos tangíveis, tendo
obtido uma mais-valia de 2.500 euros. O valor de aquisição desse ativo fixo foi de 42.000
euros.

3. O aumento do valor dos investimentos financeiros deveu-se à compra de ações da empresa


Cafis, SA.

4. As dívidas ao Estado resultam de valores normais de exploração.

5. Nenhum dos financiamentos obtidos, classificados no passivo corrente, encontra-se


associado à exploração.

6. Os valores das restantes rubricas não são considerados normais.

7. Gastos considerados variáveis: CMVMC; FSE; Perdas por imparidade.

86
Análise Financeira Casos Integrados

Pretende-se:

a) Elabore o Balanço Esquemático para o ano N.

b) Analise a evolução da situação financeira de curto prazo e de médio e longo prazo da


empresa utilizando os seguintes rácios:
- Rácios de curto prazo: Liquidez Geral, Liquidez Reduzida, Rotação de Stocks, PMP e PMR;
- Rácios de MLP: Autonomia Financeira, Solvabilidade, Cobertura do Ativo não Corrente
pelo Capital Permanente e Envelhecimento dos Ativos Fixos Tangíveis.

c) Atendendo aos dados que dispõe, elabore a DOAF e comente a política de investimento e de
financiamento da empresa.

d) Analise a evolução da situação económica da empresa recorrendo à teoria do CVR e de um


desdobramento do indicador da rendibilidade económica.

e) Supondo que em N+1 as vendas da empresa vão aumentar 10%, qual será o aumento
percentual do resultado operacional? E qual será o aumento em valor absoluto?

f) Analise a evolução da rendibilidade financeira através do modelo aditivo do efeito financeiro


de alavanca.

g) Supondo que a empresa distribui os seus resultados transitados e contrai um empréstimo


de 27.210 euros à taxa de 20%. Qual o efeito desta operação na Rendibilidade do Capital
Próprio.

87
Análise Financeira Casos Integrados

Caso Prático n.º 49

I – CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

Os Viveiros S. Jorge, SA dedicam-se à cultura e comércio de plantas ornamentais, interiores e


exteriores, sendo a maior empresa de produção de plantas a nível nacional e uma das
pioneiras no setor, tendo iniciado a sua atividade em outubro de 1978.

Abrangem uma área total superior a 150 000 m², distribuída por S. Jorge, Batalha, Porto e
Lisboa.

Esta empresa distribui plantas, quer a nível nacional quer internacional, sobretudo no espaço
geográfico da comunidade europeia. Para tal, dispõem de uma frota constituída por mais de
40 veículos (pesados e ligeiros) que dispõem de refrigeração especial para o transporte de
produtos vivos, o que garante um elevado padrão de qualidade nas plantas e restantes
produtos que são transportados.

Os Viveiros S. Jorge produzem: Plantas Verdes, Plantas com Flor, Plantas Carnívoras, Plantas
Aquáticas, Plantas Aromáticas e Medicinais, Herbáceas, Catos, Bambus, Bonsai, Plantas de
Cobertura e Trepadeiras, Árvores de Folha Caduca e Persistente, Coníferas e Palmáceas,
Fruteiras e Sebes.

Em termos de serviços, além de proceder à venda ao público das suas plantas, através da loja
Garden Center e da loja online DarFlores.com, a empresa presta ainda os seguintes serviços:
Decoração de Interiores, Decoração de Salas para Eventos (festas, casamentos, apresentações,
congressos), Manutenção de Plantas de Interior, Projeto e Execução de Jardins, Projeto de
Sistemas de Rega (aspersão e/ou gota-a-gota), Manutenção de Jardins e concede cursos de
Arte Floral, através da Escola de Arte Floral S. Jorge.

De modo a proporcionar uma satisfação atempada aos seus clientes, os Viveiros S. Jorge
dispõem de 140 colaboradores, entre os quais quadros superiores nas áreas de Engenharia
Agrónoma e Agrária, Arquitetura Paisagista, Decoração, Economia, Gestão e Marketing. Este
quadro de pessoal qualificado permite aos Viveiros S. Jorge garantir um elevado nível de
qualidade nos seus produtos e serviços.

II – ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO

O aumento dos custos das matérias-primas e da energia, por um lado, e a manutenção de um


crescimento sustentado dos custos do trabalho, por outro, afetaram negativamente a
produção nacional, em 2005.

Enquanto os setores dos serviços e da energia continuaram a crescer a um ritmo superior ao


do PIB, nos restantes setores de atividade tal não se verificou.

O crescimento da atividade no setor dos serviços foi determinado, em larga escala, pelo forte
dinamismo das atividades financeiras, em todos os seus subsetores, designadamente, a banca,
os seguros e outros intermediários financeiros.

88
Análise Financeira Casos Integrados

O quadro que se segue apresenta dados relativos à evolução do PIB em Portugal, em 2004 e
em 2005.

III – INFORMAÇÃO FINANCEIRA

BALANÇOS
(em euros)
ATIVO 2004 2005
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 3.148.883 2.286.769
Investimentos financeiros 26.241 6.900
3.175.124 2.293.669
Ativo corrente
Inventários 3.664.544 3.570.819
Clientes 491.837 583.035
Estado e outros entes públicos 3.761
Outras contas a receber 155.094 2.230.327
Diferimentos (gastos a reconhecer) 25.318 20.318
Caixa e depósitos bancários 77.130 35.457
4.417.684 6.439.956
Total do Ativo 7.592.808 8.733.625

89
Análise Financeira Casos Integrados

(em euros)
CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO 2004 2005
Capital Próprio
Capital realizado 748.500 748.500
Outros instrumentos de capital próprio 760.433 760.433
Reservas legais 48.698 48.698
Outras reservas 179.300 179.300
Excedente de revalorização 153.394 133.304
Resultado transitado 186.555 -72.730
Resultado líquido do período -457.052 743.705
Total do Capital Próprio 1.619.828 2.541.210
Passivo
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 3.028.340 2.188.829
3.028.340 2.188.829
Passivo Corrente
Fornecedores 986.806 812.832
Estado e outros entes públicos 1.018.533 1.627.664
Financiamentos obtidos 742.823 1.350.333
Outras contas a pagar 186.106 203.075
Diferimentos (rendimentos a reconhecer) 10.372 9.682
2.944.640 4.003.586
Total do Passivo 5.972.980 6.192.415
Total do Capital Próprio e do Passivo 7.592.808 8.733.625

OUTRA INFORMAÇÃO1

▪ Depreciações e perdas por imparidade acumuladas (em euros)


2004 2005
Depreciações acumuladas 2.542.935 2.368.962
Perdas por imparidade acumuladas de inventários 170.420 169.720
Perdas por imparidade acumuladas de dívidas a receber 177.676 9.569

▪ Durante o ano de 2005, a empresa procedeu à venda de uma herdade, composta por um
armazém e um conjunto de estufas, pelo valor de 3.000.000€, tendo obtido uma mais-
valia de 1.583.848€. Este investimento possuía um valor líquido contabilístico de
1.416.152€;

▪ Também em 2005, a empresa efetuou investimentos no valor de 636.982€,


nomeadamente, na expansão do número de estufas na Quinta da Fonte Velha e na
aquisição de dois camiões com refrigeração;

▪ Os inventários são compostos pelas seguintes rubricas (em euros):

1
Dados fictícios concebidos pelos docentes com base na informação financeira disponível.
90
Análise Financeira Casos Integrados

2004 2005
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 178.339 181.426
Produtos e trabalhos em curso 927.769 378.901
Produtos acabados 526.344 1.591.260
Mercadorias 2.202.512 1.588.952

▪ No ano de 2004, os inventários iniciais de Matérias-primas e de Mercadorias são iguais


aos inventários finais;

▪ A conta Outras Contas a Pagar é composta pelas seguintes rubricas (em euros):
2004 2005
Fornecedores de investimento 13.184 5.213
Credores por acréscimo de gastos 124.322 161.282
Outros credores 48.600 36.580

▪ Sobre as vendas e prestações de serviços incide IVA à taxa de 12% e 21%,


respetivamente. Sobre as compras incide IVA à taxa média de 17%;
▪ A empresa concede crédito de 30 dias aos seus clientes;
▪ Os fornecedores concedem, em média, crédito de 60 dias à empresa;
▪ O stock mínimo de matérias-primas e de mercadorias é de 180 dias;
▪ O stock de produtos acabados e em curso é considerado normal;
▪ Os valores de Estado e Outros entes Públicos referem-se ao ciclo de exploração e
encontram-se dentro dos prazos estabelecidos por lei;
▪ A Reserva de Segurança de Tesouraria é de 1% do seu volume de vendas mensal (IVA não
incluído);
▪ As rubricas de Outros Contas a Receber, Outras Contas a Pagar e Diferimentos não são
renováveis;
▪ A rubrica financiamentos obtidos (passivo corrente) é composta da seguinte forma:
- plafond para desconto de cheques de 50.000€ e contas caucionadas no valor de
1.000.000€, todos renováveis e associados à exploração. É política da empresa a
utilização da totalidade do plafond destas linhas de crédito;
- o restante valor não é renovável.

91
Análise Financeira Casos Integrados

IV – INFORMAÇÃO ECONÓMICA

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS


(em euros)
Rendimentos e Gastos 2004 2005
Vendas e serviços prestados 4.910.240 4.079.831
Subsídios à exploração 2.874 0
Variação nos inventários de produção 314.719 516.047
Trabalhos para a própria entidade 17.722 6.949
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -2.966.766 -2.788.096
Fornecimentos e serviços externos -798.459 -745.862
Gastos com o pessoal -1.019.952 -932.080
Perdas por imparidade -203.500 -44.121
Outros rendimentos e ganhos 221.842 1.583.848
Outros gastos e perdas -263.896 -317.016
Resultado antes de deprec., gastos de financiam. e impostos 214.824 1.359.500
Gastos de depreciação e amortização -128.669 -62.854
Resultado Operacional (antes de gastos de financiam. e imp.) 86.155 1.296.646
Juros e gastos similares suportados -542.217 -531.057
Resultado antes de impostos -456.062 765.589
Imposto sobre o rendimento de período -990 -21.884
Resultado líquido do período -457.052 743.705

OUTRA INFORMAÇÃO2

▪ A conta Outros Rendimentos e Ganhos é de natureza extraordinária;


▪ A decomposição da conta Outros Gastos e Perdas é a seguinte (em euros):

2004 2005
Impostos indiretos 3.106 3.434
Impostos diretos 1.147 1.297
Gastos associados à operação 1.454 1.125
Gastos extraordinários 258.189 311.160

▪ Gastos variáveis: CMVMC e 45% dos Fornecimentos e Serviços Externos;


▪ Gastos Fixos: restantes gastos operacionais.

PRETENDE-SE:

Com base na informação apresentada, pretende-se que proceda à análise da situação


financeira e económica da Empresa, no biénio em estudo, utilizando para tal os instrumentos
de análise lecionados na unidade curricular de Análise Financeira.

2
Dados fictícios concebidos pelos docentes com base na informação financeira disponível.
92
Análise Financeira Casos Integrados

Caso Prático n.º 50

I – CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa Quiaios Hotel – Empreendimentos Turísticos, SA explora um hotel de 3 estrelas


(CAE 55111- Hotéis com Restaurante), na Praia de Quiaios na Figueira da Foz.

O Hotel possui 72 quartos e 13 suítes, equipados com ar condicionado, telefone, TV, mini-bar e
casa de banho privativa. Algumas das suítes dispõem de kitchnet. Disponibiliza também serviço
de lavandaria, room-service, espaço de internet e parque de estacionamento privativo.

A nível de bares e restaurantes, o Hotel tem 3 infraestruturas:


- Bar Farol - situado junto à praia e ao lado da piscina exterior detém boa exposição solar e
música ambiente, sendo de realçar o seu pavimento em calçada Portuguesa com temas
alusivos ao Mar e modernos equipamentos audiovisuais. Além do serviço de bar tem também
serviço de refeições ligeiras.
- Restaurante Leme – restaurante de cozinha portuguesa, com vista para o jardim do Hotel e
dotado de uma excelente exposição solar, tem capacidade para 90 pessoas.
- Restaurante e Bar Rosa Náutica - restaurante com sala ampla e acolhedora, ideal para
casamentos, batizados e banquetes e tem capacidade para 250 lugares. O bar com serviço de
snack-bar, serve também, de apoio ao restaurante.

O Hotel possui ainda duas salas de conferências – Sala Atlântico I e Sala Atlântico II, com
capacidade para 180 e 120 pessoas, respetivamente, em disposição teatro; um centro de
estágio – Centro de Estágio Rosa Náutica, e um health club – Health Club Rosa Náutica.

O Centro de Estágio Rosa Náutica é dotado de infraestruturas de grande qualidade, dispõe de


um campo de futebol relvado com as medidas oficiais, mini campo relvado para a prática de
futebol de 7 e ainda uma área relvada para treino específico de guarda-redes, excelentes
balneários, gabinete médico e sala de imprensa. Em 2004, foi galardoado pela UEFA como um
dos Centros de Estágios qualificados para o Euro 2004.

Desde 1999, funciona no Centro de Estágios a Escola de Futebol Rosa Náutica, com
treinadores profissionais que ensinam, formam e motivam crianças de todas as idades para a
prática do futebol. Esta possui vários escalões, com crianças dos 4 anos de idade até aos 15.

O Health Club Rosa Náutica está localizado a cerca de 40 metros do Hotel, encontrando-se
equipado com ginásio de musculação e cardiofitness, sauna, jacuzzi, banho turco, duche
escocês, piscina interior e exterior e dois court's de ténis. Para além destes serviços dispõe,
com o acompanhamento de professores credenciados, de aulas de hidroginástica, step,
aeróbica, manutenção e personal trainner, e também de massagens tailandesas, massagens de
relaxamento e yoga.

Para mais informações visite o sítio: www.quiaioshotel.pt

93
Análise Financeira Casos Integrados

II – ENQUADRAMENTO MACRO-ECONÓMICO

O aumento dos custos das matérias-primas e da energia, por um lado, e a manutenção de um


crescimento sustentado dos custos do trabalho, por outro, afetaram negativamente a
produção nacional, em 2005.

Enquanto os setores dos serviços e da energia continuaram a crescer a um ritmo superior ao


do PIB, nos restantes setores de atividade tal não se verificou.

O crescimento da atividade no setor dos serviços foi determinado, em larga escala, pelo forte
dinamismo das atividades financeiras, em todos os seus subsetores, designadamente, a banca,
os seguros e outros intermediários financeiros.

O quadro que se segue apresenta dados relativos à evolução do PIB em Portugal, em 2004 e
em 2005.

Valor Acrescentado Bruto por Ramo de Atividade

94
Análise Financeira Casos Integrados

III – INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA3

BALANÇOS
(em euros)
ATIVO 2004 2005
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 4.076.695 3.786.089
Outros ativos não correntes 143.454 550.593
4.220.149 4.336.682
Ativo corrente
Inventários 22.184 23.677
Clientes 146.950 176.917
Estado e outros entes públicos 407.357 390.544
Outras contas a receber 1.492 1.492
Diferimentos (gastos a reconhecer) 19.320 16.567
Caixa e depósitos bancários 9.335 23.471
606.638 632.668
Total do Ativo 4.826.787 4.969.350
CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO
Capital Próprio
Capital realizado 1.500.000 1.500.000
Outros instrumentos de capital próprio 264.219 264.219
Reservas legais 4.782 4.782
Outras reservas 43.042 43.042
Resultado transitado -123.632
Resultado líquido -123.632 -390.782
Total do Capital Próprio 1.688.411 1.297.629
Passivo
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 216.146 3.485.963
216.146 3.485.963
Passivo Corrente
Fornecedores 20.692 14.914
Estado e outros entes públicos 10.233 13.142
Financiamentos obtidos 42.130 32.554
Outras contas a pagar 2.845.311 121.692
Diferimentos (rendimentos a reconhecer) 3.864 3.456
2.922.230 185.758
Total do Passivo 3.138.376 3.671.721
Total do Capital Próprio e do Passivo 4.826.787 4.969.350

3
As Demonstrações Financeiras foram adaptadas de acordo com as designações do Sistema de
Normalização Contabilística.
95
Análise Financeira Casos Integrados

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

(em euros)
Rendimentos e Gastos 2004 2005
Vendas e serviços prestados 881.656 766.515
Subsídios à exploração 506 409
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas -243.109 -238.318
Fornecimentos e serviços externos -140.628 -170.731
Gastos com o pessoal -251.274 -270.406
Outros rendimentos e ganhos 9.975 8.663
Outros gastos e perdas -4.217 -32.556
Resultado antes de depreciações, gastos de financiam. e imp. 252.909 63.576
Gastos de depreciação e amortização -350.521 -348.641
Resultado Operacional (antes de gastos de financiam. e impostos) -97.612 -285.065
Juros e gastos similares suportados -26.001 -104.436
Resultado antes de impostos -123.613 -389.501
Imposto sobre o rendimento de período -19 -1.281
Resultado líquido do período -123.632 -390.782

OUTRA INFORMAÇÃO4

▪ Depreciações acumuladas de 2004 e de 2005 ascendem a 1.670.097€ e a 2.011.580€,


respetivamente;
▪ Durante o ano de 2005, a empresa procedeu à construção de um novo balneário, para servir
de apoio à Escola de Futebol e melhorou as condições do Centro de Estágio, criando uma
área relvada para treino específico de guarda-redes. Esta obra cifrou-se em 39.135€, já
incluindo o valor de 20.000€ de investimento em curso, pois a obra iniciou-se em 2004;
▪ Também em 2005, a empresa procedeu à substituição de equipamentos de cozinha, no
montante de 18.600€. A retoma foi de 3.233€, tendo obtido uma mais-valia no mesmo valor;
▪ No ano de 2005, a empresa iniciou a construção de um apoio de praia e adquiriu mais
vasilhame;
▪ A rubrica Outros Ativos não Correntes respeita a correções efetuadas extra
contabilisticamente (em euros):
2004 2005
Investimentos em curso 143.454 196.672
Adiantamentos a fornecedores de investimento 2.494
Outros acionistas (sócios) 351.427

▪ A conta Outras Contas a Pagar é composta pelas seguintes rubricas (em euros):
2004 2005
Fornecedores de investimento 857.011 16.943
Credores por acréscimo de gastos 30.386 33.944
Outros credores 1.957.914 70.805

4
Dados fictícios concebidos pelos docentes com base na informação financeira disponível.
96
Análise Financeira Casos Integrados

▪ A conta Outros Rendimentos e Ganhos é de natureza extraordinária;


▪ A decomposição da conta Outros Gastos e Perdas é a seguinte (em euros):
2004 2005
Impostos 1.495 24.972
Gastos associados à exploração 2.416 2.643
Gastos extraordinários 306 4.941

▪ Os gastos variáveis correspondem à totalidade dos CMVMC e 45% dos FSE.

PRETENDE-SE:

Com base na informação apresentada, pretende-se que proceda à análise da situação


financeira e económica da Empresa, no biénio em estudo, utilizando para tal os instrumentos
de análise lecionados na unidade curricular de Análise Financeira.

97
Análise Financeira Casos Integrados

Caso Prático n.º 51


I – CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
A empresa Intervoz – Publicidade, SA foi fundada em 1973, encontra-se sedeada em Lisboa e
dedica-se à publicidade em geral (CAE 74401 - Rev. 2.1; CAE 73110- Rev. 3). Para mais
informações visite o sítio: http://www.intervoz.pt

II – INFORMAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA

BALANÇO (INDIVIDUAL) EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005


(em euros)
DATAS
RUBRICAS
31 Dez N 31 Dez N-1
ATIVO
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 168.156 207.136
168.156 207.136
Ativo corrente
Clientes 3.896.224 4.457.342
Estado e outros entes públicos 612.582 301.562
Outras contas a receber 5.105 3.805
Diferimentos 13.472 17.774
Caixa e depósitos bancários 3.481.531 2.309.477
8.008.914 7.089.960
Total do ativo 8.177.070 7.297.096

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO


Capital próprio
Capital realizado 213.880 213.880
Prémios de emissão 363.544 363.544
Reservas legais 42.776 42.776
Resultados transitados 172.620 163.766
792.820 783.966
Resultado líquido do período 133.506 273.315
926.326 1.057.281
Interesses minoritários 0 0
Total do capital próprio 926.326 1.057.281

Passivo
Passivo não corrente
Outras contas a pagar 0 23.450
0 23.450
Passivo corrente
Fornecedores 6.729.313 5.576.441
Estado e outros entes públicos 170.093 188.693
Outras contas a pagar 330.649 425.894
Diferimentos 20.689 25.337
7.250.744 6.216.365
Total do passivo 7.250.744 6.239.815
Total do capital próprio e do passivo 8.177.070 7.297.096

98
Análise Financeira Casos Integrados

DEMONSTRAÇÃO (INDIVIDUAL) DOS RESULTADOS POR NATUREZAS


PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005
(em euros)
PERÍODOS
RENDIMENTOS E GASTOS
N N-1

Vendas e serviços prestados 23.154.073 25.239.151


Fornecimentos e serviços externos -19.966.893 -22.747.644
Gastos com o pessoal -1.823.575 -1.816.907
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 159.302 -103.453
Outros rendimentos e ganhos 6.959 105.678
Outros gastos e perdas -1.249.964 -144.087

Resultado antes de depreciações, gastos de financ. e imp. 279.902 532.738

Gastos/reversões de depreciação e de amortização -122.705 -153.280

Resultado operacional (antes de gastos de financ. e impostos) 157.197 379.458

Juros e rendimentos similares obtidos 37.267 31.522


Juros e gastos similares suportados -6.232 -8.912

Resultado antes de impostos 188.232 402.068

Imposto sobre o rendimento do período -54.726 -128.753

Resultado líquido do período 133.506 273.315

OUTRAS INFORMAÇÕES5

▪ As depreciações acumuladas eram de 1.467.434 € e 1.462.853 € em 2005 e 2004,


respetivamente.
▪ Sabe-se que a empresa procedeu, em simultâneo, à aquisição e alienação de ativos fixos
tangíveis. O valor de aquisição dos ativos alienados foi de 250.000 €.
▪ As imparidades acumuladas referem-se apenas a dívidas a receber (clientes) sendo de
376.781 € e 536.083 € em 2005 e 2004, respetivamente.
▪ A variação do Capital próprio deve-se apenas ao RL do ano de 2005 e à distribuição de uma
parte dos resultados obtidos em 2004.
▪ Considere que as rubricas Outros rendimentos e ganhos e Outros gastos e perdas incluem
20% de rendimentos/gastos associados à exploração.
▪ Considere que a taxa média de IVA que incidiu sobre as vendas e prestações de serviços foi
de 21% e sobre as compras de 17%.
▪ As Necessidades de Fundo de Maneio eram de -1.567.000 € e -78.600 € em 2005 e 2004,
respetivamente.

5
Dados fictícios concebidos pela docente com base na informação contabilística disponível.
99
Análise Financeira Casos Integrados

▪ Os gastos variáveis são:


- a totalidade das imparidades;
- 50% dos FSE.

PRETENDE-SE:

Com base na informação apresentada, pretende-se que proceda à análise da situação


financeira e económica da empresa, no biénio em estudo, utilizando para tal os instrumentos
de análise lecionados na unidade curricular de Análise Financeira.

100
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Casos Práticos
de Análise Financeira

PROVAS DE AVALIAÇÃO DE
ANOS ANTERIORES

101
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Caso Prático n.º 52

Licenciatura em Gestão
1º Teste de Análise Financeira - Ano Letivo 2016/17
Data: 22/10/2016 Duração: 1h30m (inclui tolerância)

I PARTE (5,0 val.)


No decorrer da preparação das demonstrações financeiras de 31/12/2015, de uma empresa
que presta serviços de consultoria financeira, um analista financeiro observou as situações que
se seguem. Para cada uma delas indique se a rubrica deve ser debitada ou creditada, qual o
ajustamento a efetuar e o motivo do mesmo (ver exemplos).

Exemplo 1: A rubrica Inventários (Ativo Corrente) inclui mercadorias de difícil venda.


A rubrica deve ser creditada para que o seu valor seja transferido para Ativo não Corrente
devido à reduzida liquidez das mercadorias.

Exemplo 2: A rubrica Outros Gastos (Não Operacionais) inclui uma diferença cambial
desfavorável referente a uma fatura emitida a um cliente.
A rubrica deve ser creditada para que o seu valor seja transferido para Outros Gastos
(Operacionais) uma vez que o seu conteúdo encontra-se associado a atividades de exploração.

1. A rubrica de Capital Subscrito (Capital Próprio) possui um saldo de 80.000€, dos quais
10.000€ ainda não foram realizados pelos sócios.

2. A rubrica Diferimentos (Passivo Corrente) é composta por rendimentos que se espera


venham a ser reconhecidos no decorrer do mês de março de 2017.

3. A rubrica Financiamentos Obtidos (Passivo Corrente) inclui suprimentos de sócios no valor


de 30.000€.

4. A rubrica Outros Rendimentos (Operacionais) integra um desconto financeiro obtido na


fatura relativa à aquisição de mobiliário para o escritório.

5. A rubrica Outros Gastos (Operacionais) inclui uma perda relativa à conta 6881-Correções
relativas a períodos anteriores.

II PARTE (15,0 val.)

Os documentos contabilísticos apresentados no anexo I referem-se ao HotelGest, Lda.


Relativamente a esta empresa são conhecidas as seguintes informações:
▪A taxa média de IVA que incidiu sobre as vendas e serviços prestados foi de 6% e sobre as
compras (de mercadorias e serviços) foi em média de 15%;
▪ Políticas comerciais: PMR: 60 dias; PMP: 30 dias; Stock médio: 15 dias;
▪ As rubricas EOEP e Diferimentos encontram-se associadas ao ciclo operacional apresentando
um valor normal;
▪ As Imparidades de dívidas a receber dizem respeito a clientes;
102
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

▪A rubrica Outros Créditos a Receber integra dívidas de sócios relativas a um empréstimo que
será reembolsado no início do ano seguinte;
▪O valor da Reserva de Segurança de Tesouraria corresponde ao volume de negócios mensal
s/IVA;
▪A rubrica Financiamentos Obtidos integra empréstimos bancários de curto prazo, não
associados ao ciclo operacional e não renováveis;
▪A rubrica Outros Passivos Correntes inclui dívidas, de curto prazo, a fornecedores de
investimentos.

Tendo por base os dados do anexo e as informações anteriores responda às questões que se
seguem:

(3,0 val) 1. Identifique, dentro de cada quadrado, com letras maiúsculas, a alínea referente à
respetiva resposta correta. A cada questão corresponde uma e só uma resposta correta.

Questões: Respostas:
A. 76,3%
1.1 Em 2015, qual era a percentagem das aplicações de fundos da
B. Depreciações
empresa que estava a ser financiada através de capitais alheios?
acumuladas
C. 6.305€
1.2 Em ambos os anos as origens de fundos a médio e longo
prazo constituem a principal forma de financiamento da empresa. D. 10,4%
Em 2015, o peso relativo dessas origens era de…
E. 63.750€
1.3 No período em análise, a rubrica que mais contribuiu para a
F. 23,7%
redução do valor do ativo de curto prazo foi a rubrica de…
G. 59.950€
1.4 Em 2015, o valor bruto dos clientes foi de…
H. 13,6%
I. 6,6%
1.5 Em 2015, o valor líquido dos ativos intangíveis foi de…
J. Ativos fixos tangíveis
K. 86,4%
1.6 Em 2014, qual a contribuição (em percentagem) dos
Resultados líquidos do período para o total das origens de L. 8.523€
fundos?
M. Caixa e depósitos
bancários
N. 88,3%
0. 10,1%

(8,5) 2. Elabore o Balanço Esquemático de 2015.

(1,5) 3. Caracterize a tesouraria da empresa, analise o nível dos capitais permanentes e


mencione qual a rubrica que mais contribuiu para o desequilíbrio verificado na tesouraria.

103
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

(2,0) 4. Admitindo que a Tesouraria da empresa é deficitária indique, a partir da lista abaixo, as
medidas que podem ser equacionadas por esta empresa para equilibrar a sua tesouraria, no
caso de a empresa pretender:
a) Alterar o valor do Fundo de Maneio (mencione duas opções da lista abaixo).

b) Alterar o valor das Necessidades de Fundo de Maneio (mencione duas opções da lista
abaixo).

- Aumentar o PMR
- Reduzir o PMR
- Aumentar o Stock Médio de mercadorias
- Aumentar a Reserva de Segurança de Tesouraria
- Aumentar o PMP
- Reduzir o PMP
- Contrair um empréstimo bancário com vencimento dentro de 6 meses
- Alterar todas as políticas de exploração
- Proceder a um aumento do capital da sociedade através do aumento do valor nominal das
quotas existentes
- Proceder a uma redução do capital da sociedade através da redução do número de quotas
- Adquirir mobiliário de escritório
- Alienar(vender) uma viatura com reduzida utilização no momento
- Adotar uma política de distribuição de resultados elevada
- Adotar uma política de distribuição de resultados conservadora

ANEXO I – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS
(em euros)
Rubricas 2014 2015
Vendas e serviços prestados 364.245 321.300
Rendimentos Operacionais 364.245 321.300
CMVMC 34.067 31.894
Fornecimentos e serviços externos 51.939 49.240
Gastos com o pessoal 105.165 103.578
Depreciações do período 75.829 74.020
Imparidades do período 1.218 3.500
Outros gastos operacionais 2.167 1.598
Gastos Operacionais 270.385 263.830
Resultado Operacional 93.860 57.470
Outros rendimentos 23.663 26.036
Outros gastos 18.039 4.620
Resultado Antes de Juros e Impostos 99.484 78.886

104
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Rubricas 2014 2015


Gastos financeiros 6.615 7.209
Resultado Antes de Impostos 92.869 71.677
Imposto sobre o rendimento do período 19.266 15.413
Resultado Líquido do Período 73.603 56.264

BALANÇOS
(em euros)
2014 2015 Variações
Rubricas
Valor % Valor % Valor %
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 1.583.277 141,4% 1.551.030 159,8% -32.247 -2,0%
Depreciações acumuladas -646.622 -57,8% -700.585 -72,2% -53.963 -8,3%
Ativos intangíveis 8.523 0,8% 8.523 0,9% 0 0,0%
Imparid. de ativos intang. acum. -1.218 -0,1% -2.218 -0,2% -1.000 -82,1%
943.960 84,3% 856.750 88,3% -87.210 -9,2%
Ativo Corrente
Inventários
Mercadorias 4.730 0,4% 3.850 0,4% -880 -18,6%
Contas a Receber
Clientes 67.410 6,0% 63.750 6,6% -3.660 -5,4%
Imparidad. de dívidas a receber -4.300 -0,4% -3.800 -0,4% 500 11,6%
Estado e outros entes públicos 4.990 0,4% 5.580 0,6% 590 11,8%
Outros créditos a receber 14.930 1,3% 13.090 1,3% -1.840 -12,3%
Meios Financeiros Líquidos
Caixa e depósitos bancários 87.740 7,8% 31.190 3,2% -56.550 -64,5%
175.500 15,7% 113.660 11,7% -61.840 -35,2%
Total das Aplicações 1.119.460 100,0% 970.410 100,0% -149.050 -13,3%
Capital Próprio
Capital realizado 380.500 34,0% 380.500 39,2% 0 0,0%
Reservas legais 20.500 1,8% 24.180 2,5% 3.680 18,0%
Reservas de revalorização 110.000 9,8% 110.000 11,3% 0 0,0%
Resultados transitados 121.157 10,8% 169.000 17,4% 47.843 39,5%
Resultado líquido do período 73.603 56.264 5,8% -17.339 -23,6%
705.760 739.944 76,3% 34.184 4,8%
Passivo
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 320.250 28,6% 98.400 10,1% -221.850 -69,3%

Passivo Corrente
Fornecedores 7.413 0,7% 3.790 0,4% -3.623 -48,9%
Estado e outros entes públicos 5.335 0,5% 5.960 0,6% 625 11,7%
105
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

2014 2015 Variações


Rubricas
Valor % Valor % Valor %
Financiamentos obtidos 27.300 2,4% 19.300 2,0% -8.000 -29,3%
Diferimentos 20.302 1,8% 23.500 2,4% 3.198 15,8%
Outros passivos correntes 33.100 3,0% 79.516 8,2% 46.416 140,2%
93.450 8,3% 132.066 13,6% 38.616 41,3%

Total do Passivo 413.700 37,0% 230.466 23,7% -183.234 -44,3%


Total das Origens 1.119.460 100,0% 970.410 100,0% -149.050 -13,3%

106
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Caso Prático n.º 53

Licenciatura em Gestão Hoteleira


1º Teste de Análise Financeira - Ano Letivo 2017/18
Data: 16/11/2017 Duração: 1h45m (inclui tolerância)

A empresa Algarve Resort, Lda. é uma empresa de prestação de serviços que desenvolve a sua
atividade no setor do alojamento e restauração. Os seus sócios estão a ponderar ampliar o
Resort com mais 10 quartos.

Assumindo o papel de gestor financeiro da empresa Algarve Resort, Lda., analise a situação
financeira da empresa com base nos dados apresentados no anexo I com vista a fundamentar
a expansão do negócio por parte dos sócios.

1) (8,5 val.) Caracterize a tesouraria da empresa no ano de 2016, através da elaboração do


Balanço Esquemático. Considere a seguinte informação adicional:

• Condições de compra: 30 dias;


• Condições de venda: 15 dias;
• Duração média de inventários: 20 dias;
• Reserva de segurança de tesouraria: 1% do valor das vendas mensais sem IVA;
• Taxa média de IVA sobre as vendas e serviços prestados foi de 9% e sobre as
compras (mercadorias e serviços) foi de 21%;
• A rubrica EOEP com saldo devedor encontra-se associada ao ciclo operacional
apresentando um valor normal;
• A rubrica EOEP com saldo credor decorre do pagamento de ISRP;
• A rubrica financiamentos obtidos inclui um empréstimo em conta corrente
renovável no valor de 20.000€ que se destina a apoiar o ciclo de exploração e
um empréstimo de curto que se vence dentro de 9 meses no valor de 15.000€;
• As rubricas outros ativos correntes e outros passivos correntes não possuem
carácter de renovabilidade.

2. (4,0 val.) Sabendo que no ano anterior a empresa apresentava uma tesouraria no valor de
49.415€, resultando de um FM de 30.000€ e de NFM de -19.415€, analise a evolução da
situação financeira da empresa com recurso à tesouraria e aos rácios de autonomia financeira
e solvabilidade. Sugira ainda qual o comportamento financeiro que a empresa deverá adotar
para atingir o equilíbrio.

3. (3,0 val.) Analise a situação financeira de curto prazo da empresa, recorrendo ao rácio de
liquidez geral e de liquidez reduzida.

4. (4,5 val.) Complete os espaços em branco.


Nota: Apresente os cálculos efetuados nas respostas que exijam valores. Use no mínimo duas casas
decimais. As respostas sem cálculos não serão consideradas.

107
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Analisando a estrutura das aplicações e das origens de fundos durante o período em estudo,
verifica-se que no ano 2016 as aplicações de fundos de médio e longo prazo representavam
______________ das aplicações totais. A rubrica que mais contribuiu para o aumento do valor
das aplicações de fundos de médio e longo prazo foi
___________________________________.

Em 2015, a percentagem das aplicações de fundos da empresa que estava a ser financiada por
capitais de alheios era de ___________________.

Durante o período em análise, a rubrica de inventários registou uma evolução positiva no valor
de ___________________. Em termos de importância relativa, o seu peso em relação ao total
do ativo corrente passou de _________________ em 2015 para _________________ em 2016.

Em 2016, cerca de _______________ do aumento em ativo não corrente foi financiado com
capitais permanentes.

Em 2016, o grau de envelhecimento dos ativos fixos tangíveis da empresa era de


________________________.

108
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Anexo I – Demonstrações Financeiras


Balanços Financeiros
(valores em €)
Rubricas 2015 2016
Aplicações
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 331 910 364 655
Depreciações acumuladas -60 000 -87 800
Ativos intangíveis 7 250 8 500
Amortizações acumuladas -7 250 -7 850
Investimentos financeiros 5 000 25 000
276 910 302 505
Ativo Corrente
Inventários 20 500 25 625
Clientes 29 500 39 500
Imparidades acumuladas de dívidas a receber -1 920 -3 375
Estado e outros entes públicos 5 250 9 125
Outros ativos correntes 15 750 13 500
Caixa e depósitos bancários 29 900 34 400
98 980 118 775
Total das Aplicações 375 890 421 280
Origens
Capital Próprio
Capital realizado 50 000 50 000
Reservas 21 250 21 250
Resultados Transitados 37 500 49 860
Resultados Líquidos 12 360 21 290
121 110 142 400
Passivo
Passivo não corrente
Financiamentos obtidos 130 000 135 000
Sócios/acionistas 55 800 42 200
185 800 177 200
Passivo corrente
Fornecedores 22 501 28 080
Estado e outros entes públicos 1 215 5 100
Financiamentos obtidos 25 000 35 000
Outros passivos correntes 20 264 33 500
68 980 101 680
254 780 278 880
Total das Origens 375 890 421 280

109
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Demonstrações dos Resultados Preparadas


(valores em €)
Rubricas 2015 2016
Vendas e serviços prestados 751 000 850 745
Rendimentos operacionais 751 000 850 745
CMVMC 182 310 225 000
FSE 280 940 316 200
Gastos com o pessoal 168 000 184 800
Imparidades 1 920 1 455
Gastos de depreciação e de amortização 40 500 28 400
Outros gastos operacionais 33 750 33 500
Gastos operacionais 707 420 789 355
Resultado operacional 43 580 61 390
Outros gastos 1 000 2 500
RAJI 42 580 58 890
Gastos de financiamento 25 000 32 500
RAI 17 580 26 390
ISRP 5 220 5 100
RL 12 360 21 290

110
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Caso Prático n.º 54

Licenciatura em Gestão
2º Teste de Análise Financeira - Ano Letivo 2017/18
Data: 05/01/2018 Duração: 2h00m (inclui tolerância)

A empresa Restobar, Lda. é uma empresa de prestação de serviços que desenvolve a sua
atividade no setor do alojamento e restauração. Os sócios da empresa solicitaram-nos uma
análise da situação financeira e económica da empresa, com base nos dados apresentados nos
anexos II e III e nos seguintes, tendo como objetivo a tomada de decisões de natureza
operacional, de investimento e de financiamento:

▪ Em 2016 foram alienados por 30.000 euros ativos fixos tangíveis que haviam sido adquiridos
por 80.000 euros, tendo provocado uma menos-valia no valor de 6.000 euros;

▪ Durante o período em estudo, a empresa procedeu à aquisição de ativos fixos tangíveis bem
como de valores mobiliários emitidos por outras empresas;

▪ Os resultados líquidos de 2015 foram aplicados da seguinte forma: 5.000€ para reservas;
256.751€ para resultados transitados; restante entregue aos sócios sob a forma de
dividendos.

▪ Gastos variáveis: CMVMC; 30% dos Fornecimentos e Serviços Externos; e Imparidades.

1. (5 val.) Complete a Demonstração da Variação dos Fundos Circulantes e a Demonstração da


Origens e Aplicações de Fundos de 2016 (não construa o Mapa de Mutação de Valores).

Demonstração da Variação dos Fundos Circulantes de 2016


Variações Ativas Variações Passivas

TOTAL TOTAL

111
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Demonstração da Origem e da Aplicação de Fundos de 2016

Aplicações Origens
Internas Reduções dos Capitais Póprios

Externas Movimentos Financeiros a MLP


Aumentos dos Capitais Próprios

Movimentos Financeiros a MLP


Investimentos

Desinvestimentos

Redução dos Fundos Circulantes Aumento dos Fundos Circulantes


TOTAL TOTAL

2. (2,5 val.) Analise a política de investimento e financiamento da empresa no período 2015-


2016.

3. (5,0 val.) Analise a evolução do risco operacional no período em estudo, através do


preenchimento da tabela seguinte e da análise dos principais indicadores da Teoria do CVR.

Indicadores 2015 2016


Gastos Variáveis
Gastos Fixos

V0

MS

GAO

112
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

4. (3,5 val) Nas alíneas que se seguem apenas uma afirmação se encontra totalmente correta,
responda
colocando uma cruz (X) naquela que considerar verdadeira. No caso de se enganar deverá
efetuar um círculo à volta da resposta que pretende anular e rubricar ao lado.
Nota: Cada resposta correta 0,7 val; cada resposta errada -0,175 val; cada resposta em branco 0,0 val; as
respostas erradas só descontam a partir da 3ª resposta errada (inclusive); a cotação mínima desta
questão é de 0,0 val.

4.1 Em 2016, a percentagem de rendimentos operacionais não absorvida pelos gastos


operacionais foi de:
□ a) 83,2%.
□ b) 16,8%.
□ c) 12,4%
□ d) Nenhuma das anteriores.
4.2 O aumento do valor das depreciações do período teve um efeito:
□ a) positivo no valor dos meios libertos brutos.
□ b) negativo no valor do autofinanciamento.
□ c) negativo no valor do resultado operacional.
□ d) as hipóteses b) e c) estão corretas.
4.3 De acordo com a desagregação do rácio, a rendibilidade económica sofreu um
decréscimo devido:
□ a) à evolução do efeito dos resultados não operacionais.
□ b) à redução do resultado líquido do período.
□ c) ao aumento do capital próprio.
□ d) à evolução da rotação do ativo.
4.4 Admitindo que a estrutura de gastos se mantém nos níveis de 2016, um aumento de 10%
dos rendimentos operacionais (volume de atividade) provoca:
□ a) um aumento de 10,69% no resultado líquido.
□ b) um aumento de 34,54% no resultado líquido.
□ c) um aumento de 34,54% no resultado operacional.
□ d) um aumento de 345,4% no resultado antes de impostos.

113
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

4.5 A aquisição a pronto pagamento de um ativo fixo tem um efeito negativo imediato:
□ a) no valor do saldo de caixa e seus equivalentes.
□ b) no valor do resultado líquido.
□ c) no valor do autofinanciamento.
□ d) as hipóteses a) e c) estão corretas.

5. (4,0 val) Calcule a Rendibilidade Financeira da empresa para 2016, através do modelo
aditivo do efeito da alavanca financeira. Calcule e analise ainda o impacto sobre a
rendibilidade financeira da realização de um investimento no valor de 120.000 euros,
financiado em 80% através de um novo empréstimo com uma taxa de juro de 7,5% e o
restante com prestações suplementares dos sócios. O novo investimento terá uma
rendibilidade económica e uma taxa de imposto sobre os lucros iguais às registadas pela
empresa no ano anterior (use 4 casas decimais nos cálculos intermédios).

Anexo I – Indicadores Económicos


Indicador 2015 2016
REA 31,22% 24,55%
Desagregação da REA:
RO/VN 0,190 0,168
RAJI/RO 1,002 1,012
VN/A 1,637 1,443
RCP´ 54,12% 37,38%
Desagregação da RCP´:
RL/VN 0,142 0,124
VN/A 1,637 1,443
CP´/A 0,431 0,479
GAF 1,055 1,069
GAC 3,162 3,454
MLB 650 824 680 968
MLL 531 541 557 453
MLLR 441 541 507 453

114
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Anexo II – Demonstrações Financeiras

Balanços Financeiros
(em euros)
Variações
Rubricas 2015 2016
+ -
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 1 275 480 1 763 400 487 920
Depreciações acumuladas -478 500 -655 950 177 450
Investimentos financeiros 245 000 265 700 20 700
1 041 980 1 373 150
Ativo Corrente
Inventários
Mercadorias 95 680 85 400 10 280
Contas a Receber
Clientes 277 890 305 000 27 110
Imparidades de dívidas a receber -7 450 -9 150 1 700
Estado e outros entes públicos 38 235 45 340 7 105
Meios Financeiros Líquidos
Caixa e depósitos bancários 62 540 65 450 2 910
466 895 492 040
Total das Aplicações 1 508 875 1 865 190
Capital Próprio
Capital realizado 150 000 150 000
Reservas 25 000 30 000 5 000
Resultados transitados 123 200 379 951 256 751
Resultado líquido do período 351 751 334 303 17 448
649 951 894 254
Passivo
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 175 000 225 000 50 000

Passivo Corrente
Fornecedores 291 464 282 326 9 138
Estado e outros entes públicos 85 960 92 560 6 600
Financiamentos obtidos 255 450 314 800 59 350
Diferimentos 51 050 56 250 5 200
683 924 745 936
Total do Passivo 858 924 970 936
Total das Origens 1 508 875 1 865 190
572 331 572 331

115
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Demonstrações de Resultados Comparadas


(em euros)
2015 2016 Variações
Descrição
Valor % Valor % Valor %
Vendas e serviços prestados 2 345 610 94,9% 2 574 800 95,7% 229 190 9,8%
Outros rendimentos operacionais 125 000 5,1% 116 000 4,3% -9 000 -7,2%
Rendimentos Operacionais 2 470 610 100,0% 2 690 800 100,0% 220 190 8,9%
CMVMC 978 541 39,6% 1 150 230 42,7% 171 689 17,5%
Fornecimentos e serviços externos 275 840 11,2% 256 870 9,5% -18 970 -6,9%
Gastos com o pessoal 564 200 22,8% 602 400 22,4% 38 200 6,8%
Depreciações do período 178 540 7,2% 221 450 8,2% 42 910 24,0%
Imparidades de dívidas a receber 1 250 0,1% 1 700 0,1% 450 36,0%
Outros gastos operacionais 2 365 0,1% 5 652 0,2% 3 287 139,0%
Gastos Operacionais 2 000 736 81,0% 2 238 302 83,2% 237 566 11,9%
Resultado Operacional 469 874 19,0% 452 498 16,8% -17 376 -3,7%
Outros rendimentos 5 680 0,2% 9 800 0,4% 4 120 72,5%
Outros gastos 4 520 0,2% 4 480 0,2% -40 -0,9%
Resultado Antes de Juros e Impostos 471 034 19,1% 457 818 17,0% -13 216 -2,8%
Gastos financeiros 25 780 1,0% 34 650 1,3% 8 870 34,4%
Resultado Antes de Impostos 445 254 18,0% 423 168 15,7% -22 086 -5,0%
Imposto s/ o rendimento do período 93 503 3,8% 88 865 3,3% -4 638 -5,0%
Resultado Líquido do Período 351 751 14,2% 334 303 12,4% -17 448 -5,0%

116
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Caso Prático n.º 55

Licenciatura em Gestão Hoteleira e Marketing


3º Teste de Análise Financeira - Ano Letivo 2018/19
Data: 20/12/2018 Duração: 1h30m (inclui tolerância)

Os documentos contabilísticos e as informações apresentadas no anexo I referem-se à


empresa AllgarveCreative, Lda. com o CAE – 73110 – Agência de publicidade. Tendo por base a
informação do anexo e a seguinte, responda às questões.

(5,5 val) 1. Analise a evolução do risco operacional no período em estudo, através do


preenchimento do quadro seguinte e da análise dos indicadores da Teoria do CVR.

Rácios/Indicadores 2016 2017


Volume de Atividade
Gastos Variáveis
Margem Bruta
Gastos Fixos
Resultado Operacional

V0

MS

α 48,48% 41,97%
1-α 51,52% 58,03%

GAO

2. Relativamente à rendibilidade da empresa:

(5,5 val) 2.1 Analise a evolução da rendibilidade financeira no período 2016/2017 através do
modelo aditivo.

(1,0 val) 2.2 Admitindo que a rendibilidade económica e o nível de incidência fiscal se mantêm
iguais aos registados em 2017, mencione sem efetuar cálculos, mas justificando a resposta,
qual das seguintes alternativas de financiamento permitirá à empresa maximizar a
Rendibilidade dos Capitais Próprios em 2018:
a) 30% através de capital próprio e 70% através de um empréstimo a uma taxa de juro de 8%;

117
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

b) 70% através de capital próprio e 30% através de um empréstimo a uma taxa de juro de 8%.
(8 val) 3. Nas alíneas seguintes apenas uma afirmação se encontra totalmente correta,
responda colocando uma cruz (X) naquela que considerar verdadeira. No caso de se enganar
deverá efetuar um círculo à volta da resposta que pretende anular e rubricar ao lado.

Nota: Cada resposta correta 1 valor; cada resposta errada -0,25 valores; as respostas erradas só descontam a partir
da 5ª resposta errada (inclusive); a cotação mínima desta questão é de 0 valores.

3.1 Da análise às Demonstrações dos Resultados verifica-se que:


□ a) o resultado líquido aumentou 6,6% de 2016 para 2017.
□ b) o resultado operacional aumentou 10,4% de 2016 para 2017.
□ c) o resultado económico aumentou 6,2% de 2016 para 2017.
□ d) todas as respostas estão corretas.

3.2 Em 2017, a percentagem de rendimentos operacionais não absorvida pelos gastos


operacionais foi de:
□ a) 10,4%.
□ b) 89,6%.
□ c) 6,6%.
□ d) 41,97%.

3.3 Em 2017, o valor do autofinanciamento foi de:


□ a) 176.412€.
□ b) 212.312€.
□ c) 284.917€.
□ d) 182.312€.

3.4 De acordo com o GAF da empresa em 2017 um aumento de 10%...


□ a) no resultado operacional provocará um aumento de 11,03% no resultado líquido.
□ b) no volume de atividade provocará um aumento de 11,03% no resultado operacional.
□ c) no volume de atividade provocará um aumento de 11,03% no resultado líquido.
□ d) no resultado operacional provocará um aumento de 110,3% no resultado líquido.

3.5 A evolução da rendibilidade económica de 2016 para 2017 foi:


□ a) desfavorável porque o resultado líquido aumentou 21,9%.
□ b) desfavorável porque o ativo aumentou 17,87%.
□ c) desfavorável porque o resultado antes de juros e impostos aumentou 6,2%.
□ d) todas as respostas são corretas.

118
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

3.6 A evolução da rendibilidade financeira de 2016 para 2017 foi:


□ a) desfavorável porque o capital próprio aumentou 34,0%.
□ b) desfavorável porque o resultado líquido aumentou 21,9%.
□ c) desfavorável porque os gastos financeiros diminuíram 29,2%.
□ d) todas as respostas são corretas.

3.7 A estrutura financeira da empresa influencia, de forma direta, a:


□ a) rendibilidade operacional.
□ b) rendibilidade económica.
□ c) rendibilidade financeira.
□ d) todas as respostas são corretas.

3.8 O risco global da empresa será tanto maior quanto…


□ a) mais elevado for o nível de incidência fiscal.
□ b) mais elevado for o nível de gastos fixos.
□ c) mais elevado for o nível de gastos financeiros.
□ d) todas as respostas são corretas.

ANEXO I

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS COMPARADOS


2016 2017 Variação
RUBRICAS
Valor % Valor % Valor %
Rendimentos Operacionais
Prestações de serviços 1 017 135 100,0% 1 145 588 100,0% 128 453 12,6%
TOTAL RENDIMENTOS OPERACIONAIS 1 017 135 100,0% 1 145 588 100,0% 128 453 12,6%
Fornecimentos e serviços externos 404 784 39,8% 522 959 45,6% 118 175 29,2%
Gastos com o pessoal 238 392 23,4% 283 542 24,8% 45 150 18,9%
Gastos de depreciação e de amortização 148 950 14,6% 130 800 11,4% -18 150 -12,2%
Provisões 4 500 0,4% 5 900 0,5% 1 400 31,1%
Outros gastos e perdas 83 500 8,2% 83 200 7,3% -300 -0,4%
TOTAL GASTOS OPERACIONAIS 880 126 86,5% 1 026 401 89,6% 146 275 16,6%
RESULTADO OPERACIONAL 137 009 13,5% 119 187 10,4% -17 822 -13,0%
Outros rendimentos 12 060 1,2% 33 510 2,9% 21 450 177,9%
Outros gastos 9 540 0,9% 4 480 0,4% -5 060 -53,0%
RAJI 139 529 13,7% 148 217 12,9% 8 688 6,2%
Gastos financeiros 56 800 5,6% 40 200 3,5% -16 600 -29,2%
RAI 82 729 8,1% 108 017 9,4% 25 288 30,6%
Imposto sobre o rendimento do período 20 682 2,0% 32 405 2,8% 11 723 56,7%
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 62 047 6,1% 75 612 6,6% 13 565 21,9%
Distribuição de resultados 10 000 1,0% 30 000 2,6% 20 000 200,0%
RESULTADOS RETIDOS 52 047 5,1% 45 612 4,0% -6 435 -12,4%
Nota - Gastos Variáveis: FSE e 50% dos Gastos com o pessoal

119
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

BALANÇOS COMPARADOS

2016 2017 Variação


RUBRICAS
Valor % Valor % Valor %
APLICAÇÕES
ATIVO NÃO CORRENTE
Ativos Intangíveis 17 500 1,51% 35 000 2,57% 17 500 100,00%
Ativos Fixos Tangíveis 1 150 000 99,50% 1 460 500 107,21% 310 500 27,00%
Investimentos Financeiros 75 000 6,49% 125 000 9,18% 50 000 66,67%
Depreciações e Amortizações Acumuladas -532 900 -46,11% -831 000 -61,00% -298 100 55,94%
ATIVO CORRENTE
Contas a Receber
Clientes c/c 255 460 22,10% 270 400 19,85% 14 940 5,85%
Estado e Outros Entes Públicos 32 100 2,78% 43 210 3,17% 11 110 34,61%
Diferimentos 23 650 2,05% 45 000 3,30% 21 350 90,27%
Outras contas a receber 85 640 7,41% 112 540 8,26% 26 900 31,41%
Meios Financeiros Líquidos
Depósitos Bancários 39 432 3,41% 71 300 5,23% 31 868 80,82%
Caixa 9 858 0,85% 30 320 2,23% 20 462 207,57%
TOTAL DAS APLICAÇÕES 1 155 740 100,00% 1 362 270 100,00% 206 530 17,87%
ORIGENS
CAPITAL PRÓPRIO
Capital 250 000 21,63% 350 000 25,69% 100 000 40,00%
Reservas 55 000 4,76% 55 000 4,04% 0 0,00%
Resultados Transitados 71 250 6,16% 123 297 9,05% 52 047 73,05%
Resultado Líquido do Período 52 047 4,50% 45 612 3,35% -6 435 -12,36%
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 428 297 37,06% 573 909 42,13% 145 612 34,00%
PASSIVO
Passivo não Corrente
Financiamentos Obtidos 324 100 28,04% 355 000 26,06% 30 900 9,53%
Provisões 6 500 0,56% 12 400 0,91% 5 900 90,77%
Passivo Corrente
Fornecedores c/c 188 500 16,31% 253 811 18,63% 65 311 34,65%
Acionistas/Sócios 60 000 5,19% 90 000 6,61% 30 000 50,00%
Estado e Outros Entes Públicos 44 543 3,85% 22 450 1,65% -22 093 -49,60%
Financiamentos Obtidos 103 800 8,98% 54 700 4,02% -49 100 -47,30%
TOTAL DO PASSIVO 727 443 62,94% 788 361 57,87% 60 918 8,37%
TOTAL DAS ORIGENS 1 155 740 100,00% 1 362 270 100,00% 206 530 17,87%

120
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Caso Prático n.º 56

Licenciatura em Gestão, Gestão Hoteleira e Marketing


Exame de Época Normal de Análise Financeira Ano Letivo 2017/18
Data: 18/01/2018 Duração: 2h30m (inclui tolerância)

A empresa BestStay, Lda. é uma empresa de prestação de serviços que desenvolve a sua
atividade no setor do alojamento e restauração. Os sócios necessitam de uma análise da
situação financeira da empresa, com base nos dados apresentados em anexo, com vista a
tomar algumas decisões de gestão. Considere a seguinte informação adicional:

▪ PMR: 30 dias; PMP: 60 dias; Duração média de inventários: 30 dias;


▪ Reserva de segurança de tesouraria: 2,5% do valor das vendas sem IVA;
▪ Taxa média de IVA sobre as vendas e serviços prestados foi de 13% e sobre as compras
(mercadorias e serviços) foi de 16%;
▪ Os financiamentos obtidos a curto prazo referem-se à utilização do plafond para desconto de
títulos no montante de 35.000 euros e o valor restante a empréstimos bancários não
renováveis. O plafond bancário para desconto de títulos é de 100.000 euros e é renovável.
▪A variação registada na rubrica de ativos intangíveis em 2016 resultou exclusivamente da
aquisição de um novo software.
▪ Em 2016 foram vendidos, por 27.500 euros, ativos fixos tangíveis que haviam sido adquiridos
por 27.500 euros, tendo provocado uma mais-valia no valor de 7.500 euros;
▪ Em 2016 a empresa procedeu à aquisição de novos ativos fixos tangíveis;
▪A variação dos excedentes de revalorização de 2015 para 2016 deve-se à revalorização dos
ativos fixos tangíveis. A revalorização resultou num aumento dos ativos fixos tangíveis brutos
no valor de 225.000 euros e das respetivas depreciações acumuladas no valor de 75.000
euros;
▪A empresa distribuiu resultados em ambos os anos;
▪O aumento da conta de Reservas foi efetuado por via de resultados transitados;
▪O aumento de capital realizado em 2016 foi efetuado por incorporação de resultados
transitados.

Tendo por base os dados do anexo e as informações anteriores responda às questões


que se seguem:

1) (4,5 val) Complete o Balanço Esquemático de 2016, caracterize e justifique a Tesouraria.

BALANÇO ESQUEMÁTICO: BestStay, Lda. 2016


Rubricas Valor Cálculos
1. Capital Permanente 1.386.256
Capital Próprio 1.031.256
Passivo Não Corrente 355.000
2. Ativo Não Corrente 1.329.500
3. Fundo de Maneio 56.756

121
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Rubricas Valor Cálculos


4. NC
EOEP 33.210

5. RC
EOEP 22.450

6. NFM
7. T
8. Representação de Tesouraria
TA

TP
Sócios e Acionistas 90.000

Caracterização e justificação da Tesouraria:

2. (4,0 val) Complete a Demonstração de Origens e Aplicações de Fundos de 2016 e refira quais
os principais investimentos e fontes de financiamento deste ano:

122
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Demonstração da Origem e da Aplicação de Fundos de 2016

Origens Aplicações
Internas Reduções dos Capitais Próprios

Externas Movimentos Financeiros MLP


Aumentos dos Capitais Próprios

Movimentos Financeiros MLP Investimentos

Desinvestimentos

Redução dos Fundos Circulantes Aumento dos Fundos Circulantes 114.656


TOTAL TOTAL

Cálculos:

Principais investimentos e fontes de financiamento da empresa em 2016:

3. (3,0 val) Complete o quadro seguinte com base nos indicadores da Teoria do CVR e analise
os mesmos, justificando a evolução do risco operacional:

Rácios/Indicadores 2015 2016


Volume de Atividade 2.675.640 2.896.540
Gastos Variáveis
Margem Bruta 1.229.720 1.331.640
Gastos Fixos
Resultado Operacional 359.595 420.040

V0

MS

123
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Rácios/Indicadores 2015 2016

GAO

Análise:

Em resumo, podemos dizer que o risco operacional ___________________________


(aumentou/diminuiu).

4. (5,0 val) Nas diferentes alíneas apenas uma afirmação se encontra totalmente correta,
responda colocando uma cruz (X) naquela que considerar verdadeira. No caso de se enganar
deverá efetuar um círculo à volta da resposta que pretende anular e rubricar ao lado.
Nota: Cada resposta correta 0,5 val; cada resposta errada -0,125 val; cada resposta em branco 0,0 val;
as respostas erradas só descontam a partir da 6ª resposta errada (inclusive); a cotação mínima desta
questão é de 0,0 val.

4.1) É necessário proceder a ajustamentos às demonstrações contabilísticas para a obtenção


das peças financeiras devido:
□ a) à existência de erros de contabilização.
□ b) à certificação dos princípios contabilísticos.
□ c) à arrumação das demonstrações segundo uma perspetiva financeira.
□ d) todas as respostas anteriores são corretas.

4.2) O saldo retificado da rubrica de Imparidades Acumuladas em Clientes no Balanço


Financeiro corresponde:
□ a) ao saldo inicial mais os ajustamentos a débito e a crédito.
□ b) ao saldo inicial mais os ajustamentos a crédito menos os ajustamentos a débito.
□ c) ao saldo inicial mais os ajustamentos a débito menos os ajustamentos a crédito.
□ d) ao saldo inicial menos os ajustamentos a débito e a crédito.

4.3) Em 2016 a empresa apresenta Fundo de Maneio positivo e por isso…


□ a) o rácio que mede a capacidade de liquidar dívidas a curto prazo é igual a 1,1274.
□ b) o rácio que mede a capacidade de liquidar dívidas a curto prazo é igual a 1,288.
□ c) o rácio que mede a capacidade de liquidar dívidas a curto prazo é igual a 55,8.
□ d) o rácio que mede a capacidade de liquidar dívidas a curto prazo é igual a 2,9049.

124
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

4.4) Em 2016 o prazo médio de pagamentos real…


□ a) é superior ao PMP negociado e por isso a rubrica de Fornecedores apresenta Tesouraria
Passiva.
□ b) é inferior ao PMP negociado e por isso a rubrica de Fornecedores apresenta Tesouraria
Passiva.
□ c) é superior ao PMP negociado e por isso a rubrica de Fornecedores apresenta Tesouraria
Ativa.
□ d) é inferior ao PMP negociado e por isso a rubrica de Fornecedores apresenta Tesouraria
Ativa.

4.5) O Grau de Endividamento da empresa…


□ a) aumentou em 2016 dado que a Autonomia Financeira aumentou de 45,85% para 56,29%.
□ b) diminuiu de 54,15% em 2015 para 43,71% em 2016.
□ c) aumentou de 36,22% em 2015 para 41,75% em 2016.
□ d) aumentou de 2,0929 em 2015 para 2,9049 em 2016.

4.6) O nível de Autofinanciamento em 2016 registou…


□ a) um aumento de 45,85% para 56,29%.
□ b) um aumento, o que revela uma maior capacidade da empresa em gerar excedentes
financeiros.
□ c) um aumento, o que revela uma maior capacidade da empresa de criar riqueza para a
economia.
□ d) todas as respostas anteriores são corretas.

4.7) A Capacidade de Endividamento em 2016 revela que…


□ a) a empresa tem um endividamento de 2,9049%.
□ b) a empresa tem um endividamento de 290,49%.
□ c) a empresa tem capacidade para se endividar mais a médio longo prazo.
□ d) a empresa não tem capacidade de endividamento.

4.8) A rendibilidade económica da empresa…


□ a) diminuiu de 24,53% para 23,20% devido ao aumento do Ativo.
□ b) diminuiu de 24,53% para 22,93% devido ao aumento do Resultado Operacional.
□ c) diminuiu de 24,53% para 23,20% devido ao aumento do RAJI.
□ d) diminuiu de 24,53% para 22,93% devido ao aumento do Ativo.
125
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

4.9) Em 2016 os ativos fixos tangíveis apresentam…


□ a) um grau de endividamento de 41,75%.
□ b) um grau de envelhecimento maior que em 2015.
□ c) um grau de envelhecimento menor que em 2015 porque a empresa fez novos
investimentos.
□ d) um grau de envelhecimento menor que em 2015 devido às depreciações acumuladas.
4.10) De acordo com o GAF da empresa em 2016 um aumento de…
□ a) 10% nas vendas provocará um aumento de 11,327% nos resultados líquidos.
□ b) 10% nos resultados operacionais provocará um aumento de 113,27% nos resultados
líquidos.
□ c) 10% nos resultados operacionais provocará um aumento de 11,327% nos resultados
líquidos.
□ d) 10% nas vendas provocará um aumento de 11,327% nos resultados operacionais.

5. (3,5 val) Tendo por base os valores do modelo aditivo da Rendibilidade do Capital Próprio
(RCP´) da empresa em 2016 e sabendo que os seus dirigentes tencionam realizar um novo
investimento no valor de 500.000€, financiado 30% com capital próprio e 70% com um
empréstimo bancário à taxa de 7%, analise se este investimento vai ter um efeito positivo ou
negativo sobre a RCP´, apresentando todos os cálculos para o apuramento do valor atual e do
novo valor da RCP´. Considere que os valores da rendibilidade económica e da taxa efetiva de
imposto não vão sofrer alterações.

Resposta:

126
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Anexo I – Demonstrações Financeiras


Balanços Financeiros

2015 2016 Variações


Rubricas
Valor % Valor % Ativas Passivas
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 1 450 700 98,1% 1 960 500 107,0% 509 800
Depreciações acumuladas -525 400 -35,5% -818 500 -44,7% 293 100
Ativos intangíveis 17 500 1,2% 25 000 1,4% 7 500
Amortizações Acumuladas -7 500 -0,5% -12 500 -0,7% 5 000
Investimentos financeiros 125 000 8,4% 175 000 9,6% 50 000
1 060 300 71,7% 1 329 500 72,6%
Ativo Corrente
Inventários
Mercadorias 85 640 5,8% 92 540 5,1% 6 900
Contas a Receber
Clientes 255 460 17,3% 305 400 16,7% 49 940
Imparidades de dívidas a receber -3 240 -0,2% -5 340 -0,3% 2 100
Estado e outros entes públicos 32 100 2,2% 33 210 1,8% 1 110
Meios Financeiros Líquidos
Caixa e depósitos bancários 49 290 3,3% 76 596 4,2% 27 306
419 250 28,3% 502 406 27,4%
Total das Aplicações 1 479 550 100,0% 1 831 906 100,0%
Capital Próprio
Capital realizado 250 000 16,9% 275 000 15,0% 25 000
Reservas 30 000 2,0% 35 000 1,9% 5 000
Outras Variações de Capital Próprio 32 500 2,2% 32 500 1,8%
Excedentes de Revalorização 38 760 2,6% 188 760 10,3% 150 000
Resultados transitados 123 200 8,3% 297 040 16,2% 173 840
Resultado líquido retido 203 840 13,8% 202 956 11,1% 884
678 300 45,8% 1 031 256 56,3%
Passivo
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 324 100 21,9% 355 000 19,4% 30 900

Passivo Corrente
Fornecedores 288 500 19,5% 278 500 15,2% 10 000
Estado e outros entes públicos 24 150 1,6% 22 450 1,2% 1 700
Sócios e Acionistas 60 000 4,1% 90 000 4,9% 30 000
Financiamentos obtidos 104 500 7,1% 54 700 3,0% 49 800
477 150 32,2% 445 650 24,3%

Total do Passivo 801 250 54,2% 800 650 43,7%


Total das Origens 1 479 550 100,0% 1 831 906 100,0% 714 940 714 940

127
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Demonstrações dos Resultados Preparadas

2015 2016 Variação


Descrição
Valor % Valor % Valor %
Vendas e serviços prestados 2 675 640 100,0% 2 896 540 100,0% 220 900 8,26%
Rendimentos Operacionais 2 675 640 100,0% 2 896 540 100,0% 220 900 8,26%
CMVMC 1 120 320 41,9% 1 230 400 42,5% 110 080 9,83%
Fornecimentos e serviços externos 325 600 12,2% 334 500 11,5% 8 900 2,73%
Margem Bruta 1 229 720 46,0% 1 331 640 46,0% 101 920 8,29%
Gastos com o pessoal 664 500 24,8% 678 900 23,4% 14 400 2,17%
Depreciações do período 198 750 7,4% 225 600 7,8% 26 850 13,51%
Amortizações do período 5 000 0,2% 5 000 0,2% 0 0,00%
Imparidades de dívidas a receber 1 875 0,1% 2 100 0,1% 225 12,00%
Resultado Operacional 359 595 13,4% 420 040 14,5% 60 445 16,81%
Outros rendimentos 8 750 0,3% 9 520 0,3% 770 8,80%
Outros gastos 5 410 0,2% 4 520 0,2% -890 -16,45%
Resultado Antes de Juros e Impostos 362 935 13,6% 425 040 14,7% 62 105 17,11%
Gastos financeiros 28 960 1,1% 54 210 1,9% 25 250 87,19%
Resultado Antes de Impostos 333 975 12,5% 370 830 12,8% 36 855 11,04%
Imposto sobre o rendimento do período 70 135 2,6% 77 874 2,7% 7 739 11,03%
Resultado Líquido do Período 263 840 9,9% 292 956 10,1% 29 116 11,04%
Distribuição de Resultados 60 000 2,2% 90 000 3,1% 30 000 50,00%
Resultados Retidos 203 840 7,6% 202 956 7,0% -884 -0,43%

Rácios e Indicadores
2015 2016
AF 0,4585
Solv 0,8466
CE = CP'/PNC 2,0929 2,9049
GEAFT 0,3622 0,4175
LG 0,8787
PMR 30,8 30,2
PMP 62,5 55,8
DMS 26,7 26,4
RotI 13,6 13,8
MLLR 409 465 435 656
VAB 1 233 060 1 336 640
Prod. Trabalho 1,86 1,97
α 45,96% 45,97%
i 3,61%
t 21,00% 21,00%
GAF 1,0767 1,1327
GAC 3,6821 3,5910
REA 24,53%
RCP' 38,90%

128
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Caso Prático n.º 57

Licenciatura em Gestão, Gestão Hoteleira e Marketing


Exame de Recurso de Análise Financeira - Ano Letivo 2017/18
Data: 02/02/2018 Duração: 2h30m (inclui tolerância)

As demonstrações financeiras e os indicadores apresentados no anexo I e as informações que


se seguem referem-se à empresa que se dedica ao comércio a retalho de computadores,
unidades periféricas e programas informáticos.
Taxas de IVA:
- Venda de bens e serviços – 23%;
- Compra de bens e serviços – 23%.

Políticas de Exploração:
- Condições de venda – 3 meses;
- Condições de compra – 2,5 meses;
- Duração média dos inventários – 1,5 meses;
- Reserva de segurança de tesouraria – 15% do volume de negócios mensal sem IVA.

Outras Informações
- As rubricas Diferimentos e EOEP renovam-se com o ciclo de exploração, apresentando um
valor normal;
- Os Financiamentos obtidos a curto prazo vencem-se dentro de 6 meses, não sendo
renováveis;
- A variação da rubrica de Ativos fixos tangíveis deve-se, em simultâneo, à alienação e à
aquisição de ativos fixos. As aquisições registaram um valor de 441 000 euros. As alienações
referem-se à venda de bens adquiridos por 171 100 euros e que, no momento da venda,
registavam um valor de 20 200 euros de depreciações acumuladas;
- Uma parte dos resultados obtidos pela empresa em 2016 foi distribuída pelos sócios.

129
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

ANEXO I

BALANÇOS FINANCEIROS COMPARADOS (em euros)


2016 2017 Variações
Rubricas
Valor % Valor % V. Abs. %
ATIVO
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 875 200 19,4% 1 145 100 28,2% 269 900 30,8%
Depreciações acumuladas -420 400 -9,3% -610 400 -15,0% -190 000 -45,2%
Ativos intangíveis 413 600 9,2% 413 600 10,2% 0 0,0%
Amortizações acumuladas -120 500 -2,7% -202 700 -5,0% -82 200 -68,2%
Outros ativos não correntes 116 000 2,6% 111 000 2,7% -5 000 4,3%
863 900 19,1% 856 600 21,1% -7 300 -0,8%
Ativo Corrente
Inventários
Mercadorias 277 200 6,1% 274 700 6,8% -2 500 -0,9%
Contas a Receber
Clientes 2 584 300 57,2% 2 191 000 53,9% -393 300 -15,2%
Imparidades de clientes -102 800 -2,3% -125 100 -3,1% -22 300 21,7%
Diferimentos 455 900 10,1% 366 700 9,0% -89 200 -19,6%
Meios Financeiros Líquidos
Caixa e depósitos bancários 437 500 9,7% 501 200 12,3% 63 700 14,6%
3 652 100 80,9% 3 208 500 78,9% -443 600 -12,1%
TOTAL DAS APLICAÇÕES 4 516 000 100,0% 4 065 100 100,0% -450 900 -10,0%
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital Próprio
Capital realizado 300 000 6,6% 300 000 7,4% 0 0,0%
Reservas legais 60 000 1,3% 60 000 1,5% 0 0,0%
Outros instrumentos de capital próprio 330 000 7,3% 330 000 8,1% 0 0,0%
Resultados transitados 1 987 600 44,0% 2 067 600 50,9% 80 000 4,0%
Resultado líquido do período 134 000 3,0% 107 500 2,6% -26 500 -19,8%
Total do Capital Próprio 2 811 600 62,3% 2 865 100 70,5% 53 500 1,9%
Passivo
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 350 000 7,8% 150 000 3,7% -200 000 -57,1%
Outras dívidas a pagar 64 000 1,4% 23 600 0,6% -40 400 -63,1%
414 000 9,2% 173 600 4,3% -240 400 -58,1%
Passivo Corrente
Fornecedores 970 100 21,5% 761 000 18,7% -209 100 -21,6%
Estado e outros entes públicos 199 800 4,4% 149 000 3,7% -50 800 -25,4%
Financiamentos obtidos 120 500 2,7% 116 400 2,9% -4 100 -3,4%
1 290 400 28,6% 1 026 400 25,2% -264 000 -20,5%
Total do Passivo 1 704 400 37,7% 1 200 000 29,5% -504 400 -29,6%
TOTAL DAS ORIGENS 4 516 000 100,0% 4 065 100 100,0% -450 900 -10,0%

130
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS COMPARADAS


(em euros)
2016 2017 Variações
Rubricas
Valor % Valor % V. Abs. %
Vendas 3 317 614 66,1% 4 126 120 98,6% 808 506 24,4%
Prestações de serviços 864 986 17,2% 890 880 21,3% 25 894 3,0%
TOTAL DOS RENDIMENTOS OPERACIONAIS 4 182 600 83,4% 5 017 000 119,9% 834 400 19,9%
Custo mercad. vendidas e matérias consum. 1 711 500 34,1% 2 331 900 55,8% 620 400 36,2%
Fornecimentos e serviços externos 940 500 18,7% 1 120 320 26,8% 179 820 19,1%
Gastos com pessoal 869 100 17,3% 985 500 23,6% 116 400 13,4%
Gastos/reversões de depreciações 246 000 4,9% 210 200 5,0% -35 800 -14,6%
Gastos/reversões de amortizações 85 100 1,7% 82 200 2,0% -2 900 -3,4%
Imparidades de clientes (perdas/reversões) 35 700 0,7% 22 300 0,5% -13 400 -37,5%
Outros gastos e perdas 82 800 1,7% 79 500 1,9% -3 300 -4,0%
TOTAL DOS GASTOS OPERACIONAIS 3 970 700 79,1% 4 831 920 115,5% 861 220 21,7%
RESULTADO OPERACIONAL 211 900 4,2% 185 080 4,4% -26 820 -12,7%
Outros rendimentos 15 400 0,3% 22 150 0,5% 6 750 43,8%
Outros gastos 45 700 0,9% 52 600 1,3% 6 900 15,1%
RESULTADO ANTES DE JUROS E IMPOSTOS 181 600 3,6% 154 630 3,7% -26 970 -14,9%
Gastos financeiros 18 200 0,4% 18 600 0,4% 400 2,2%
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 163 400 3,3% 136 030 3,3% -27 370 -16,8%
Imposto sobre rendimento do período 29 400 0,6% 28 530 0,7% -870 -3,0%
RESULTADO LÍQUIDO 134 000 2,7% 107 500 2,6% -26 500 -19,8%

INDICADORES FINANCEIROS E ECONÓMICOS


Indicador 2016 2017
AF 0,623 0,705
Solv 1,650
CE (CP´/PNC) 6,791 16,504
CANCCP 3,734 3,547
GEAFT 0,480 0,533
RotA 0,926 1,234
REA 4,02% 3,80%
MLB 548 400 469 330
MLL 500 800 422 200
VAB 1 447 800 1 485 280
GAF 1,297 1,361
GAC 12,027 15,457

131
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Tendo por base a informação disponível, responda às questões que se seguem.

(4,0 val) 1. Complete a tabela abaixo relativa ao Balanço Esquemático da empresa em 2017,
caracterize a tesouraria e indique uma medida, de natureza estrutural, que possa contribuir
para o seu equilíbrio. Na indicação da medida tenha em atenção a situação financeira da
empresa.

BALANÇO ESQUEMÁTICO DE 2017


1. Capital Permanente
Capital próprio 2 865 100
Passivo não corrente 173 600
3 038 700
2. Ativo não Corrente 856 600
3. Fundo de Maneio 2 182 100
4. Necessidades Cíclicas

5. Recursos Cíclicos

6.
7.
8. Representação da Tesouraria
Tesouraria Ativa

Tesouraria Passiva

132
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Análise:

(3,5 val) 2. Relativamente ao período 16/17, calcule os rácios de liquidez e atividade em falta
na tabela abaixo e mencione o significado de cada um dos 4 indicadores. Apresente ainda 3
aspetos considerados positivos para a liquidez da empresa e 3 aspetos considerados negativos.

Indicador 2016 2017


LG
PMR (dias)
PMP (dias) 107,4 65,5
DMI (dias) 56,2 43,2

Significado dos indicadores:


Aspetos positivos:
Aspetos negativos:

(3,5 val) 3. Analise a evolução do risco operacional da empresa, no período 16/17, através do
cálculo e análise dos indicadores da teoria do CVR.
Nota: A empresa estimou o montante dos gastos variáveis nestes dois anos, tendo apurado os
valores apresentados na tabela que se segue.
Tabela auxiliar
2016 2017
V
GV 2 217 450 2 914 360
MB
GF
RO

Análise:
Em resumo, o _________________________ (aumento/redução) do risco económico fica
evidenciado na evolução registada pelos seguintes indicadores:

(5,0 val) 4. Tendo por base as demonstrações financeiras e a tabela de indicadores financeiros
e económicos da página 3 responda às questões de escolha múltipla que se seguem.
Nas diferentes alíneas apenas uma afirmação se encontra totalmente correta, responda
colocando uma cruz (X) naquela que considerar verdadeira. No caso de se enganar deverá
efetuar um círculo à volta da resposta que pretende anular e rubricar ao lado.
Nota: Cada resposta correta 0,5 val.; cada não resposta 0,0 val.; as respostas erradas só descontam (-
0,125) a partir da 6.ª resposta errada (inclusive); a cotação mínima desta questão é de 0,0 val.

133
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

4.1 No balanço contabilístico (não preparado para efeitos de análise) de 2017, o valor dos
clientes:
□ a) É apresentado da mesma forma que no balanço financeiro sendo, por isso, igual a
2.191.000€.
□ b) É apresentado líquido de imparidades acumuladas sendo, por isso, igual a 2.065.900€.
□ c) É apresentado líquido de imparidades do período sendo, por isso, igual a 2.065.900€.
□ d) É apresentado líquido de imparidades acumuladas sendo, por isso, igual a 2.316.100€.
4.2 As seguintes operações constituem aplicações de fundos na Demonstração da Variação dos
Fundos Circulantes ou na Demonstração da Origem e Aplicação de Fundos da empresa em
2017:
□ a) Redução das dívidas a fornecedores e distribuição de resultados.
□ b) Aumento do valor da rubrica de caixa e depósitos bancários e venda de ativos fixos.
□ c) Resultado líquido do período e depreciações e amortizações do período.
□ d) Redução das dívidas de clientes e aquisição de ativos fixos.
4.3 Na DOAF de 2017 a empresa apresenta uma redução dos fundos circulantes no valor de
179.600€ o que significa que:
□ a) As aplicações totais da empresa foram superiores às suas origens totais.
□ b) Parte das aplicações de fundos a curto prazo financiou origens de fundos a médio e longo
prazo.
□ c) Parte das origens de fundos a médio e longo prazo financiou aplicações de fundos a curto
prazo.
□ d) Parte das origens de fundos a curto prazo financiou aplicações de fundos a médio e longo
prazo.

4.4 Da análise do rácio de solvabilidade constata-se que:


□ a) Em 2016, o capital permanente representava 165,0% do passivo.
□ b) Em 2017, o capital próprio representava 238,8% do passivo corrente.
□ c) O acréscimo verificado no valor do mesmo deve-se, essencialmente, à redução do valor
do passivo.
□ d) Nenhuma das afirmações está correta.
4.5 O acréscimo do valor do rácio da CE deve-se:
□ a) Ao aumento do capital próprio e à redução do passivo não corrente.
□ b) Ao aumento do capital permanente e à redução do passivo não corrente.
□ c) Ao aumento do capital próprio e à redução do passivo total.
□ d) À redução do capital permanente e do passivo não corrente.
134
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

4.6 Tendo por base os indicadores da tabela pode-se afirmar que:


□ a) A capacidade da empresa em assegurar a liquidação das dívidas a curto prazo passou de
165,0% para 238,8%.
□ b) A importância relativa dos capitais alheios no financiamento da empresa baixou sendo de
29,5% em 2017.
□ c) O rácio da CANCCP indica que o ativo não corrente consegue financiar a totalidade do
capital permanente.
□ d) A empresa apresenta uma autonomia financeira muito reduzida porque o rácio
apresenta um valor inferior a 1.

4.7 A rendibilidade económica da empresa sofreu um decréscimo, de 2016 para 2017, devido:
□ a) À redução do valor do resultado líquido.
□ b) À redução do valor do resultado antes de juros e impostos.
□ c) À forte descida do valor do ativo.
□ d) Ao aumento do valor dos gastos financeiros.
4.8 A redução do valor dos meios libertos brutos, de 2016 para 2017, pode ser explicada:
□ a) Pelo aumento do valor das vendas e das prestações de serviços.
□ b) Pela redução do valor das depreciações, amortizações e imparidades.
□ c) Pela redução do valor do imposto sobre o rendimento.
□ d) Nenhuma das afirmações está correta.
4.9 No período, o VAB registou uma evolução contrária à verificada nos MLL o que permite
afirmar que:
□ a) A riqueza criada pela empresa diminuiu mas os excedentes financeiros gerados pela
mesma aumentaram.
□ b) Os gastos monetários registaram uma redução do seu valor.
□ c) A riqueza criada pela empresa aumentou devido ao aumento do volume de negócios.
□ d) Nenhuma das afirmações está correta.
4.10 No caso do nível de atividade da empresa aumentar 10% em 2018 e a estrutura de gastos
não se alterar:
□ a) O resultado líquido irá aumentar 154,57%.
□ b) O resultado operacional irá aumentar 13,61%.
□ c) O resultado operacional irá aumentar 154,57%.
□ d) O resultado líquido irá aumentar 13,61%.

135
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

5. Relativamente à rendibilidade da empresa:

(3,0 val) 5.1 Analise a evolução da rendibilidade financeira no período 16/17 através do
modelo aditivo.

(1,0 val) 5.2 Admitindo que a rendibilidade económica e o nível de fiscalidade se mantêm
iguais aos registados em 2017, mencione sem efetuar cálculos mas justificando a resposta qual
das seguintes alternativas de financiamento permitirá à empresa a obtenção do valor mais
elevado na Rendibilidade dos Capitais Próprios de 2018:
a) 25% através de capital próprio e 75% através de um empréstimo a uma taxa de juro de 7%;
b) 75% através de capital próprio e 25% através de um empréstimo a uma taxa de juro de 7%.

136
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Caso Prático n.º 58

Licenciatura em Gestão, Gestão Hoteleira e Marketing


Exame de Época Especial de Análise Financeira - Ano Letivo 2019/2020
Data: 14/09/2020 Duração: 2h (inclui tolerância)

A empresa Algarve Doce, Lda., cujas demonstrações financeiras estão disponíveis no anexo 1
(pp. 9-10), pretende proceder à análise económico-financeira dos dois últimos anos. São
conhecidas as seguintes informações adicionais relativamente à empresa:

- Stock médio – 30 dias;


- Condições de venda – 30 dias; contudo, o departamento de cobranças enfrenta dificuldades
de funcionamento por falta de pessoal pelo que não será possível atingir as condições de
venda definidas pela empresa;
- Reserva de Segurança de Tesouraria – 8.000€;
- -Condições de compra (inventários + FSE) – 45 dias;
- A taxa média de IVA que incidiu sobre compras e vendas foi de 23%;
- EOEP: valor normal de exploração – 3.500€; o restante não se encontra associado à
exploração;
- O empréstimo bancário de curto prazo não é renovável;
- Em 2019 a empresa procedeu à alienação de ativo fixo tangível que havia sido adquirido por
56.000€; neste período não houve lugar à revalorização do ativo;
- O aumento do capital verificado em 2019 deveu-se à incorporação de reservas e de
resultados;
- Durante o ano 2019 a empresa procedeu à distribuição de resultados obtidos em anos
anteriores.

1. (4,0 val.) Elabore o balanço esquemático da empresa para 2019 (utilizando o mapa
constante na página seguinte e apresentando os cálculos ao lado do mesmo) e proceda à
caracterização da tesouraria, justificando o seu valor.

Balanço Esquemático de 2019


Rubricas Valores Cálculos:
1. Capital Permanente 290.600
2. Ativo não Corrente 300.760
3. Fundo de Maneio

137
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Rubricas Valores Cálculos:

8. Representação de Tesouraria

Caracterização e justificação:

2. Relativamente à situação financeira da empresa:

2.1 (2,5 val.) Proceda à construção da DOAF de 2019.

Demonstração da Origem e da Aplicação de Fundos de 2019


Origens Aplicações
Internas Reduções dos Capitais Próprios

Movimentos Financeiros a MLP

Externas Investimentos
Aumentos dos Capitais Próprios

Desinvestimentos
Ativos Fixos Tangíveis 41.800
Redução dos Fundos Circulantes Aumento dos Fundos Circulantes
TOTAL TOTAL
Cálculos:

138
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

2.2 (3,0 val.) Tendo por base a DOAF da questão anterior e realizando os cálculos que
considere necessários, analise a situação financeira da empresa a médio e longo prazo
preenchendo os espaços que se seguem.

Na DOAF de 2019, observa-se que o valor das aplicações de fundos a médio e longo foi
_________________ (superior/igual/inferior) ao valor das origens de fundos a médio e longo
prazo. As Origens Internas asseguram o financiamento de ________% dos investimentos em
ativos fixos tangíveis.

No período em análise, a variação verificada no Fundo de Maneio contribui para o/a


________________ (aumento/redução) do rácio da cobertura do ativo não corrente pelo
capital permanente.

O rácio que avalia o nível de independência financeira da empresa passou de _________% em


2018, para _________% em 2019. Em 2019, a empresa apresenta um nível de endividamento
de _________%.

O rácio que avalia a capacidade da empresa em assegurar a liquidação dos compromissos a


médio e longo prazo passou de _________% em 2018, para _________% em 2019. A variação
do rácio é _____________ (positiva/negativa) e deve-se ao aumento do valor da rubrica
__________________.

Cálculos da questão 2.2

2.3 (1,5 val.) Tendo por base os seguintes rácios, assinale com uma X a opção verdadeira em
cada uma das seguintes afirmações. Notas: As respostas erradas não têm penalização. Em caso
de engano efetue um círculo à volta da resposta que pretende anular e rubrique ao lado.

2018 2019
LG 1,538 0,944
DMI (dias) 55,9 40,7
PMR (dias) 28,1 46,5
PMP (dias) 39,2 31,0

Os indicadores anteriores revelam uma tendência para o agravamento da situação


financeira da empresa a curto prazo, exceto o indicador da(o):
□ a) LG
□ b) DMI
□ c) PMR
□ d) PMP

139
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

Tendo por base os indicadores anteriores podemos afirmar que:


□ a) o rácio da Liquidez Geral demonstra que o valor do Fundo de Maneio passou de positivo
a negativo. A relação existente entre o PMP e o PMR é favorável em 2018 e desfavorável
em 2019.
□ b) o rácio da Liquidez Geral demonstra que o valor do Fundo de Maneio passou de positivo
a negativo. A relação existente entre o PMP e o PMR é desfavorável em 2018 e favorável
em 2019.
□ c) o rácio da Liquidez Geral demonstra que o valor do Fundo de Maneio aumentou. A
relação existente entre o PMP e o PMR evoluiu desfavoravelmente.
□ d) o rácio da Liquidez Geral não permite tecer considerações relativamente ao valor do
Fundo de Maneio. A relação existente entre o PMP e o PMR é favorável em 2018 e
desfavorável em 2019.

A redução da Liquidez Geral, de 2018 para 2019, é explicada:


□ a) pelo aumento do valor do ativo corrente.
□ b) pelo aumento do valor do ativo corrente e do passivo corrente.
□ c) pelo aumento do valor do passivo corrente.
□ d) pelo aumento do valor do passivo total.

3. Relativamente ao risco económico da empresa:

3.1 (2,5 val.) Calcule o valor dos três principais indicadores da teoria do CVR, no período
2018/19, e defina cada um dos indicadores calculados.

Indicadores 2018 2019

Definição dos indicadores:

140
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

3.2 (2,0 val.) Tendo por base os resultados obtidos na pergunta anterior assinale a opção
verdadeira em cada uma das seguintes afirmações.
Notas: As respostas erradas não têm penalização, mas só poderá responder a esta questão se
fez os cálculos correspondentes na questão anterior. Em caso de engano efetue um círculo à
volta da resposta que pretende anular e rubrique ao lado.

A alteração (aumento ou redução) do valor do Ponto Crítico observada na alínea anterior,


de 2018 para 2019, é explicada:
□ a) pelo aumento dos Gastos Fixos.
□ b) pelo aumento dos Gastos Fixos e das Vendas.
□ c) pelo aumento dos Gastos Fixos e do peso dos Gastos Variáveis nas Vendas.
□ d) pelo aumento do valor dos Gastos Fixos e dos Gastos Variáveis totais.

A alteração (aumento ou redução) do valor da Margem de Segurança observada na alínea


anterior, de 2018 para 2019, é explicada:
□ a) pelo aumento do Ponto Crítico.
□ b) pelo aumento das Vendas.
□ c) pela redução do Ponto Crítico.
□ d) nenhuma das hipóteses anteriores está correta.

A alteração (aumento ou redução) do valor do Grau de Alavanca Operacional observada na


alínea anterior, de 2018 para 2019, é explicada:
□ a) pelo aumento das Vendas.
□ b) pelo aumento dos Gastos Fixos.
□ c) pelo aumento do peso dos Gastos Variáveis nas Vendas.
□ d) pela redução do peso dos Gastos Variáveis nas Vendas.

Analisando a evolução do risco económico em termos globais, observa-se:


□ a) um aumento do risco devido ao acréscimo do valor dos Gastos Fixos e dos Gastos
Variáveis que se refletiu no aumento do Ponto Crítico.
□ b) um aumento do risco porque o valor do Grau de Alavanca Operacional baixou.
□ c) uma redução do risco porque o Ponto Crítico e a Margem de Segurança registaram um
aumento do seu valor.
□ d) uma redução do risco porque a Margem de Segurança aumentou e o Grau de Alavanca
Operacional diminuiu.

141
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

4. (3,0 val.) A empresa pondera a hipótese de aumentar a capacidade instalada no início de


2020 e, para tal, pretende recorrer a um empréstimo bancário no montante de 150.000€ à
taxa de 6%. Considerando o efeito na rendibilidade dos capitais próprios, qual deverá ser a
decisão? Justifique, supondo que a rendibilidade económica e o nível de impostos se mantêm
iguais aos do ano anterior.

Cálculos:

Resposta:

II PARTE

1. (1,5 val.) Assinale as afirmações que são verdadeiras (V) e falsas (F) e reescreva as falsas de
forma a torná-las verdadeiras.

a) Em 2019, o valor dos Meios Libertos Líquidos da empresa Algarve Doce, Lda. é 77.200€.
No modelo multiplicativo de Dupont, o segundo grupo de rácios permite a análise da
b)
política de financiamento da empresa.
Uma empresa com um valor total de 90.000€ em inventários, 50.000€ em mercadorias
c) dos quais 15.000€ são de difícil venda e 40.000€ em matérias-primas, deve apresentar na
rubrica Inventários do ativo corrente do balanço financeiro o valor de 90.000€.

Resposta:

ANEXO 1 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS – Algarve Doce, Lda.

(em euros)
2018 2019
Vendas 438.900 570.800
Prestações de serviços 24.750 43.000
RENDIMENTOS OPERACIONAIS 463.650 613.800
CMVMC 234.220 341.000
FSE 45.800 62.300
Gastos com pessoal 129.700 132.000
Depreciações e amortizações do período 18.800 24.000
Outros gastos 2.100 1.300
GASTOS OPERACIONAIS 430.620 560.600
RESULTADO OPERACIONAL = RAJI 33.030 53.200
Gastos financeiros 7.830 6.700
RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS 25.200 46.500
Imposto sobre o rendimento 7.200 14.000
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 18.000 32.500
Nota: Os gastos variáveis respeitam ao CMVMC e a 50% dos FSE.

142
Análise Financeira Provas de Avaliação de Anos Letivos Anteriores

BALANÇOS – Algarve Doce, Lda.

(em euros)
2018 2019
Ativo não Corrente
Ativos fixos tangíveis 367 800 428 200
Ativos intangíveis 82 560 82 560
Depreciações Acumuladas -177 700 -184 300
Amortizações Acumuladas -22 500 -25 700
250 160 300 760
Ativo Corrente
Inventários 36 800 39 230
Clientes 43 950 96 120
Caixa e depósitos bancários 28 580 36 350
109 330 171 700
TOTAL DAS APLICAÇÕES 359 490 472 460
Capital Próprio
Capital 50 000 75 000
Reservas 34 500 14 500
Resultados transitados 10 900 8 600
Resultado líquido 18 000 32 500
113 400 130 600
Passivo
Passivo não Corrente
Financiamentos obtidos 175 000 160 000

Passivo Corrente
Fornecedores 37 200 42 400
EOEP 8 890 14 460
Financiamentos obtidos 25 000 125 000
71 090 181 860
246 090 341 860
TOTAL DAS ORIGENS 359 490 472 460

143
Análise Financeira Formulário

Formulário

CACFM = FM / AC
CIFM = FM / Invent.
CE = CP / PNC ou CP´/CP ou CP´/PNC
FIANC = Var. CP / Var. ANC Bruto
RAFT = Invest. AFT / Depreciações Período AFT
GEAFT = Depreciações Acumuladas AFT / AFT Bruto
PMR = (Clientes / Vendas e serviços prestados c/IVA)×365
PMP = (Fornecedores / Compras c/IVA)×365
DMI = (Stock Médio / CMVMC)×365
MLB = RAJI  DAP  IP  PP  VJVP
VAB = Rendimentos Operacionais + Outros Rendimentos – CMVMC – FSE – Outros Gastos
GF
V0 =  V 
GV MS = 1 − 0   100
1−  V  GAO =
MB
=
MB
 100
V   RO V
RO MB
GAF = GAC =
RAI RAI
RAJI VN RO RAJI VN
REA =  REA =  
VN A VN RO A

 RAJI VN   A RAI  RL
RCP´ =     
 VN A   CP´ RAJI  RAI


RCP´ =  REA +
P
(REA − i ) (1 − t )
 CP 

144

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