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LUANDA / 2016
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO KANGONJO DE ANGOLA
ÁREA DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PSICOLOGIA
LUANDA / 2016
Gizela Maria F. dos Santos Prazeres Eduardo
Banca examinadora
Presidente do Júri__________________________
Prof...................................................
1º vogal____________________________
Prof...................................................
2º vogal____________________________
Prof...................................................
LUANDA / 2016
ÍNDICE
EPIGRAFE..................................................................................................................................7
DEDICATÓRIA..........................................................................................................................8
AGRADECIMENTO...................................................................................................................9
RESUMO...................................................................................................................................10
ABSTRACT...............................................................................................................................11
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................14
CAPITULO I – PROBLEMÁTICA...........................................................................................16
1.1 Problemática.....................................................................................................................16
4
2.7 Como melhorar a autoestima............................................................................................41
3.3 Instrumentos.....................................................................................................................45
CONCLUSÃO...........................................................................................................................55
RECOMENDAÇÕES................................................................................................................57
SUGESTÕES.............................................................................................................................58
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................59
ANEXOS...................................................................................................................................62
5
INDICE DE TABLAS
6
EPIGRAFE
7
DEDICATÓRIA
8
AGRADECIMENTO
Aos nossos amigos e colegas de profissão pelas sugestões e pela preciosa ajuda
na recolha dos dados.
9
RESUMO
10
ABSTRACT
This monograph is part of the curriculum, constituting one of the requirements for
obtaining a degree in psychology. This work is entitled "Self-esteem in school
performance." Wanted this work, know the self-esteem and their influence in the case
school performance of student’s number 4083-JIKA school in the municipality of
Cacuaco district Ecocampo and the relationship between self-esteem with learning. The
study included one hundred sixty-eight students (168), being one hundred (100) female
and sixty-eight (68) male, fifteen (15) teachers and thirty-eight (38) parents. For data
collection methodology used for qualitative nature. Data analysis proceeded with
content analysis of the interviews made to students, teachers and parents, which allowed
us to analyze the dimensions of self-esteem of students. The results of this study show
that self-esteem founds present the students of this school 4083-JIKA although there are
many students who are low level of self-esteem, showing little utilization rate. Also
seems to be influence and relationship between self-esteem, school performance and
learning.
11
Lista de siglas, abreviatura e palavras dificeis
Et all: e outros
Ibidem: no mesmo lugar". É usado nas citações de um texto para referir uma
fonte repetida, na nota subsequente, da mesma obra
Idem: o mesmo”, “do mesmo modo”, “igualmente”. É usado para indicar que as
palavras da linha superior se repetem na linha inferior
Inapta: Que não possui nem demonstra capacidade e/ou aptidão. Que não é
capaz; sem habilidade; inábil: um indivíduo inapto para dirigir.
P: pagína
Presunções: Aquele que possui uma opinião positiva muito elevada de si mesmo;
que se julga melhor que os demais; que se acha belo,.
12
Relutantes: Que resiste; que não aceita; que reluta; obstinado ou teimoso
Reptos:
Self: Eu
Shell: Concha
The I: No Eu
The Me: Do Eu
13
INTRODUÇÃO
Desde a infância, o ser humano vai forjando a sua personalidade, com toda a sua
riqueza e complexidade, através das experiencias positivas e negativas que vive no seu
ambiente afectivo. Começa pelo círculo mais íntimo a mãe, em seguida o pai, os irmãos
e depois passa para o mais amplo, que inclui a família alargada, os amigos, os colegas,
os professores entre outros. E é na construção destas relações que vai se construindo o
seu auto conceito e auto estima.
Neste sentido, o objectivo deste trabalho foi dar voz aos alunos e professores,
que por meio de suas falas, pudessem explicitar os sentimentos, atitudes buscando
compreender a auto estima dos alunos e professores, averiguar se há influência da
mesma na aprendizagem dos alunos, a perspectiva dos seus professores sobre o
comportamento dos alunos, e a sua interferência no desempenho escolar desses alunos.
Sendo assim William James, definiu auto estima como constructo psicológica.
No seu livro os princípios da psicologia, William James fala das dimensões do nosso Eu
global num Eu conhecedor e num Eu conhecido. A partir destas dimensões nasce a auto
estima (ou auto conceito). A auto-estima é um aspecto fundamental na formação da
personalidade, no auto da realização e no tratamento das alterações psicológicas.
(Bonet,1997).
14
inclusiva, onde todos têm a oportunidade de estudar e progredir independentemente da
sua diferença.
15
CAPITULO I – PROBLEMÁTICA
1.1 Problemática
Nesta óptica decidimos dar o nosso contributo no estudo desses fenómenos, que
esperamos ser uma contribuição valiosa. A nossa preocupação levou-nos a formular a
seguinte pergunta:
16
percebemos que seria muito bom trabalhar o nosso tema, escolhendo como a amostra os
alunos e ver os seus modo de relacionar com os outros e os seus resultados escolares e
se a auto-estima influenciam as suas aprendizagem.
Limitação
Delimitação
Delimitamos o nosso estudo aos professores, alunos da 11ª classe dos cursos de
ciencias Fisicas e Biologicas e Economica e Juridica e encarregados de educação da
escola do ensino secundário nº4083 em Cacuaco.
17
CAPÍTULO II - ENQUADRAMENTO TEÓRICO
Auto-estima
Desempenho
1
Finalista de 2014 do curso de psicologia no ISKA
19
Este é um assunto, muito estudado, a nível da psicologia, e acreditamos ser do
consenso geral que o auto-conceito e auto estima tem uma implicação muito grande na
vida das pessoas, influenciando-as de forma positiva, ou negativa.
Branden (1981):
20
Nesse sentido o conceito que uma pessoa forma de si mesmo é determinado, em
parte, pelo conceito que ela pensa que os outros têm de si. Se desde a infância houver
uma interiorização de certos valores, estes terão, no futuro, a forma necessária para
fazer com que a pessoa se ponha a caminho para alcança-los, visto que os valores tem a
propriedade de orientar a conduta das pessoas.
De uma maneira geral podemos dizer que auto estima contém em si os conceitos
auto-conceito, o amor próprio e auto valorização e auto confiança, ou seja como disse
Maias, na sua publicação electrónica de 07 de Abril de 2005, de que a auto estima
constitui na “opinião acerca de si... somada ao valor ou sentimento que se tem de si
mesmo..., adicionando a todos os demais comportamentos e pensamentos que
demonstram a confiança, segurança e valor que o individuo dá a si... nas relações e
interacções com outras pessoas e com o mundo.
Dentre vários estudos realizados sobre esta matéria nós gostaríamos de destacar
alguns em que a auto estima e auto conceito estiveram como variáveis de análise.
Através desses mesmos estudos, conseguiremos vislumbrar a importância destes
conceitos na formação e desenvolvimento do ser humano enquanto ser social e
relacional.
Peixoto e Mata (1993, p. 413), concluíram no seu estudo que há uma influência
da variável idade para todos os domínios considerados e das variáveis sexo e nível
sociocultural para algumas áreas específicas do auto conceito.
21
No geral, as crianças que tiveram na prova específica de desempenho, maior
facilidade para leitura e escrita, com desempenho compatível à série cursada ou à faixa
etária, avaliaram-se mais positivamente que as crianças que tiveram maiores
dificuldades de desempenho nestas áreas, o que aponta no mesmo sentido da literatura,
na qual os autores encontraram nas crianças com dificuldade de aprendizagem
avaliações de baixo auto-conceito, comparativamente às crianças sem essa dificuldade.
(Ibidem).
De acordo com Peixoto (2004), no seu trabalho em que foi explorar as relações
entre qualidade das relações familiares, auto-conceito, auto-estima e desempenho
escolar, chegou a conclusão de que os resultados evidenciam efeitos principais de
desempenho escolar e da qualidade das relações familiares nas auto - representações. O
desempenho escolar introduz diferenças nas dimensões académicas do auto conceito,
mas não na auto estima.
22
quem todo lhe senta mau, tudo lhe desagrada, tudo lhe decepciona, nada
lhe satisfaz.
Tendências defensivas, um negativo generalizado (todo o vê negro: sua
vida, seu futuro e, sobretudo, seu sim mesmo) e uma inapetencia
generalizada do desfruto de viver e da vida mesma.
Segundo Natalie Branden, à medida que você desenvolva seu autoestima, tenderá
para o seguinte:
23
Será mais flexível ao responder a situações e desafios, movido por um
espírito de inventiva e inclusive uma capacidade lúdica, já que confiará em
sua mente e não verá a vida como uma fatalidade ou uma derrota.
Se sentirá mais cômodo com uma conduta enérgica (embora não
beligerante); será mais rápido para defender-se e falar por você mesmo.
Tenderá a preservar a harmonia e a dignidade em situações de stress, já
que a cada vez lhe resultará mais natural se sentir equilibrado.
24
Objecto, ou seja, seria o Eu enquanto conhecido; conhecido pelas características
materiais (corpo, família, bens) pelas características espirituais (estado de consciência,
faculdades psíquicas) e pelas características sociais (relações, papeis e personalidade),
características essas que tornam o sujeito como uma individualidade. (Marsh e
Shavelson, 1985 citado por, Albuquerque e Oliveira).
Susan Harter foi uma das investigadoras que trabalhou as várias dimensões da
auto-estima do sujeito, demonstrando que o sujeito pode ter uma baixa auto estima
numa dimensão uma auto estima média ou alta em outras dimensões. (Albuquerque e
Oliveira, s/d: 3).
25
física. Ao mesmo tempo que trabalhou as dimensões da auto-estima, também estudou a
sua manifestação em diferentes idades. Peixoto e Mata (1993,p.402)
Na idade pré – escolar de acordo com Papalia et col (2001), ocorre mudança no
auto - conhecimento do sujeito, à medida que a memória autobiográfica e uma teoria da
mente mais sofisticada se desenvolvem, ou seja, o auto conceito constitui o quadro
global das capacidades e traços de cada um; desenvolve-se gradualmente ao longo da
vida.
Ainda o mesmo autor afirma “embora de uma forma muito delicado se possa
verificar um pouco do valor próprio, que caracteriza a auto estima, nos sujeitos, antes
dos 8 anos, é só a partir dessa idade que se possa falar efectivamente do
desenvolvimento desse fenómeno no sujeito. As crianças na idade pré – escolar, não
estão equipadas cognitiva e socialmente para fazerem uma avaliação comparativa de
suas competências e capacidade”.
Susan Harter afirma que... “apesar das crianças mais novas conseguirem fazer
julgamentos acerca da sua competência em várias actividades, ainda não estão aptas
para os colocarem por ordem de importância e tendem em aceitar o julgamento dos
adultos, que frequentemente lhes dão um feedback positivo e acrítico” (Harter, 1990
citado por Papalia, 2001:356).
Ainda Harter, citado Crozier (2001,p.208) diz “ Entre los ocho y los doce años,
los niños pueden discriminar cinco campos del yo: competencia escolar, competencia
deportiva, aceptación social de los compañeros, conducta e apariencia física”. A sua
classificação continua até a idade adulta, passando pela fase da adolescência onde é
novamente valorizado muito o aspecto físico, que de acordo também com outros
autores, é muito valorizado pelas crianças mais novas.
Assim podemos dizer que a auto estima é algo que começa a formar-se e
desenvolver desde muito cedo, mas tendo em conta a capacidade cognitiva do sujeito,
ela só é manifestada, efectivamente, a partir da idade escolar, momento em que a
criança está preparada cognitivamente para se avaliar, competir e comparar com os
outros.
27
Segundo Enriksom (1982) citado por (Papalia, & col, 2001,p.466) um dos
principais factores determinantes da auto-estima é a visão das crianças acerca da sua
capacidade para o trabalho produtivo; a questão a resolver no período escolar é Industria
versus inferioridade. O “aspecto positivo”que se desenvolve após uma resolução bem
desenvolvida desta crise é a competência, uma visão de si próprio como sendo capaz de
dominar competências e completar tarefas.
Por seu turno, Hattie (1992),citado por ( Papalia, & col, 2001,p.466) refere que
termos como self, auto-estimação, auto-identidade, auto-imagem, auto-percepção, auto-
consciência, e auto-conhecimento têm sido utilizados indiscriminadamente como
sinónimos de auto-conceito, enquanto que termos como auto-respeito, auto-reverência,
auto-aceitação, auto-valor, auto-sentimento e auto-avaliação surgem muitas vezes em
substituição de auto-estima.
28
Autoestima derrubada:
O exemplo seria a adolescente que considera que ter um peso superior à moda é
uma grave antifaçanha, se descreve a si mesma como “uma gorda”. Ou o homem que
considera que não conseguiu suficiente sucesso na vida e considera isto uma anti-
façanha, se descreve a si mesmo como “um perdedor”. Observa-se que tanto a idade
como o gero mudam a posição no Mapa da Autoestima: enquanto para a adolescente
mulher o excesso de importância pode ser uma anti-façanha muito grave, para o homem
de idade o excesso de importância não o é mas se o é o não atingir certo sucesso na vida
que considera importante.
Autoestima vulnerável:
29
perder para demonstrar que não se importa com uma derrota ( proteger a seu orgulho
dessa derrota).
Autoestima forte:
São as pessoas que se vêem humildes, alegre, e isto demonstra certa fortaleza para
não presumir das façanhas e não lhe ter tanto medo às anti-façanhas. Pode ser animado a
lutar com todas suas forças para atingir seus projetos porque, se lhe sai mau, isso não
compromete sua Autoestima. Pode reconhecer um erro próprio justamente porque sua
imagem de si é forte e este reconhecimento não a compromete. Vivem com menos
medo à perda de prestígio social e com mais felicidade e bem-estar geral. No entanto,
nenhuma Autoestima é indestructivel, por situações da vida ou circunstâncias, pode ser
caído e sair de um ponto apertado a qualquer outro dos estados da Autoestima.
Baixa auto-estima faz uma cara de vida de uma pessoa com indiferença e atitude
negativa. Emoções pessoas são estimulados e têm o potencial de causar consequências
graves. As pessoas que não são fortes o suficiente para lidar com a baixa auto-estima,
pode destruir a sua vida. Baixa auto-estima é responsável por causar emoções extremas
que podem levar à depressão, tentativas de suicídio, transtornos mentais e físicas,
gravidez na adolescência ou a delinquência juvenil. Baixa auto-estima também é
responsável pela violência em adolescentes, causando danos físicos e mentais
irreparáveis.(Idem, 2016)
30
2.3.1 As causas mais comuns de baixa auto-estima
31
causa mais provável do abuso infantil são amigos da família, parentes,
vizinhos, estranhos e de acolhimento ou padrasto.
h) Desemprego: Uma pessoa que está desempregado sente inútil e impotente.
A falta de sustentar sua família, cria uma sensação de baixa auto-estima.
Pessoas que sofrem de baixa auto-estima tem esses sintomas básicos não são
facilmente encontrados.
Uma coisa boa sobre a vida, o que nos dá a capacidade de lidar com qualquer
situação que enfrentamos, incluindo a baixa auto-estima. Não deixe que o sentimento de
inutilidade que os impedem levando uma vida feliz. ((Site Salut, 2016)
32
2.4. A auto imagem
O uso da palavra no singular, no entanto, pode levar à ideia enganosa de que cada
pessoa tenha apenas uma auto-imagem (e uma autoestima). Na verdade esses dois
conceitos são antes contexto específicos e uma pessoa pode ter uma imagem de si como
um grande matemático e ao mesmo tempo como um esportista fracassado. Além disso
Kanning diferencia entre a auto-imagem individual, que se relaciona às características
que fazem a pessoa ser única, a auto-imagem coletiva, que são as informações sobre a
pertinência aos diferentes grupos sociais de que o indivíduo faz parte, e as autoimagens
potenciais, ou seja a imagem que a pessoa tem de si no futuro. Assim fica claro que a
auto-imagem e a auto estima são mutáveis - e dessa forma também o "si mesmo".
Grande parte da auto-imagem é construída na infância, mas mesmo na idade adulta,
quando ela já se estabilizou, permanece um conceito dinâmico. Esse caráter dinâmico
do si mesmo é condição básica para a psicoterapia. (Kanning, 2000)
“uma imagem é uma ilusão óptica. Quando nos chamamos ao espelho, o que
vemos que não existe em forma física, uma vez que é apenas a reflexão da nossa
pessoa. Existe apenas como ilusão óptica, uma mistura de luz e sombra.
Todavia, mesmo que a imagem reflectida no espelho não tenha a sua propria
existência, serve para permitir que nos vejamos a nós próprios. Pois não saberiamos se
estamos asseados ou desleixados se não fosse pela imagem reflectida no espelho. O
mesmo acontece com a imagem mental que temos de nós proprios. É uma ilusão
cognitiva que depende de nós para poder exister. É da responsabilidade pessoal de cada
um sobre que imagem mental ira desenvolver de si própria. (Idem, 2011, p19)
Para Mosquera (1987, p. 62), o autoconceito é “[...] aquilo que pensamos ser e
envolve a nossa pessoa, nosso caráter, o status, a aparência e, ao mesmo tempo, nossa
necessidade de nos projetar além do tempo”.
33
Stobäus (1983, p. 55) considera que o autoconceito “[...] fornece um quadro
referencial para o próprio sujeito, propiciando-lhe uma visão globalizadora da sua
própria pessoa”. Também afirma (p. 56) que o autoconceito forma-se por meio da:
34
Robinson, Tayler, & Piolat; (1990) baseia-se na teoria da identidade social para
tentar explicar o insucesso e o desinteresse escolar. De acordo com este autor, e
reportando-se ao contexto educativo, a primeira estratégia de protecção da identidade, a
mobilidade social, estará vedada à maioria dos alunos com insucesso, uma vez que a
maior parte destes dificilmente passará a ter sucesso (Peixoto, F (2004).
35
auto conceito global (entre .11 e .14) do que com o auto conceito escolar (entre .34 e .
41) ou com os auto conceitos específicos (entre .34 e .59).
Ultimamente, uma atenção especial tem sido dada pelas Ciências da Educação e
pela Psicologia, à questão da autoestima no processo educativo. No espaço escolar é
comum vivenciarmos os sinais de ocorrência da baixa autoestima e dificuldades de
aprendizagem apresentados pelos alunos, como o desinteresse pelas aulas e atividades,
notas baixas, cansaço, dificuldade de convivência, complexo de inferioridade, tristeza,
sentimento de culpa agressividade e timidez; um caminho inverso da capacidade
desenvolvida socialmente, descrita por Tiba (2002 apud Núñez, 2011, p.25)
36
mesma, se desvalorize e não se sinta merecedora de amor e respeito por parte dos
outros.
Desse modo, como evitar que a criança venha a se transformar em uma pessoa
com baixa autoestima, derrotada e falida em seus objetivos?
Pois, uma criança com a autoestima saudável é capaz de aprender com mais
facilidade, se relacionar bem com as pessoas, desempenhar suas funções com confiança
e competência ( Núñez, 2011, p.26-28 ).
37
Uma percepção positiva de si próprio contribui para o desenvolvimento de
atitudes correctas que irão, eventualmente, tornar-se a base para o sucesso ou insucesso
de qualquer coisa que tentar realizar.
38
O autoconceito não tem apenas um aspecto cognitivo (raciocínio), mas também
está relacionado com as nossas emoções, como nos sentimos acerca da percepção que
temos de nós próprios. De muitas formas, são os dois lados da mesma moeda. Estes são
dois elementos muito importantes da nossa pessoa.
39
aquilo de que gostamos ou não gostamos, ao desenvolvermos o nosso autoconceito. Isto
irá ajudar a criar uma auto-estima saudável (Núñez, 2011, p.30).
Por exemplo, segundo Núñez, (2011, p.32) a auto-estima da maioria das raparigas
diminui ao entrarem na adolescência. Uma explicação pode ser que, ao crescerem vão-
se apercebendo mais do papel de subserviência atribuído às mulheres, fazendo com que
se sintam intelectualmente inferiores. Para além disto, as raparigas vão percebendo as
mensagens da mídia que exaltam certas características físicas, as quais são geralmente
irrealistas e não constituem a norma para a maioria das pessoas. Com o passar do tempo
começam a ver-se como menos desejáveis.
1. O valor de uma pessoa não depende desta ser homem ou mulher, mas
!
simplesmente de ser humana.
2. As diferenças de auto-imagem entre homens e mulheres são motivadas por
valores subjectivos que não estão relacionados com a biologia.
3. Deus criou homens e mulheres à Sua imagem. Nenhum dos sexos deve
sentir-se inferior ao outro.
40
4. O seu valor depende exclusivamente da opinião que tem de si mesmo;
ninguém pode dizer-lhe o que pensar de si próprio.
5. Se é homem, este facto não o faz superior às mulheres. Se é mulher, não
tem razão para sentir-se inferior ao sexo oposto. Ambos os homens e
mulheres necessitam de entender que o seu valor como pessoas não
depende do seu género e sim da avaliação positiva das suas qualidades,
assim como da escolha do desenvolvimento de carácter e valores morais
que os ajudem a se diferenciarem dos demais.
41
Carl Rogers, desde seu famoso livro “O processo de converter-se em pessoa” em
adiante, descreve a terapia psicológica como uma forma de fortalecer a autoestima.
Propõe, entre outros muitas indicações que foram seguidas por aqueles que se
inscrevem dentro de sua escola, considerar ao paciente “cliente” para reforçar sua
participação e importância dentro do processo.
David Burns, em seu livro “Feeling good: the new mood therapy”, propõe
técnicas para subir o Autoestima:
42
Aprender a reconhecer os pensamentos automáticos, autocríticos e
disfuncionales que fazem sentir mau consigo mesmo.
Aprender a substituir pensamentos negativos por pensamentos mais
racionais e menos perturbadores.
Responder a tua crítica interna.
Trata-se, simplesmente, de repetir em voz alta frases que nos dão valor
para que essas frases se convertam em pensamentos e depois esses
pensamentos redirijam nossa vida.
43
CAPÍTULO III: METODOLOGIA
Para o presente estudo utilizamos o Método Qualitativo, uma vez que a análise
dos resultados assenta essencialmente na compreensão e descrição dos conteúdos
através dos dados recolhidos levando em consideração os nossos objectivos.
44
pela qualidade das amostras, ou seja, juntos de quem foi realizada a investigação
(Almeida e Freire, 2000, p.99)
3.3 Instrumentos
Para a recolha de dados foi utilizada a entrevista. A escolha da técnica tem a ver
com as características muito particulares do grupo que se pretendia estudar e das
variáveis que se pretendia analisar.
“A entrevista é o encontro entre duas pessoas a fim de que uma delas obtenha
informação a respeito de determinado assunto mediante uma conversação de natureza
profissional”(Michel,2005).
46
CAPÍTULO IV: ANALISE E APRESENTAÇÃO DOS DADOS
47
4.2 ANALISE DO CONTEÚDOS DAS ENTREVISTAS
1. Sobre a auto-estima
48
5. Consideração em relação aos seus alunos
Sobre as atitudes que toma com alunos com baixa auto-estima, 10 dos professores
disseram que dão exercícios nos alunos de maneira que ele possa sentir-se melhor com
ele e ainda a ajuda a melhorar as suas notas no caso de fraco desempenho; outros 4
responderam chamam os encarregados de educação e explica-lhe o estado do seu
educando o que pode ser feito para que ele melhora o seu amor-próprio e 1 dos
professores respondeu que procura chegar mais perto do alunos tornando mais amigo do
mesmo mostrando que ele é importante na sociedade e a sua formação poderá lhe abrir
outros horizontes melhores.
Porém, na nossa opinião além dos pressupostos colocadas aos professores devem
criarem na escola um gabinete psico-pedagógico para resolver situação desta natureza
conversando sempre com estes alunos.
Sobre o que achas importante fazer para ajudar os alunos a melhorar a sua auto-
estima na aquisição de conhecimento, a maioria dos professores concordam nas
49
respostas (N=11) ao dizer que é importante começar sempre uma aula bem disposto
apesar de qualquer problema isto vai fazer com o aluno esteja mais atento e
participativo na aula, houve ainda outros (4) que disseram que é importante que os pais
em conjunto com a escola criem espaços mais inclusivo onde o aluno se sinta que faz
parte deste lugar.
Questionado sobre que conselho deixas aos seus alunos sobre a importância da
auto-estima na convivência social e no desempenho escolar, os professores pediram que
os alunos sejam felizes com as pequenas coisas que a vida oferece, que valorizem-se
sempre independentemente do que os outros digam, outros pedira aos alunos que se
esforçassem mais nas aulas e nunca perder o amor-próprio pois isto é, dar valor naquilo
que a pessoa faz com carinho e dedicação.
50
4. Como se consideras?
Ao questionarmos os alunos sobre como se consideram a maioria 84 se
considerou que se consideram uma pessoa feliz, 59 responderam que se consideram
uma pessoa infeliz e outros 25 entrevistados que se consideram uma pessoa realizada.
5. Gostas de si mesmo?
Para sabermos como os alunos se consideram to seu auto conceito, questionamo-
los sobre se gostam de si mesmo, e tivemos três respostas onde 69 que gostam de si
muito, 80 alunos responderam que gostam-se pouco de si mesmo e 19 que gostam muito
pouco.
51
Quanto a isto os nossos entrevistados mostraram que mantnhem boas reações de
convivencias com os seus colegas, apenas pequeno grupo que mostrou-se que as suas
linhas de relação não são das melhores.
10. Consideras que para se ter boa auto-estima é importante termos bens
matérias?
Quando questionados se a boa auto-estima depende de bens materiais, a marias
respondeu que sim, 41 respondeu que não e uns que um pouco ajuda.
As resposta dos alunos mostram o conhecimento vago que eles possuem sobre a
importancia da auto-estima e o valor que eles dão nas coisas materias e não na
felicidade do bem-estar com ele mesmo.
11. Achas importante termos uma boa auto-estima para melhorar a nossa relação
com os outros?
Também procuramos saber soubre a boa auto-estima na relação social, as
respostas dos alunos foi satisfactoria pois quase que todos responderam que sim uma
boa auto-estima pode nos ajudar a sermos social com outros, e com nós mesmos, apenas
um pequeno grupo respondeu que não.
12. O que a escola em conjunto com encarregados de educação devem fazer para
melhorar a auto-estima dos alunos?
Na ultima pergunta, procuramos saber o que os alunos acham que deve ser feito
tanto a escola como os seus encarregados (pais) para melhorar a auto-estima e seu
desempenho escolar e tivemos varias opções de respostas pois alguns responderam seria
o maior acompanhamento na sua formação, outros que houvesse mais incentivos mesmo
quando as notas não são satisfactória, e tivemos uns outros que estejam mais motivados
52
quando transmitirem conhecimento e por último que fosse criado um espaço em que
todos se sentissem iguais e importante.
Aos encarregados de educação quando questionado sobre a causa que está na base
do baixo nível da auto estima na melhoria do desempenho do seu educando 8
responderam que é financeiro, 15 responderam que é a social, outros 5 que é a causa é a
psicológica e outros 10 que é a falta de acompanhamento dos mesmos.
53
começa enquanto a criança encontra-se no ventre da mãe, outros 2 encarregado
responderam que começa na adolescência.
Nesta questão a maioria dos encarregados concordou que SIM (23) afecta o
desempenho dos alunos 8 responderam que afecta um pouco apenas o desempenho dos
seus filhos; enquanto 7 encarregado respondeu não afecta em nada o desempenho do
seu filho.
54
CONCLUSÃO
55
Em conformidade com análise da entrevista aos professores podemos afirmar
que a maioria dos alunos tem um auto conceito auto estima valorizado, interferindo nas
suas aprendizagem de modo positivo. Afirmam a maioria, que os alunos são muitos
activos e persistente e gostam de aprender e estar na escola, eles sentem muitos seguros
firmes querem aprender como as crianças ditas normais e são muitos exigentes.
56
RECOMENDAÇÕES
Ao longo deste trabalho confrontamos com algumas situações ou pontos que não
foram pensados antes da investigação que consideramos importante que estudos
posteriores debrucem sobre eles. (o genero com índice mais elevado de baixa auto
estima; Que papel desempenham os pais e a comunidade na preparação dos
adolescentes na melhoria da auto estima)
Por isso aconselha-se que próximos estudos consideram este ponto para a
recolha de informações.
Esperamos que outros que vêm após nós tenham essa “boa sorte” e que outros
estudos, sejam feitos sobre a matéria permitindo um melhor conhecimento deste factor
condicionante do bem-estar do individuo e possibilitando uma melhor actuação, por
partes dos profissionais, dos pais e professores e todos interessados em conhecer e
ajudar os alunos.
57
SUGESTÕES
Sugerimos que a escola crie um espaço social para inclusão de todos os alunos.
Que a escola melhora o seu canal de comunicação e participação dos encarregado de
educação na forrmação do seu educando. Que tenha uma área especifica de um
especialista no comportamento humano no caso um psicologo para puder ajudar os
alunos a lidar com este problema
Aos professores que nunca percam a esperança dos alunos com mau
desempenho, porque todo o ser humano aprende alguns mais rapidos outros menos, que
leccionem sempre com muita motivação para que os alunos criem o amor e o incentivo
necessario da aula e não só.
Que criem um canal de ascutação dos alunos com baixa auto estima e com fraco
desempenho para puderem os ajudar.
58
BIBLIOGRAFIA
Ainscow, Mel, et al, (2007) Caminhos Para As Escolas Inclusivas, 2.ª edição,
Lisboa, instituto de inovação educacional;
Cubero, R.; Moreno, C (1995). Relações Sociais nos anos escolares: família,
escola, companheiros.
59
Pavan, S. M. A Escola e o Auto-conceito. (1993). Dissertação (Mestrado).
Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
4E. Debold,"Helping Girls Survive the Middle Grades", Principal, 74/3 (1995):
22-24.
Sitografia
http://sulla-salute.com/saude/saude-mental/as-causas-da-baixa-auto-estima.php ,
pagina visitada no dia 15/11/2016
60
Barraga, Natalie, C.(1983) Avaliação educacional de crianças deficientes da
visão. In: Encontro de educação especial, 1. Anais. São Paulo: USP, Faculdade de
Educação.
61
ANEXOS
ANEXOS N.º1
SEXO / IDADE
( ) Masculino ( ) Feminino ( ) Anos
NIVEL ACADEMICO
( ) Ensino Medio ( ) Bacharel ( ) Licenciado ( ) Mestre ( ) Doutor
PERIODO
( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite
ANEXOS 2
QUESTIONÁRIO APLICADA AOS ALUNOS
SEXO / IDADE
( ) Masculino ( ) Feminino ( ) Anos
PERIODO
( ) Manhã ( ) Tarde ( ) Noite
SEXO / IDADE
( ) Masculino ( ) Feminino ( ) Anos
3. SENHOR (A) PROFESSOR (A) QUAIS AS CAUAS QUE ESTÃO NA BASE DE BAIXA
AUTO-ESTIMA?
( )Negligência ( )Preocupação excessiva com o eu
( )Influência dos pais e da família, ( )Conquistas ( )Problema de saude
( )Problema financeiro ( )Exclusão social