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Conceitos
Objetivo da Unidade:
Introdução
Educação Positiva
#FICADICA
Considerações Finais
Referências
IN STR UMEN TO DE AUTOAVALIAÇÃO – PAR TE I
QUESTION B AN KS
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Introdução
A Psicologia Positiva, de acordo com o seu idealizador, Martin Seligman, busca identi car e
nutrir o que existe de melhor nos indivíduos para que o reconhecimento das virtudes
humanas possa contribuir para a prevenção das patologias e dos danos psicológicos.
A maioria dos psicólogos, segundo ele, no começo do século XX, atuava com o modelo da
doença e estava concentrado na terapia, ajudando aqueles que procuravam tratamento quando
seus problemas se tornavam insuportáveis.
De acordo com essa abordagem, a Psicologia deve também estudar as forças e as virtudes,
focando no que existe de melhor no ser humano, procurando desenvolvê-lo. Ela não se
sobrepõe às abordagens tradicionais, mas tem como objetivo complementar e trabalhar com a
prevenção, estimulando o orescimento do melhor em cada ser humano.
Educação Positiva
No início de 2008, Seligman se reúne com membros da Equipe da Geelong Grammar School
(GGS), escola australiana que foi a primeira a implementar os princípios da Psicologia Positiva
em toda Instituição de Ensino (NORRISH, 2015).
O termo aparece pela primeira vez em 2009, na publicação do artigo Positive Education: Positive
Psychology and Classroom nterventions (SELIGMAN et al., 2009).
Harvard: para algumas pessoas, ser feliz vem natural e facilmente. Outros
precisam trabalhar nisso. Como alguém se torna mais feliz? É aí que entra a
Psicologia Positiva. Este campo de pesquisa relativamente novo tem explorado
como as pessoas e as instituições podem apoiar a busca por maior satisfação e
signi cado.
A autora pontua a importância de se trabalhar para buscar as emoções positivas tanto em nós
quanto nas pessoas do nosso ciclo de relacionamentos, vez que o cultivo dessas emoções
pode constituir-se como um meio para alcançar o crescimento psicológico, bem como para
melhorar a saúde física e a psicológica.
Nessa direção, Seligman (2002) destaca que há evidências de que a emoção positiva funciona
como preditora de saúde e longevidade.
Fredickson (2013) descreve dez emoções positivas consideradas importantes, a saber: alegria,
gratidão, serenidade, interesse, esperança, orgulho, diversão, inspiração, admiração e amor.
Especi camente a alegria, que emerge quando as situações da vida da pessoa apresentam
inesperada boa sorte. A alegria é sentida, por exemplo, ao receber uma notícia boa ou uma
surpresa agradável.
A gratidão emerge quando se tem o reconhecimento de que outra pessoa foi responsável por
sua sorte inesperada e cria o desejo de ser gentil e generoso.
O orgulho pode ser sentido quando as pessoas sentem o reconhecimento adequado de algum
comportamento que foi socialmente valorizado.
A inspiração emerge quando as pessoas veem a excelência humana, por exemplo, quando
outra pessoa faz uma boa ação.
A admiração pode ser vivenciada em situações em que as pessoas se deparam com a bondade
e, por m, o amor, que parece ser a emoção positiva sentida com maior frequência, e emerge
quando outra emoção positiva é sentida em situações de conexão ou relações interpessoais
seguras (FREDICKSON, 2013).
Cejudo, López-Delgado e Rubio (2016) veri caram que pontuações altas em inteligência
emocional que se referem à capacidade adequada de interromper e regular estados emocionais
negativos e prolongar estados emocionais positivos estão relacionadas a níveis altos de
satisfação com a vida.
Os autores observaram, ainda, uma relação positiva entre inteligência emocional e resiliência,
sugerindo que as pessoas que lidam de forma adequada com suas emoções apresentam níveis
altos de resiliência.
Por sua vez, Santana e Gondim (2016) veri caram, em um estudo realizado com 231
brasileiros, que a regulação de emoções positivas se constitui uma condição favorável para o
bem-estar, assim como para autonomia e o domínio do ambiente, de modo que as pessoas
escolhem ou criam ambientes externos que são favoráveis às suas características pessoais.
Kern, Waters, Adler e White (2014), em estudo realizado com 516 estudantes australianos,
com o objetivo de avaliar o bem-estar utilizando o modelo PERMA, veri caram que as
emoções positivas foram associadas à satisfação com a vida, à esperança, à gratidão, ao
envolvimento na Escola, à vitalidade e à atividade física.
A propósito, muitas emoções positivas parecem apresentar benefícios para o aprendizado dos
alunos e a busca por metas acadêmicas desa adoras, sendo veri cadas emoções como prazer
em aprender, esperança de sucesso e orgulho acadêmico (PEKRUN; GOETZ; TITZ; PERRY,
2002).
O segundo elemento da felicidade é o engajamento, que está ligado a uma posição de entrega:
entregar-se completamente sem se dar conta do tempo e perder a consciência de si mesmo
durante uma atividade envolvente, chamada pelo autor de “vida engajada”.
O engajamento, segundo Seligman (2002), é algo diferente, até oposto de uma emoção
positiva, pois, ao perguntar às pessoas que se entregam a uma atividade o que estão pensando
e sentindo, elas geralmente dizem: “Nada”.
Ele defende que, no envolvimento, nós nos fundimos com o objeto e acredita que a atenção
concentrada exigida pelo engajamento consuma todos os recursos cognitivos e emocionais
que formam nossos pensamentos e sentimentos.
Para Seligman (2011), assim como a emoção positiva, o engajamento é avaliado e mensurado
apenas subjetivamente, com questões como “Você teve a sensação de que o tempo parou?
Ficou completamente absorvido pela tarefa? Perdeu a consciência de si mesmo?”
Para Seligman, a emoção positiva abrange todas as variáveis subjetivas do bem-estar, como:
prazer, êxtase, conforto, afeição e outras, trazendo um estado subjetivo no momento
presente.
O autor nos alerta para o fato de que o pensamento e o sentimento estão, geralmente,
ausentes durante o estado de engajamento e só podemos dizer que a tarefa foi divertida ou
maravilhosa em retrospectiva.
Então, ele conclui que, enquanto o estado subjetivo para o prazer (emoções positivas) está no
presente, o estado subjetivo para o engajamento é apenas retrospectivo.
Na visão de Martin Seligman, a emoção positiva e o engajamento atendem facilmente aos três
critérios a serem considerados elementos do bem-estar:
2 As pessoas buscam essas coisas por elas mesmas e não necessariamente para
obter qualquer um dos outros elementos, como o exemplo do autor: “eu quero
essa massagem nas costas mesmo que ela não traga nenhum sentido, nenhuma
realização e nenhum relacionamento”;
Clareza interna, sabendo o que deve ser feito com feedback interno imediato de que
está sendo bem feito;
A nal, se você não conhece suas habilidades e não acredita em si, é mais difícil se envolver
em atividades que nos levam a uma vida prazerosa, engajada e signi cativa.
De acordo com Seligman (2002), um dos pilares da Psicologia Positiva é o estudo dos traços
positivos do indivíduo, principalmente as virtudes, forças de caráter e também as habilidades.
1 Sabedoria;
2 Coragem;
3 Humanidade;
4 Justiça;
5 Moderação;
6 Transcendência.
Não deixe de fazer o teste e identi car suas forças de assinatura (são as seis primeiras. Por
meio delas, você reconhece aquilo que é mais seu, que faz parte da sua essência).
Por isso, pare um momento e re ita: você se sente capaz? Quanto você acredita em si próprio?
O que seria necessário para que você acreditasse em si mesmo profundamente?
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Martin Seligman – Martin Seligman fala sobre Psicologia Positiva
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Livros
Leitura
From Authentic Happiness to Well-being: The Flourishing of
Positive Psychology
SCORSOLINI-COMIN, F. et al. From authentic happiness to well-being: the ourishing of Positive
Psychology. Psicol. Re ex. Crit., Porto Alegre, v. 26, n. 4, p. 663-670, dez. 2013.
ACESSE
Sites
The New York Times | Yale's most Popular Class Ever: Happiness
Em 12 de janeiro de 2018, alguns dias depois das inscrições terem sido abertas em Yale para
Psyc 157, “Psicologia e a Vida Agradável”, cerca de 300 pessoas se inscreveram. Dentro de três
dias, o número mais do que duplicou. Cerca de 1.200 alunos, ou quase um quarto dos alunos
de Yale, foram matriculados. Nesta matéria, “Felicidade: a aula mais popular de Yale”, pode-se
entender um pouco mais sobre as motivações dos alunos que procuram o curso. Veja a
matéria completa no site do jornal The New York Times.
ACESSE
ACESSE
Instagram | Instituto Feliciência
ACESSE
Aplicativo | Cíngulo
O Cíngulo é aplicativo que promove uma “terapia guiada” de autoconhecimento através de
áudios e textos motivacionais.
Disponíveis nas seguintes versões: Android e IOS.
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Considerações Finais
Você sente que esta experiência trouxe mudanças para sua compreensão do mundo? Você
atinge as metas importantes que estabeleceu para si mesmo e foi capaz de realizar o proposto
no seu projeto?
Referências
BANDURA, A. Self-e cacy: toward a unifying theory of behavioral change. Psychological Review, v.
84, n. 2, p. 191, 1977.
CSIKSZENTMIHALYI, M.; ABUHAMDEH, S.; NAKAMURA, J. Flow. In: Flow and the foundations of
positive psychology. Springer, Dordrecht, 2014. p. 227-238.
MATA, L., PEIXOTO, F., MONTEIRO, V., SANCHES, C., & PEREIRA, M. Emoções em contexto
académico: Relações com clima de sala de aula, autoconceito e resultados escolares. Análise
Psicológica, 33(4), 407-424, 2015.
NORRISH, J. Positive education: The Geelong Grammar School journey. Oxford: Oxford University
Press, 2015.SELIGMAN, M. E. P. Felicidade Autêntica. São Paulo: Objetiva, 2004.
PEKRUN, R.; GOETZ, T.; WOLFRAM, T.; RERRY, R. P. Positive emotions in education. Beyond
coping: Meeting goals, visions, and challenges / ed. by Erica Frydenberg (Ed.). Oxford : Oxford
University Press, 2002, S. 149-173, 2002.
SCORSOLINI-COMIN, F. et al. From authentic happiness to well-being: the ourishing of Positive
Psychology. Psicol. Re ex. Crit., Porto Alegre, v. 26, n. 4, p. 663-670, dez. 2013. Disponível
em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79722013000400006&lng=pt&nrm=iso>. <https://doi.org/10.1590/S0102-
79722013000400006>. Acesso em: 9/04/2021.
Estudante,
Você levará alguns minutos para preencher as informações. Responda honestamente, pois a
partir dos dados você terá material para aprimorar seus processos acadêmicos e sociais.