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A singularidade dos fenômenos mentais na Teoria do Aspecto Dual de Thomas

Nagel

Poster · October 2020

DOI: 10.13140/RG.2.2.19195.34086

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Heder Silva Almeida Marcos Alves

São Paulo State University São Paulo State University
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 A singularidade dos fenômenos mentais na Teoria do Aspecto Dual de
Thomas Nagel
Heder da Silva Almeida, Marcos Antonio Alves, UNESP Faculdade de Filosofia e Ciências, Curso de
Filosofia, heder1916@gmail.com , bolsa PIBIC/CNPq.
Palavras Chave: fenômenos mentais, objetividade, dualismo.
Introdução
Será que os fenômenos mentais possuem um
caráter objetivo? Essa é umas das questões
filosóficas abordadas por Thomas Nagel em sua
obra “Visão a Partir de Lugar Nenhum”. Tal questão
está na base do problema mente-corpo e norteia
sua teoria do aspecto dual.
A teoria do aspecto dual tem como objetivo abarcar
aspectos que envolvem a subjetividade da vida
mental e a objetividade física em uma visão de
mundo unificada. Para o autor, a objetividade física
se afasta o máximo possível das perspectivas
particulares dos indivíduos e trabalha com
qualidades primárias subjacentes, tais como a
forma, tamanho, peso e movimento. Ao nos
afastarmos das perspectivas individuais,
conseguimos uma ótima ferramenta para explicar
os fenômenos físicos da realidade. No entanto, o
problema é que deixamos uma parte desse real de
fora, quais sejam, os fenômenos mentais. Para
Nagel (2004) se desejamos uma visão de mundo
completa, não podemos deixar de lado tais
aspectos mentais, que são subjetivos. O avanço do
conhecimento na física deu-se através do
distanciamento dos pontos de vistas particulares.
Entretanto, um entendimento adequado dos
fenômenos mentais exige um processo contrário.
Nagel defende a busca de um conhecimento
objetivo da mente, pois a objetividade expande o
nosso conhecimento em determinada área,
propiciando assim, o conhecimento de coisas que
ainda não concebemos. Nesse sentido, Nagel
sugere que é expandindo a concepção de
objetividade e incluindo os fenômenos mentais
subjetivos que vamos expandir nosso conhecimento
sobre eles. No entanto, precisamos buscar o tipo de
objetividade adequada para o assunto que se tenta
entender. Se uma concepção objetiva da mente for
possível, ela deve admitir a singularidade dos
fenômenos mentais para que assim possamos
desenvolver teorias e conceitos com o propósito de
entendê-los.
Objetivo
Analisar criticamente a proposta dualista de
Thomas Nagel, considerando a sua posição no
XXXII Congresso de Iniciação Científica
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tocante à impossibilidade de uma concepção física
reducionista dos fenômenos mentais.
Material e Métodos
Os materiais para este trabalho foram livros e
artigos especializados. Sendo como método nossas
análises críticas desses materiais.
Resultados e Discussão
Para Nagel, em sua teoria do aspecto dual,
fenômenos mentais como as emoções, crenças,
desejos, sensações qualitativas e a subjetividade
são propriedades do cérebro. Mas eles são um tipo
de propriedade diferente das propriedades físicas.
Estas incluem todas as características e atividades
cerebrais observáveis, passíveis de uma análise
física objetiva. Já as propriedades mentais, dado
suas características irredutíveis ao físico, não
podem ser descritas em termos meramente físicos,
pois não conseguimos explicar satisfatoriamente,
através destes termos, o que são ideias,
pensamentos e emoções. Portanto, para Nagel, em
sua teoria do aspecto dual, o cérebro é uma porção
de matéria tão complexa que é capaz de instanciar
propriedades físicas e propriedades mentais, sendo
essas emergentes do físico, em particular das
conexões cerebrais.
Conclusões
Concluímos que a concepção física, da
objetividade, é inadequada para fomentar um
conhecimento objetivo dos fenômenos mentais. E
se desejarmos uma concepção completa da
realidade, precisamos expandir nossas noções de
objetividade a fim de desenvolver conceitos e
teorias que admitam a singularidade de tais
fenômenos.
Agradecimentos
Agradeço ao meu orientador pela sua instrução e ao
CNPq pelo financiamento desta pesquisa.
____________________
Nagel, T. (1979b), “Subjective and Objective”. In Mortal Questions,
Cambridge: Cambridge University.
Nagel, T. (1986), Visão a Partir de Lugar Nenhum, trad. Silvana Vieira,
São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Nagel, T. Uma breve introdução à filosofia, trad. Silvana Vieira, 2016.