Você está na página 1de 2

Problemas Epistemológicos contidos na Inteligência Artificial.

Erro contido na equiparação entre dois organismos distintos: a mente humana e a


programação do autômato (seres cibernéticos por construção x seres cibernéticos por
natureza)

Antes da associação entre ambos seres (somente por analogia) é necessário afirmar
suas distinções para não entrar nas confusões epistemológicas contidas na concepção
de que as máquinas podem reproduzir processos mentais, assim como os seres humanos
(seus criadores).

A confusão não se resume a um problema de definição, seja do que é inteligência,


mente ou pensamento. Mas sim um problema de reconhecer o significado existencial da
relação entre o homem e as máquinas cibernéticas.

Distinções metodológicas: formal x dialético - Uso indiscriminado da analogia pela


metodologia formal, que por ser a primeira etapa nas ciências cibernéticas (etapa
operacional), sem a devida crítica e aprofundamento realizado pela dialética recai
nos erros epistemológicos como da redução da mente as operações realizáveis pela
máquina cibernética.
Analogia funda-se na semelhança e possui caráter de probabilidade. Nunca chega a
ter valor universal na ciência. Torna-se legítimo, unicamente se reconhecer seus
limites metodológicos e não ser generalizável com conclusões universais.
Ninguém pode extrapolar a igualdade de comportamento para uma igualdade de
essência" (p.106)
-São plano distintos de organização da matéria, com distintas leis de regulação do
movimento e transformação da matéria. São planos qualitativamente distintos.
Existe uma grande distância entre a representação de processos mentais e as
operações que antes eram exclusivos da mente humana transpostos a maquinismos
elétricos que reproduzem os processos formais dos processos vividos pela mente
humana.
Distinção do sistema vivo e do sistema inerte - Não são do mesmo gênero e não se
equiparam. Há uma relação de analogia (somente produzida pela mente humana), mas
não há uma relação de identidade. O uso da analogia supõe a não identidade.
Os métodos de simulação não alcançam o plano da explicação, neste plano somente o
pensamento em ato consegue adentrar. Nível representativo x Nível explicativo

Crítica ao reducionismo dos seres cibernéticos por natureza (seres humanos) aos
seres cibernéticos por construção (maquinismos, inteligência artificial)

Os humanos sempre criaram instrumento que capacitaram o processamento das


informações que o ambiente lhe fornece, todavia com as máquinas cibernéticas ocorre
o processamento de informações sobre informações. Devido este salto, foi possível o
paralelismo por analogia entre ambos seres distintos em qualidade. Sendo que é o
cérebro humano que introduz a progrmação dos dados na máquina e extrai dela indo
além, pois é ele que possui a capacidade interpretativa das informações geradas e
colidas da inteligência artificial. Isto ocorre, pela capacidade distintiva do ser
humano de possuir autoconsciência.
As máquinas ditas pensantes, são aparelhos de segundo grau. Precisam da informação
de 1 graus gerada exclusivamente pelos seres humanos em sua relação com o meio em
que vive e com sua relação social com as outras pessoas.
Sua realidade instrumental não pode ser esquecida.

Superar o nível superficial de analogia entre os seres distintos em qualidade. Sem


essa superação há o risco de se cair nos reducionismo existentes e na concepção de
identidade entre ambos seres distintos.

Finalidade - Intencionalidade
O cérebro humano constitui o papel de código genético para a máquina (aquilo que a
natureza fornece ao homem, o homem deve fornecer a máquina)

Justificativa (p.169)

Você também pode gostar