Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESENHA
No capítulo II do livro a microfísica do poder, escrito por Michel Foucault, em que está
dividido em tópicos enumerados; se inicia sua fala sobre a genealogia, e criticando Paul Rée e
por descrever sua ideia de uma linearidade e conformidade utilitária da moral. Na genealogia,
pelo seu caráter minucioso, acaba que por dando destaque as demasiadas reviravoltas e pontos
de mudanças, a eventos que podem passar despercebidos para tal história do período de
Nietzsche. A genealogia seria uma disciplina que requer paciência e erudição, onde se oporia
as ideias de “origem” ligadas a uma metafísica.
Foucault logo mostra que foi empregado por Nietzsche o termo Ursprung (Origem) em
conjunto com os termos, Entestehung (Destruição), e Herkunft (Origem) Bkunft e Geburt
(Nascimento) obtendo uma variável significância, uma era sobre a falta do mesmo ou “a
propósito do dever moral” (Foucault, 1979, p. 12), na Genealogia da Moral. Na Gaia Ciência
seria do que se constitui a origem, sua lógica. Outra forma empregada por Nietzsche do termo
Ursprung é de forma irônica e em contraponto a ideia de uma origem metafísica idealizada, e
de uma filosofia que prega o estudo de começos, pois em certas ocasiões, como acentua
Foucault, procurar por uma origem estática e imutável e ver nela a “essência exata da
coisa”(Foucault, 1979, p. 17), é ignorar uma grande parcela de eventos e características, que
também contribuíram para a constituição desse objeto, escondidas por essa “origem”. Podemos
aprender através da história, que não há de fato uma essência mas um conjunto de acasos. Para
o autor, os metafísicos exageram, ao achar que existia um plano onde tudo tinha sua essência
em perfeição, antes de tudo, enquanto a o limiar da história do homem que se achava divino,
está seu ancestral primata.
Então trabalhar com a genealogia é usar da história para desmistificar as origens,
meticulosamente, em busca de verdades, de chegar o mais próximo dela, pois a “ a verdade e
seu reino originário tiveram sua história na história. ” (Idem, p. 19), onde a verdade é imutável,
mas passível de analises, e de questionamentos, para que se aproxime dela. Numa analogia com
o corpo humano, conhecer os detalhes da história é como um médico deve conhecer o corpo
humano afim de diagnosticar seus problemas, assim é o papel do genealogista afim de conhecer
as demasiadas origens.
O autor afirma que existem três formas uso do sentido histórico, se opondo umas aos
outros:
Assim ele implica que a primeira seria como um carnaval organizado, onde se brinca
com as identidades, parodiando a história monumental. O segundo, no sentido de que uma
identidade coletiva se sobrepõe a complexidade existente em cada indivíduo, e que é variante a
cada temporalidade e localidade e tende a demarcar suas diferenças de outras épocas e
sociedades, além disso essa identidade é acumulativa, se desenvolve se modifica com o tempo,
numa genealogia. O terceiro, é sobre o saber histórico ser neutro, despojado de idiossincrasias,
mesmo partindo de um objetivo pessoal e enxergar as injustiças nos processos históricos, se
deve separar seus sentimentos pessoais afim de um conhecimento tido como “absoluto”.
Citando Nietzsche em Aurora: