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1.

INTRODUÇÃO

A Terapia Comportamental Dialética foi desenvolvida no início da década de 80


pela psicóloga Marsha Linehan. Também conhecida como DBT, é uma das principais
abordagens da chamada 3ª Onda em Terapia Cognitiva, em que as intervenções
terapêuticas possuem um caráter mais integrativo, priorizando o relacionamento
terapeuta-paciente.
A psicologia positiva é um movimento recente dentro da ciência psicológica que
visa a fazer com que os psicólogos contemporâneos adotem "uma visão mais aberta e
apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas" (Sheldon &
King, 2001, p. 216),[1] enfatizando mais a busca pela felicidade humana que o estudo
das doenças mentais.
Historicamente, a Psicoterapia Positiva teria sido desenvolvida com a intenção
de promover a felicidade genuína e um maior senso de bem-estar a pessoas que já eram
consideradas psicologicamente saudáveis.
Atualmente, a Psicoterapia Positiva, quando não utilizada exclusivamente,
trabalha em conjunto com a Psicoterapia Tradicional em benefício de seus participantes.
De acordo com o pesquisador Martin Seligman – uma das principais autoridades
em Psicologia Positiva – a PPT tem o poder de ampliar e aprimorar o objetivo da
Psicoterapia Tradicional de ajustar aquilo que estaria causando problemas, ao construir
também pontes para o alcançar de elementos genuinamente positivos da vida de cada
um.

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2.OBJECTIVOS

Nenhum pesquisador poderá ter êxitos no seu trabalho, se não traçar as metas
a atingir. Sendo assim, para o estudo que pretendemos realizar, formulamos os
seguintes objectivos:

2.1. Geral:
 Compreender a Terapia Comportamental Dialética.

2.2. Específicos:
Descrever os seguintes subtemas:

 Breve histórico da terapia comportamental dialética;


 Características da Terapia comportamental dialética;
 Evidências em terapia comportamental dialética;
 Principais habilidades abordadas na terapia comportamental e dialética;
 Funcionamento da Terapia Comportamental Dialética;

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 Estágios da Terapia Comportamental Dialética;
 Quando usar a terapia comportamental dialética?;
 Comportamentos que interferem na terapia.

3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1.Conceito
A psicologia positiva é uma das novas ciências por trás do estudo do
comportamento humano. Ao entender como se tornar verdadeiramente feliz, a pessoa
pode focar nas qualidades positivas da vida inclusive no ambiente de trabalho. Muito
além de consultórios, a psicologia positiva já é estudada e aplicada em consultorias,
processos de coaching e demais tipos de treinamento e capacitação.
Objectivo da terapia positiva
A terapia positiva é o estudo científico “daquilo que faz a vida valer a pena”.
Sua abordagem a pensamentos, sentimentos e comportamentos possui foco nas forças
de uma pessoa em vez de focar em suas fraquezas.
O objetivo da psicologia positiva é ajudar as pessoas a construírem uma
realidade boa para elas mesmas, ao contrário de outros métodos que buscam focar no
passado e somente consertar aquilo que é considerado “ruim”.

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Em sua aplicação prática, a disciplina busca focar nos eventos positivos que
influenciam a vida das pessoas, como:
 Experiências positivas: aquilo que lhes traz felicidade, que lhes inspira e
suscita o amor;
 Estados positivos: situações que geram gratidão, sentimento de
resiliência ou compaixão;
 Instituições positivas: os princípios positivos que aplicam nas
organizações em que estão envolvidas incluindo seu trabalho.
Como um campo da psicologia, essa disciplina se preocupa em entender a força
de caráter, a felicidade, o bem-estar, a gratidão, a compaixão, a autoconfiança, entre
muitos outros aspectos bons da vida.
História
Embora as pessoas venham discutindo a questão da felicidade humana pelo
menos desde a Grécia Antiga, a psicologia tem sido criticada por seu direcionamento
preponderantemente voltado às questões de doença mental, em vez da "sanidade"
mental. Vários psicólogos humanistas, tais como Abraham Maslow, Carl Rogers, Erich
Fromm e Carl Jung, desenvolveram teorias e práticas bem-sucedidas que envolvem a
felicidade humana, a despeito da falta de evidência empírica sólida ao tempo em que
desenvolveram seus trabalhos. Seus sucessores não deram sequência à obra, enfatizando
a fenomenologia e histórias de casos individuais.
Recentemente, as teorias de desenvolvimento humano desenvolvidas pelos
psicólogos humanistas encontraram suporte empírico em estudos feitos por psicólogos
positivos e humanistas, especialmente na área da teoria autodeterminante.
Pesquisadores empíricos neste campo de estudo incluem Donald Clifton, Albert
Bandura, Martin Seligman, Armindo Freitas-Magalhães, Ed Diener, Mihaly
Csikszentmihalyi, C. R. Snyder, Christopher Peterson, Shelley Taylor, Barbara
Fredrickson, Charles S. Carver, Michael F. Scheier e Jonathan Haidt.
Alguns dos principais fatores correlacionados com felicidade estudados foram:
 Amigos íntimos e presentes (Myers, 2000);
 Fazer atividades voluntárias para desenvolvimento de si e de outros
(Larson, 2000);
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 Estabelecer uma relação familiar de apoio e estímulo ao desenvolvimento
de habilidades (Winner, 2000);
 Relações saudáveis no ambiente de trabalho (Turner, Barling &
Zacharatos, 2002).
A psicologia da saúde e outras ciências da saúde também tem demostrado já há
algumas décadas o interesse de mudar o foco do processo saúde-doença para o bem
estar e medidas preventivas ao invés de se focar na doença quando ela já está presente e
remediar como a medicina tradicional.
Fundamentos da terapia positiva
Esta vertente busca se aprofundar nos princípios por trás da felicidade das
pessoas. Ao aplicá-la, enfatiza-se o desenvolvimento da inteligência emocional, bem-
estar e alegria do indivíduo. Referente aos pilares, já explicamos os 3 principais (e ainda
vamos voltar a eles logo em seguida). No entanto, em seu próprio trabalho, Seligman
viu que existe certo padrão para o bem-estar.

 P – Positive emotions (Emoções positivas):


Emoções positivas podem surgir em vários momentos, como quando se é grato
quanto a eventos passados ou capaz de se divertir no momento presente e mesmo ao ser
otimista sobre o futuro.
 E – Engagement (Engajamento):
Para melhorar o bem-estar, também é importante desenvolver um senso de
engajamento com as atividades que se pratica. Essa sensação é responsável pelo “fluxo”
(que Csikszentmihalyi criou), que diz respeito à sensação de ser suficiente para cumprir
um objetivo ou encarar um desafio específico.
 R – Relationships (Relações):
Como seres sociais, os indivíduos geralmente dependem da construção de
conexões com outras pessoas para prosperar, e o apoio que derivamos dessas conexões
pode dar propósito e significado à vida.
 M – Meaning (Significado):

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Experimentar emoções positivas não é suficiente para levar uma vida feliz. É
necessário encontrar o significado da felicidade, servindo a uma causa maior — como
uma ação de caridade, por exemplo.
 A – Accomplishment (Realização):
É o sentimento que se busca ao alcançar objetivos e atingir o “sucesso”. É a
sensação que impulsiona as pessoas e contribui para o verdadeiro bem-estar.
Terapia positiva: a relação com autoestima e ansiedade
Uma das grandes contribuições da psicologia positiva é incentivar as pessoas a
descobrirem e nutrirem suas forças de caráter. Assim, destaca-se a necessidade de
transformar a perspectiva negativa da vida e seus problemas a partir de uma visão mais
otimista.
Isso se aplica para todas as situações, especialmente àquelas que envolvam a
autoestima e também que geram ansiedade. Segundo prega a psicologia positiva, a
positividade é uma das principais forças motrizes da vida.
Em nosso dia-a-dia, é como experimentarmos experiências e situações de todos
os tipos: boas ou ruins. Porém, muitas vezes, parece mais fácil se concentrar nos
resultados negativos, ignorando o efeito das coisas boas — que podem servir para
remediar as ruins.
Uma das aplicações da psicologia positiva é justamente focar nesse último
ponto, de modo a levar a pessoa a se voltar àquilo que é positivo em sua jornada. Desse
modo, é possível trabalhar o bem-estar, desenvolvendo emoções e comportamentos
positivos que amenizem (e, no melhor dos casos, mitiguem) sintomas como ansiedade e
problemas de autoestima.
Forças catalisadoras da cura
A terapia positiva avalia, valoriza e amplia o que é bom para os pacientes – sem
minimizar seu sofrimento – e usa essas forças como catalisadoras da cura. No entanto,
seu objetivo é complementar – não competir – com a abordagem tradicional.
O cultivo intencional de emoções positivas marca pontos fundamentais na
psicoterapia positiva, pois elas ampliam os repertórios de ação, aumentam a
flexibilidade mental, elevam o enfretamento baseado na compreensão e estimulam o
envolvimento em novas atividades e relações sociais.
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Por mais que as emoções positivas sejam breves, como micromomentos, elas
têm consequências duradouras por construírem recursos pessoais duráveis. Emoções
positivas desencadeiam mais emoções positivas, levando o indivíduo a vivenciar
espirais ascendentes de bem-estar.
Em contraponto, as emoções negativas tendem a estreitar o repertório cognitivo
e comportamental das pessoas, uma vez que redirecionam aos comportamentos
defensivos, com foco em ameaças e sentimentos de impotência.

Relação terapêutica

O acolhimento, a empatia e o estilo de posicionamento do terapeuta também


devem ser considerados e receber destaque para a eficácia da terapia.
O papel da relação terapêutica é fundamental para auxiliar a acolher toda carga
emocional que os pacientes trazem e também conduzi-los na construção do bem-estar.
Para a psicologia positiva, a felicidade duradoura pode ser construída desde que o
indivíduo, intencionalmente, inclua ações de práticas de bem-estar. Por isso, dentro da
psicoterapia positiva, o profissional deve ser aquele que ensina tais habilidades
cognitivas, comportamentais e emocionais.

Da mesma forma, é preciso utilizar sua postura para construir uma relação de
confiança que auxilie o indivíduo a ir para a ação. O fortalecimento das relações
terapêuticas na terapia positiva pode se dar na investigação, na apreciação de
características e experiências pessoais positivas como, por exemplo, compartilhamento
de emoções positivas, forças, virtudes e relacionamentos, ou seja, não apenas na análise
dos problemas trazidos no discurso do cliente.

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4.CONCLUSÃO

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5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Linehan, M. M. (1993). Cognitive-Behavioral Treatment of Borderline Personality


Disorder. New York: Guilford Press.
2. Linehan, M. M. (1993). Skills Training Manual for Treating Borderline Personality
Disorder. New York: Guilford Press.
3. Miller, A. L., Rathus, J. H., Linehan, M. M. (2007). Dialectical Behavior Therapy
with Suicidal Adolescents. New York: Guilford Press
4. Safer, D. L., Telch,C. F., Chen E. Y. (2009) Dialectical Behavior Therapy for Binge
Eating and Bulimia. New York: Guilford Press

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