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Gestão de passivo circulante

De acordo com Santos (2009). "Passivo circulante corresponde as contas que sejam
realizáveis dentro do exercício social da empresa, prazo este de 12 meses da demonstrações
do balanço patrimonial. Também é conhecido como exigível a curto prazo.

As obrigações do passivo circulante deverão ser liquidadas com uso do ativo circulante,
que é o grupo de ativos resultante da operação empresarial, como contas a receber dos
clientes.

Inclui-se no passivo circulante empréstimos para aquisição de direitos do ativo não-


circulante, desde que os valores a serem pagos vençam no exercício seguinte.

Exemplos de passivo circulante


São incluídas enquanto subcontas do passivo circulante da empresa:
 Salários, férias, provisões e demais direitos e participações relativas aos funcionários
 Impostos
 Fornecedores
 Aluguer
 Bancos e instituições financeiras
 Créditos de sócios e accionistas

Automatizar as contas a pagar pode poupar tempo e dinheiro. Grande parte da economia vem
da eliminação do processamento de facturas impressas — um processo demorado de
conciliação de ordens de compra com facturas, verificação de recebimento de produtos,
emissão e remessa de cheques. Durante décadas, praticamente todas as grandes empresas
empregaram dezenas de escriturários para realizar essas tarefas.

1.1 Passivo Espontâneos

Segundo Gitman (2010, p. 582). Os passivos espontâneos originam ̵ se das actividades


rotineiras da empresa. As duas principais fontes espontâneas de financiamento de curto prazo
a pagarem a fornecedores e as despesas a pagar. O aumento das vendas de uma empresa
provoca o crescimento de suas contas a pagar, em reação ao maior volume de compras
necessário para atender aos maiores níveis de produção. As despesas a pagar também
aumentam em decorrência da elevação da folha de pagamento e dos impostos devidos.
Normalmente essas formas de passivo circulante não apresentam, um custo explícito, embora
contenham certos custos implícitos. Além disso, ambas constituem uma forma de
financiamento de curto prazo sem, garantia ̵ isto é, fundos obtidos sem a necessidade de
oferecer ativos específicos.

1.1.2 Administração de contas a pagar

Segundo o mesmo autor Gitman (2010, p. 582), "afirma que as contas a pagar são a principal
fonte de financiamento de curto prazo sem garantia, resultam de transações nas quais se
compram mercadorias, mas não se assina uma nota que comprove a divida do comprador
com o vendedor"

O comprador concorda em pagar ao fornecedor o valor exigido, segundo os termos de crédito


normalmente especificados na factura. Aqui, a discussão das contas a pagar da ̵ se do ponto
de vista do comprador.

1.2.1 Papel no ciclo de conversão de caixa

Para Gitman (2010, p. 583). O prazo médio de pagamento é o componente final do ciclo de
conversão de caixa. Ele se divide em duas partes: (1) o tempo decorrido entre a compra de
matérias- -primas e a remessa do pagamento pela empresa e (2) a duração do float (o tempo
decorrido entre a remessa do pagamento pela empresa e a retirada, pelo fornecedor, dos
fundos da conta da empresa).
A meta da empresa é estender o prazo de pagamento ao máximo, sem prejudicar seu rating
de crédito. Isso significa que as contas devem ser pagas no último dia possível, dados os
termos de crédito anunciados pelo fornecedor.
Análise dos termos de crédito
De acordo com Santos (2009). “Os termos de crédito que os fornecedores oferecem a uma
empresa permitem a ela postergar o pagamento das compras realizadas. Como o custo do
fornecedor de ficar com os fundos empatados em mercadorias após a venda provavelmente já
está reflectido no preço de compra, o comprador paga indirectamente por esse benefício”.
Segundo Gitman (2010, p. 583) “afirma que Ele deve, portanto, analisar detidamente os
termos de crédito para determinar a melhor estratégia de crédito mercantil. Se forem
oferecidos termos de crédito que incluam um desconto financeiro, a empresa terá duas opções
— aproveitar ou rejeitar o desconto financeiro”.
Aproveitamento do desconto financeiro. Se a empresa pretende aproveitar o desconto
financeiro, deve pagar no último dia do prazo de validade do desconto. Não há custo
associado ao aproveitamento de um desconto financeiro.
Exemplo: A Lawrence Industries, operadora de uma pequena rede de videolocadoras,
comprou $ 1.000 em mercadorias em 27 de fevereiro de um fornecedor que oferecia termos
de 2/10 líquido 30 dias a contar do final do mês (FDM). Se a empresa aproveitar o desconto
financeiro, deverá pagar $ 980 [$ 1.000 – (0,02 × $ 1.000)] em 10 de março, economizando $
20.
De acordo com mesmo autor Gitman (2010, p. 583) “Não aproveitamento do desconto
financeiro. Se a empresa optar por rejeitar o desconto financeiro, deverá pagar no último dia
do período de crédito. Há um custo implícito associado a essa renúncia”. O custo de
renúncia a um desconto financeiro é a taxa de juros implícita paga para postergar o
pagamento de uma conta por mais alguns dias.

Tabela 1, fonte Gitman (2010, p. 583). Princípios de administração financeira

Para calcular o custo de renúncia ao desconto financeiro, o preço real da compra deve ser
encarado como o custo da mercadoria com desconto, que é de $ 980 neste caso. O custo
percentual anual por rejeitar o desconto financeiro pode ser calculado por meio da Equação:
DF 365
 Custo de renúncia ao desconto financeiro = ×
100 %− DF N
Onde
DF = desconto financeiro, em termos percentuais
N = número de dias pelos quais o pagamento pode ser postergado com a renúncia ao desconto
Financiero.
Substituindo na equação. Os valores de DF (2%) e N (20 dias), temos um custo anualizado
de renúncia ao desconto financeiro de 37,24% [(2% ÷ 98%) × (365 ÷ 20)]. Supõe -se um
ano de 365 dais.
365
 Custo aproximado de renúncia ao desconto financeiro = DF ×
N
Quanto menor o desconto financeiro, mais próximo será o resultado do custo efectivo de
renúncia. Usando essa aproximação, o custo de renúncia ao desconto financeiro para a
Lawrence Industries seria de 36,5% [2% × (365 ÷ 20)].
Efeitos de alongar o prazo de pagamento de contas
De acordo Gitman (2010, p. 584) “ afirma que Uma estratégia frequentemente usada pelas
empresas consiste em alongar o prazo de pagamento de contas — ou seja, pagar as contas
o mais tarde possível, sem prejudicar o seu rating de crédito”. Estratégia pode reduzir o custo
de não aproveitamento de um desconto financeiro.
Embora o alongamento do prazo de pagamento de contas possa ser financeiramente atraente,
levanta uma questão ética importante: pode fazer com que a empresa infrinja o contrato que
firmou com seu fornecedor ao comprar a mercadoria. É claro que os fornecedores não verão
com bons olhos os clientes que, de forma regular e proposital, adiam o pagamento de suas
contas.
Despesas a pagar
A segunda fonte espontânea de financiamento de curto prazo é representada por despesas a
pagar. São passivos gerados por serviços recebidos, mas ainda não pagos. Os itens mais
comuns nessa categoria são salários e impostos. Como os impostos são pagamentos efetuados
ao governo, seu retardamento não pode ser manipulado pela empresa. Entretanto, a
acumulação de salários a pagar é possível até certo ponto. Isso se faz pelo adiamento desse
pagamento, o que equivale a um empréstimo sem juros obtido dos funcionários, os quais
serão pagos algum tempo depois da prestação do serviço. (Gitman,2010, p. 585).
Já aqui podemos assumir que o prazo de pagamento a trabalhadores horistas é
frequentemente regido por normas sindicais ou pela legislação federal ou estadual. Em outros
casos, contudo, a frequência de pagamento fica a critério da administração da empresa.
Fontes de Empréstimos de Curto prazo sem Garantias
Para Gitman (2010, p. 585) “diz que as empresas obtêm empréstimos de curto prazo sem
garantias de duas fontes principais: bancos e emissão de notas promissórias comerciais
(commercial papers). Ao contrário das fontes espontâneas de financiamento de curto prazo
sem garantias, os empréstimos bancários e os commercial papers são negociados e resultam
de iniciativas do administrador financeiro”

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