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Universidade Lúrio Docente: Alice Martins

Unilúrio Business School Docente Assistente: Ana Cristina

Economia de Moçambique – 4º ano Estudante: Samuli Eusébio

Os desenvolvimentos ocorridos no segundo semestre deste ano indicam que o abrandamento do


desempenho económico de Moçambique pode ser persistente e levar à transição da economia,
antes considerada de crescimento rápido, para um ritmo de crescimento mais modesto, pouco
acima do crescimento da própria população.

A valorização do metical ajudou a reduzir a dívida externa dos 103% do PIB que representava no
final de 2016 para uma estimativa de 83% até ao final de 2017. Este nível de endividamento
continua a ser insustentavelmente alto e a representar um encargo elevado em termos de serviço
da dívida. Além disso, as finanças públicas de Moçambique continuaram a agravar-se no cenário
de abrandamento em curso. O orçamento continuou a ajustar-se através da redução do
investimento público em prol do encargo com a massa salarial (que ainda continua a crescer) e
dos custos mais elevados do serviço da dívida.

A taxa de câmbio é o preço a que essa troca é feita, ou seja, o valor de uma moeda em unidades
monetárias de outra moeda. A taxa de câmbio traduz o preço relativo das moedas, indicando a
quantidade de moeda que é possível comprar ou vender por meio de venda ou compra.

A taxa de câmbio é definida de forma direta quando exprime o preço de uma unidade de moeda
estrangeira em moeda nacional - ou seja, exprime a quantidade de moeda nacional necessária
para comprar uma unidade de moeda estrangeira. Por exemplo, a taxa de câmbio Meticas/EUR.

De acordo Rossetti (2003). taxa de câmbio real estabelece a relação entre os preços dos bens na
economia nacional e os preços dos bens no exterior.

O câmbio real equivale ao câmbio nominal ajustado à inflação, interna e externa. Por este
motivo, ele é considerado um índice de poder aquisitivo ao qual é possível identificar quão mais
caros ou baratos os produtos estão nos países em que há inflação alta, o poder de compra de sua
população tende a diminuir, enfraquecendo diretamente a sua moeda e aumentando o valor da
moeda estrangeira.
Estes preços devem estar expressos na mesma unidade. Para converter preços expressos em
unidades monetárias do exterior (Pf*) para unidades monetárias nacionais (Pf), devemos dividi-
los pela taxa de câmbio nominal.

Para Hugon (2005) "a taxa de câmbio nominal define-se como o valor da unidade monetária
nacional em termos da unidade monetária externa".

Por exemplo, para comprar 1 euro são necessários 1,3 dólares. Se a única moeda externa
relevante para a economia europeia fosse o dólar, a taxa de câmbio nominal seria e’=1,3.

A taxa de câmbio nominal é a mais utilizada pela população e pelos agentes económicos e
representa o custo de uma moeda comparado a outra. Esta carrega esse nome por não considerar
a inflação.

Podemos afirmar que a taxa de câmbio nominal é aquela que indica o preço do activo financeiro,
enquanto a taxa real aponta o preço relativo entre duas moedas.

Segundo Sandroni (2005), a inflação corresponde a uma subida generalizada dos preços dos bens
e serviços, expresso em termos monetários, ou seja, é o aumento persistente no nível geral de
preços. De acordo com o autor, a inflação é a principal responsável pela variação do valor da
moeda e trata-se de um fenómeno universal, comum todos os países.

Ainda para o mesmo autor a inflação e a moeda têm uma relação recíproca, pois quando se
verifica uma relação do nível geral de preços, observa-se uma relação redução equivalente da no
valor moeda.

Segundo Rossetti (2005, pag.499), o economista Milton Friedman afirmava que, a “inflação é
sempre é em qualquer lugar um fenómeno monetário, produzido em primeira instância por um
crescimento excessivamente rápido na qualidade de moeda”.

Inflação é um aumento geral nos preços de bens e serviços em uma economia. Quando o nível
geral de preços aumenta, cada unidade de moeda compra menos bens e serviços. Esta é causada
pelo desequilíbrio entre oferta e demanda, pelo aumento dos custos de produção, pela maior
emissão de papel-moeda, pela expectativa sobre a flutuação na taxa inflacionária.
Conforme o relatório do Banco Mundial, no Sector Externo em 2018, esperou-se um ligeiro
aumento do défice da conta corrente, com a recuperação das importações devido à estabilidade
da moeda.

Os níveis das reservas externas continuaram a ser adequados, apesar de se ter verificado um
declínio constante no investimento direto estrangeiro. O IDE foi a principal fonte de
financiamento externo.

Política monetária é o conjunto de decisões por meio das quais os governos e suas instituições,
sobretudo os bancos centrais, controlam o suprimento e o valor da moeda na economia e, por
consequência, interferem nos níveis de inflação e desemprego.

O Banco de Moçambique valoriza a transparência na comunicação da sua política monetária. As


decisões de política monetária são anunciadas publicamente, através do comunicado de imprensa
do Comité de Política Monetária (CPMO) e/ou de conferência de imprensa dirigida pelo
Governador do BM, no mesmo dia em que se realiza a reunião do Comité.

A política fiscal é um conjunto de ações tomadas pelo governo, visando a administração e


controle do orçamento. As medidas aqui tomadas, colaboram com o desenvolvimento económico
do país. Assim sendo, a política fiscal pode ser vista como a administração de receitas e gastos
do país.

A pítica fiscal ela é composta por duas práticas distintas, a tributação e os gastos. A tributação é
utilizada pelo governo com o objetivo de auferir receitas necessárias para a realização de seus
empreendimentos na economia. Normalmente, é feita por meio da cobrança de uma taxa sobre a
renda ou sobre a quantidade de produto vendida. Este tipo de ação fiscal é visto como inibidora
do crescimento, pois retira recursos do setor privado da economia que poderiam gerar um maior
nível de produto.

Os gastos do governo são os investimentos gerados por este em favor da economia. Estes
investimentos têm o propósito de criar uma oferta de bens e serviços indispensáveis à sociedade
e que, em muitos casos, não são oferecidos pelo setor privado.
Perspetiva-se uma inflação de um dígito no médio prazo. Em fevereiro de 2023, a inflação anual
acelerou de 9,78% para 10,30%, a refletir, sobretudo, o incremento dos preços dos bens
alimentares em face da ocorrência de choques climáticos, e o aumento dos preços dos bens e
serviços administrados. Entretanto, a inflação subjacente, que exclui as frutas e vegetais e bens
administrados, manteve-se estável. Para o médio prazo, mantêm-se as perspetivas de inflação de
um dígito.

Chegado a este ponto conclui-se que a política Monetário sugere que a inflação em Moçambique
não só pode ser afetada pela crescente oferta de moeda, mas também por uma complexidade de
outros fatores. Os desvios na oferta monetária podem contribuir para a elevação da taxa de
inflação. Quando as taxas de crescimento da base monetária e da massa monetária aproximam-se
das metas programadas, existe maior probabilidade das metas de inflação e de crescimento do
produto serem atingidas.

Onde a política fiscal é um conjunto de ações tomadas pelo governo, visando a administração e
controle do orçamento. As medidas aqui tomadas, colaboram com o desenvolvimento económico
do país. Assim sendo, a política fiscal pode ser vista como a administração de receitas e gastos
do país.

Referências Bibliográficas

Banco Mundial (2018). Atualização Económica de Moçambique: Transitando para um


Crescimento mais inclusivo. Banco Mundial. Washington DC.

HUGON, Pau (2005). Evolução do pensamento econômico: economistas célebres. São Paulo:
Atlas.

ROSSETI, J. Paschoal (2005). Introdução à economia. São Paulo: Atlas,

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