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Economia C

12.o ano

Soluções

Unidade 1

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PVD da Ásia, PVD em geral e economias africanas.

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A diferença entre crescimento económico e desenvolvimento, no exemplo apresentado, assenta na natu-
reza das alterações provocadas pelo complexo industrial. Fala-se em crescimento quando as alterações
são quantitativas e em desenvolvimento quando as alterações são qualitativas. No primeiro caso, houve
aumento do produto, do emprego e do rendimento; já no segundo caso, deu-se uma alteração profunda
de toda uma região do país, com progressos a nível demográfico, cultural, em infra-estruturas e bem-
-estar geral.

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A realizar pelos alunos.

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O conceito de desenvolvimento, segundo Amartya Sen, ultrapassa o domínio exclusivamente económico.
Um país desenvolvido tem de ter bons indicadores demográficos e culturais e não apenas bons resulta-
dos económicos. O crescimento económico é apenas um meio para o desenvolvimento.

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O Koweit tem um PIB per capita mais elevado do que Portugal, mas a sua esperança média de vida e o
seu nível de escolarização apresentam valores mais baixos, colocando-se, por isso, numa posição inferior
em termos de desenvolvimento humano.
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O valor do IDH dos EUA é elevado mas, como todas as médias, oculta desigualdades. De facto, verifica-
-se alguma distância entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres. Por isso se afirma que o IDH é tam-
bém um indicador com algumas falhas.

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Islândia, Austrália, Noruega, Canadá e Suécia.

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A taxa de mortalidade infantil em Portugal tem diminuído em intensidade e rapidez nos últimos 30 anos.
No início do séc. XXI, Portugal encontra-se entre os países mais bem posicionados.

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De facto, o PIB per capita é uma média nacional e, como tal, pode ocultar desigualdades entre as regiões.
Como é patente no mapa, para uma média de 100, relativa à totalidade do país, encontram-se regiões
com valores superiores à média (ex.: Lisboa > 125) e outros distritos/regiões com valores inferiores (ex.:
Açores < 75).

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A África do Sul apresenta um IDH inferior ao Brasil, mesmo tendo um PNB per capita superior, porque
os outros indicadores que compõem o IDH apresentam valores inferiores.

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O quadro mostra que os países com menor desigualdade na repartição do rendimento são os países mais
desenvolvidos, como, por exemplo, a Suécia ou a Suíça.

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A realizar pelos alunos.

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O nível de desenvolvimento de um país encontra-se estreitamente relacionado com o nível cultural da
sua população. Os países em que a escolaridade básica atinge quase toda a população são os países com
melhores níveis de rendimento. Se a esta acrescentarmos a educação de nível secundário e superior, tere-
mos populações com melhor educação e formação, preparadas para melhores empregos, com maior pro-
dutividade e possibilidade de inovação e iniciativa.

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Pode verificar-se que, em relação aos 27 países que integram a União Europeia, grande parte das suas
populações visita monumentos históricos (54%), vai ao cinema (51%), visita museus e galerias (41%), vai
a concertos, bibliotecas e ao teatro (cerca de 35%).
Os gráficos evidenciam, portanto, uma relação entre as práticas culturais das populações dos países e o
seu nível de rendimento, salvo algumas excepções relativas a alguns países da Europa de Leste. Portugal
encontra-se abaixo da média europeia em relação a todos os itens apresentados.
A realizar pelos alunos.

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A inclusão do índice das qualificações humanas no IRT demonstra que a realização tecnológica exige
educação e formação secundária, no geral, e superior em ciências, como condições indispensáveis à pes-
quisa que sustenta a realização em tecnologia.
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Portugal apresenta ainda uma posição modesta no âmbito do IRT, mas superior a alguns países conside-
rados emergentes nesta área, como o Brasil ou a China. É de salientar, contudo, o número de estudantes
do ensino superior em ciências.

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A notícia explicita os indicadores em que Portugal mais evoluiu na área da ciência, sendo, por isso, já
considerado «um país em que se faz ciência». São referidos os gastos em I&D, com valores próximos dos
de Espanha e Irlanda; o aumento do número de empresas com actividades em I&D, nomeadamente em
domínios de grande valor estratégico, como o da energia; a duplicação do número de investigadores em
relação ao total da população activa; e ainda o facto de as empresas privadas estarem a ter um papel mais
activo do que o Estado, quanto ao I&D. Assim sendo, Portugal é considerado um líder potencial na área
da tecnologia.

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A realizar pelos alunos.

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1. Os factores que permitiram o boom económico do após-II Guerra Mundial, segundo o texto, foram:
– a energia barata, de fácil manejo e armazenamento;
– a crescente liberalização das trocas, com a consequente especialização industrial e uma nova divi-
são internacional do trabalho;
– sistemas de pagamento internacionais com base em câmbios estáveis;
– estabilidade política e social que permitiu a concentração nas questões de crescimento económico,
aproveitando inovações já existentes;
– mercados em expansão com base em novos equipamentos mais produtivos.
2. Os mercados tiveram um papel fundamental no crescimento económico do após-guerra. Os merca-
dos internos cresceram pela estabilidade, aparecimento e comercialização de novos bens que aliados a
energia mais barata, permitiram o consequente crescimento económico. A nível externo, a crescente
liberalização das trocas permitiu uma especialização industrial e uma nova divisão internacional do tra-
balho, com ganhos em termos de produtividade e rendimento.Assim, mercados internos e externos con-
tribuíram para o crescimento económico ao proporcionar aumentos de produção e produtividade.

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A primeira sociedade de consumo (1950-1968) caracterizou-se pela importância do consumo nos
modos de vida das populações. Consequência de uma produção fordista (em série ou massificada), a pro-
dução cresceu, necessitando de ser escoada. Com o aumento do nível de vida das populações e da crença
na estabilidade do após-guerra e no papel do Estado-providência, as famílias fizeram do consumo um
dos seus objectivos de vida.

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A integração económica tem como um dos seus objectivos o crescimento das economias dos Estados-
-membros. Mercados mais alargados, com mais consumidores e a possibilidade de obter economias de
escala permitem o crescimento das economias.

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A realizar pelos alunos.
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O esquema relaciona o crescimento económico com uma das suas fontes – o investimento em recursos
humanos. De facto, o investimento imaterial em educação e formação permitirá mais I&D (base da inova-
ção) o qual, conjugado com novas formas de gestão empresarial (também resultante de mais formação),
poderá proporcionar crescimento económico.
A frase de Joseph Stiglitz, prémio Nobel para a Economia em 2001, pretende chamar a atenção para
uma das características das novas economias – o conhecimento como factor de produção estratégico.

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Segundo a autora, as condições de entrada de um país na sociedade do conhecimento, indispensável ao
crescimento económico moderno, assentam essencialmente no nível educativo da sua população, no tipo
de formação adquirida (com destaque para a área das ciências e engenharias) e na formação ao longo da
vida para actualização de conhecimentos e práticas.
Portugal, em 2004, e segundo o relatório da OCDE de 2006, mostrava-se ainda atrasado relativamente
ao nível educativo da sua população, tanto em relação ao ensino secundário como superior, embora se
verificasse uma aproximação do grupo dos mais jovens universitários aos valores dos outros países.
Naturalmente, tal situação constituía um entrave para a construção de uma sociedade baseada no conhe-
cimento.

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A relação entre a «nova economia» e a educação está bem patente no quadro.A «nova economia» neces-
sita de formação ao longo da vida, de factores de produção baseados na inovação e conhecimento, de
compreender os mercados que são instáveis, dinâmicos, locais e globais e de ter como vantagens com-
parativas já não exclusivamente os custos mas a qualidade e a inovação. Ora, todos estes requisitos são
fruto da educação.

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1. EBC, de acordo com o economista Mário Murteira, o autor do texto, é uma economia terciarizada,
baseada nas TIC e com propensão para a inovação, o empreendedorismo e novas formas de organização
da empresa. É uma economia em que o «capital intelectual» é o factor de produção decisivo que per-
mite a passagem da «velha economia» para a «nova economia».
2. Segundo o autor, a esta economia baseada no conhecimento corresponde um elevado IDH visto que
a EBC exige altos níveis de educação e outros padrões de vida com elevada qualidade. Assim, a EBC,
exigindo valores elevados aos indicadores que compõem o IDH, cria uma relação estreita com esse indi-
cador.
3. O autor do texto, o economista Mário Murteira, refere-se às dificuldades de transição das «velhas eco-
nomias» para as EBC. De facto, a substituição do modelo antigo pelo novo, com o aparecimento do «tra-
balhador do conhecimento», pode implicar exclusão social, nomeadamente dos trabalhadores menos
preparados para as novas exigências laborais. Como os apoios dados pelo Estado-providência não estão
hoje garantidos, há que pensar, por um lado, em formas de apoio aos «novos excluídos» e, por outro lado,
em novos modelos de gestão organizacional.

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1. e 2. A realizar pelos alunos
SOLUÇÕES – UNIDADE I ECONOMIA C 5

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1. O empresário é o agente da mudança. É aquele que tem um projecto baseado na inovação, gosta do
risco, espera lucros, arrasta outros que nele confiam. Esta acção do empresário contribui para o cresci-
mento económico porque cria empresas, novos produtos, novos empregos e mais rendimento.
2. O lucro é o resultado da acção inovadora do empresário. Algumas das características das economias
inovadoras são a concorrência, a iniciativa dos empresários, a transparência de mercado e a mobilidade
dos factores produtivos. Assim sendo, outros empresários, movidos pelas expectativas de lucro das activi-
dades inovadoras, copiarão essas inovações fazendo com que os lucros comecem a diminuir até aparecer
um outro inovador.

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A difusão das inovações faz-se de forma gradual, no início do processo, até ser conhecida por outros
empresários que dela se apropriam. A partir deste momento, a difusão é intensa até atingir o nível de
saturação.
O texto aborda uma questão sensível para o empresário inovador – quanto custa inovar? Dadas as carac-
terísticas das economias inovadoras, concorrentes e abertas, as inovações tecnológicas irão, mais tarde ou
mais cedo, ser copiadas. Ora, considerando que a tecnologia não é um bem concorrente (isto é, não é
possível impedir que outros empresários a utilizem), o custo para o inovador é alto. Ele inventa e os
outros copiam a ideia a custo zero! O problema só poderá ser resolvido com a criação de direitos de
exclusividade sobre as inovações.

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Em termos de I&D, patentes e royalties, e relativamente aos outros países do quadro, Portugal encontra-
-se ainda numa posição modesta, embora se saiba que tem feito um esforço grande, nomeadamente em
investigação e desenvolvimento

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O esquema relaciona o crescimento económico moderno com as suas fontes mais directas. Com base
em melhores recursos humanos (obtidos através da educação e da formação) e melhores recursos físicos
(novos bens, novos equipamentos e novos combustíveis), obter-se-ão novos factores produtivos deten-
tores de níveis de qualificação superiores. Será então possível iniciar-se uma nova economia com mais
I&D, mais inovação tecnológica e organizacional, sustentados por novos investimentos. Com a abertura
de novos mercados, as economias poderão crescer.

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Os quatro primeiros países (Alemanha, Espanha, EUA e Portugal) são países desenvolvidos porque as suas
economias são terciarizadas, visto que, em todos eles, mais de 67 % do produto provem do sector III;
os quatro países do centro (Angola, Argélia, China e Egipto) são países em desenvolvimento com um
sector secundário praticamente dominante em todos eles; já no terceiro conjunto (Camboja, Congo,
Etiópia e Guiné-Bissau), encontram-se países não desenvolvidos, visto ainda terem um sector I domi-
nante.

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O crescimento económico intensivo distingue-se do extensivo porque o segundo é baseado em aumen-
tos quantitativos dos factores produtivos utilizados, enquanto o primeiro decorre de aumentos do ren-
dimento dos factores produtivos utilizados.
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1. De acordo com a OCDE, inovação implica não só alterações significativas nos produtos, nos equipamen-
tos e/ou nos processos produtivos, mas também na organização da empresa e/ou no seu posicionamento
competitivo no mercado.
2. Inovação e conhecimento são dois conceitos dependentes, na medida em que o conhecimento é con-
dição necessária para a inovação.
3. O autor afirma que, no caso português, houve progresso tecnológico que, não tendo sido acompanhado
das necessárias alterações ao nível da organização das empresas, não produziu os efeitos desejados.

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A realizar pelos alunos.

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O poder das marcas e de outros sinais distintivos é muito importante pela influência que exerce sobre
o consumidor. Valores como a notoriedade associada à marca, a confiança que dá e a fidelização que
exige ao consumidor são elementos que dão poder às marcas.

p. 64
A sociedade de consumo exige o escoamento do excesso de produção que a caracteriza. Assim, torna-
-se necessário criar hábitos de consumo para a sobrevivência das empresas.

p. 67
A realizar pelos alunos.

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Roménia e Lituânia.

p. 71
A realizar pelos alunos.

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O primeiro gráfico apresenta as taxas de crescimento anuais do PIB, desde 1971 até 2004. Nesse gráfico,
pode observar-se a sua variação – em alguns anos a taxa de crescimento é maior, noutros menor e até
negativa. O segundo quadro mostra a evolução do PIB em termos absolutos. Apesar da variação irregu-
lar do crescimento anual, no conjunto o PIB vai crescendo, tendencialmente, ao longo de uma linha
ascendente.
O que se pode verificar nos dois gráficos é que o crescimento do PIB pode ser tendencialmente cres-
cente, embora a taxa de crescimento seja variável, ano a ano.

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A realizar pelos alunos.

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As crises económicas pré-industriais são crises de subprodução e caracterizam-se por ter origem em fac-
tores naturais (secas, por exemplo) ou sociais (como guerras). Os grupos sociais mais atingidos são os
mais desfavorecidos socialmente.
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As quatro razões que tornaram diferente a crise da década de 70 foram:
– os salários não terem diminuído;
– o comércio mundial não ter abrandado;
– as políticas de contra-ciclo adoptadas pelos governos;
– o maior conhecimento do funcionamento das economias.
As crises económicas da era industrial são crises com origem em excessos de produção de bens indus-
triais, devido aos avanços tecnológicos. Pela dificuldade do seu escoamento, os preços caem, o desem-
prego aumenta e todos os grupos sociais são atingidos.

p. 79
A crise de 2008 teve início com uma crise financeira, embora tenha atingido a economia real.

p. 80
Na fase de expansão de um ciclo económico o produto, o investimento, o emprego, o consumo e os
preços aumentam.

p. 83
Para Schumpeter, um ciclo económico corresponde ao ciclo de vida de uma inovação.

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1. Uma medida anti-cíclica é aquela que pretende contrariar as características da fase do ciclo em que
uma economia se encontra.
2. No período de crise referido, o governo apoiou o rendimento das famílias e o investimento das
empresas, para além do investimento público em infra-estruturas.

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1. As políticas conjunturais são políticas de curto prazo ou de estabilização (ex. política orçamental)
enquanto as políticas estruturais são políticas de longo prazo (ex. política educativa).
2. O keynesianismo representa uma estratégia de intervenção do Estado na actividade económica, em
período de crise, em substituição da iniciativa privada que se encontra inibida.

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Uma política fiscal retraccionista assenta num aumento de impostos para arrefecer a actividade econó-
mica. Mais impostos implicam diminuição do investimento e do consumo, diminuição da produção, dos
preços e do emprego, produzindo o desejado arrefecimento.

p. 89
Uma política orçamental expansionista assenta num orçamento com impostos mais baixos que permi-
tam o investimento e o consumo.

p. 90
As crises podem ser benéficas porque representam oportunidades criadas por momentos de incerteza,
em que se pode inverter o rumo das situações e efectuar reformas necessárias.

p. 91
A realizar pelos alunos.
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p. 93
O mapa e os gráficos mostram que, embora as taxas de crescimento do PIB sejam superiores nos países
em desenvolvimento, a verdade é que, em termos per capita, essa desigualdade não tem diminuído.

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Os gráficos mostram que o nível de pobreza é muito elevado em quase todo o mundo, embora com
tendência para diminuir, à excepção da Europa e Ásia Central. É apenas na Ásia Oriental e Pacífico que
se verificam progressos.

p. 98
Com um governo não corrupto e eficaz, que aposte na educação e formação ao longo da vida, que
preste serviços públicos e de apoio social dignos, que promova a livre concorrência e que tenha uma
fiscalidade justa, é possível promover externalidades positivas – desenvolvimento humano e promoção
de equidade.

p. 101
1. Turquia, Lituânia e Polónia.
2. Portugal situa-se entre os países com maior risco de pobreza.
A realizar pelos alunos.

Avaliação

I
1. B; 2. D; 3. A; 4. A; 5. A.

II
1.1 O texto refere que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) desceu em Portugal, entre 2000
e 2005, explicitando que o facto se pode dever a vários factores como, por exemplo, outros países terem
tido melhores resultados, o que alterou a respectiva posição relativa do nosso país. No entanto, o texto
aponta para uma degradação das condições de vida em Portugal.
O texto faz ainda algumas considerações sobre o IDH, recordando que este é um índice composto por
três indicadores simples de vários domínios sociais: um do domínio económico – o rendimento por
habitante; outro do domínio demográfico – a esperança de vida à nascença; e outro do domínio cultu-
ral – os níveis de instrução.
1.2 Em termos gerais, o PIB per capita aumentaria entre 2003 e 2005 porque os outros indicadores que
compõem o Índice de Desenvolvimento Humano teriam diminuído. Como esse facto não se verificou,
Portugal baixou no ranking do IDH, já que outros países tiveram melhor desempenho, como é referido
no texto.
1.3 O Índice de Desenvolvimento Humano é um índice composto por três indicadores simples de
vários domínios sociais: um do domínio económico – o rendimento ou PIB por habitante; outro do
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domínio demográfico – a esperança média de vida à nascença; e outro do domínio cultural – os níveis
de instrução conjugados com a taxa de alfabetização de adultos.
1.4 Para melhor explicitar que o desenvolvimento não é só uma questão económica, e que envolve,
igualmente, os domínios social e cultural.

1.5 O crescimento económico resulta de uma situação em que se verificam aumentos regulares no pro-
duto, rendimento, investimento, emprego e consumo. Já o conceito de desenvolvimento abrange outros
domínios, como o social, o cultural e o respeito pelos Direitos Humanos e ambientais.

2.1 É um indicador composto pelos indicadores simples PIB per capita, esperança média de vida à nas-
cença e taxa de alfabetização de adultos conjugada com as taxas de escolarização bruta.

2.2 Porque os indicadores esperança média de vida à nascença e taxa de escolarização bruta combinada
são inferiores.

2.3 Uma das limitações do PIB per capita, enquanto indicador de desenvolvimento, é o facto de este ser
uma média, não reflectindo desigualdades no interior do país.

2.4 Conjugando-o com a informação de outros indicadores, como os sociais, os culturais, os ambientais
e os de Direitos Humanos.

2.5 O Índice de Desenvolvimento Ajustado ao Género (IDG), que explicita o desenvolvimento que
«cabe à mulher», em comparação com o do homem.

III
1.1 A China baseou o seu crescimento económico numa das fontes estudadas – o aumento da dimensão
do mercado externo quando integrou a OMC, em 2005.

1.2 O aumento da dimensão dos mercados proporciona mais produção, mais emprego, mais investimento
e mais rendimento.

1.3 O investimento de capital fixo e humano e o progresso tecnológico.

IV
1. Os gráficos demonstram alguma evolução de Portugal, a caminho de uma economia baseada no
conhecimento (EBC). A EBC é avaliada com base em indicadores específicos, dos quais se destacam os
relacionados com o nível educativo do país, o número de alunos que frequentam o ensino superior de
ciências, os valores do I&D, o número de investigadores e de artigos científicos publicados, o uso das
TIC e as patentes registadas. Observando os valores dos gráficos, constata-se que a evolução entre 1995
e 2005 é bastante positiva, embora inferior à dos outros países e da União Europeia dos 15 e dos 25.
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Unidade 2

p. 129
O conceito de globalização integra as trocas comerciais à escala mundial, a livre circulação dos capitais,
das tecnologias e das pessoas, a par da difusão mundial da informação, dos valores e dos símbolos cultu-
rais. A globalização caracteriza-se, assim, por situações de interdependência entre as várias regiões e as
várias dimensões da vida social.

p. 140
A transnacionalização da produção consiste na segmentação da actividade produtiva e sua localização nos
países que ofereçam maiores vantagens competitivas. Uma empresa transnacional localiza as suas activida-
des em territórios geograficamente distantes e, fruto das novas tecnologias de informação e comunicação,
organiza-se e actua em rede.

p. 142
No mercado financeiro global os capitais circulam livremente, verificando-se financiamentos entre institui-
ções financeiras localizadas em diversos países. Em operações que envolvam riscos, estes transmitem-se entre
as instituições, provocando instabilidade nos mercados. Em situações mais graves a falência de uma institui-
ção pode, pela interdependência existente, colocar em risco outras instituições financeiras, e alcançar uma
dimensão mundial, como aconteceu em finais de 2008.

p. 144
1. Por coabitação cultural entende-se o relacionamento baseado no reconhecimento da diversidade cul-
tural dos povos e no respeito mútuo.
2. Sendo a Europa um «mosaico de culturas», o projecto europeu assente nos valores democráticos, e no
respeito pelos Direitos Humanos e pelas identidades culturais, mostra que a coabitação cultural entre os
povos é possível.

1. Os países desenvolvidos, pertencentes à chamada «Tríade» (EUA, Europa Ocidental e Japão) são os
principais produtores, exportadores e consumidores de bens e serviços culturais (filmes, livros, música,
etc.). Nos países mais pobres só uma minoria tem acesso a esse tipo de bens.
2. O acesso a bens culturais está associado ao poder económico das famílias e ao seu nível educacional
e cultural. Nos países mais ricos existem camadas da população que pouco usufruem dos bens culturais,
em virtude do seu fraco rendimento e do baixo nível de escolaridade.
3. Dadas as enormes desigualdades existentes no mundo, relativamente à produção e consumo dos bens
culturais, e havendo milhões de pessoas deles excluídas, a expressão «mundialização da cultura» pode ser
considerada como pouco rigorosa e até imprópria, de acordo com o autor do texto.

p. 147
A polarização do comércio mundial significa que as trocas comerciais mundiais estão concentradas em
três regiões: Europa Ocidental, que representa 39,5 % do comércio mundial, Japão e NPI da Ásia, que
absorvem 18,2 % das trocas mundiais, e os EUA, com 17,1 %. Em conjunto, estas três regiões (a «Tríade»)
representam cerca de 75 % do comércio mundial.
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p. 149
Para os países da Ásia Oriental o processo de globalização, através do acesso aos mercados internacionais
pela via das exportações, possibilitou acréscimos de produtividade e de rendimento que permitiram
reduzir o nível de pobreza das populações e obter melhorias significativas nos indicadores de saúde, de
esperança de vida e de escolaridade. Os progressos obtidos foram também resultado da intervenção do
Estado, não só nos sectores da saúde e da educação, mas também nas infra-estruturas, e na definição dos
sectores a desenvolver e das condições em que se processou o investimento estrangeiro (particularmen-
te no caso da China).
As políticas de liberalização do comércio, de desregulamentação, de privatização e de minimização do
papel do Estado, apesar de alguns resultados em termos do relançamento das economias em que foram
aplicadas, foram acompanhadas de um elevado endividamento externo e de intensa exploração dos
recursos naturais comprometendo, assim, o desenvolvimento sustentado dos países.

Avaliação

I
1. A; 2. C; 3. D; 4. C; 5. D; 6. B.

II
1.1 «Economia-mundo europeia» significa o domínio económico do mundo pela Europa, fenómeno
característico da época dos Descobrimentos – a Europa controlava o comércio, acumulando matérias-
primas e concentrando os capitais.

1.2 Com os Descobrimentos, a Europa expande-se para outros territórios através da navegação no
Atlântico, no Índico e no Pacífico, integrando novas regiões no seu sistema de trocas: os territórios afri-
canos forneciam mão-de-obra escrava e capitais provenientes do seu tráfico; a América fornecia matérias-
-primas, como o algodão, e a Índia (e o Pacífico) tecidos e especiarias. Com a Expansão, a Europa domina
o comércio mundial.

2.1 O gráfico representa a economia-mundo europeia, dominada pela Inglaterra, França e Países Baixos
(centro do gráfico), à volta dos quais se encontram outros centros de menor importância no comércio
mundial, como Portugal, Espanha e cidades do Báltico (semi-periferia), observando-se um círculo mais
afastado do centro (a periferia), onde se encontram as regiões com menor peso económico na econo-
mia-mundo europeia.

2.2 A economia-mundo europeia estruturava-se num sistema de relações de dependência entre um cen-
tro, caracterizado por relações de produção modernas, dominado pela Inglaterra, França e Países Baixos,
e uma periferia dependente cujo sistema económico se encontrava baseado no trabalho escravo, caso das
colónias europeias. Entre o centro e a periferia encontram-se países europeus com menor peso no
comércio mundial, como Portugal e Espanha (a semi-periferia).
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3. A circulação de bens, capitais e pessoas no espaço mundial é geradora de relações de interdependên-


cia, na medida em que os países intervenientes no comércio mundial estabelecem entre si relações eco-
nómicas que podem gerar benefícios, riscos e prejuízos para todos.

4. A desterritorialização das linhas de produção está associada à existência das empresas transnacionais,
em que se verifica a segmentação dos processos produtivos e a sua localização em diversos países, sendo
a sua actividade realizada em territórios descontínuos e controlada num sistema em rede, proporciona-
do pelas novas tecnologias de informação.

5.1 As novas tecnologias de informação e comunicação reduziram as distâncias físicas entre os povos,
pondo-os em contacto, através da Internet e da televisão. Para além da circulação da informação, assiste-
-se também à difusão de valores, símbolos culturais e modos de vida, levando a uma partilha dos ele-
mentos materiais e espirituais de uma cultura por outra.

6.1 As novas tecnologias da informação, com destaque para a Internet, possibilitam a difusão de infor-
mação, de imagens e de produtos audiovisuais bem como a comunicação em tempo real entre pessoas
e empresas localizadas em diversos pontos do globo, não havendo, assim, fronteiras para a comunicação.

6.2 A actividade produtiva é segmentada e cada segmento é localizado num determinado país, de acordo
com as vantagens competitivas que ofereça. As empresas resultantes deste processo, embora geografica-
mente distantes, coordenam a sua actividade através de um sistema em rede, proporcionado pelas novas
tecnologias de informação e comunicação.

6.3 O equipamento e a decoração das casas, as marcas e modelos de automóveis, as grandes cadeias de
alimentação e a moda seguida em todo o mundo constituem alguns exemplos da mundialização dos
padrões de consumo.

7.1 As TIC vieram possibilitar a criação de novos serviços (ligados à informática e aos computadores) e
facilitar a circulação de outros como consultadoria e contabilidade verificando-se um aumento do
comércio de serviços à escala mundial – empresas europeias contratam os serviços de uma empresa
informática localizada na Índia, empresas norte-americanas instalam os seus serviços de call center em
outro continente, etc.

7.2 A utilização das TIC exige conhecimentos e qualificações que muitos países, devido a uma fraca taxa
de escolarização, não possuem, o que gera desigualdades na sua utilização e na sua aplicação nas activi-
dades económicas. O gráfico mostra que o comércio de serviços baseados nas TIC está muito concen-
trado nos países asiáticos, europeus e da América do Norte, que representam, no seu conjunto, mais de
80% das importações e exportações mundiais.

8.1 A complementaridade do comércio internacional assenta na diferenciação dos recursos dos países, da
qual resulta uma especialização da produção e um comércio de produtos diferentes e complementares.

8.2 Com a globalização das trocas de bens, de capitais, de tecnologias e de mão-de-obra, a par do sur-
gimento de novos países industrializados, verifica-se uma produção de produtos similares que concor-
rem fortemente nos mercados.Ter actividades competitivas é, deste modo, fundamental para concorrer,
o que origina uma intensificação dos processos de transnacionalização e de deslocalização das empresas
de forma a obterem recursos que permitam maiores níveis de competitividade e de rendibilidade.
SOLUÇÕES – UNIDADE II ECONOMIA C 13

9. A movimentação internacional de capital, traduzida nos investimentos directos é uma das caracterís-
ticas da mundialização da economia que se traduz na aquisição de empresas e abertura de filiais em
vários países, de forma a aproveitar os recursos para o desenvolvimento da actividade produtiva.
As empresas multinacionais, presentes em várias zonas do globo, constituem um exemplo demonstrativo.
As novas tecnologias de informação e comunicação intensificaram o processo de mundialização das
empresas, pois tornaram possível controlar a actividade empresarial das empresas globais a partir de qual-
quer parte do mundo, facilitando o processo de transnacionalização das actividades produtivas. Este pro-
cesso caracteriza-se pela localização de segmentos produtivos nos países que melhores vantagens ofere-
çam e pela organização e coordenação da actividade das empresas transnacionais num sistema em rede.
A iniciativa Global Compact, promovida pela ONU, conseguiu criar uma rede de milhares de empresas
em todo o mundo que se comprometeram a desenvolver a sua actividade no respeito por princípios
ambientais, sociais e de protecção dos Direitos Humanos, procurando tirar partido da característica glo-
bal das empresas.
A defesa destes princípios, numa sociedade globalizada, será mais eficaz se os intervenientes actuarem de
forma global: criação de regras e procedimentos comuns a cargo de entidades internacionais, coopera-
ção de todos os agentes económicos a nível mundial e maior pressão da opinião pública, através da livre
circulação da informação.
A iniciativa Global Compact constituiu um exemplo de uma actuação global.

10.1 Os valores relativos ao crescimento do PIB per capita mostram que a globalização, no período con-
siderado, contribuiu para o crescimento da riqueza e aumento do bem-estar material na generalidade
dos países, independentemente do seu nível de desenvolvimento.

10.2 Apesar do crescimento da riqueza em termos absolutos verifica-se a existência de muitos focos de
pobreza no mundo. Nos países de desenvolvimento médio e baixo, verifica-se a existência de uma ele-
vada percentagem de população no limiar da pobreza, entre o valor mais baixo (15,5% na Malásia) e o
valor mais elevado (70,2% na Serra Leoa), registando-se uma elevada percentagem de população com
um rendimento de apenas 2 dólares americanos por dia (80,4% na Índia e 82,9% na Gâmbia) e um gran-
de grau de pobreza extrema, como é o caso da Serra Leoa e da Gâmbia, onde os valores da população
que tem como rendimento diário apenas 1 dólar americano são de 57% e 59%, respectivamente.

10.3 A situação de pobreza em que muitas populações vivem no mundo não é apenas resultado do cres-
cimento desigual, da exploração praticada pelas empresas multinacionais / transnacionais, mas também das
políticas económicas e sociais seguidas pelos Estados nacionais que não privilegiam uma distribuição do
rendimento mais justa socialmente, verificando-se, pelo contrário, situações de forte concentração do ren-
dimento.
14 ECONOMIA C SOLUÇÕES – U N I DA D E I I I

Unidade 3

p. 164
A realizar pelos alunos.

p. 165
As principais inovações introduzidas na actividade agrícola, a partir de meados do séc. XVIII, foram as
seguintes:
– substituição da rotação bienal ou trienal pela rotação quadrienal (quatro culturas);
– introdução do cultivo de novas espécies;
– aperfeiçoamento das alfaias agrícolas existentes e introdução de novas;
– selecção de sementes;
– utilização do cavalo nos trabalhos agrícolas.
Todas as inovações tiveram como consequência o aumento da produção e produtividade agrícolas,
o afastamento da fome e, como consequência, o aumento do bem-estar da população.
A fonte de crescimento económica que permitiu a alavancagem indicada no texto foi a inovação e o
progresso técnico. Sem as alterações tecnológicas referidas no texto de Vazquez de Prada, não teria sido
possível o aumento da produção agrícola capaz de alimentar as populações.As alterações no sector agrí-
cola foram de tal ordem que a este conjunto de mudanças se deu o nome de Revolução Agrícola, a qual,
por sua vez, permitiu a Revolução Industrial.

p. 166
Os factores que permitiram o saldo fisiológico crescente ocorrido na sequência da Revolução Industrial
foram os progressos na agricultura, nos transportes e os avanços na medicina.

p. 167
Em relação aos dois períodos referidos no texto, as características das duas taxas são as seguintes: nos últi-
mos 200 anos, a taxa de natalidade começou por ser alta, baixando progressivamente e a taxa de morta-
lidade começou a baixar até aos nossos dias. Na sociedade actual, pós-industrial, as duas taxas são baixas.

p. 169
A realizar pelos alunos.

p. 170
A «catástrofe» malthusiana baseava-se nos estudos de Thomas Malthus, feitos nos sécs. XVII-XVIII, em que
se previa um crescimento da população excessivo (em progressão geométrica) relativamente ao cresci-
mento dos bens alimentares (em progressão aritmética), originando, eventualmente, uma situação de
fome e de grande mortalidade.

p. 171
As condições que podem justificar as baixas taxas de natalidade nos países desenvolvidos são as seguintes:
– processo educativo longo;
– idade tardia de entrada no mundo do trabalho;
– dependência económica;
SOLUÇÕES – UNIDADE III ECONOMIA C 15

– idade tardia para o casamento e filhos;


– planeamento familiar.
As condições que podem justificar as baixas taxas de mortalidade nos países desenvolvidos são, essencial-
mente, a educação e a informação, os progressos na medicina e os sistemas de saúde acessíveis a toda a
população.

p. 172
A realizar pelos alunos. É uma pirâmide que revela uma população envelhecida.

p. 173
1. A emigração é um fenómeno demográfico que se caracteriza pela deslocação da população nacional
ou estrangeira (desde que residente no país em questão há mais de um ano) para o estrangeiro, com a
intenção de lá residir.
2. As principiais razões subjacentes à emigração são as seguintes:
– de natureza económica: os indivíduos saem em busca de melhores salários e melhores condições
de vida;
– de natureza política e/ou religiosa: homens e mulheres podem procurar em outros países sistemas
sociais e políticos mais abertos e democráticos, com liberdade de culto, por exemplo;
– procura de paz, etc.

p. 174
1. A imigração é um fenómeno demográfico que se caracteriza pela entrada de população estrangeira
ou nacional (desde que residente no estrangeiro há mais de um ano) para o país em questão, com a
intenção de lá residir.
2. A expressão destacada no texto pretende demonstrar que as deslocações de homens e mulheres de
uns países para outros, à procura de condições de vida melhores que as que encontram nos países de ori-
gem, ilustra as desigualdades económicas e sociais entre essas populações.
As principais razões de ordem económica que levam os indivíduos a emigrar são as seguintes:
– conseguir um emprego;
– auferir melhores salários;
– beneficiar de mais bem-estar;
– enviar remessas para os familiares, proporcionando-lhes mais desafogo económico e bem-estar;
– fazer poupanças para o regresso.

p. 175
A realizar pelos alunos.

p. 177
O capital humano dos imigrantes em Portugal é, em geral, superior ao dos trabalhadores portugueses,
porque grande parte daqueles possui habilitações académicas superiores, o que poderá originar um tra-
balho de maior produtividade.
A realizar pelos alunos.

p. 178
A realizar pelos alunos
16 ECONOMIA C SOLUÇÕES – U N I DA D E I I I

p. 179
As razões apontadas pelos países mais desenvolvidos para colocarem entraves à imigração são as seguintes:
– os imigrantes tiram emprego aos nacionais;
– os imigrantes aceitam salários inferiores aos dos nacionais o que leva a uma diminuição do salário
dos nacionais;
– os imigrantes prejudicam o crescimento económico.
Estes argumentos não são verdadeiros porque, segundo o autor do texto, os imigrantes aceitam os empre-
gos que os naturais não querem, contribuindo, assim, para o Produto do país recebedor; e só os imigran-
tes ilegais é que aceitam salários mais baixos porque os legalizados têm direito a salários similares.

p. 180
As principais vantagens da emigração para os países de origem poderão ser:
– a diminuição de tensões sociais;
– o maior equilíbrio na distribuição da riqueza pelo aumento das disponibilidades financeiras das
famílias, devido às remessas enviadas;
– a influência positiva sobre a economia, por efeito do aumento do consumo das famílias dos emi-
grantes;
– o maior equilíbrio no mercado de trabalho por diminuírem as pressões do lado da procura de
emprego;
– as alterações culturais devido ao contacto com outros países.

p. 181
Os principais efeitos negativos da emigração para os emigrantes e países de origem poderão ser:
– as dificuldades de integração dos emigrantes nas novas comunidades;
– a possível desagregação familiar;
– o envelhecimento da mão-de-obra nacional;
– a diminuição da população activa;
– a inflação resultante do aumento do consumo;
– os efeitos negativos decorrentes do processo inflacionário (menos poupança, menor consumo e,
numa situação extrema, o desemprego).

p. 183
Alguns dos principais efeitos positivos da imigração para os países recebedores são:
– o rejuvenescimento da população;
– o aumento da população activa, por vezes, mais qualificada;
– o aumento de trabalhadores para activos não procurados pelos nacionais;
– o aumento do Produto e da produtividade;
– o aumento do rendimento;
– o aumento do bem-estar.

p. 184
Portugal tem tido dificuldade em «segurar os seus cérebros». Não encontrando condições de trabalho
adequadas às habilitações que os indivíduos mais preparados têm, estes acabam por emigrar («fuga de
cérebros») para outros países.
O grande problema reside, não só no facto de Portugal perder trabalhadores altamente qualificados,
como também na perda do investimento que fez na sua formação. Só a modernização do tecido empre-
sarial poderá exigir (e beneficiar) este tipo de mais-valia, evitando a emigração de cérebros, o que, por
outro lado, reforçará a modernização e o crescimento da economia.
SOLUÇÕES – UNIDADE III ECONOMIA C 17

1. Os principais efeitos negativos da imigração para os países recebedores prendem-se com as dificulda-
des de integração, devido ao choque entre culturas diferentes com a consequente e possível instabilidade
social.
2. A realizar pelos alunos.

p. 185
As principais preocupações que o sociólogo Boaventura Sousa Santos expõe no seu texto, relativamente
às dificuldades de integração social dos imigrantes, assentam em dois factores de hierarquização social –
classe social e raça ou etnia.
A generalidade dos países recebedores de trabalhadores imigrantes é constituída por países capitalistas
desenvolvidos onde se verificam desigualdades sociais próprias deste modelo de sociedade. Essas desi-
gualdades têm sido combatidas através de sistemas educativos e de saúde que permitem a mobilidade e
o bem-estar. No entanto, o Estado-providência, que suporta estas estratégias, tem tido dificuldade em
dar resposta, por insustentabilidade financeira. Logo, a formação e a preparação para a inclusão dos imi-
grantes tem sido mais deficiente, o que tem permitido a associação: imigrante – pouca qualificação.
A esta associação segue-se outra: classe social inferior – raça ou etnia diferente – pouca qualificação –
exclusão social.
Ora, como se sabe, toda a exclusão tem o preço da revolta e da instabilidade, o que se verificou em
França, como é referido no texto.
Para o autor, a solução tem de passar por um projecto de integração pluralista onde os imigrantes não
sejam marginalizados em bairros «étnicos», políticas de emprego específicas para estes grupos, políticas
de educação intercultural, etc., isto é, formas pró-activas de igualdade de oportunidades.

p. 186
O Estado-providência tem medidas de apoio a trabalhadores nacionais e migrantes, às famílias, jovens e
crianças, estudantes, idosos e inválidos, por exemplo.Algumas medidas de apoio social desenvolvidas pela
acção da Segurança Social, em Portugal, são:
– Subsídios de desemprego;
– Subsídios de doença;
– Pensões por invalidez;
– Pensões por velhice;
– Apoios sociais vários (como o complemento de reforma para idosos com pensões baixas);
– Programas de inserção social;
– Abonos vários (de família pré-natal, para crianças e jovens, por exemplo);
– Rendimento Social de Inserção.
1. O envelhecimento da população tem um efeito negativo sobre a Segurança Social, dado que corres-
ponde a uma população activa menor, contribuindo menos para as receitas daquela instituição.
2. Algumas das medidas que os governos têm implementado no sentido da sustentabilidade da
Segurança Social têm sido:
– aumento da idade de reforma;
– alteração das fórmulas de cálculo das reformas;
– aumento de algumas taxas ou criação de outras; etc.

p. 187
A imigração traz benefícios para a Segurança Social, na medida em que permite aumentar as receitas
desta instituição.
18 ECONOMIA C SOLUÇÕES – U N I DA D E I I I

p. 188
As condições de vida para os imigrantes clandestinos são más porque estes sujeitam-se a salários inferio-
res, horários mais carregados, ausência de subsídios e outros apoios, por exemplo. Para o país recebedor,
também se verificam condições adversas como a criação de um mercado de trabalho marginal, a ausên-
cia de descontos para a Segurança Social e custos com apoios sociais, o que agrava mais ainda a já difí-
cil situação de sustentabilidade financeira daquela instituição.

p. 189
A realizar pelos alunos.

p. 190
As frases destacadas explicitam que o crescimento económico é causa e consequência da intensificação
da produção – mais produção origina mais crescimento económico e este implica novas ordens de pro-
dução, criando-se, assim, um círculo virtuoso. No entanto, para que este processo não tenha entraves, é
necessário que a produção respeite os limites da Natureza, já que não é possível produzir sem recursos
naturais.

p. 192
A realizar pelos alunos.

1. Os principais gases com efeitos de estufa na União Europeia são os que provêm da indústria (20%), dos
transportes (21%), do sector eléctrico (28%) e do consumo das famílias e PME (17%). Na generalidade,
é possível afirmar que 90% dos GEE têm a sua origem na agricultura, nos transportes e no aquecimento
das habitações.
Fonte: Agenda Europa, 2007/2008.

Fontes de emissão de GEE na UE


4% 10% Agricultura
28% 17% Famílias e PME
Indústria
21% 20% Transportes
Sector eléctrico
Outras

2. A base de recursos naturais disponíveis pode diminuir por acção dos seguintes factores:
– crescimento económico selvagem;
– necessidades populacionais não controladas;
– utilização excessiva de recursos renováveis;
– esgotamento de recursos não renováveis;
– desmatamento ou desflorestação.

p. 193
A realizar pelos alunos

p. 194
A realizar pelos alunos
SOLUÇÕES – UNIDADE III ECONOMIA C 19

p. 195
A realizar pelos alunos

p. 197
A realizar pelos alunos

p. 198
1. A realizar pelos alunos.
2. Poluição de origem difusa é aquela cujas causas não são directamente reconhecidas e actuam de forma
continuada, não sendo possível identificá-las no tempo e no espaço, como a poluição existente nos len-
çóis de água subterrâneos por virtude da infiltração das águas de terrenos com pesticidas, locais onde há
esgotos não tratados, etc.Também se podem encontrar fontes de poluição difusa em relação à atmosfera,
por acção continuada de uma diversidade de agentes poluidores, como os transportes ou o aquecimento
das habitações.

p. 203
1. Bem / serviço público é um bem / serviço que pode satisfazer necessidades colectivas e cujos bene-
fícios são partilhados pela população de forma indivisível. Por exemplo, um aeroporto, uma rede de ilu-
minação pública ou um corpo de polícia.
2. A produção deste tipo de bens / serviços não interessa à iniciativa privada porque os seus benefícios
são indivisíveis, não sendo possível afastar qualquer cidadão da sua fruição e, por isso, não deve obede-
cer à lógica da iniciativa privada movida pelo lucro. No caso apresentado, a localização do aeroporto, por
exemplo, deverá servir o interesse colectivo, causar o mínimo de impacte ambiental e articular-se com
outros interesses locais e nacionais, devendo, por isso, ser suportado pelo país (o que não impede os uti-
lizadores directos de pagarem a utilização dos seus serviços, uma vez construído o aeroporto).
A realizar pelos alunos

Avaliação

I
1. B; 2. C; 3. C; 4. A; 5. D.

II
1.1 Nos países desenvolvidos, podem ser considerados como factores justificativos da baixa da taxa de
natalidade, questões culturais (mais informação, outras opções de vida para os casais) e questões sociais
(prolongamento da escolaridade, emprego precário, casamento tardio, por exemplo); já nos países em
desenvolvimento, as razões prendem-se com a informação, a assistência médica e também com outras
opções de vida que os casais podem ter.

1.2 A taxa de mortalidade tem diminuído muito significativamente, tanto nos países desenvolvidos como
nos países em desenvolvimento, devido aos progressos na medicina e aos apoios sociais e médicos.
20 ECONOMIA C SOLUÇÕES – U N I DA D E I I I

1.3 A explosão demográfica da segunda metade do séc. XX deveu-se, sobretudo, à queda muito acen-
tuada da taxa de mortalidade e à manutenção da taxa de natalidade média.

2.1 Entre 1960 e 2000, verificam-se alterações na estrutura das duas pirâmides etárias. De forma simpli-
ficada, pode afirmar-se que a população, em 40 anos, aumentou, tem mais população em idade activa e
os estratos populacionais mais idosos também cresceram.

2.2 Os estratos populacionais mais velhos estão mais alargados (como se pode ver nas barras correspon-
dentes aos 60, 70 e 80 anos), o que permite, em princípio, indiciar o fenómeno do envelhecimento. No
entanto, dado que os estratos populacionais mais jovens também aumentaram, a proporção poderá não
ter sido alterada.

2.3 Melhoria das condições de vida, com mais assistência médica e progressos na medicina.

2.4 Mais dificuldades para os sistemas de segurança social e menor dinamismo económico.

3.1 África.

3.2 É uma imigração com níveis educativos superiores aos dos outros continentes, o que a torna mais
preparada profissionalmente e mais produtiva.

3.3 Vantagens: conhecimento da língua e cultura. Desvantagens: menos escolarização e menor produti-
vidade.

3.4 A população imigrante pode contribuir para o crescimento económico, na medida em que aumenta
a população activa, pode ocupar postos de trabalho não procurados pelos nacionais, contribuir para um
trabalho mais produtivo no caso da sua formação ser qualificada e, igualmente, contribuir para a susten-
tabilidade da segurança social.

4.1 O gráfico mostra que, entre 1980 e 2004, o risco de desastre climático aumentou para os países em
desenvolvimento.

4.2 O gráfico relativo às emissões de CO2 ilustra a responsabilidade dos EUA, da China, da União
Europeia, do Japão e dos países emergentes, como os da América Latina e Índia, por exemplo.
Cruzando estas informações com as do gráfico anexo, pode concluir-se que os causadores dos desastres
climáticos provocados pelas emissões de CO2 são os menos atingidos.

5.1 O texto, extraído do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2007/2008, aborda uma questão de
desigualdade na afectação dos riscos resultantes de alterações climáticas.
O fenómeno das alterações climáticas é global e, como tal, afecta países desenvolvidos e em desenvolvi-
mento, só que de forma desigual. Enquanto os países ricos possuem meios para minimizar os resultados
das catástrofes climáticas, os países em desenvolvimento vêem-se obrigados a recorrer a estratégias que
assentam em poupanças na saúde, na educação, na alimentação e optando por produções que não são as
mais rentáveis, embora mais resistentes às alterações climáticas.
Em consequência, os riscos das alterações climáticas reproduzem a situação de desvantagem em que os
países em desenvolvimento se encontram.
SOLUÇÕES – UNIDADE III ECONOMIA C 21

6.1 O excerto do texto do Relatório de Desenvolvimento Humano de 2007/2008 refere que, para se mini-
mizar o problema da desigual repartição dos riscos resultantes das alterações climáticas, é necessário que
os países desenvolvidos reconheçam a sua grande responsabilidade na situação criada.
De facto, o gráfico anexo mostra que as alterações climáticas não só não afectaram os países desenvolvi-
dos, na área agrícola, como até foi conseguido um aumento do seu potencial. A fim de permitir a com-
paração, o gráfico mostra, igualmente, os prejuízos para os outros países.
Cruzando as conclusões tiradas, e tendo em conta a responsabilidade dos mais ricos e mais responsáveis
pelas alterações climáticas, é necessário que este grupo de países reconheça a sua acção contra o ambiente
e se disponha a ajudar os mais desfavorecidos, que, num mundo globalizado, não podem escapar às catás-
trofes naturais resultantes de procedimentos que lhes são alheios.

7. A figura simboliza a acção desrespeitadora que os países têm tido relativamente ao crescimento eco-
nómico sem respeito pelo ambiente. Se o desenvolvimento humano implica o respeito pelos direitos dos
cidadãos, a imagem ilustra bem a falha que esse crescimento tem criado, não respeitando a Natureza, que
se «vinga», devolvendo os desperdícios característicos do mau crescimento económico.
22 ECONOMIA C SOLUÇÕES – U N I DA D E I V

Unidade 4

p. 216
1. O comércio triangular era efectuado entre a Europa, a África e a América. Os europeus vendiam pro-
dutos manufacturados; de África saíam escravos para as plantações americanas; e da América Central
saíam matérias-primas e produtos brutos agrícolas para a Europa.
2. Enquanto a Europa vendia produtos com maior valor acrescentado, as colónias especializaram-se na
venda de produtos com baixo valor acrescentado e escravos, ficando dependentes das metrópoles, não
só relativamente ao fornecimento de equipamentos e de produtos manufacturados, como também à
fixação dos preços dos bens.

p. 217
1. Produtividade é um indicador sobre a produção média por factor de produção empregue.
2. Os escravos não estavam motivados para criar riqueza, pois a sua condição não se alterava em função
da produção daquela. Os assalariados eram mais eficientes porque trabalhavam em troca de um salário e
eram estimulados a trabalhar de uma forma mais racional, correspondendo aos interesses do capitalismo
industrial. Deste modo, a abolição da escravatura com a consequente substituição do antigo escravo pelo
trabalhador assalariado originou um aumento da produtividade (produção média por trabalhador).
3. Três características do modelo económico «que o colonialismo e o capitalismo impuseram ao Sul»
poderão ser, entre outras, a desarticulação das economias do Sul, a dependência comercial (monoprodu-
ção, monoexportação e desvalorização dos termos de troca) e a dependência financeira.

p. 218
1. Os princípios implícitos no art.º 1.º da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã poderão ser, entre
outros, o da igualdade e da liberdade para homens e mulheres.
2. Os direitos naturais são a liberdade (a mulher e o homem são livres), a propriedade (a mulher e o
homem têm direito à propriedade, que poderão gerir), a segurança (direito igual para mulheres e
homens) e a resistência à opressão (direito para ambos os sexos e que, em relação à mulher, tem um gran-
de significado devido à sua situação de subalternidade).
3. A ideologia do liberalismo opunha-se ao absolutismo (o rei concentrava os três poderes – legislativo,
executivo, e judicial) e defendia que o indivíduo deveria ser portador, desde o nascimento, de direitos
fundamentais, como o direito à vida e à segurança, o direito de pensar e de se exprimir livremente, de
se associar, de fazer comércio, de trabalhar e de ser empreendedor e de exercer a soberania a partir do
sufrágio. No liberalismo, a autoridade tem de emanar «expressamente da Nação».
4. O art.º 10.º defende o princípio da igualdade entre mulheres e homens, relativamente ao exercício
dos direitos, defendendo o direito das mulheres participarem, tal como os homens, no poder político,
através do voto e da eleição: «… a mulher tem o direito de subir ao cadafalso; deve também ter o direito
de subir à tribuna».

p. 219
1. O título do texto – «Os condenados das fábricas» – evidencia a situação de grande exploração dos
operários, no século XIX: salários reduzidos, horários de trabalho muito longos (14 e 15 horas diárias),
condições de trabalho muito insalubres, todos responsáveis pela baixa esperança de vida.
SOLUÇÕES – UNIDADE IV ECONOMIA C 23

2. Os Direitos Humanos de 2.ª geração são constituídos pelos direitos económicos e sociais.
3. A realizar pelos alunos.
4. A realizar pelos alunos.

p. 220
1. Os alunos deverão identificar direitos civis e políticos (1.ª geração), direitos económicos e sociais
(2.ª geração) e direitos colectivos (3.ª geração).
2. Os alunos deverão, a partir de exemplos, explicitar a universalidade, a indivisibilidade, a interdepen-
dência e a inalienabilidade dos Direitos Humanos. Poderão partir do exemplo da pobreza, da exclusão
social ou de uma situação de guerra, entre outros, e explicitar as quatro características dos Direitos
Humanos.

p. 221
1. Quatro exemplos de violações do direito à paz poderão ser, entre outros, os conflitos entre Israel e a
Palestina, no Iraque e no Afeganistão, ou os conflitos no Burundi, que opuseram tutsis e hutus.
2. Os alunos poderão consultar alguns sites (como o da Secção Portuguesa da Amnistia Internacional –
www.amnistia-internacional.pt) e pesquisar na Biblioteca da Escola ou em Bibliotecas Públicas.
2. Algumas comparações entre a crise de 1929 e a actual crise económica poderão ser, entre outras, a
descida da produção e das exportações, as quedas nas bolsas de valores e o aumento do desemprego
e das falências de empresas.

p. 222
1. O campo dos Direitos Humanos tornou-se «altamente controverso» porque as organizações não
governamentais e os movimentos sociais do Sul (países em desenvolvimento) passaram a pôr em causa
a concepção de Direitos Humanos imposta pelos países do Norte (países desenvolvidos, grande parte
deles antigas metrópoles colonizadoras), evidenciando que grande parte das violações dos Direitos
Humanos (milhões de seres humanos com fome e malnutridos, ecossistemas desfeitos, degradação ecoló-
gica dos recursos dos povos desta região) é da responsabilidade do Norte devido ao modelo económico
imposto.
2. A necessidade de diálogo intercultural reside no facto de todas as culturas serem incompletas e de
necessitarem de dialogar para construírem uma nova concepção de Direitos Humanos.

p. 223
Os alunos poderão completar as informações a partir do site da Secção Portuguesa da Amnistia
Internacional (www.amnistia-internacional.pt).

p. 224
1. Quatro exemplos que evidenciem o facto de não existir justiça social poderão ser, entre outros, a exis-
tência de indivíduos sem-abrigo, a pobreza, as elevadas taxas de mortalidade infantil e a fome.
2. Duas medidas que contribuem para a promoção da justiça social poderão ser, entre outras, as políticas
sociais associadas à protecção social (segurança social e assistência social) e à redistribuição dos rendimen-
tos, com o objectivo de se assegurar a integração e a coesão social, ou seja, a justiça social.
24 ECONOMIA C SOLUÇÕES – U N I DA D E I V

p. 225
1. O direito ao desenvolvimento (satisfação das necessidades básicas das populações, igualdade de
oportunidades, redução das desigualdades, participação das populações na condução dos seus destinos
e respeito pelo ambiente para não pôr em causa o direito ao desenvolvimento das gerações vindou-
ras) é violado sempre que existam crianças subnutridas, elevadas taxas de incidência de tuberculose e
elevado número de órfãos com menos de 18 anos devido à elevada mortalidade provocada pela SIDA.
2. Se o direito ao desenvolvimento for respeitado existirá justiça social, pois as populações terão acesso
aos bens essenciais, aos serviços de educação e de saúde, a habitações dignas, a participarem nas decisões
políticas e poderão, assim, satisfazer as necessidades básicas e construir sociedades democráticas, solidá-
rias e desenvolvidas.

p. 226
1. A dívida externa constitui um obstáculo ao desenvolvimento porque os recursos financeiros cana-
lizados para o pagamento do serviço da dívida (amortizações dos empréstimos e juros) não poderão
ser utilizados na promoção de medidas destinadas ao desenvolvimento (serviços de saúde, educação
e formação profissional, habitação e investimentos produtivos, por exemplo), como refere o texto no
excerto «a maior parte dos países muito pobres (...) educação, saneamento, etc.».
2. A ajuda à África Subsariana cresceu entre 1983 e 1992, em geral. Em 1993, sofre uma descida, subin-
do no ano seguinte. A partir desse ano desce até 2001, ano em que se verifica uma forte subida. A evo-
lução da dívida é muito oscilante, salientando-se uma descida em 1993 e, a partir desse ano, uma subi-
da até 1996. De 1996 até 2002, podemos verificar oscilações e uma subida em 2003.A evolução do IDE
(Investimento Directo do Exterior) é tendencialmente de aumento, com excepção dos anos de 1989,
1991, 1997, 1999 e 2001. O crescimento do IDE e da ajuda ao desenvolvimento estão associados, entre
outros factores, ao crescimento económico de alguns países africanos, como Angola, e da China, respon-
sável também por parte do IDE em África.

p. 227
1. Apesar do Rendimento Nacional Bruto (RNB) por habitante ter praticamente triplicado entre 1960
e 2003, verificamos que a ajuda ao desenvolvimento por habitante apenas aumentou cerca de 50% entre
1960 e 1990, oscilando entre esse ano e 2003, ano em que atingiu um valor ligeiramente inferior ao de
1990. Podemos concluir que o aumento do RNB por habitante não se repercutiu do mesmo modo no
aumento da ajuda ao desenvolvimento por habitante.
2. Os países que constituem o CAD (Comité de Ajuda ao Desenvolvimento, da OCDE) não têm cum-
prido a decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas, de Outubro de 1970, que aprovou a afectação
de 0,7% do PIB dos países à ajuda ao desenvolvimento. Destes, apenas 9 países da UE a incrementaram
(Portugal não faz parte dos países que cumprem a decisão da ONU).

p. 228
1. A ajuda focalizada no género corresponde a 32,7% da ajuda total. Em relação aos sectores para onde
se destina, a ajuda focalizada no género destina-se predominantemente à saúde, educação e outras infra-
-estruturas sociais, que constituem sectores tradicionalmente associados às mulheres.
2. A igualdade de oportunidades consiste na igualdade de tratamento de mulheres, homens, etnias, dife-
rentes orientações sexuais e deficientes, por exemplo, a fim de se construírem sociedades mais equitati-
vas e coesas. Desta forma, as políticas para a igualdade de oportunidades promovem a superação de todos
os obstáculos, visíveis e invisíveis, que existem e dificultam, ou impedem, a participação de todos e todas,
em todas as esferas da vida social.
SOLUÇÕES – UNIDADE IV ECONOMIA C 25

p. 229
1. Os países que cumprem o objectivo das Nações Unidas são a Holanda, a Dinamarca, o Luxemburgo,
a Suécia e a Noruega.
2. Portugal encontra-se muito aquém desse objectivo (0,7 % do PIB), contribuindo apenas com 0,19 %
do PIB para a ajuda pública ao desenvolvimento.

p. 230
1. Os valores mais elevados de IDE dirigem-se para as regiões mais desenvolvidas: Canadá, UE e
Austrália, seguido de regiões onde se situam economias emergentes.
2. As grandes empresas transnacionais efectuam os seus investimentos nos países em que têm maiores
garantias de maximizarem os lucros, como é o caso dos países desenvolvidos e dos emergentes, que apre-
sentam custos de produção mais reduzidos.

p. 231
1. Os desafios que se colocam à concretização dos ODM são, entre outros, a elevada mortalidade mater-
na na África Subsariana, a alta proporção de crianças com baixo peso nesta região e na Ásia, o alto valor
do número de mortos provocado pela SIDA, bem como o número de crianças órfãs, falta de saneamento
básico nas regiões menos desenvolvidas, escassez de emprego para os jovens e alterações climáticas ori-
ginadas pelas emissões de dióxido de carbono que continuam a aumentar.

p. 232
1.1 O valor do rendimento médio anual é cerca de 8500 dólares por ano.
1.2 O rendimento de 90% da população mundial é inferior a 5000 dólares por ano.
1.3 Podemos constatar que 90% da população mundial tem um nível de vida muito aquém da média
da UE com 15 membros, que atinge quase 30 000 dólares por ano. Também podemos concluir que,
dentro da UE, existem disparidades, atendendo ao facto de o rendimento médio da Hungria, que não
atinge 10 000 dólares ano, ser muito inferior ao da UE-15.
2. Existem grandes disparidades entre os países ricos que, em 2004, atingiram um rendimento por habi-
tante superior a 30 000 dólares ano, e os países pobres que apresentam valores muito reduzidos e também
muito distantes dos valores médios mundiais que têm vindo a crescer. Tem aumentado a desigualdade
entre os países ricos e os países pobres, bem como entre os países pobres e os valores médios mundiais.

p. 234
1. A percentagem de indivíduos pobres empregados é a mais elevada, comparativamente à das outras
categorias, o que permite concluir acerca dos baixos valores de muitos salários.
2. A vulnerabilidade à pobreza é maior na categoria dos inactivos, seguida da dos desempregados e dos
reformados. Podemos concluir que a vulnerabilidade dos desempregados (26,3%) é muito superior à dos
empregados (14,4%).

p. 236
1. As gerações dos Direitos Humanos implícitas são a primeira (direitos civis e políticos), quando o texto
se refere «aos ideais da democracia, herdados da Revolução Francesa»; e os da segunda geração quando
se mencionam os «ideais de produção e consumo herdados da Revolução Industrial». Porém, quando o
texto se refere à «integração social pública» também se encontra implícito o direito ao desenvolvimento
(terceira geração dos Direitos Humanos), pois estes são interdependentes.
26 ECONOMIA C SOLUÇÕES – U N I DA D E I V

2. O desemprego e a precariedade do trabalho são factores de exclusão social porque um indivíduo com
um trabalho precário ou desempregado tem maiores dificuldades em satisfazer as suas necessidades
essenciais, bem como as da sua família, e em manter os laços com sociais e exercer os seus direitos de
cidadania.
3. A intervenção social junto dos grupos e indivíduos excluídos pretende a sua reintegração no mercado
de trabalho e o aumento da empregabilidade a fim de promover as suas competências.

p. 239
1. As medidas de discriminação positiva são necessárias para repor a igualdade de oportunidades, rom-
pendo com as formas de reprodução das desigualdades.
2. Na Noruega (exemplo do texto), as quotas nos quadros directivos superiores repuseram a igualdade
de oportunidades, ao possibilitarem que as mulheres passassem a ocupar 38% dos lugares nos conselhos
executivos das empresas cotadas na Bolsa de Oslo.

p. 240
1. As mulheres, em Portugal, de acordo com os dados do gráfico, auferem um rendimento inferior aos
dos homens em cerca de 8%, o que, comparativamente ao dos outros países representados, não é dos
mais baixos.
2. As mulheres sofrem discriminação económica ao obterem remunerações inferiores às dos homens.
Em muitos países essas diferenças são muito elevadas.

p. 241
1. As mulheres sem qualquer nível educacional representam uma fatia superior à dos homens.Todavia,
as mulheres com o nível secundário e superior apresentam uma percentagem mais elevada que a dos
homens. Podemos concluir que existe um maior número de licenciadas que de licenciados.
2. Em todos os níveis de qualificação, as mulheres auferem rendimentos mensais inferiores aos dos seus
colegas masculinos, sendo de salientar as desigualdades de remuneração nos quadros superiores em que
as mulheres recebem apenas 73,2% do que auferem os seus colegas do sexo masculino.

p. 242
1. Enquanto «sexo» diz respeito às diferenças biológicas, «género» é uma construção social que se refe-
re à forma como as sociedades definiram o que é ser mulher e ser homem.As diferenças biológicas ori-
ginaram diferentes papéis e estatutos sociais, que variam no tempo e no espaço, pois são construídos
socialmente. No exercício dos papéis sociais, as mulheres sofrem discriminações, defendendo o texto
«a igualdade de homens e mulheres», que deverá ser igualmente construída, a partir de medidas que «aban-
donem o velho paradigma da divisão do trabalho e das esferas [pública e privada] em função do sexo».
2. É possível a construção de uma cidadania global e integradora, nas duas esferas da vida social, através
da participação das mulheres, em igualdade com os homens, no poder político e económico; através de
uma maior equidade nas remunerações e através da partilha das tarefas na esfera privada (doméstica).
A paridade tem de ser construída, quer na esfera privada, quer na esfera pública.

p. 243
1. Relativamente à legislação sobre violação, o Sul da Ásia, e a América Latina e Caraíbas são as regiões
com maior percentagem de países com legislação específica; no que respeita à violência doméstica, as
SOLUÇÕES – UNIDADE IV ECONOMIA C 27

regiões desenvolvidas e a América Latina e Caraíbas são as regiões com maior percentagem de países
com legislação específica; relativamente ao assédio sexual, só as regiões desenvolvidas é que apresentam
uma maior percentagem de países com legislação específica. É de salientar que relativamente à violação
marital nenhuma região apresenta uma percentagem significativa de países que tenham adoptado legis-
lação específica.
2. O título do mapa evidencia o grande fosso entre os países do Norte e do Sul, onde se concentra a
maior percentagem de seres humanos que sobrevive com menos de 1 dólar por dia.

p. 244
Desempregados
1. Taxa de desemprego = ᎏᎏᎏ x 100.
População activa
2. A realizar pelos alunos.
3. A realizar pelos alunos.
4. As conclusões dependem da evolução da actual crise económica e do desemprego.

1. Os custos de produção no ramo das TIC os EUA e Canadá são superiores aos de economias emer-
gentes como a Irlanda, Coreia do Sul,Taiwan, Índia e China. No que respeita aos custos do factor tra-
balho no mesmo ramo, verificamos que os EUA continuam a ter custos superiores aos da Irlanda,
Canadá e Israel; as economias emergentes asiáticas (China, Índia, Malásia e Filipinas) e as da Europa de
Leste (Polónia e Hungria) e Rússia ainda apresentam custos mais reduzidos, o que origina deslocaliza-
ções das empresas transnacionais (ETN) para estes países.
2. Duas consequências das deslocalizações são o aumento do desemprego nos países desenvolvidos que
apresentam custos de produção mais elevados, como são o caso dos EUA, do Reino Unido, da
Alemanha, da França e da Itália, como podemos observar no gráfico; e a diminuição dos empregados
da indústria manufactureira na Zona Euro, nos EUA, no Japão e no Reino Unido, a partir da análise
do segundo gráfico.

p. 245
1. A não existência de indivíduos das minorias étnicas nos órgãos de poder político e económico, em
lugares de visibilidade e em profissões bem pagas, ou a frequentar as universidades numa proporção cor-
respondente ao seu peso na sociedade, constituem alguns exemplos de racismo e de xenofobia.
2. Medidas que possam promover a integração social das minorias étnicas poderão ser, entre outras, a
discriminação positiva nas universidades, nos órgãos do poder político e económico, a visibilização das
culturas diferentes, tendo em conta que todas as culturas são incompletas e que é necessário, não só des-
construir a estereotipia e o etnocentrismo, mas também promover os diálogos interculturais.

p. 246
1. A colocação de crianças de etnia cigana em escolas ou classes especiais onde as matérias ensinadas são
reduzidas constitui uma violação do direito à educação; o isolamento físico das pessoas de etnia cigana,
a pobreza e a exclusão social são também exemplos de violações dos Direitos Humanos que ilustram o
título do texto.
2. A realizar pelos alunos.
28 ECONOMIA C SOLUÇÕES – U N I DA D E I V

p. 247
1. Antes de 25 de Abril de 1974, as professoras primárias tinham de pedir autorização ao Estado para
casar e as enfermeiras dos hospitais públicos encontravam-se impedidas de o fazer.Após a Revolução de
25 de Abril de 1974, ainda não é permitido o casamento entre indivíduos do mesmo sexo (Abril de
2009).
2. O artigo 13.º da Constituição, ponto 2, estabelece o princípio da igualdade, salientando que: «Ninguém
pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever
em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideo-
lógicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.» Deste modo, a proibição
do casamento de gays e lésbicas constitui um atropelo a este artigo da Constituição.

p. 249
1., 2. e 3. A realizar pelos alunos.

p. 250
A realizar pelos alunos.

p. 252
O Médio Oriente é a região do mundo com maiores reservas de petróleo, detendo 61% destas; em
seguida (embora com grandes diferenças), encontramos a Eurásia, com 11,6%, a África, com 9,5% e a
América Central e do Sul, com 9% das reservas; a América do Norte e a Ásia e Pacífico detêm 5,6% e
3,3% respectivamente. De acordo com o gráfico, a produção de petróleo (em mil milhões de barris)
diminui, a partir de 2000, ano em que se produziram cerca de 30 mil milhões de barris, prevendo-se
que, em 2050, descerá para valores inferiores a 10 mil milhões de barris, o que permite concluir acerca
da redução das reservas de petróleo.

p. 254
1. A realizar pelos alunos.
2. É muito importante que os edifícios apresentem os requisitos-chave para a poupança energética a fim
de não se desperdiçar energia e se utilizarem energias renováveis, como é o caso da energia solar.

p. 256
1. Diarreias, infecções respiratórias, outros ferimentos não intencionais, paludismo, acidentes da estrada,
doenças pulmonares crónicas, problemas perinatais, doenças do coração, doenças infantis e atraso men-
tal devido ao chumbo são as principais doenças que se devem a causas ambientais.
2. As regiões do mundo com maior incidência dessas doenças são a África Subsariana, o Afeganistão, o
Paquistão, a Índia, o Bangladesh, a Rússia, o Norte África e a Bolívia.
3. Podemos concluir que são as regiões menos desenvolvidas e algumas economias emergentes que apre-
sentam maior incidência de doenças ambientais.

p. 257
1. Exemplos de países livres: países da UE, Brasil, Argentina, Chile, Índia ou Japão; exemplos de países
parcialmente livres: Marrocos, Mauritânia, Moçambique ou Malawi; e exemplos de países sem liberdade:
Angola, República Democrática do Congo, Zimbabué, Arábia Saudita, Rússia ou China (segundo a
organização FreedomHouse).
SOLUÇÕES – UNIDADE IV ECONOMIA C 29

2. A realizar pelos alunos.

p. 258
1. Os sete países mais poluidores são os EUA, a China, a Rússia, o Japão, a Índia, a Alemanha e o Reino
Unido.
2. São os países mais desenvolvidos e as grandes economias emergentes (China, Rússia e Índia) os maio-
res poluidores, podendo-se concluir que o crescimento económico sem limites põe em causa a susten-
tabilidade.

1. São os países da Europa os mais igualitários (os alunos deverão identificar 10 países mais igualitários).
2. e 3. A realizar pelos alunos (consultar o gráfico da página 237).

p. 259
Se os indivíduos não tiverem liberdade, sendo impedidos de aceder a direitos fundamentais como o
direito à educação, à saúde, à liberdade contratual e a não ser discriminados com base no sexo, por exem-
plo, não poderão ser responsabilizados, pois a «liberdade requer responsabilidade», como é referido no
texto.

Avaliação

I
1. D; 2. B; 3. A; 4. A; 5. D.

II
1.1 Três Direitos Humanos presentes no texto e que não foram respeitados poderão ser, entre outros, o
direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal, o direito à saúde e o direito à igualdade.
1.2 Duas características dos Direitos Humanos poderão ser, entre outras, a interdependência e a univer-
salidade. A interdependência consiste no facto de a violação de um dos direitos pôr em causa o respeito
pelos outros, ou seja, a violação do direito à vida põe em causa todos os outros direitos. Por outro lado,
a universalidade foi posta em causa ao excluir quase 10 milhões de crianças do direito à vida.
1.3 Duas medidas que poderão ajudar a reduzir a mortalidade infantil poderão ser, entre outras, a pro-
moção do desenvolvimento sustentável através de políticas que conduzam à satisfação das necessidades
essenciais, como são o caso da alimentação, saúde, educação, formação profissional, habitação e ambien-
te equilibrado, por exemplo.
2.1 A 2.ª geração dos Direitos Humanos diz respeito aos direitos económicos e sociais, saídos dos movi-
mentos sociais do século XIX. São exemplos desses direitos: salário igual para trabalho igual; direito ao
trabalho, à saúde e à educação.
30 ECONOMIA C SOLUÇÕES – U N I DA D E I V

2.2 Exemplos ilustrativos da «marginalização de uma enorme parte da humanidade»: mais de 15 milhões
de crianças ficaram órfãs devido à SIDA, em 2005; nos países mais industrializados da América Latina,
30 a 40% da população é pobre; 72 milhões de pessoas na UE viviam abaixo do limiar da pobreza; e,
em 2001, mais de 60% da população vivia com menos de 2 dólares por dia1.
2.3 A secretária-geral da Amnistia Internacional refere que podemos promover a mudança social para
alterar as condições de vida em que se encontra «uma enorme parte da humanidade» sem acesso aos
direitos económicos e sociais. Esta situação põe em causa, não só a universalidade dos direitos, pois para
elevado número de seres humanos estes direitos não existem, como também os outros (direitos de 1.ª e
2.ª gerações), uma vez que os Direitos Humanos são interdependentes.
3.1 Os países que apresentam maior desigualdade social são o Brasil e os EUA, já que detêm o maior
índice de Gini.
3.2 10% dos mais pobres em Portugal detêm 2% do rendimento, enquanto 10% dos mais ricos possuem
quase 30% (29,8% do rendimento, o que evidencia uma acentuada desigualdade social).
3.3 No contexto dos países representados na tabela, Portugal é o terceiro país com maior desigualdade
social, pois apresenta um índice de Gini alto (quanto mais próximo de zero estiver o indicador maior
será o nível de igualdade social).
3.4 A resposta deverá referir que, quanto maior for o nível de desigualdade social, maior será a discri-
minação económica (exclusão ou limitação de indivíduos ou grupos no acesso aos valores económicos).
4.1 Os países cujas dívidas externas excedem o seu valor de PNB são os que apresentam uma dívida
externa em percentagem do PNB superior a 100% como são os casos do Brasil, da Mauritânia e da
República Democrática do Congo, entre outros.
4.2 A dívida externa constitui um obstáculo ao desenvolvimento porque os recursos canalizados para o
serviço da dívida (amortizações e juros) não poderão ser utilizados na promoção do desenvolvimento,
ou seja, na satisfação das necessidades básicas das populações.
4.3 As relações Norte-Sul, em que o Norte impõe os preços no mercado internacional, originado a
deterioração dos termos de troca para os países do Sul, mantém subsídios a vários bens (entre os quais
os agrícolas), concorrentes com os do Sul, desenvolve práticas proteccionistas através de uma regulamen-
tação excessiva - o que impede a entrada de bens exportados pelo Sul – fixa unilateralmente os juros
nos mercados financeiros e também impõe as políticas a adoptar pelos países que contraíram emprésti-
mos, como são o caso das políticas impostas pelo FMI aos países devedores, são responsáveis pelo eleva-
do endividamento do Sul. É, assim, necessária uma alteração das relações entre o Norte e o Sul para se
promover o desenvolvimento.

III
1.1 Direitos Humanos são um conjunto de direitos civis e políticos, económicos e sociais, e colectivos
que se encontram estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
1.2 Exemplos de violações de Direitos Humanos: 100 a 120 milhões de crianças a viver na rua; a pobreza
urbana; e o aparecimento de crianças de rua de 2.ª geração.

1 Dados retirados do Atlas Le Monde Diplomatique, 2005.


SOLUÇÕES – UNIDADE IV ECONOMIA C 31

1.3 O comentário deverá articular o conteúdo dos textos com os conceitos pedidos.
1.4 Trabalho a realizar pelos alunos.
2.1 A discriminação positiva vem impedir a reprodução da discriminação negativa, que exclui ou restringe
indivíduos ou grupos sociais do gozo e do exercício dos Direitos Humanos.Assim, a discriminação posi-
tiva vai repor a igualdade de oportunidades, através do favorecimento para ajudar a alterar a situação de
desigualdade.
2.2 Exemplos de medidas de discriminação positiva poderão ser, entre outras, as quotas para mulheres nos
órgãos do poder político ou económico e a quotas para indivíduos de minorias étnicas nas universidades.
2.3 O comentário deverá relacionar a situação das mulheres no Parlamento com o conceito de discri-
minação de género e apresentar conclusões.

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