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1. Ordena os tópicos seguintes, reconstituindo o episódio de Inês de Castro, narrado no Canto III
de Os Lusíadas.
(A) Comovido, o rei quer poupar Inês mas, pressionado pelo povo, manda matá-la.
(B) Inês discursa perante o rei, pedindo-lhe que este lhe poupe a vida ou apresentando o
degredo/exílio como alternativa à morte;
(C) Inês é morta pelos algozes.
(D) Inês, em Coimbra, está apaixonada por D. Pedro.
(E) Sob a influência da opinião do povo, o rei D. Afonso IV manda chamar Inês à sua presença.
JÚDICE, Nuno (2001). Pedro, Lembrando Inês. Lisboa: Dom Quixote, p. 40.
1. Lê a apreciação crítica.
Educação Literária
1. (D), (E), (B), (A), (C).
3. a. Identificação do sujeito poético com D. Pedro, homem apaixonado por Inês, sensível (distinto da representação que a
História nos deixou – cruel, vingativo), movido pelas saudades, pela solidão e pela nostalgia. b. Relação de amor
verdadeiro/ autêntico e eterno (apesar da ausência/morte de Inês), caracterizado pela unicidade (vv. 6-9), pela umplicidade
e pela entrega total ao outro (vv. 9-11); os últimos versos (vv. 18-21) são uma declaração de amor que reflete a intensidade
da relação amorosa. c. Título que permite identificar os dois interlocutores (sujeito poético – D. Pedro; destinatário/objeto
poético – D. Inês) e que especifica o universo de referência do texto, remetendo para uma tradição literária que vem já de
Os Lusíadas (amores de D. Pedro e D. Inês). d. Verso longo, que sugere o fluxo de pensamento e o tom reflexivo do sujeito
poético; predomínio de deíticos de primeira e segunda pessoas, que remetem para a proximidade entre o sujeito poético e
o destinatário da sua reflexão, dando verossimilhança à declaração de amor.
Leitura | Gramática
2. Marcas do género apreciação crítica:
• descrição sucinta do livro Pedro, Lembrando Inês (Nuno Júdice): temas e sentimentos, imagens, linguagem, estrutura e
estilo;
• comentários críticos valorativos, expressos através do vocabulário valorativo (“cativam”, “interessante”, “equilibrado”,
“muito de bom”, “belíssima”, “intenso”, “genuíno”, “perfeito”) e reforçados na asserção final (“um livro que vale a pena ler”, ll.
27-28).
3. Exemplos: a. Porque / uma vez que / já que evoca o amor intemporal de Pedro e Inês […]. b. ainda que/embora exista
uma relativa brevidade.
4. Exemplos: a. “este é, sem dúvida, um livro que vale a pena ler” (ll. 27-28). b. “uma expressão de um amor que poderia
conter em si todos os amores” (ll. 11-12).