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CONTABILIDADE DE
CUSTOS
Contabilidade de
Custos
Prof. Delma da Silva
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof. Delma da Silva
Impresso por:
Apresentação
Olá, estudante!
Seja bem-vindo(a) à disciplina de Contabilidade de Custos!
Neste material, você conhecerá os conceitos básicos relacionados
ao tema e sua aplicabilidade no dia a dia de uma empresa industrial e no
comércio.
A temática é importante porque a competitividade afeta todos os
tipos de organizações, independentemente de seu segmento. Além disso,
atualmente, os consumidores estão mais espertos e exigentes, procurando
aliar qualidade e preço. Assim, as empresas precisavam alcançar a
lucratividade a partir de baixos custos e gastando pouco para não perder
a qualidade de seus produtos, tendo os fornecedores como aliados, a fim
de gerar vendas significativas. Para que isso seja uma realidade, a empresa
precisa conhecer as necessidades do mercado.
Portanto, a fim de melhorar as informações internas, os gestores
utilizam estratégias ligadas à contabilidade de custos, área em que se
concentram os cálculos para explicar o custo dos produtos fabricados ou
vendidos e os serviços prestados.
Nesse sentido, diante desse contexto, fique atento ao conteúdo que
preparamos para aprender conceitos, terminologias e demais aplicabilidades
da contabilidade de custos, bem como os melhores elementos utilizados para
a tomada de decisão.
Bons estudos!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Bons estudos!
LEMBRETE
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Entendendo o Planejamento
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um
deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos
apresentados.
CHAMADA
1
2
Introdução da Unidade
A contabilidade de custos é uma parte da ciência contábil dedicada
ao estudo coerente dos custos incorridos para se obter vendas ou bens de
consumo, sejam eles produtos ou mercadorias, sejam eles serviços.
3
4
TÓPICO 1
UNIDADE 1
5
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento
Contabilidade Contabilidade
financeira gerencial
Contabilidade Sistema
de custos orçamentário
6
Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos
ATENCAO
Princípio da
Competência
Princípio do Registro Convenção do
pelo Valor Original Conservadorismo
Princípios e
Princípio da Convenções Convenção da
Prudência Contábeis Materialidade
(Conservadorismo)
7
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento
8
Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos
9
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento
Um dos termos mais comentados diz respeito aos gastos, os quais estão
ligados à aquisição de produto e/ou serviço, gerando para a empresa um sacrifício.
Temos como exemplos os gastos com mão de obra ou compra de matéria-prima.
O desembolso, por sua vez, está ligado ao pagamento de bem e/ou serviço.
Importante destacar que a empresa, para fazer o registro de recebimentos e
pagamentos, adota dois regimes, a saber: regime de caixa (registro do recebimento
ou pagamento no momento da transição comercial) e regime de competência
(registro da transição comercial após o seu pagamento).
10
Introdução, definição e terminologias da contabilidade de custos
NOTA
11
AUTOATIVIDADE
I - Custo.
II - Investimento.
III - Gastos.
IV - Despesa.
V - Desembolso.
( ) Atividades com base na vida útil ou nos benefícios que podem ser
atribuídos a períodos futuros.
( ) I, III, V, II e IV.
( ) II, I, V, IV e III.
( ) I, II, III, IV e V.
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2. Ao longo de nossos estudos, pudemos identificar algumas diferenças
entre determinadas terminologias utilizadas com frequência na contabilidade de
custos. Entre essas terminologias, temos as despesas e os custos.
Diante desse contexto, o que são as despesas para uma empresa industrial
e o que são os custos para um comércio? Cite exemplos das suas situações.
PORQUE
13
AUTOATIVIDADE
14
5. Normalmente, o processo de produção está diretamente ligado aos
custos de matérias-primas, mas é possível transformar um custo indireto em
custo direto, caso possamos quantificar o objeto de custo.
PORQUE
II - tudo que é usado para produzir um bem ou serviço para ser vendido
no mercado.
15
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento
16
TÓPICO 2
UNIDADE 1
2. Tipificação de custos e
despesas
17
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento
Para complementar essa definição, vale mencionar que o custo se trata das
despesas da empresa relacionadas aos produtos ou serviços produzidos por ela.
Portanto, está diretamente relacionado às atividades da organização.
Custo
Integra o produto, vai para
o estoque e aumenta o ativo
circulante.
Despesa
Reduz o lucro e vai para
o resultado, reduzindo o
patrimonio líquido
Diante disso, vamos estudar cada tipo de custo e despesa para compreender
de que forma eles influenciam na contabilidade de custos? Acompanhe o conteúdo!
18
Tipificação de custos e despesas
Matéria-prima $ 2.500.000
Embalagens $ 600.000
Materiais de Consumo $ 100.000
Mao-de-obra $ 1.000.000
Salários da supervisão $ 400.000
Depreciação das Máquinas $ 300.000
Energia Elétrica $ 500.000
Aluguel do Prédio $ 200.000
Total $ 5.600.000
Fonte: Martins (2003, p. 31).
A mão de obra, por outro lado, pode estar relacionada a cada produto
oferecido pela organização, pois normalmente se contabiliza o quanto cada
trabalhador se empenhou na produção e o quanto esses colaboradores custam
para a empresa. Entretanto, importante mencionar que parte dessa mão de
obra está ligada aos chefes de equipes de produção, sendo que, nesse caso, não
conseguimos verificar quanto atribuir disso diretamente aos produtos (MARTINS,
2003).
19
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento
Martins (2003) cita que parte da energia elétrica pode ser alocada em
alguns produtos, já que as máquinas envolvidas podem consumir mais força por
possuírem um medidor próprio. Com isso, a empresa consegue verificar quanto
consome cada item produzido. Contudo, o restante da energia é medido de forma
geral. Por exemplo, dos R$ 500 mil apresentados, R$ 350 mil podem ser alocáveis,
mas R$ 150 mil não.
20
Tipificação de custos e despesas
UNI
Alguns custos fixos podem ser reduzidos para melhorar o fluxo de caixa,
mas isso exige que algumas decisões sejam tomadas, como mudar para um local
de trabalho mais barato ou reduzir o número de funcionários. Por outro lado,
outros custos fixos — a exemplo da depreciação — não melhorarão o fluxo de
caixa da organização, mas podem melhorar o balanço patrimonial.
21
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento
UNI
22
Tipificação de custos e despesas
UNI
≠
Figura 9 - Custo fixo x custo variável
Custo fixos
São aqueles cujos valores Custos variaveis
permanecem constantes São aqueles diretamente
dentro de determinada relacionados à produção.
capacidade de produção
23
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento
Figura 10 – Despesas
24
Tipificação de custos e despesas
DICAS
Não é necessariamente bom ou ruim para uma empresa ter mais despesas
fixas ou variáveis. No fim, tudo dependerá da combinação das variações de lucro
e custo do produto e/ou serviço produzido e comercializado pela organização!
25
AUTOATIVIDADE
26
PORQUE
( ) um custo fixo.
( ) um custo variável.
27
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento
28
TÓPICO 3
UNIDADE 1
Ribeiro (2016, p. 19) faz a definição de despesas e custos para que possamos
entender que há uma diferença na linguagem da contabilidade de custos:
29
UNIDADE 1 Entendendo o Planejamento
Conforme Ribeiro (2016), o gasto pode ser definido como uma parte da
despesa e parte custo. Isso nos deixa um pouco confusos, não é? Esse assunto
é complexo, mas a contabilidade de custos envolve os custos que beneficiam
tanto as áreas de produção quanto as áreas administrativa e comercial. Assim, é
necessário separar a parte que será classificada como despesa da parte que será
classificada como custo.
UNI
30
Diferenças entre gastos e custos
O custo não deve considerar apenas o ganho com dinheiro, visto que há
outros meios de se obter o que é necessário, como a força física.
31
AUTOATIVIDADE
Com base nos dados da tabela anterior, qual é o custo variável total e
o custo fixo total?
32
3. Suponha o seguinte caso: o gestor da empresa Camiseta & Bermunda
Ltda. apresentou as seguintes informações relacionadas ao seu processo de
produção de dois produtos, informando o custo unitário e a quantidade
produzida.
Com base nas informações dispostas, podemos dizer que os custos das
camisetas baby e lange, em relação à unidade de produto, são, respectivamente:
( ) variável e fixo.
( ) fixo e fixo.
( ) fixo e direto.
( ) variável e variável.
33
AUTOATIVIDADE
( ) diretos.
( ) variáveis.
( ) indiretos.
34
RESUMO
A contabilidade de custos possui diversos objetivos básicos. Por sua vez,
a aplicação do pensamento sistêmico explora e tenta provar a conexão entre os
objetivos ideais da organização e os reais. Em alguns casos, esses objetivos podem
ser determinados por ações em vez de ideais imaginários.
CHAMADA
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um
deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos
apresentados.
CHAMADA
45
46
Introdução da Unidade
O objetivo da contabilidade é acumular informações financeiras para
serem utilizadas na tomada de decisões econômicas. Logo, pode-se definir
que a finalidade da contabilidade financeira é coletar dados que possam
ser aplicados para preparar as demonstrações financeiras, atendendo às
necessidades de investidores, credores e outros usuários externos quanto às
informações financeiras da organização.
47
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
48
TÓPICO 1
UNIDADE 2
Dessa forma, CPV, CMV e CSV não considerarão o custo dos produtos em
estoque ou dos serviços que ainda estão sendo implementados, mas consideram
os itens que foram vendidos ou serviços prestados. Vamos nos aprofundar a
respeito?
Tais despesas podem ser calculadas como o custo dos produtos vendidos
para mostrar o lucro bruto, que é a diferença entre a despesa e a receita da
transação.
49
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
= estoque inicial;
50
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
Ribeiro (2016, p. 31), quanto aos custos dos produtos vendidos, menciona
que:
Portanto, temos que o custo dos produtos vendidos nos ajuda a realizar
um controle financeiro correto, mostrando a situação real da empresa e auxiliando
na formulação de preços adequados de acordo com a meta de lucro da empresa.
51
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
52
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
• Embora o título não esteja evidenciado na DCPV, compreende a soma dos gastos com
Custo de mão de obra (direta e indireta) e gastos gerais de fabricação (diretos e indiretos)
transformação aplicados na transformação dos materiais em produtos.
• Fórmula dada por CT = MOT + GGFT
Custo de produção • Compreende a soma dos custos incorridos na produção do período dentro da fábrica.
do período • Fórmula dada por CPP = Materiais + MO + GGF
Custo da produção • Compreende o custo de produção, menos o estoque final de produtos em elaboração.
acabada no período • Fórmula dada por CPA = CP – EFPE
E
IMPORTANT
53
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
= estoque inicial;
= compras;
54
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
Sem dúvida, o cálculo do custo das vendas é uma etapa muito relevante
na avaliação da situação financeira da empresa. Contudo, vale mencionar que
essa medida também pode trazer outros benefícios para o negócio. Uma delas é
verificar se a política de compras está de acordo com as tendências de consumo.
Por exemplo, uma empresa pode investir demais em um produto que não é mais
atraente para o público-alvo. Desse modo, quando observamos essa situação,
podemos gerenciar mais facilmente as despesas, comprando bens ou matérias-
primas.
Além disso, os cálculos CMV também são úteis para uma melhor gestão
de estoque. Uma vez que existem informações relevantes sobre os produtos mais
vendidos ou que ficaram mais tempo no armazém. A empresa, então, poderá
tomar medidas para utilizar o espaço disponível, ajudando na redução de custos
e no aumento da receita.
55
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
56
Custos dos serviços prestados, do produto vendido e da mercadoria vendida
57
AUTOATIVIDADE
58
3. Imaginemos o seguinte: a empresa Ômega Máscaras Ltda., devido
à pandemia do COVID-19, precisou apurar o lucro bruto referente ao mês de
novembro de 2020, considerando o lançamento de um produto. Seu faturamento
foi de R$ 375.000,00, mas ainda temos outros valores a contabilizar:
Diante disso, qual é o custo dos produtos vendidos (CPV) pela empresa
em questão?
( ) R$ 120.657,00.
( ) R$ 113.810,00.
( ) R$ 115.765,00.
( ) R$ 98.867,00.
59
AUTOATIVIDADE
II - Gastos diretos.
IV - Insumos.
60
( ) Mão de obra indireta, luz e depreciações de equipamentos.
( ) Saldo de estoque final, compras e estoque final são utilizados para seu
cálculos.
61
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
62
TÓPICO 2
UNIDADE 2
2. Contabilidade de Custos
Industrial e Comercial
O custo difere das despesas, uma vez que os custos são utilizados em
produção, enquanto as despesas são aplicadas direta ou indiretamente para se
obter renda.
FINANCEIRO
COMERCIAL
PRODUÇÃO
63
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
64
Contabilidade de custos industrial e comercial
TUROS
ESTUDOS FU
65
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
Vale distinguirmos que o custo de mão de obra direta diz respeito aos
salários do setor produtivo, ou seja, ao que é pago aos trabalhadores que estão
ligados diretamente ao processo produtivo (mão de obra). Sendo assim, pode
ocorrer variação de acordo com a produção, sendo que a folha de pagamento do
setor produtivo é fixa.
66
Contabilidade de custos industrial e comercial
67
AUTOATIVIDADE
68
3. A contabilidade de custos do produto visa processar o custo do item
em desenvolvimento, bem como os custos total e unitário de produtos e serviços
para fins administrativos. Também pode cobrir a distribuição, o armazenamento,
a venda e o custo de administração, além de custos financeiros e fiscais.
69
AUTOATIVIDADE
Contas Valor em R$
( ) R$ 125.000,00.
( ) R$ 132.500,00.
( ) R$ 130.000,00.
( ) R$ 115.000,00.
70
Contabilidade de custos industrial e comercial
71
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
72
TÓPICO 3
UNIDADE 2
Dessa forma, cabe ao gestor decidir para que tenha um processo produtivo
de qualidade, evite desperdícios e encontre a alternativa mais adequada ao
processo. Na área de negócios, esses profissionais, portanto, podem utilizar tais
informações para preparar os preços de venda de seus produtos.
NOTA
73
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
É válido ressaltar que os custos fixos dos produtos, mesmo que estes sejam
vendidos ou não, continuarão a existir. Os custos de absorção incluem a alocação
de todos os custos (fixos ou variáveis) para o período de produção. Despesas não
fabris (despesas), no caso, são excluídas.
74
Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC
Despesas Custos
Estoque de
produtos
Demonstração de resultados
Receita
Vendas CPV
Lucro bruto
Despesas
Lucro operacional
E
IMPORTANT
75
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
NOTA
Os custos variáveis, também conhecidos como custos diretos, nos traz que
seus valores dependem diretamente do volume gerado no processo produtivo. Desse
modo, é uma consequência do volume de vendas do produto.
76
Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC
NOTA
77
UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
Camisetas Camisas
Aluguel R$ 15.000,00
Total R$ 33.000,00
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Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC
Departamentos Atividades
Compras Comprar os materiais
Tabela 8 – Direcionados
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UNIDADE 2 Contabilidade de Custos: Métodos de Inventário de Estoque
Comprar os materiais
Cortar e costurar
80
Métodos de custeios: por absorção, variável e ABC
81
AUTOATIVIDADE
( ) R$ 5.760,00.
( ) R$ 9.000,00.
( ) R$ 4.000,00.
( ) R$ 16.000,00.
82
3. Ao longo de nosso material, pudemos conhecer alguns métodos de
custeio que auxiliam as organizações no controle de suas contas. Desse modo,
fica mais fácil tomar decisões e compreender os custos envolvidos na produção.
( ) Método direto.
( ) Método ABC.
83
AUTOATIVIDADE
84
RESUMO
Ao longo desta unidade, pudemos compreender que, quando a empresa
realiza as compras materiais, pode incorrer em custos, além daqueles que serão
pagos ao fornecedor. A organização ainda é responsável pelo pagamento de
transportes, seguros, armazenamento e outras despesas com a aquisição. Se o
material for importado, bilhões de bens ou produtos aéreos, despesas aduaneiras
e outros custos alfandegários e de transporte estarão envolvidos.
CHAMADA
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UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um
deles, você encontrará atividades visando à compreensão dos conteúdos
apresentados.
CHAMADA
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88
Introdução da Unidade
Já sabemos que a classificação dos itens de custo enquanto diretos
ou indiretos está ligada ao grau de facilidade ou dificuldade de seu cálculo.
No que tange à produção, a mão de obra atribuída é considerada um item
de custo direto. Por outro lado, outros itens, como energia elétrica, mão de
obra de supervisão, depreciação de máquinas e mão de obra de gerência têm
sua alocação aos produtos de forma mais complicada, demandando critérios
de rateio ou direcionadores que, muitas vezes, são arbitrários ou difíceis de
compreender. Por conta disso, são considerados itens de custo indireto.
A empresa, para buscar o lucro, deve ter produtos para venda, por
isso, precisa realizar a produção de estoque para atender aos pedidos de
compras. No estoque, mesmo que os produtos tenham um valor unitário
diferente, não alteram a política da empresa em adotar um procedimento de
controle por meio dos métodos de custeio.
89
90
TÓPICO 1
UNIDADE 3
E
IMPORTANT
O PEPS é a sigla para a expressão “primeiro que entra, primeiro que sai”.
Nesse método, podemos dizer que os estoques são avaliados pelos custos de
aquisições mais recentes. Por exemplo, peguemos o mesmo caso anterior, com os
mesmos dados. Pelo método em questão, temos o seguinte:
92
Apuração dos custos de fabricação
- 9 R$ 420,00 R$ 3.780,00
06/set
- 1 R$ 410,00 R$ 410,00 4 R$ 410,00 R$ 1.640,00
Já o UEPS vem da expressão “último que entra, primeiro que sai”. Trata-
se de um método que apresenta os estoques com valores mais reduzidos e custos
dos produtos vendidos mais elevados. Ainda com base no exemplo, anterior,
temos que:
93
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
94
Apuração dos custos de fabricação
NOTA
95
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
Total R$ 29.700,33
Fundo de Garantia 8%
Salário-educação 2,5%
SENAI ou SENAC 1%
INCRA 0,2%
SEBRAE 0,6%
Total 36,8%
O cálculo do custo total anual para o empregador será, então, dado por:
96
Apuração dos custos de fabricação
Martins (2018, p. 69) nos explica que “[…] todos os custos indiretos só
podem ser alocados, por sua própria definição, de forma indireta aos produtos,
isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento de
custos etc.”. De acordo com o autor, podemos apresentar um exemplo que mostra
a importância dos custos indiretos em um departamento na empresa:
97
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
Total R$ 1.700.000,00
Parte fixa
com base no 25% 40% 15% 20% 100%
potencial (média $ 200.000 $ 320.000 $ 200.000 $ 160.000 $ 800.000
últimos anos)
Parte variável
com base no 530h x $ 500/h = 880h x $ 500/h = 390h x $ 500/h =
- $ 900.000
número de $ 265.000 $ 440.000 $ 195.000
horas utilizadas
98
Apuração dos custos de fabricação
Figura 18 - Diferença entre mão de obra indireta, materiais indiretos e outros custos indiretos
99
AUTOATIVIDADE
8% para FGTS;
100
2. Considerando nossos estudos, sabemos que as empresas podem utilizar
a contabilidade e suas particularidades para controlar gastos, ganhos e outras
informações pertinentes ao negócio, não é mesmo? Assim, imaginemos que uma
empresa apresentou as seguintes movimentações na conta estoque de mercadoria:
101
AUTOATIVIDADE
Sendo assim, em uma empresa que avalia o estoque final pelas compras
mais recentes, enquanto o custo das mercadorias vendidas é avaliado pelas
aquisições antigas, dizemos que ela pratica o método:
( ) inventário normal.
102
Apuração dos custos de fabricação
( ) Ao custo indireto.
103
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
104
TÓPICO 2
UNIDADE 3
2. Formação de preço
105
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
Nesse caso, temos que o preço de venda = R$ 6,50 + (0,20 x 10.000) / 1.000.
Fazendo as contas, o PV totaliza R$ 8,50.
2.3Formaçãodopreçodevendabaseadonamaximização
dos lucros e nos gastos
No que tange à maximização dos lucros, cabe à empresa, no momento de
realizar o cálculo da precificação do produto, acrescentar o percentual desejado.
Dessa forma, ela buscará as estimativas (projeções) para obter o máximo benefício.
P = (CT + R% × CI) / V
P = R$ 0,10
107
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
Markup multiplicador =
Markup multiplicador =
Markup divisor =
Markup divisor =
Com essas informações, temos que o custo total de venda (CTV) é dado
por:
ICMS 18%
Despesas administrativas + 6,45%
Frete + 2,75%
Lucro desejado + 10%
Custo total de vendas (CTV) = 37,2%
MKD = 0,628
108
Formação de preço
PV = 10 / 0,627
PV = R$ 15,95
Portanto, podemos concluir que o produto deve ser vendido pelo valor
de R$ 15,95, caso a organização busque uma taxa de lucro de 10%, considerando,
ainda, todos os custos envolvidos no caso apresentado.
MKM = 1 / 0,627
MKM = 1,59
PV = 10 1,59
PV = R$ 15,95
109
AUTOATIVIDADE
( ) MKD = R$ 2,30.
( ) MKD = R$ 1,00.
( ) MKD = R$ 4,50.
( ) MKD = R$ 3,40.
( ) MKM = R$ 2,60.
110
( ) MKM = R$ 2,29.
( ) MKM = R$ 5,10.
( ) MKM = R$ 1,70.
Vamos, então, pensar em uma situação que nos traz os seguintes dados:
Com base na fórmula CU / 100% - (%CV + %DF + %ML), qual seria o valor
de markup?
( ) R$ 45,60.
( ) R$ 34,75.
( ) R$ 36,36.
( ) R$ 54,89.
111
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
112
TÓPICO 3
UNIDADE 3
3. Contabilização de custos
Custos Despesas
Indiretos Diretos
Vendas
Rateio
Produto A
Produto B
Produto C
Estoque
Custo dos
Produtos vendidos
Resultados
113
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
Aliás, dentro desse contexto, você já ouviu falar dos livros caixa, diário e
razão? Pois este será o assunto do nosso primeiro item. Acompanhe o conteúdo
com atenção!
114
Contabilização de custos
Outro ponto é que deveriam ser lançados todos os custos de produção aos
estoques de cada produto, conforme podemos observar a seguir.
115
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
116
Contabilização de custos
117
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
A empresa Lãs Finas, por meio do método de custeio por absorção, quer
contabilizar e avaliar o seu estoque no final do exercício. Desse modo, vamos
iniciar pela separação dos custos e das despesas. A empresa informou os seguintes
gastos:
118
Contabilização de custos
Departamento de vendas
Comissões de vendedores R$ 80.000,00
Despesas de entrega R$ 45.000,00
Total R$ 125.000,00
Despesas que não estão incluídas nos custos de produção e que totalizaram
no final do período o valor de R$ 315.000,00, fazem parte diretamente do resultado
do período, porém sem serem atribuídos aos produtos.
Tabela 36 - Distribuição
Produto A R$ 75.000,00
Produto B R$ 135.000,00
Produto C R$ 140.000,00
Total R$ 350.000,00
119
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
121
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
ATENCAO
Talvez você possa pensar que tais lançamentos simplificados não fornecem
uma boa visão de como a distribuição de custos foi realizada. No entanto, com
um bom sistema de banco de dados, as melhores fontes das referidas informações
de distribuição serão sempre os próprios arquivos, não a apresentação dos livros
diário e razão contábil.
122
Contabilização de custos
123
UNIDADE 3 Prática da Contabilidade de Custos
124
Contabilização de custos
125
AUTOATIVIDADE
Materiais R$ 60.000,00
Mão de obra direta. R$ 40.000,00
Gastos gerais de fabricação R$ 30.000,00
Além disso, foram produzidas 200 unidades para enviar como amostra.
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( ) ela favorece o entendimento do contador da empresa para a tomada
de decisão.
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RESUMO
Assim, chegamos ao fim do nosso material de estudos entendendo sobre
a contabilização de custos. Aqui, pudemos realizar uma comparação com a
contabilidade geral e concluirmos que a forma de escrituração e alocação das
despesas e dos custos seguem a mesma lógica nos dois casos.
CHAMADA
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REFERÊNCIAS
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
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