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MECÂNICA DAS ROCHAS

RESISTÊNCIA DE MACIÇOS ROCHOSOS FRATURADOS

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL


ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: GEOTECNIA

Alunos: Karen Ferreira


Laís Garcia
Roberto Nascimento

Julho, 2023
DADOS TRIAXIAIS PARA ROCHAS INTACTAS

• Hoek e Brown (1980)

• Envoltória de resistência
prevista pela equação

• Ensaio triaxial em 5 amostras


de granito – composição dos
grãos semelhantes

• Coeficiente de correlação de
0,99

• Estudos conceituais ou de
viabilidade

Círculos de mohr para os dados de ensaio triaxial realizados para mostras


intactas de granito
DADOS TRIAXIAIS PARA ROCHAS INTACTAS

• Hoek e Brown (1980)

• Envoltória de resistência
prevista pela equação

• Ensaio triaxial em 11 amostras


de calcário – características de
ruptura semelhantes

• Coeficiente de correlação de
0,68

• Necessidade de ensaios de
laboratório confirmatórios

Círculos de mohr para os dados de ensaio triaxial realizados para mostras


intactas de calcário
DADOS TRIAXIAIS PARA ROCHAS INTACTAS
Hoek e Brown verificaram que existem tendências definidas que surgiram do ajuste de seu critério de ruptura empírico
a dados triaxiais.

a. Rochas carbonáticas com clivagem cristalina bem desenvolvida (dolomito, calcário e mármore): m = 7
b. Rochas argilosas litificadas (lodo, argilito e ardósia (normal à clivagem)): m = 10
c. Rochas arenosas com cristais fortes e clivagem cristalina pouco desenvolvida (arenito e quartzito): m = 15
d. Rochas ígneas cristalinas poliminerálicas de grão fino (andesito, dolerito, diabásio e riolito): m = 17
e. Rochas ígneas e metamórficas poliminerálicas de grão grosso (anfibolito, gabro, gnaisses, granito, norito e
granodiorito): m = 25

Ardósia Quartzito Anortosito Gnaisse


DADOS TRIAXIAIS PARA ROCHAS INTACTAS

• Argila de Londres

• Bishop e Garga, 1969 - Critério de


Hoek e Brown

• σc = 211,8 m=6,475 e s=1

• Coeficiente de correlação: 0,98

• ϕ’i = 25° para σ’=100kPa

• Ensaios triaxiais em níveis mais altos


de tensão: ϕ=11° (Bishop, 1965)

Ao analisar o comportamento de
rochas intactas, o autor limita o uso
do critério de ruptura empírico a
σ’máx = σc Envoltória de ruptura de mohr para ensaios triaxiais a níveis de tensão
normal muito baixos em amostras indeformadas de argila de Londres –
Bishop e Garga, 1969
PREMISSAS INCLUÍDAS NO CRITÉRIO DE RUPTURA EMPÍRICA
Tensão efetiva:
• Rochas intactas (Brace e Martin, 1969)
• Rochas fraturas (Handin et al, 1963)

Influência dos fluidos dos poros na resistência:


Resistência à compressão não confinada de xisto quartzíticos, quartzodioritos, gabros e gnaisses pode ser
reduzida em até 2 vezes por saturação em água, em comparação com amostras secas em estufa. Colback e Wiid
(1965) e Broch (1974).

Influência da velocidade de carregamento:


• Pouca influência

Influência do tamanho do corpo de prova:


• (Hoek e Brown, 1980) -> para rochas intactas
• Rochas fraturadas -> relação entre espaçamento das juntas e tamanho das amostras

Influência da tensão principal intermediária:


• Processo de falha -> σ’1 e σ’3
• σ’2 pode ser ignorada sem introduzir erros inaceitavelmente grandes (Jaeger e Cook, 1967)
PREMISSAS INCLUÍDAS NO CRITÉRIO DE RUPTURA EMPÍRICA
Inclinação da superfície de ruptura:

ou onde:

• Ensaio triaxiais em mármore do


Tennessee por Wawersik, 1968;

• Processo de fratura nem sempre segue


um caminho claramente definido;

Gráfico dos círculos de falha de Mohr para o mármore do Tennessee


testado por Wawersik (1968), apresentando uma comparação entre a
inclinação do plano de ruptura prevista e a observada
PREMISSAS INCLUÍDAS NO CRITÉRIO DE RUPTURA EMPÍRICA

Transição frágil-dúctil:
• Ensaio triaxiais em calcário de indiana
por Schwartz, 1964

• σ’1/σ’3 = 4,3 (observado)

• σ’1/σ’3 -> entre 3 e 5

• σ’3 < σc: comportamento frágil

Resultados de testes triaxiais em calcário de Indiana realizados


por Schwartz (1964) ilustrando a transição frágil-dúctil.
RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DE DESCONTINUIDADES

• Barton, 1971 e 1973

f’b: ângulo de atrito básico das descontinuidades lisas


JRC: coeficiente de rugosidade que varia de 5 a 20
JCS: resistência a compressão da parede da junta

• Matin e Miller, 1974 -> ensaio em grauvaca


moderadamente intemperizada
f’b = 20°, JRC = 17 e JCS = 20 MPa

Diversas análises como a de Martin e Miller


σc = 20MPa, m=0,58 e s=0
mostram que a equação de resistência para
maciços intactos fornecem uma previsão razoável
da resistência ao cisalhamento de
Resultados de ensaios de cisalhamento direto em grauvaca
descontinuidades rugosas
moderadamente intemperizada, ensaiado por Martin e Miller (1974),
comparado com envoltória de ruptura empírica.
RESISTÊNCIA DE ROCHA XISTOSA

• Rocha anisotrópica;

• Resistência axial σ1′ de um corpo de prova


triaxial com inclinação é dada pela seguinte
equação (ver Jaeger e Cook (1969):

• Para determinar os valores de ϕi' e c1′ para


substituição na equação de Jaeger e Cook, a
tensão efetiva normal σ′ que atua ao longo da
descontinuidade deve ser conhecida. Isto é
encontrado a partir de:

a) configuração de ensaio triaxial de corpo de prova contendo uma


descontinuidade pré-existente. B) resistência de corpo de prova
prevista pelas equações de Jaeger e Cook
RESISTÊNCIA DE ROCHA XISTOSA

1. Calcular a resistência do material intacto, utilizando os valores adequados de σc , m e s. 


i
2. Determinar os valores de e para a superfície fraturada (descontinuidade) a partir de dados de ensaios de cisalhamento
ou triaxiais. Note-se que o valor de σc é o mesmo para o material intacto e para as superfícies de descontinuidade nesta
análise.

3. Utilizar o valor , calculada na etapa 1, para obter a primeira estimativa de da equação abaixo.

1j i i

4. Calcular τ , ϕi' e ci' a partir das equações abaixo, utilizando o valor de e da etapa 2, e o valor de da etapa 3

 
RESISTÊNCIA DE ROCHA XISTOSA
5. Calcular a resistência axial da equação 14.

j
 

6. Se for negativo ou superior a , ocorre a ruptura do material intacto ao invés do deslizamento na descontinuidade, e a
resistência do CP é definida pela equação da resistência da rocha intacta.

7. Se é inferior a então a falha ocorre como resultado do deslizamento do descontinuidade. Neste caso, voltar ao passo 3
e utilizar a resistência axial calculada no passo 5 para calcular um novo valor para a tensão normal efetiva σ’.
 
8. Continuar esta iteração até que a diferença entre valores sucessivos de σ1’j na etapa 5 seja inferior a 1%. São
necessárias apenas três ou quatro iterações para atingir este nível de precisão.
RESISTÊNCIA DE ROCHA XISTOSA

Resultados do ensaio triaxial para ardósias


com diferentes inclinações do plano de
ruptura, obtidos por McLamore e Gray
(1967), comparados com as previsões de
resistência das equações de Hoek e Brown
e de Jaeger e Cook

σc = 217 Mpa
m = 5,25
s = 1,00
mj = 1,66
sj = 0,006

Os valores das constantes mj e sj para as


superfícies de descontinuidade foram
determinados por análise estatística dos valores
mínimos de resistência axial, utilizando o
procedimento para rocha fraturada.
RESISTÊNCIA DE ROCHA XISTOSA

Resultados do ensaio triaxial para arenito


fraturado, ensaiado por Horino e Ellikson
(1970), comparados com a resistência
anisotrópica prevista

σc = 177,7 MPa
m = 22,87
s = 1,00
mj = 4,07
sj =0

Neste caso, as superfícies de descontinuidade foram


criadas através da fraturação intencional de arenitos
intactos, de modo a obter arenitos com superfícies
recentes muito rugosas

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