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1.

MATÉRIA E SUAS PROPRIEDADES

MATÉRIA
Tudo em que você puder pensar, desde estes documentos que você está lendo até
a cadeira que você está sentado, a água que você bebe, tudo é feito de matéria. Mas a
matéria não é apenas uma coisa que você pode tocar. Inclui o ar que se respira. Os
planetas no Universo, seres vivos e inanimados, insetos e rochas. Tudo é feito de
matéria.
Portanto definimos matéria como tudo aquilo que possui massa e que por sua vez
ocupa lugar no espaço.
Toda matéria é constituída de pequenas partículas chamadas átomos, que por sua
vez são formadas de partícula ainda menores, chamadas partículas subatômicas que
são os prontos, nêutrons e elétrons.

EXISTE ALGO QUE NÃO SEJA MATÉRIA?


No espaço sideral, onde se movimentam os corpos celestes, o meio é o vácuo que
significa ausência de matéria. O vácuo também pode ser obtido em laboratório, com
instrumentos especiais.

MÁTERIA, CORPO E OBJETO:


Com um pedaço de madeira um marceneiro faz uma mesa. Com uma barra de
ouro, um ouvires faz uma pulseira. O pedaço de madeira e a barra de ouro são
exemplos de corpos. A mesa e a pulseira são exemplos de objetos. Desta forma,
podemos definir:
 CORPO
É qualquer porção limitada de matéria,
 OBJETO
É um corpo trabalhado e que tem alguma utilidade.
Relacionando os exemplos acima com matéria, podemos afirmar que:
Madeira  tábua  mesa
(matéria) (corpo) (objeto)

Ouro  barra de ouro  pulseira


(matéria) (corpo) (objeto)

ESTADOS FISICOS DA MATERIA:


SÓLIDO
É quando os átomos das moléculas constituintes da
matéria estão em um estado de agitação baixo,
podendo ser concentrados mais átomos em um mesmo
espaço físico. A sua forma e volume são fixos. Por
exemplo, uma bola de boliche. Pode ser colocada em
qualquer tipo de recipiente que ela não tomará a forma
do recipiente, e o seu volume não vai aumentar ou
diminuir.
Bola de Boliche

LÍQUIDO

Ocorre quando as moléculas já estão um pouco


mais dispersas, em relação à mesma matéria no estado
sólido. Substâncias no estado líquido têm volume fixo,
porém a sua forma pode variar. Por exemplo, a água. Se
estiver em um copo, toma a forma do copo, se estiver
na jarra, fica na forma da jarra.

Taça de água
GASOSO
Acontece quando as partículas que formam a
matéria estão bastante afastadas, dispersas no espaço.
Por isto elas podem ter a forma e o volume variável.
Exemplo, ar atmosférico. O ar de uma sala inteira pode
ser comprimido dentro de um cilindro, e tomando a
forma do mesmo.

Cilindro de Oxigênio

MUDANÇAS DE ESTADO:

Fusão: passagem do estado sólido para o líquido.


Solidificação: passagem do estado líquido para o sólido. Os pontos de fusão e
solidificação ocorrem numa mesma temperatura.
Vaporização: é a passagem do estado líquido para o estado gasoso. A vaporização
pode ocorrer de três formas: evaporação, calefação e ebulição.
 A evaporação acontece com líquidos a qualquer temperatura. É o caso, por
exemplo, da água líquida colocada em um prato que após algum tempo
desaparece, ou seja, transforma-se em vapor e mistura-se à atmosfera;
 A calefação é um processo rápido de vaporização, que ocorre quando há
um aumento violento de temperatura. É o que acontece quando colocamos
água em pequenas quantidades em uma frigideira bem quente. Ela vaporiza
de modo brusco, quase instantâneo; e
 A ebulição é a vaporização que acontece a uma determinada temperatura.
Condensação: é a passagem do estado gasoso para o estado líquido. A
condensação de um gás para o estado líquido é denominada de liquefação.
Sublimação: é passagem do estado sólido diretamente para o estado gasoso.
PROPRIEDADES GERAIS
São aquelas que podemos observar em qualquer espécie de matéria.
As principais são:

MASSA:

Medida da quantidade de matéria que existe num corpo.


Na antiguidade, as unidades de massa variavam de uma região para outra, o que
trazia muita confusão. Com o passar do tempo, levou-se uma uniformização, e hoje o
padrão adotado, pelo Sistema Internacional (SI), em quase todos os países é
o quilograma e seus múltiplos e submúltiplos (toneladas, gramas, miligramas, etc.)

DENSIDADE

Uma propriedade da matéria intimamente relacionada com a massa é a massa


específica ou a densidade, que se refere à quantidade de matéria em dado volume, e é
definida como a massa de uma substância por unidade de volume. Assim, se um corpo
ocupa um volume de 15 m³ e tem a massa de 450 kg, sua massa específica é 30 kg/m³.
A fórmula matemática é:

A diferença na densidade permite que os corpos bóiem - o homem e o iceberg. A água quando
congelada aumenta de volume.
Ao se enunciar a massa específica de uma substância, é importante incluir as
unidades (quilogramas por metro cúbico, gramas por centímetro cúbico, ou qualquer
outra unidade de massa por unidade de volume), para que se possa compará-la com
outros valores de massa específica.

PESO

Um termo que é muito confundido com


massa é o peso. Peso é uma medida da força
gravitacional que atua sobre uma substância.
A balança de prato compara a força
gravitacional que atua sobre dois corpos por
meio de alavancas, enquanto que a balança de
mola mede esta força sobre um corpo, pela
distorção de uma mola. Desta maneira, os dois
aparelhos comparam massas indiretamente, já que as razões das massas são as mesmas
que as dos pesos.

VOLUME (Extensão)

Toda matéria ocupa um lugar no espaço. Todo corpo tem extensão. Seu corpo,
por exemplo, tem a extensão do espaço que você ocupa.
INÉRCIA

Propriedade que a matéria tem em permanecer na


situação em que se encontra, seja em movimento, seja
em repouso. Quanto maior for à massa de um corpo, mais
difícil alterar seu movimento, e maior a inércia. A massa
mede a inércia de um corpo.

IMPENETRABILIDADE

Você já tentou colocar dois objetos no mesmo lugar? Ou um ficará ao lado do


outro ou por cima ou na frente, mas nunca exatamente no mesmo lugar. Fazer com que
ambos ocupem o mesmo espaço é totalmente impossível, pois duas porções de matéria
não podem ocupar o mesmo lugar no espaço no mesmo tempo.
Às vezes parece que essa propriedade não é válida. Quando dissolvemos açúcar no
café, por exemplo, temos a impressão que ambos passam a ocupar o mesmo lugar. Mas
isso, não é verdade: enchendo uma xícara de café até a borda, observamos que, à
medida que o açúcar é colocado, o nível do café sobe e ele transborda.

POROSIDADE

A matéria é descontínua. Isso quer dizer que existem espaços (poros) entre as
partículas que formam qualquer tipo de matéria. Esses espaços podem ser maiores ou
menores, tornando a matéria mais ou menos densa.
Ex.: a cortiça apresenta poros maiores que os poros do ferro, logo a densidade da
cortiça é bem menor que a densidade do ferro.

COMPREENSSIBILIDADE

Propriedade da matéria que consiste em ter volume


reduzido quando submetida à determinada pressão.
Dependendo do tipo de matéria, a compressão pode ser
maior ou menor. O ar, por exemplo, é altamente compressível;
já a água se comprime muito pouco.
Desta forma temos:
Os gases são facilmente comprimidos.
Os líquidos são comprimidos até certo ponto.
Nos sólidos quase não se percebe a compressão.
Compressibilidade do ar.
ELASTICIDADE

Depois de comprimir o ar dentro da seringa


e mantendo o orifício de saída tapado, quando
soltamos o êmbolo, o ar retoma o volume que
tinha antes da compressão.
Desta forma podemos definir elasticidade
como uma propriedade em que a matéria, dentro
de certo limite, se submetida à ação de uma
força causando deformação, ela retornará à forma original, assim que essa força deixar
de agir. Isto ocorre porque seus espaços inter atômicos e intermoleculares diminuem
ou aumentam.

MAGNETISOMO

Algumas substâncias têm a propriedade de serem atraídas por ímãs, são as


substâncias magnéticas.

Ímã atraindo prego e limalha de ferro

DIVISIBILIDADE

Com o auxílio de um martelo, podemos reduzir a pó


um pedaço de giz, de grafite, de granito, de madeira, etc.
Isso é possível porque a matéria pode ser dividida em
pequenas partículas. Da mesma forma, com uma gota de
anilina podemos tingir a água contida num copo. Isso
ocorre porque a anilina tem a propriedade de dividir-se em partículas muito pequenas,
que se espalham pela água.
Toda matéria pode ser dividida sem alterar a sua constituição, até um limite
máximo ao qual chamamos de átomo.
CURIOSIDADES:
POR QUE OS CUBOS DE GELO BÓIAM?

Os cubos de gelo que colocamos num copo com água ou com bebida ficam boiando
porque a densidade do gelo é menor que a da água. Ou seja, certo volume de gelo
possui massa menor que igual volume de água. Esse fenômeno explica também os
icebergs, imensos blocos de gelo que flutuam na água do mar.

Em regiões polares, a presença de grandes blocos de gelo – icebergs - (água pura)


é normal, flutuando na água do mar, que possui água e sais dissolvidos. Isto ocorre,
pois o gelo (d = 0,92 g/cm3) é menos denso que a água do mar (d = 1,03 g/cm3).

BOIAR NO MAR MORTO É MAIS FÁCIL... PORE QUE?

Por serem demasiadamente salgadas, as


águas do mar Morto são mais densas que as
de outros mares e oceanos. Sua densidade é
de 1, 119 g/cm3. Por isso, é praticamente
impossível uma pessoa afogar-se nesse mar,
pois seu corpo, quando mergulhado na água,
recebe um grande empuxo (o corpo mergulhado na água é empurrado para cima com
uma força igual ao peso do volume de água que desloca), que o mantém facilmente na
superfície.
O mar Morto é assim tão salgado porque há 10.000 anos a capacidade de água que
recebe dos rios e das chuvas é muito menor do que a que se evapora. Para se ter uma
idéia da escassez de chuvas nessa região, basta compararmos o índice de precipitação
pluviométrica em São Paulo e na região do mar Morto. Enquanto em São Paulo, muitas
vezes, em um dia chove cerca de 100 mm, naquela região a quantidade de chuva fica
em torno de 45 mm por ano.
2. FLUIDOS- LÍQUIDOS E GASES

CARACTERÍSTICAS:
Fluidos são todas as substâncias capazes de escoar e cujo volume toma a forma de
seus recipientes. Quando em equilíbrio, os fluidos não suportam forças tangenciais ou
cisalhantes. Todos os fluidos possuem certo grau de compressibilidade e oferecem
pequena resistência à mudança de forma.
Os fluidos são divididos em Líquidos e Gases, sendo que as principais diferenças
entre eles são:
 Os líquidos são praticamente incompressíveis, ao passo que os gases são
compressíveis;
 Os líquidos ocupam volumes definidos e tem superfícies livres ao passo que
uma dada massa de gás expande-se até ocupar todas as partes do
recipiente.
Esta diferença de comportamento, que se verifica entre vários fluidos ou entre os
fluidos e os sólidos, deve-se a sua estrutura.
As principais semelhanças entre eles são:
 Devido a sua mobilidade, os fluidos não podem conservar a forma do seu
volume ou de parte desse volume, como acontece com os sólidos.
 Caso um fluido seja posto em um determinado volume limitado, esse se
deforma tomando a forma desse volume ou de parte desse volume, sendo
que a duração dessa evolução depende do fluido em questão.
Nos gases, as partículas que os constituem podem deslocar-se umas em relação às
outras, não estando ligadas por forças intermoleculares de atração e tendem a ocupar
uniformemente todo o volume que lhes é oferecido, ou seja, não formam uma
superfície de separação ou superfície livre. Além disso, a distancia média entre as
partículas é muito superior às suas dimensões.

A estrutura dos líquidos é caracterizada por determinada ordem na disposição das


moléculas vizinhas e esta ordem é alterada à medida que aumentam as distâncias que
separam as moléculas. A existência de uma capacidade de ordenação determina as
características dos líquidos que ainda dependem das particularidades individuais das
moléculas e dos fenômenos decorrentes da sua posição de equilíbrio, durante um
pequeno espaço de tempo. Sob a ação de uma força exterior, a direção dessas
mudanças bruscas pode alterar-se e passar a ter uma mesma orientação para todas
elas, verificando-se, então, um escoamento do liquido no sentido em que a força
exterior atua. Um exemplo básico é quando apertamos a haste de uma seringa cheia de
água. O liquido contido nela será extraída pelo orifício de saída em sua ponta,
mediante a pressão feita na seringa.

A principal característica dos fluidos é a sua capacidade de formar uma


superfície livre ou uma superfície de separação com um gás ou outro líquido, existindo,
ao longo desta superfície, forças de tensão superficial. Mesmo apresentando diferenças
entre as estruturas moleculares dos gases e dos líquidos, os movimentos de ambos
apresentam grande semelhança. Contudo quanto a formula para se achar a densidade
de ambos são as mesmas.
Densidade e Gravidade especificas.

A propriedade das substâncias representada pela razão entre sua massa e seu
volume, encontra- se a densidade.

Ou simplesmente:

A letra grega ρ (rô) é normalmente usada para simbolizar a densidade.


A gravidade especifica de líquidos e sólidos, é a relação entre a peso da
substância e o peso de igual volume de água, a uma temperatura padrão:

Uma unidade conveniente de volume para os fluidos é o litro (L):


A 4ºC, a massa específica da água é:

Quando há mudanças na temperatura de uma substancia liquida, seu peso


continua o mesmo, porem seu volume é modificado por expansão e contração,
modificando assim seu peso por unidade de medida.
Em um gás à medida que a pressão exercida sobre ele aumenta, a sua densidade
aumentará em proporção direta. Entretanto com essas especulações é necessário
atribuir uma medida padrão de ambos. A água é usada como padrão na comparação da
densidade para todos os líquidos. E o ar para a comparação dos elementos gasosos.
Para a medição padrão da densidade adota-se o experimento realizado pelo físico
italiano Torricelli, que em sua experiência provou a ação da pressão atmosférica sobre
os corpos na terra. E esta pressão é numericamente igual ao peso de uma coluna de
mercúrio de 760 mm de altura em relação ao nível do mar (esta é a pressão média da
atmosfera ao nível do mar). Variações em torno deste valor serão obtidas segundo o
local em que se realize a experiência. Ao nível do mar, obtêm 760 mmHg. Em lugares
mais altos, como a pressão atmosférica é menor, a altura da coluna líquida de mercúrio
também será menor.

Experiência de Torricelli
Medidas de Jogo Multiplique por: Para obter:
Extensão
Polegadas 25.4 Milímetros
Polegadas 2.54 Centímetros
Pés (ft) 30.5 Centímetros
Pés (ft) 0.305 Metros
Jardas 0.914 Metros
Milhas 1.61 Quilômetros
Léguas (1) 4.83 Quilômetros
Área
Polegadas quadradas 6.45 Centímetros quadrados
Pés quadrados 0.093 Metros quadrados
Jardas quadradas 0.836 Metros quadrados
Milhas quadradas 2.56 Quilômetros quadrados
Acres 0.405 Hectares
Volume
Onças Líquidas 29.6 Mililitros
Pintas[2] 0.473 Litros
Quartos[2] 0.946 Litros
Galões[2] 3.79 Litros
Pés cúbicos 28,000 Centímetros cúbicos
Pés cúbicos 0.028 Metros cúbicos
Peso[3]
Onças 28.3 Gramas
Libras 0.454 Quilogramas
Toneladas [3] 0.907 Toneladas métricas
1. Uma légua é igual a 3 milhas
2. Medida dos EUA
3. Tonelada Menor (2.000 libras)
Flutuabilidade:

Quando retiramos algo de dentro de um vasilhame cheio de água ou até mesmo


quando estamos brincando dentro de uma piscina, temos a incrível sensação de que o
que está mergulhado na água está mais leve. Parece ser estranha tal sensação? Por que
tal fato ocorre? Será mágica? Não, não é mágica. Tal fato ocorre devido à ação de uma
força vertical dirigida para cima. Essa força é denominada de empuxo. Isto ocorre, pois
todo corpo mergulhado em um fluido sofre a ação de uma força vertical para cima, o
empuxo, igual ao peso do líquido deslocado, então, a impressão que nós temos do
corpo ser mais leve, é chamado de peso aparente, que resulta da subtração entro o
peso real menos o empuxo.
 Se a massa específica de um corpo for maior que a da água, ele afunda na
água;
 Se a massa específica de um corpo for menor que a da água, ele flutua na
água.
 A razão entre a massa específica de uma substância e a massa específica da
água é chamada de densidade relativa ou simplesmente densidade.
O princípio de Arquimedes, um dos princípios mais conhecidos da mecânica de
fluidos, descreve essa força, que é chamada de empuxo. Segundo Arquimedes, “um
corpo inteira ou parcialmente submerso em um fluido sofre um empuxo que é igual ao
peso do fluido deslocado”. Assim, o empuxo E é dado por E = ρ.V.g onde ρ é a
densidade do fluido, V é o volume de fluido deslocado e g é a aceleração
gravitacional.
Um bom exemplo é de um cilindro que é mergulhado em um recipiente de
transferência, e a água que se esgota através da torneira é colhida no outro recipiente.
O volume deste cilindro pode ser medido por este método, pois o volume da água
transferido é igual ao volume do cilindro mergulhado.
Teoria Cinética dos Gases
A teoria Cinética dos gases foi sintetizada com o intuito de explicar as
propriedades e o comportamento interno dos gases.
A compreensão dessa teoria é fundamental para o entendimento da pressão que
os gases exercem em outros corpos e em muito mais estudos sobre os gases.
A teoria Cinética dos gases diz que:
 Todo gás é composto de inúmeras moléculas que se movimentam de forma
desordenada e com uma alta velocidade. Essa movimentação é chamada
agitação térmica. O grau dessa agitação serve para identificar a
temperatura dos gases.
 As moléculas dos gases têm um tamanho desprezível em relação às
distâncias entre elas, o que faz com que o volume ocupado pelas moléculas
de um gás seja praticamente desprezível.
 O gás ocupa todo o espaço do lugar onde está contido, devido às moléculas
dele se movimentarem em todas as direções.
 O fato do movimento das moléculas dos gases serem perpétuo, é que, o
choque delas contra si mesmas e contra as paredes do recipiente onde o
gás está contido, é perfeitamente elástico, o que faz com que as moléculas
não percam energia cinética nem quantidade de movimento.
 As moléculas de um gás só interagem entre si quando elas colidem; fora as
colisões elas apresentam movimento retilíneo uniforme (MRU).
Vale lembrar que a capacidade que os gases têm de se expandir facilmente e a da
grande dilatação térmica, vêm do fato de suas moléculas terem tamanho praticamente
desprezível.

LEI DOS GASES


Os gases são formados por partículas extremamente pequenas e invisíveis, mas
que contêm alguma massa e estão em constante movimento. O espaço livre entre elas
é bem maior, em média, do que elas próprias, ou seja, em um gás, a maior parte do
espaço é vazia. No seu contínuo movimento, as partículas chocam-se entre si e com a
parede dos recipientes onde o gás está contido. A pressão é justamente causada por
isso: o choque contínuo das partículas do gás contra a parede do recipiente. Se
considerarmos esse modelo (ver Figura abaixo), pelo menos qualitativamente fica
possível explicar o comportamento dos gases.
O estado apresentado por um gás é definido por três variáveis: volume, pressão e
temperatura.

É importante lembrar que a temperatura deve ser medida em uma escala


termométrica absoluta (Kelvin).
Na lei dos gases notamos que: P.V / T = a; onde “a” é uma constante que não
sofre alteração durante uma transformação gasosa. A constante “a” é caracterizada
por estar relacionada a:
1) a quantidade do gás, ou seja, ao número de mols (n) do gás.
2) a um fator de multiplicação relacionado a primeira constante, ou seja, com a
primeira é n a segunda é R (constante universal dos gases perfeitos). R = 8,31 J/mol.K.
Temos, então, a Equação de Clapeyron:
Lei de Boyle

Robert Boyle, físico e químico, foi quem determinou a lei que rege as
transformações sofridas por um gás, quando sua temperatura é mantida constante. Sua
lei diz que quando um gás sofre uma transformação isotérmica, a pressão dele é
inversamente proporcional ao volume ocupado. Dessa lei obtemos que como
To = T, temos que:

PoVo = PV
Lei de Charles
A lei de Charles é a lei que rege as transformações de um gás perfeito a volume
constante. Essas transformações são chamadas de transformações isocóricas ou
isométricas. Segundo essa lei, quando uma massa de gás perfeito sofre transformação
isocórica, a sua pressão é diretamente proporcional à sua temperatura absoluta.
Matematicamente essa lei pode ser expressa da seguinte forma:

Onde Po e To são respectivamente a pressão inicial e a temperatura inicial.

Lei de Gay-Lussac

A lei de Gay-Lussac é a lei que rege as transformações de um gás perfeito à


pressão constante. Essa lei, apesar de levar o nome de Gay-Lussac, já havia sido
descoberta pelo físico e químico A.C. Charles. Segundo a lei, quando um gás sofre uma
transformação isobárica o volume do gás é diretamente proporcional à sua temperatura
absoluta. Matematicamente essa lei pode ser expressa da seguinte forma:
Onde Vo e To correspondem respectivamente ao volume inicial e à
temperatura inicial.
Lei de Avogadro

Volumes iguais de dois gases, nas mesmas condições de temperatura e pressão,


possuem o mesmo número de moléculas. Essa lei que foi a origem do conceito de
molécula está implícita no conceito de volume molar (a CNTP), pois 22,4 litros de
qualquer gás possuem 6,02 x 1023 moléculas.
Exemplo prático:
Se enchermos um balão com 28g de gás nitrogênio (massa de 1 mol de moléculas
N2),o volume será de 22,403 litros (pressão externa de 1 atm e à temperatura de 0°C).
Substituindo o gás N2 por 2 gramas de gás hidrogênio (massa de 1 mol de moléculas H 2)
e nas mesmas condições de temperatura e pressão (1 atm – 0°C), o balão adquire o
volume de 22,432 litros, ou seja, o volume não altera em praticamente nada.

Lei de Dalton

A Lei de Dalton refere-se às pressões parciais dos vários gases componentes de


uma mistura gasosa.
Sua lei baseia na seguinte regra: “A soma das pressões parciais dos gases
componentes de uma mistura gasosa é igual à pressão total exercida pela mistura,
desde que os gases não reajam entre si.”
Ou seja:
Ptotal = P1 + P2 + P3 +... + Pn

Assim, pela equação de Clapeyron chegamos à expressão:

Lei de Pascal

A lei de Pascal, também conhecida por princípio de Pascal, foi formulada em 1653
pelo matemático, físico e filósofo francês Blaise Pascal. Segundo esta lei a pressão
aplicada a um fluído fechado num recipiente transmite-se uniformemente em todas as
direções. Num fluído estático, a força é transmitida à velocidade do som ao longo do
fluído, e esta força atua perpendicularmente a qualquer superfície interior, ou que
contenha o fluído. A lei da Pascal é uma conseqüência imediata da equação
fundamental da hidrostática e é utilizada na prensa hidráulica, nos pneus e em
dispositivos semelhantes. A utilização da lei de Pascal na prensa hidráulica tem a
grande vantagem de permitir transformar forças pequenas noutras muito maiores.
SISTEMA DE FORÇAS DOS GASES
Quando aplicamos uma força em uma extremidade de uma coluna que contenha
liquido confinado, esta é transmitida diretamente até a outra extremidade e, também,
de igual modo a todas as direções através da coluna, de tal maneira que o recipiente
seja ocupado com a pressão. Da mesma maneira ocorrerá se usarmos um gás.
A principal e única diferença é que, o gás sendo compreensível, a força rígida
fornecida é muito menor que a do liquido, que é incompreensível.
FORÇA E PRESSÃO
Uma distinção deve ser feita para que se possamos entender melhor a lei de
Pascal, que é aplicada para a força de um fluido.
FORÇA: pode ser definido como um “empurrar” ou “puxar”, exercido contra uma
área total de uma superfície, que é expressa em libras. Esta força atua
perpendicularmente à superfície.
PRESSÃO: é uma quantidade de força por unidade de área. Na hidráulica e
pneumática, a pressão é dada em libras por polegada quadrada. Sendo assim pressão é
a quantidade de força atuando sobre a área de uma polegada quadrada.

Tabela de conversão de unidades

milibar ou
Atmosfera Pascal Bária Bar mm Hg m H2O kgf/cm²
hPa
5 6
Atmosfera 1 1,01325×10 1,01325×10 1,01325 1013,25 760,0 10,33 1,033

-6 -5 -3 -4 -5
Pascal 9,869×10 1 10 10 0,01 7,501×10 1,020×10 1,019×10

-7 -6 -4 -5 -2
Bária 9,869×10 0,1 1 10 0,001 7,501×10 1,020×10 1,020×10

Bar 0,9869 100000 1000000 1 1000 750,1 10,20 1,020

milibar ou -4 -2
9,869×10 100 1000 0,001 1 0,7501 1,020×10 10,20
hPa

-3 -3 -2
mm Hg 1,316×10 133,3 1333 1, 333×10 1, 333 1 1,360×10 13,60

-2 4 -2
m H2O 9, 678×10 9807 9,807×10 9,807×10 98,06 73,56 1 0,100

4 5
kgf/cm² 0, 968 9, 810×10 9, 810×10 0, 9810 981,0 735,8 10,00 1
5
Por exemplo: 1 atm = 1,013×10 Pa
Calculando força, pressão e área.

Para calcular as grandezas como área, força e pressão, no sistema de força do


fluido; usamos a seguinte fórmula:

Ou ainda representada pela figura abaixo:

Onde: P= pressão,
F= força, e
A= área.

No SI, a unidade de pressão é o pascal (Pa) que corresponde a N/m² . A seguir


apresenta outras unidades de pressão e suas relações com a unidade do SI:
1dyn/cm²(bária)=0,1Pa
1kgf/cm² =1Pa
1atm=1,1013x105 Pa
1lb/pol² = 6,9x103 Pa
O conceito de pressão nos permite entender muitos dos fenômenos físicos que nos
rodeiam. Por exemplo, para cortar um pedaço de pão, utilizamos o lado afiado da faca
(menor área), pois, para uma mesma força, quanto menor a área, maior a pressão
produzida. E em muitos cálculos a áreas não pode ser expressa em polegadas
quadradas. Se a área for retangular podemos multiplicar o comprimento pela largura
(em metros ou polegadas). Para achar a área de um circulo usamos a formula: A = πr²,
onde A é a área, π é 3, 1416 e r² indica raio ao quadrado.
Exemplo:
Compare a pressão exercida, sobre o solo, por uma pessoa com massa de 80 kg,
apoiada na ponta de um único pé, com a pressão produzida por um elefante, de
2.000kg de massa, apoiado nas quatro patas. Considere de 10 cm² a área de contato da
ponta do pé da pessoa, e de 400 cm² a área de contato de cada pata do elefante.
Considere também g = 10 m/s².
Resolução
A pressão exercida pela pessoa no solo é dada pelo seu peso, dividido pela área da
ponta do pé:

A pressão exercida pelo elefante é dada por:

Comparando as duas pressões, temos que a pressão exercida pela pessoa é 6,4
vezes a pressão exercida pelo elefante.

Pressão e força em um fluido num sistema de potência

Independente da forma do recipiente, de acordo com a lei de Pascal, uma força


aplicada para um fluido preso nesse recipiente é transmitida igualmente, em todas as
direções e por todas as partes através do fluido.
Quando temos pistões de áreas iguais à pressão gerada pela força em qualquer um
dos pistões será a mesma no pistão que estará recebendo e sendo empurrado por essa
força. Neste caso, uma coluna de fluido de seção uniforme é considerada, de modo que
a área do pistão de saída é a mesma que a do pistão de entrada. Então, a força para
cima, no pistão de saída é a mesma que é aplicada no pistão de entrada.

Multiplicação de forças

Supondo um dispositivo formado por um recipiente que contêm dois êmbolos, um


com uma superfície pequena (S1) e outro com uma superfície muito maior (S2). Quando
se exerce uma força (F1) sobre o êmbolo de pequena superfície produz-se em todo o
líquido uma pressão de igual valor que faz com que sobre o êmbolo de maior superfície
atue para cima uma força (F2) muito maior do que aquela que se exerceu para baixo
sobre o êmbolo de superfície pequena. Se a relação entre a área das superfícies
mencionadas for de 1:100, é possível, produzir com uma força de 10 N (Newton)
aplicada ao êmbolo pequeno, uma força de 1000 N (Newton) no caso do grande. Neste
caso a força original foi multiplicada 100 vezes, enquanto a inicial era muito menor.
Quando um ponto de um líquido em equilíbrio sofre uma variação de pressão,
todos os outros pontos do líquido também irão sofrer a mesma variação.

Fatores de volume e distância

Quando temos pistões de mesma área, a força exercida em uma das suas
extremidades terá a mesma pressão no pistão que estará recebendo esta força,
recebendo também a mesma quantidade de fluido que foi empurrada pelo primeiro. Se
for um liquido que realmente não seja compreensível, este volume ira para algum
lugar. Já no caso dos gases haverá uma compreensão, mas logo voltará seu volume
original.
Quando temos pistões de áreas iguais, porém direções diferentes, a distancia de
locomoção do fluido será a mesma.
Aplicando-se esse raciocínio para o sistema na figura a cima, chegaremos à
segunda regra básica para dois pistões no mesmo sistema de potência de fluido, de
que, as distancias percorridas são inversamente proporcionais as suas áreas.

Efeitos da pressão atmosférica

É um fato muito conhecido, por parte dos mergulhadores, que à medida que
mergulhamos mais fundo no mar a pressão aumenta. Qualquer objeto imerso num
fluido fica submetido a uma pressão e essa pressão aumenta na medida em que o
submergimos buscando profundidades maiores.
Os seres vivos na superfície da Terra (bem como os inanimados) experimentam
uma pressão. Essa pressão decorre do fato de estarmos submersos dentro de um fluido
que é uma mistura de gases. Essa mistura de gases que envolvem a Terra é a sua
atmosfera. Por isso, a pressão desse fluido é conhecida como pressão atmosférica.
A pressão atmosférica na superfície da Terra, isto é, ao nível do mar, é conhecida
experimentalmente e seu valor é de 101, 325 quilo pascal.

À medida que atingimos altitudes maiores, a partir do nível do mar, a pressão


atmosférica se reduz. Esse fato é muito conhecido dos alpinistas e pára-quedistas. E
em certas aeronaves que atingem certas altitudes, necessitam de pressurização em
seus interiores.
Uma demonstração simples de que a pressão só depende da profundidade e não
de outras características como, por exemplo, a forma do vaso pode ser realizada
colocando-se água num vaso que tem comunicação com outras partes nas quais as
formas são as mais diversas. Verificaremos que, em todos os ramos dos vasos, a altura
será a mesma.

PRINCIPIOS DE BERNOULLI
O físico suíço Daniel Bernoulli propôs um princípio para o escoamento dos fluidos,
que pode ser enunciado da seguinte maneira: "Se a velocidade de uma partícula de um
fluido aumenta enquanto ela se escoa ao longo de uma linha de corrente, a pressão do
fluido deve diminuir e vice-versa".
Esse conhecimento permite-nos entender por que os aviões conseguem voar. Na
parte superior da asa a velocidade do ar é maior (as partículas percorrem uma
distância maior no mesmo tempo), logo, a pressão na superfície superior é menor do
que na superfície inferior, o que acaba por criar uma força de sustentação de baixo
para cima.

O princípio de Bernoulli também pode ser aplicado no escoamento de líquido por


um tubo de diâmetros diferentes: sendo o diâmetro da parte central do tubo menor
que nas duas extremidades, o escoamento é mais rápido na região mais estreita e a
pressão menor. É este o princípio do medidor de Venturi; um dispositivo que permite
calcular a velocidade de um fluido em um tubo horizontal, por meio da diferença de
pressão nos tubos verticais.
Em A1, a pressão é p1, a velocidade é v1 e a área é a1, em A2, estas quantidades
são p2, v2 e a2. Seja a2 menor do que a1. Aplicando o Princípio de Bernoulli, obtemos:
Tabelas de unidades de conversão:
Escalas Termométricas
Para que seja possível medir a temperatura de um
corpo, foi desenvolvido um aparelho chamado termômetro.
O termômetro mais comum é o de mercúrio, que
consiste em um vidro graduado com um bulbo de paredes
finas que é ligado a um tubo muito fino, chamado tubo
capilar.
Quando a temperatura do termômetro aumenta, as
moléculas de mercúrio aumentam sua agitação fazendo com
que este se dilate, preenchendo o tubo capilar. Para cada
altura atingida pelo mercúrio está associada uma
temperatura.
A escala de cada termômetro corresponde a este valor de altura atingida.

Escala Celsius

É a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em 1742 pelo
astrônomo e físico sueco Anders Celsius (1701-1744). Esta escala tem como pontos de
referência a temperatura de congelamento da água sob pressão normal (0°C) e a
temperatura de ebulição da água sob pressão normal (100°C).
Escala Fahrenheit

Outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua inglesa,


criada em 1708 pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), tendo como
referência a temperatura de uma mistura de gelo e cloreto de amônia (0°F) e a
temperatura do corpo humano (100°F).
Em comparação com a escala Celsius:
0°C=32°F
100°C=212°F

Escala Kelvin

Também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico inglês William
Thompson (1824-1907), também conhecido como Lorde Kelvin. Esta escala tem como
referência a temperatura do menor estado de agitação de qualquer molécula (0K) e é
calculada a partir da escala Celsius.
Por convenção, não se usa "grau" para esta escala, ou seja, 0K lê-se zero kelvin e
não zero grau kelvin. Em comparação com a escala Celsius:
-273°C=0K
0°C=273K
100°C=373K

CONVERSÃO ENTRE ESCALAS:


Para que seja possível expressar temperaturas dadas em uma certa escala para
outra qualquer deve-se estabelecer uma convenção geométrica de semelhança.
Por exemplo, convertendo uma temperatura qualquer dada em escala Fahrenheit
para escala Celsius:

Pelo princípio de semelhança geométrica:

Exemplo:
Qual a temperatura correspondente em escala Celsius para a temperatura 100°F?
Da mesma forma, pode-se estabelecer uma conversão Celsius-Fahrenheit:

E para escala Kelvin:


MEDIDAS DE PRESSÃO
Pressão é a força por unidade de área. Considere-se uma superfície de área A,
sobre a qual se aplica uma força de valor F, perpendicular à superfície e
uniformemente distribuída.
Pressão é a razão entre a força aplicada e a área da superfície. Designa-se por
pressão:

A unidade SI (Sistema Internacional) de pressão é o Pascal:

A unidade padrão de pressão no Sistema Internacional (SI) é o Pascal (Pa)


(1Newton/1m2). Meteorologistas tem usado tradicionalmente a unida de milibar
(1mb =100 Pa), mas a unidade Pa é cada vez mais adotada. Usa-se ainda a unida de
milímetros de mercúrio (mmHg) (ou polegadas de mercúrio).
No SI, a unidade de pressão é o pascal (Pa) que corresponde a N/m² . A seguir
apresenta outras unidades de pressão e suas relações com a unidade do SI:
1dyn/cm²(bária)=0,1Pa
1kgf/cm² =1Pa
1atm=1,1013x105 Pa
1lb/pol² = 6,9x103 Pa

Direção da pressão:

As coisas caem porque são atraídas pela Terra. Há uma força que puxa cada
objeto para baixo e que também é responsável por manter a atmosfera sobre a Terra e
também por deixar a Lua e os satélites artificiais em órbita. É a chamada força
gravitacional. Essa força representa uma interação existente entre a Terra e os objetos
que estão sobre ela.
Veja uma representação interessante, na figura abaixo, do que disse Torricelli ao
representar uma coluna de ar sobre uma determinada área. Todos nós suportamos uma
coluna de ar como essa, mas não percebemos, pois estamos acostumados a ela. Essa
pressão equivale a 1 kg por cm², ou 10 toneladas por m². A pressão varia de acordo
com a altitude (quanto maior a altitude, menor a pressão e vice-versa, ou seja: pressão
e altitude são inversamente proporcionais), e varia de acordo com a temperatura (ar
frio tem alta pressão e ar quente baixa pressão). A única situação em que temos ar frio
de baixa pressão é nas elevadas altitudes. A pressão atmosférica é baixa porque a
“coluna de ar” é menor e a temperatura é baixa em função da pouca irradiação de
calor.
Sua importância nas aeronaves.

O avião não voa apoiado nas asas, mas pendurado nelas. O que faz o avião ficar no
ar é a baixa pressão atmosférica formada na parte superior da asa. Assim, deduzi-se
que qualquer alteração na densidade do ar externo fará com que a aeronave tenha uma
maior ou menor sustentação no ar com a mesma velocidade. O que pode alterar a
pressão atmosférica num determinado local são as diferenças de temperaturas, ventos,
mau tempo, etc.
Assim, o ar em grandes altitudes é menos denso do que em pequenas altitudes, e
a massa de ar quente é menos densa que a massa de ar frio. Mudanças na densidade
afetam o desempenho aerodinâmico da aeronave. A densidade do ar é diretamente
proporcional a força de sustentação e inversamente com o aumento da altitude. Com a
mesma potência, uma aeronave
pode voar mais rápida a grandes
altitudes onde a densidade é
menor, que a baixas altitudes
onde a densidade é alta. Isso se
deve ao fato de que o ar oferece
menos resistência à aeronave,
quando ele contém menor
número de partículas por volume.

Pressão absoluta

É a soma da pressão relativa e atmosférica. No vácuo absoluto, a pressão


absoluta é zero e, a partir daí, será sempre positiva.
É, também, a medida com relação ao vácuo perfeito, ou seja, é a diferença da
pressão em um determinado ponto de medição pela pressão do vácuo (zero absoluto).
Normalmente quando se indica esta grandeza usa-se a notação ABS. Ex.: A pressão
absoluta que a atmosfera exerce ao nível do mar é de 760mmHg.
Importante: Ao se exprimir um valor de pressão, deve-se determinar se a pressão
é relativa ou absoluta.
Exemplo:
3 Kgf/cm² ABS - Pressão Absoluta
4 Kgf/cm² - Pressão Relativa
Há também pressão relativa que é determinada tomando-se como referência a
pressão atmosférica local. Para medi-la, usam-se instrumentos
denominados manômetros; por essa razão, a pressão relativa é também chamada de
pressão manométrica. A maioria dos manômetros é calibrada em zero para a pressão
atmosférica local. Assim, a leitura do manômetro pode ser positiva (quando indica o
valor da pressão acima da pressão atmosférica local) ou negativa (quando se tem um
vácuo). Quando se fala em pressão de uma tubulação de gás, refere-se à pressão
relativa ou manométrica.

A influência da pressão sobre os fluidos:

Fluido é qualquer substância não sólida, capaz de escoar e assumir a forma do


recipiente que o contém. São divididos em líquidos e gasosos.
Seria necessária uma força de 64.000 p.s.i. para reduzir o seu volume em 10%. Por
este motivo, usualmente dizemos que os líquidos não são compressíveis, isto é, não
alteram o seu volume quando submetidos uma pressão. Os líquidos geralmente se
expandem quando aquecidos.
A alta compressibilidade de um gás é explicada pelos pequenos volumes próprios
das moléculas relativamente ao espaço disponível para o seu movimento. A pressão
exercida por um gás contra as paredes do recipiente é atribuída à taxa de transferência
de momentum (quantidade de movimento) a estas paredes pelos impactos das
moléculas. As leis de Boyle e de Gay-Lussac valem para gases ideais. Ou seja, valem
para um gás real na medida em que ele se comporta como ideal. Pela teoria cinética
vimos que a pressão aumenta à medida que o volume diminui (lei de Boyle) porque as
moléculas colidem com maior freqüência com as paredes do recipiente, e que a
pressão aumenta com o aumento da temperatura (lei de Gay-Lussac) porque a elevação
da temperatura aumenta a velocidade média das moléculas e, com isso, a freqüência
das colisões com as paredes e a transferência de momentum. O sucesso da teoria
cinética mostra que a massa e o movimento são as únicas propriedades moleculares
responsáveis pelas leis de Boyle e de Gay-Lussac.

Curiosidade sobre a pressão:

Com a maioria das substâncias acontece um fato bastante curioso: quando passam
do estado sólido para o líquido, ou seja, se fundem, elas aumentam de volume, ainda é
possível observar que a temperatura de fusão aumenta à medida que a pressão
exercida sobre ela também aumenta. O chumbo, por exemplo, se funde à temperatura
de 327 °C estando sobre pressão de 1atm, mas, se submetido a uma pressão maior, sua
temperatura se eleva. O mesmo ocorre quando a pressão exercida sobre ele se reduz.
A água é uma das poucas substâncias que fogem ao comportamento descrito
anteriormente. Com ela acontece o contrário: o aumento de pressão provoca a
diminuição da temperatura de fusão e vice-versa. Como se sabe, o gelo se funde à
temperatura de 0 °C quando sobre pressão de 1 atm, contudo, se a pressão exercida
sobre ele aumentar, a temperatura de fusão diminui. Assim como acontece com os
sólidos, a pressão também exerce influência sobre a temperatura de ebulição dos
líquidos. O aumento da pressão exercida sobre um líquido provoca aumento na
temperatura de ebulição do mesmo.
Sua importância na aviação...
É de suma importância o fornecimento das informações estatísticas básicas da
atmosfera necessárias para planejamento de longo prazo (por exemplo, zoneamento de
uso do solo; projeto de edifícios, especificações para aeronaves). A informação
meteorológica é vital para a segurança das operações aéreas, contribuindo para o
conforto dos passageiros e facilitando o estabelecimento de rotas mais rápidas,
econômicas e de vôos regulares.
Embora os avanços da tecnologia aeronáutica tenham tornado as viagens menos
sensíveis a determinados aspectos do estado do tempo, a meteorologia continua, e
sempre continuará, a ser essencial para a eficiência das operações de vôo. Cada vez
mais, além da segurança, busca-se um melhor aproveitamento do espaço aéreo, e,
nesse contexto, as informações meteorológicas são decisivas.

COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA
A atmosfera está em constante contato com a litosfera e é atraída pela força de
gravidade do planeta. É formada por gases como nitrogênio (78%), oxigênio (21%),
cerca de 0,9% de argônio, cerca de 0,03% de dióxido de carbono, água, entre outros.
Além dos inúmeros gases, ela contém matérias estranhas como pólen, poeira,
bactérias, fuligem, cinza de vulcão, esporos e poeira do espaço exterior.
Ela possui, no total, 480 quilômetros de espessura. No entanto, ela não se
distribui homogeneamente e, por conseguinte, podemos dizer que a maior parte da
atmosfera da Terra, cerca de 80% dela, está na região situada até 16 quilômetros de
altura medidos a partir da superfície do nosso planeta.
Não existe um lugar bem definido onde podemos dizer que a atmosfera da Terra
termina. Por ser uma distribuição gasosa, à medida que nos afastamos da superfície do
nosso planeta a atmosfera vai se tornando cada vez mais rarefeita até que ela se
mistura naturalmente com o espaço interplanetário. Não existe uma borda definida que
separe a atmosfera da Terra do meio interplanetário.
CAMADAS DA ATMOSFERA:

Troposfera:
É a região mais baixa da atmosfera da Terra (ou da atmosfera de qualquer
planeta). Sobre a Terra ela vai do nível do chão, ou da água, que chamamos de "nível
do mar", até, aproximadamente, 17 km de altura. Na troposfera a temperatura
geralmente diminui à medida que a altitude aumenta. O clima e as nuvens ocorrem na
troposfera.
Tropopausa:
É a zona limite, ou camada de transição, entre a troposfera e a estratosfera da
atmosfera da Terra. A tropopausa é caracterizada por pouca ou nenhuma mudança na
temperatura à medida que a altitude aumenta.
Estratosfera:
É a camada atmosférica entre a troposfera e a mesosfera. A estratosfera se
caracteriza por um ligeiro aumento de temperatura com o aumento de altitude e pela
ausência de nuvens. A estratosfera se estende entre 17 e 50 km acima da superfície da
Terra. A camada de ozônio da Terra está localizada na estratosfera. O ozônio, um
isótopo do oxigênio, é crucial para a sobrevivência dos seres vivos na Terra. A camada
de ozônio absorve uma grande quantidade da radiação ultravioleta proveniente do Sol
impedindo-a de atingir a superfície da Terra. Somente as nuvens mais altas, os cirrus,
cirroestratus e cirrocúmulos, estão na estratosfera inferior.
Mesosfera:
É a camada atmosférica entre a estratosfera e a ionosfera. A mesosfera é
caracterizada por temperaturas que rapidamente diminuem à medida que a altitude
aumenta. A mesosfera se estende entre 17 a 80 km acima da superfície da Terra.
Ionosfera:
É uma das camadas mais altas da atmosfera da Terra. A ionosfera começa a cerca
de 70-80 km de altura e continua por centenas de quilômetros, até cerca de 640 km.
Ela contém muitos íons e elétrons livres (plasma). Os íons são criados quando a luz do
Sol atinge os átomos e arranca alguns elétrons. A ionosfera está localizada entre a
mesosfera e a exosfera. Ela é parte da termosfera. As auroras ocorrem na ionosfera.
Exosfera:
É a camada mais externa da atmosfera da Terra. A exosfera vai de
aproximadamente 640 km de altura até cerca de 1280 km. A camada mais inferior da
exosfera é chamada de "nível crítico de escape", onde a pressão atmosférica é muito
baixa, uma vez que os átomos do gás estão muito amplamente espaçados, e a
temperatura é muito baixa.
Termosfera:
É uma classificação térmica. Ela é a camada da atmosfera localizada entre a
mesosfera e o espaço exterior. Na termosfera a temperatura aumenta com a altitude.
A termosfera inclui a exosfera e parte da ionosfera.

PRESSÃO ATMOSFÉRICA
A Terra está envolvida por uma camada de ar, denominada atmosfera, constituída
por uma mistura gasosa cujos principais componentes são o oxigênio e o nitrogênio. A
espessura dessa camada não pode ser perfeitamente determinada, porque, à medida
que aumenta a altitude, o ar se torna muito rarefeito, isto é, com pouca densidade.
O ar, sendo composto por moléculas, é atraído pela força de gravidade da Terra
e, portanto, tem peso. Se não o tivesse escaparia da Terra, dispersando-se pelo
espaço. Devido ao seu peso, a atmosfera exerce uma pressão, chamada pressão
atmosférica, sobre todos os objetos nela imersos. A maior pressão atmosférica é
obtida ao nível do mar (altitude nula). Para qualquer outro ponto acima do nível do
mar, a pressão atmosférica é menor. A tabela 1 apresenta a variação da pressão
atmosférica de acordo com a altitude.

Os manômetros (medidores de pressão) utilizam a pressão atmosférica como


referência, medindo a diferença entre a pressão do sistema e a pressão atmosférica.
Tais pressões chamam-se pressões manométricas. A pressão manométrica de um
sistema pode ser positiva ou negativa, dependendo de estar acima ou abaixo da pressão
atmosférica. Quando o manômetro mede uma pressão
manométrica negativa, ele é chamado de manômetro de
vácuo. No manômetro utilizado em postos de gasolina (os
médicos usam um sistema semelhante) para calibração
de pneus (Figura 1), a unidade de medida é o psi (libra
por polegada ao quadrado) que corresponde a,
aproximadamente, 0,07 atm. Assim, a pressão lida no
mostrador - 26 psi - é igual a 1,8 atm, aproximadamente.

DENSIDADE ATMOSFÉRICA
Sabemos que o ar é compressível, isto é, seu volume e sua densidade são
variáveis. A força da gravidade comprime a atmosfera de modo que a máxima
densidade do ar (massa por unidade de volume) ocorre na superfície da Terra. O
decréscimo da densidade do ar com a altura é bastante rápido (decréscimo
exponencial) de modo que na altitude de aproximadamente 5,6 km a densidade já é a
metade da densidade ao nível do mar e em aproximadamente 16 km já é de apenas
10% deste valor e em aproximadamente 32 km apenas 1%. Observar figura abaixo.

O rápido decréscimo da densidade do ar significa também um rápido declínio da


pressão do ar com a altitude. A pressão da atmosfera numa determinada altitude é
simplesmente o peso da coluna de ar com área de seção reta unitária, situada acima
daquela altitude. No nível do mar a pressão média é de 1013,25mb ou 1,013 x 105Pa ,
que corresponde a um peso de 1kg de ar em cada cm². O perfil vertical médio da
pressão do ar é mostrado na figura acima. O decréscimo da densidade do ar segue uma
curva semelhante. Não é possível determinar onde termina a atmosfera, pois os gases
se difundem gradualmente no vazio do espaço.
ÁGUA CONTIDA NA ATMOSFERA
Umidade atmosférica:
É a quantidade de vapor d’água contida na atmosfera, proveniente da evaporação
das superfícies líquidas, da água existente no solo, da respiração das plantas etc. A
quantidade de umidade que pode existir na atmosfera é variável e depende da
temperatura do ar. Assim num metro cúbico de ar que esteja a 0oC de temperatura são
suficientes 4 gramas de vapor d’água para completa saturação. Na temperatura de 30oC
são necessários 31 gramas para atingir a saturação. No momento em que a saturação é
atingida, isto é, quando o ar passa a conter o máximo de umidade que pode suportar,
pode-se perceber a formação de inúmeras gotículas que permanecem suspensas no ar,
formando, ao nível do solo, bruma ou cerração, e em níveis mais elevados as nuvens. É
conhecida também como “umidade relativa do ar”.
Há vários modos de medir a umidade do ar:
A umidade absoluta é a verdadeira massa de vapor d’água contida num
metro cúbico de ar. A medida é dada pelo peso em gramas. Podemos dizer que, num
determinado momento, o ar contém 20 gramas de vapor d’água por metro cúbico. Isso
significa que a unidade absoluta doar é de 20 gramas.
A umidade específica que é a relação entre o peso do vapor d’água e o peso do
ar. Outra medida muito importante sobre a umidade é a umidade relativa. Ela nos
informa quanta umidade está faltando para que o ponto de saturação seja atingido. A
umidade relativa é a razão entre a quantidade de vapor d’água presente no ar e a
quantidade necessária para a saturação do ar sob condições constantes de temperatura
e pressão. Exemplificando: estando o ar atmosférico a 17oC de temperatura, a umidade
absoluta a 10 gramas, e sabendo-se que a 17oC o máximo de vapor que poderá conter
será de 15 gramas por metro cúbico, temos o seguinte:

O ponto de orvalho é a temperatura para a qual uma porção de ar deve ser


arrefecida (a pressão constante) até ficar saturada. Quanto mais próxima a
temperatura do ar estiver da do ponto de orvalho, mais o ar está próximo da saturação.
É um ponto na qual a quantidade de vapor de água atinge o seu máximo a uma
determinada temperatura. Nestas condições, a queda da temperatura provocará a
formação de chuva, neve, orvalho, geada ou nevoeiro. O ponto de orvalho coincide
com a temperatura quando a umidade relativa estiver em 100%.
Pressão de vapor: A água contida no ar pode se tornar líquida num processo
chamado condensação. A condensação ocorre geralmente no caso de um esfriamento
do ar. São exemplos; a condensação sobre vidros, o orvalho que se forma de
madrugada nas folhas de plantas e a própria formação de nuvens. Esses fenômenos
ocorrem quando a pressão de vapor do ar se torna superior à pressão de vapor
saturado, que é função de sua temperatura. Quanto maior a temperatura, maior a sua
pressão de vapor saturado, ou seja, mais água o ar pode conter.

Temperatura de bulbo seco e de bulbo molhado

Outra maneira de medir a umidade relativa é calcular a velocidade de evaporação


da água. Para isso, dois termômetros de mercúrio idênticos são expostos ao ar: um traz
o bulbo descoberto (“bulbo seco”); outro tem o bulbo coberto por gaze umedecida
(“bulbo úmido”), os quais recebem a denominação de Psicrômetro.
A temperatura do bulbo úmido (tu) é, pelo arranjo, inferior a do seco (t s), porque
a água evaporada da gaze resfria o bulbo. Quanto menor a umidade do ar, tanto maior
é o resfriamento da gaze. A diferença de leitura entre os dois termômetros (t s - tu) é
também chamada de depressão psicrométrica. A partir dela pode ser encontrada a
pressão de vapor atual do ar (e a) através da equação do Psicrômetro, determinada
termodinamicamente:
ea = es,tu −γPatm (ts - tu)
Nessa equação, es,tu é a pressão de vapor à temperatura do bulbo úmido, Patm é
a pressão atmosférica e γ é a constante psicrométrica. O valor de γ depende da
geometria e da ventilação do psicrômetro. Normalmente utiliza-se:
 γ = 6,67. 10-4 K-1 para psicrômetros com
ventilação forçada,
 γ = 8,0. 10-4 K-1 para psicrômetros sem
ventilação forçada.
Leis físicas relativas à atmosfera

Como vimos anteriormente o ar é um gás, pois sua densidade é rapidamente


variável e um fluido, pela sua propriedade de fluir. Ele é composto de varias
substancias, porem para os cálculos de aerodinâmica ele é visto um gás uniforme.
Uma suposição considerada padrão é a que no ar seco não existe vapor de água
presente. Outra suposição padrão é que o atrito ou "efeito da viscosidade" pode ser
negligenciado quando se trata de fluxo de ar.
O ar é então, considerado como sendo um fluido perfeito. No entanto, algumas
exceções podem ser feitas, particularmente, no caso da fina camada limite, do lento
movimento do ar próximo a um corpo em movimento.

Teoria cinética dos gases aplicada ao ar

Por que a pressão de um gás aumenta quando ele é comprimido? A resposta a essa
pergunta diz respeito ao movimento das moléculas do gás em um frasco fechado, veja:

Partículas em vermelho: moléculas no estado gasoso.

Uma observação atenta à ilustração nos permite perceber que, em um espaço


menor, as moléculas ficam mais concentradas. Ao comprimir um gás, esse passa a
exercer certa pressão sobre as paredes do recipiente. O movimento rápido e contínuo
das moléculas colidindo com as paredes é que torna o fenômeno possível. Portanto,
para aumentar a pressão de um gás, alem de aumentar sua temperatura, pode-se
apenas diminuir seu volume (comprimir o gás). Por outro lado, para um aumento da
Energia cinética média (Ecin) é necessário promover uma mudança na temperatura do
gás. Ao aquecermos o gás dentro do frasco, as moléculas presentes passam a se
movimentar com maior velocidade, o que ocasiona um aumento da Energia cinética
média. Dizemos então que a Ecin é diretamente proporcional à temperatura, como
mostra a equação: Ecin = KT.
Equação de estado
Você deve ter percebido que os três fatores: volume, temperatura e pressão estão
interligadas. Junte a estes fatores a quantidade de moléculas do gás, lembrando que,
para a química, a quantidade é medida em número de mols e uma constante de
proporcionalidade, chamada constante dos gases perfeitos e obteremos uma relação
matemática que descreve o estado de um gás em determinadas temperatura, volume,
pressão e quantidade. É a chamada equação de estado de um gás:
P.V = n.R.T
Onde:
P – pressão em lbs./sq.ft.
V – volume
n – número de mols
R – constante de proporcionalidade para um determinado gás (para o ar R = 53,345).
T – temperatura em Kelvin

ATMOSFERA PADRÃO
A escolha de uma atmosfera padronizada não foi feita ao acaso, pois os
parâmetros meteorológicos considerados, na verdade, correspondem a seus valores
médios.

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS:
Temperatura ao NMM 15°C
Pressão ao NMM 1013,25 hPa
Gradiente térmico vertical 2°C/1000 pés
Densidade ao NMM 1,225 kg/m³
Velocidade do som ao NMM 340 m/s
Temperatura da tropopausa -56,5°C
Latitude de referência 45°
Composição gasosa 78% de N2, 21% de O2, e 1% de outros gases.
Umidade e impurezas 0% de umidade e sem impurezas
Lei física obedecida Lei dos Gases Perfeitos
Calculo da temperatura padrão:

Visando solucionar problemas altímetros, se faz necessário identificar o valor da


temperatura padrão em determinado nível de vôo. Para tanto, são necessários os
seguintes dados:

Temperatura padrão ao NMM = 15°C.


Gradiente térmico vertical = 2°C/1.000 pés.
Nível de Vôo = FL
Por exemplo, para o FL180:
 A Temperatura Padrão = 15 – (2 x 180 / 10) = 15 – 36 = –21°C.
Usando como base o exemplo anterior, mudando apenas a sua temperatura para
-11ºC chamamos essa mudança de ISA+10, pois a temperatura está 10ºC acima da ISA.
Se a temperatura fosse de -26ºC seria ISA-5.

VARIAÇÃO DO DIA PADRÃO


A pressão também varia em um determinado ponto da atmosfera.
Em um dia padrão, ao nível do mar, a pressão será 29,92 polegadas de mercúrio
(in Hg). Nos dias fora das condições padrão, a pressão ao nível do mar variará
consideravelmente, acima ou abaixo desse valor.
A pressão não pode ser “padrão” um método conveniente de calcular a densidade foi
idealizado. E como um recurso deve-se utilizar o altímetro à aneróide como um indicador e
referência para o termo "pressão de altitude" no lugar de pressão atmosférica.

PRESSÃO DE ALTITUDE
Pressão de altitude é a altitude na atmosfera padrão
correspondente a um particular valor de pressão do ar.
Chamado de "o melhor amigo do piloto", o aparelho
que indica a altitude da aeronave é um tipo de barômetro,
dispositivo mecânico que mede a pressão atmosférica.
Quanto mais alto o avião está, mais rarefeita é a atmosfera
e, portanto, menor a pressão do ar.
Assim, medindo a variação da pressão, chega-se à altitude: a altura do avião em
relação ao nível do mar. Mas o piloto não pode bobear. Fatores como chuvas, ventos e
temperatura influenciam a pressão - por isso, o piloto precisa manter o altímetro
sempre calibrado com base nas informações passadas pela torre de controle.
Existe também outro tipo de altímetro, que funciona por radar. O aparelho emite
uma onda para o solo e mede o tempo que ela leva para voltar. Assim, dá para calcular
a distância exata do avião em relação ao solo e não ao nível do mar. O uso desse tipo
de altímetro tem crescido especialmente em operações de pouso por instrumentos,
quando o piloto não enxerga a pista direito.

PRINCÍPIO DE BERNOULLI
Geral

Como vimos anteriormente no capítulo dos fluídos, o princípio de Bernoulli foi


introduzido para explicar o relacionamento entre a velocidade e a pressão de um
líquido fluindo através de um venturi.
Desde que o princípio de Bernoulli se aplica aos fluidos, que pela definição inclui
gases e líquidos, sua aplicação aos gases (ar) está incluída neste ponto da explanação
sobre o relacionamento entre a velocidade do ar e a pressão na superfície de um
aerofólio.

Como uma asa de aeronave reage com a atmosfera

O caso mais espetacular é a de uma asa de avião. Sua forma particular de corte é
projetada para forçar o ar passar mais rapidamente na parte superior do que na
inferior; e a distância total percorrida pelo ar em sua face superior é maior que na
inferior. Assim, a velocidade do fluxo de ar sobre a asa tem de ser maior do
que sob ela, o que origina na parte superior uma pressão mais baixa.

Essa diferença de pressão exercida sobre a face inferior da asa resulta numa força
de baixo para cima, que sustenta o avião no ar (essas forças estão representadas por
setas na ilustração acima). Para que essa força para cima seja suficientemente intensa
para compensar o peso do avião, a velocidade dele em relação ao ar deve ser
relativamente grande, o que se consegue através do impulso dado pelas hélices ou
pelas turbinas a jato.
CALOR
É muito comum ver pessoas falando que estão com calor, no entanto, fisicamente
falando, essa fala está errada. Calor é definido como sendo energia térmica em
trânsito e que flui de um corpo para outro em razão da diferença de temperatura
existente entre eles, sempre do corpo mais quente para o corpo mais frio; causando-
nos a sensação de quentura (quando flui para dentro do nosso corpo) ou fria (quando
flui para fora do nosso corpo). Calor é uma energia invisível que pode causar mudanças
na temperatura, estado e dimensões de um determinado corpo.
Vejamos as diferentes formas de obtenção de energia:
Energia elétrica: é a forma de energia mais utilizada no mundo, cuja principal
fonte provém das usinas hidrelétricas. A força da água é responsável pela geração de
energia, e o processo consiste em grandes volumes de águas represadas que caem pelas
tubulações fazendo girar turbinas acopladas a um gerador, produzindo assim energia
elétrica.
Energia nuclear: uma energia térmica que é transformada em energia elétrica é
produzida nas usinas nucleares por meio de processos físico-químicos.
Energia eólica: já foi utilizada para produzir energia mecânica nos moinhos, é
produzida pelo ar em movimento. É atraente por não causar danos ambientais e ter
custo de produção baixo em relação a outras fontes alternativas de energia.
Energia solar: este tipo de energia é proveniente de uma fonte inesgotável: o Sol.
Os painéis solares possuem células fotoelétricas que transformam a energia
proveniente dos raios solares em energia elétrica. Tem a vantagem de não produzir
danos ao meio ambiente.
Energia térmica: quando vamos passar roupas, a energia elétrica é transformada
em energia térmica através do ferro de passar.
Energia sonora e energia luminosa: recebemos iluminação em casa pela
transformação da energia elétrica que, ao passar por uma lâmpada, torna-se
incandescente, e o televisor nos permite receber a energia sonora.
Energia mecânica: usada nas indústrias automobilísticas para trabalhos pesados.
Energia Química: Aquela que é liberada em uma reação química. Jogue uma
colherinha de Sal de Fruta em um copo com água. Ira liberar várias bolhas produzido
pela energia química que está sendo liberada e que estava contida no sal de frutas.
Equivalência mecânica do calor
O equivalente mecânico do calor consiste num fator constante que relaciona
caloria (unidade de calor do sistema c.g.s.) com joule (unidade de energia do sistema
SI), sendo essa relação de 4,1868 J (joule) por cal (caloria).
Inicialmente, este valor pretendia relacionar o calor com a energia mecânica.
Hoje se sabe que o calor não é mais do que uma forma de energia e, se todas as
grandezas forem expressas no mesmo sistema de unidades, o equivalente mecânico do
calor é uma redundância, sendo o seu valor de 1.
A unidade do SI para energia térmica (calor) é Joule, cuja abreviatura é J. Esta
unidade do SI leva o nome do físico britânico James Joule (1818-89), que descobriu a
primeira lei da termodinâmica (a conservação da energia). Outra duas unidades
utilizadas para calor são erg e caloria.
1 Joule = 1 kg m2 s−2 = 107 g cm2 s−2 = 107 ergs.
1 caloria = 4.184 Joules.
1 caloria de calor é necessária para elevar a temperatura de 1 g de água em 1 oC.
1 caloria de calor é perdida quando 1 g de água se resfria em 1oC.

A caloria e a grama são raramente usadas em discussões sobre manutenção de


aeronaves. O b.t.u., entretanto, é comumente referido em debates de eficiência
térmica do motor e o calor contido no combustível de aviação. Infelizmente, o calor do
motor não é capaz de transformar toda a energia calorífica disponível no combustível
queimado, em energia mecânica. Uma grande porção de energia é perdida através de
perda de calor e fricção operacional.

Método de transferência de calor


Energia térmica sempre flui de um corpo com maior temperatura para um corpo
com menor temperatura, até que os corpos tenham a mesma temperatura. O método
de misturas assume que o calor perdido pelo corpo mais quente é igual ao calor
adquirido pelo corpo mais frio. A transferência de calor ocorre por três modos
possíveis: condução, convecção e radiação.
Condução

Na condução o calor se propaga da seguinte maneira: na região de maior


temperatura, os átomos e moléculas vibram com maior intensidade, e essa vibração é
transmitida para os átomos e moléculas vizinhos, que, por sua vez, transmitem para os
vizinhos, e assim sucessivamente.
Cálculo do fluxo de calor (equação de Fourier):

Ф fluxo de calor

K constante característica da substância, chamada de condutividade térmica

(K = bom condutor, K = bom isolante térmico),

T variação de temperatura entre as extremidades do corpo condutor,

L distância entre as superfícies em que ocorre a troca de calor.

Importante:
· A condução é um processo o qual se dá preferencialmente nos sólidos, em que os
metais, em geral, possuem boa condutividade térmica.
· A condução de calor é um processo que exige a presença de um meio material;
portanto, não ocorre no vácuo.
Convecção

Você já deve ter se perguntado sobre algumas coisas como:

Esses fenômenos ocorrem porque, nas regiões de menor


temperatura, o fluido se torna mais denso e o contrário acontece
com o fluido na região mais quente. Em conseqüência disso, o
quente sobe e o frio desce, formando as correntes de convecção.

Outra situação do cotidiano explicada pela convecção é a ocorrência da brisa à


beira-mar:
As correntes de convecção são
geradas pelo aquecimento desigual da
terra e da água. Durante o dia, o ar
aquecido próximo à areia se eleva e o ar
sobre a água se move a fim de substituí-
lo (brisa marítima). Durante a noite, o sentido do fluxo de ar se inverte (brisa
terrestre) porque nesse período a água está mais quente do que a areia. Isso ocorre
pelo fato da água possuir maior calor específico que a areia, e, portanto, sua
temperatura varia mais lentamente.
Importante:
· A convecção é um processo que acontece somente nos fluidos, ou seja, não
ocorre nos sólidos.
· Da mesma forma que na condução, a convecção um processo o qual exige a
presença de um meio material; logo, não acontece no vácuo.
Radiação

É a transferência de calor por meio de ondas eletromagnéticas, sendo que as


ondas de calor estão na faixa de freqüência dos raios infravermelhos. É dessa maneira
que o calor proveniente do Sol chega a
Terra. As substâncias a qualquer
temperatura acima do zero absoluto emitem
energia radiante. A freqüência de pico da
energia radiante é diretamente proporcional
à temperatura absoluta do emissor.
Se ficarmos próximos de uma fogueira
ou de uma lareira aberta, seremos aquecidos
pelo mesmo processo.
Importante:
· Diferentemente da condução e da convecção, a radiação é um processo que não
exige a presença de um meio material, portanto, ocorre no vácuo.
· Se após receber certa quantidade de energia radiante o corpo não transmitir
nenhuma parcela desta, denominaremos esse corpo de opaco ou atérmico. E quando a
maior parte dessa energia incidente for transmitida, o corpo será chamado de
transparente ou diatérmico.
·O aquecimento de um corpo é causado pela parcela de energia absorvida por ele.
·Um bom absorvedor de calor é também um bom emissor.
·O corpo negro é o melhor absorvedor e também o melhor emissor de radiação.
·As superfícies metálicas polidas são bons refletores de energia radiante; assim,
são maus absorvedores, e, conseqüentemente, maus radiadores.
Calor específico

Define-se calor específico (c) como a quantidade de calor que temos que fornecer
ou retirar de um grama de sustância para que varie sua temperatura em um grau
centígrado. No caso particular da água (c) vale 1 cal/(g ºC) ou 4186 J(kg ºK).
A unidade de calor específico que mais se usa é cal/(g ºC) no entanto, devemos ir
nos acostumando a usar o Sistema Internacional de Unidades de Medida, e expressar o
calor específico em J/(kg·K). O fator de conversão é 4186.

Substância Calor específico (J/kg·K)

Aço 460

Alumínio 880

Cobre 390

Estanho 230

Ferro 450

Mercúrio 138

Ouro 130

Prata 235

Chumbo 130

Sódio 1300

Expansão térmica

Expansão térmica é a expansão produzida na matéria devido à absorção de


energia térmica. Todos os estados da matéria demonstram expansão térmica.
Sólidos sofrem menos expansão, líquidos um pouco mais e gases sofrem grande
expansão para o mesmo aumento na temperatura. Expansão linear é a expansão no
comprimento de um sólido. Expansão superficial é a expansão na área de um sólido.
Expansão cúbica ou volumétrica é a expansão no volume de um corpo. Líquidos e gases
apresentam apenas expansão volumétrica, mas não linear e superficial porque eles não
possuem forma definida. Diferentes gases têm a mesma taxa de expansão para o
mesmo aumento de temperatura, em comparação a sólidos e líquidos, os quais
apresentam diferentes taxas de expansão para o mesmo aumento de temperatura.
Dizemos que a dilatação do corpo está relacionada à agitação térmica das moléculas
que compõem o corpo, pois sabemos que quanto mais quente estiver o corpo maior
será a agitação térmica de suas moléculas.
Quanto mais às moléculas de um corpo vibram (agitam), mais espaço elas
precisam para vibrar. Dessa forma, o aumento das dimensões do corpo se dá pelo
aumento do espaço entre as moléculas que compõem o corpo. Diante disso, se o
aumento de temperatura produz expansão térmica do corpo, uma redução de
temperatura provocará diminuição de volume, isto é, provocará a contração do corpo.

Expansão dos sólidos

Nos sólidos, o aumento ou diminuição da temperatura provoca alteração nas


dimensões lineares, como também nas dimensões superficiais e volumétricas.
Para compreender a dilatação linear observe a gravura abaixo que demonstra a
expansão de uma barra metálica de comprimento Li após a mesma ser aquecida.

Se essa barra metálica for homogênea é fácil compreender que cada unidade de
comprimento da barra, após ser aquecida, sofre a mesma dilatação por unidade de
variação de temperatura, ou seja, todos os centímetros da barra devem sofrer a mesma
dilatação se for aquecida igualmente.

Coeficientes de expansão

Realizando o experimento acima de aquecimento da barra verifica-se que a


variação do comprimento da mesma é proporcional à variação da temperatura sofrida
por ela. Assim, podemos escrever a seguinte equação que determina a dilatação linear
dos sólidos:

ΔL = LiαΔt
Onde:
ΔL é a variação do comprimento, ΔL = Lf – Li.
Δt é a variação da temperatura, Δt = tf – ti.
α é uma constante de proporcionalidade denominada de coeficiente de dilatação
linear, e a sua unidade é o °C-1. Cada material tem um coeficiente de dilatação linear
próprio, por exemplo, o do alumino, é 24. 10-6 °C-1.
INTRODUÇÃO:

T
oda máquina, porém, por mais complexa que nos pareça, não passa de
combinações inteligentes de umas poucas peças isoladas, as quais são
denominadas por máquinas simples. Fisicamente não passam de duas, a
saber, a alavanca e o plano inclinado. Historicamente citaríamos a existência
de quatro: alavanca; polia; plano inclinado e roda/eixo. Sob o ponto de vista do
equacionamento, as polias e as rodas acoplado em seus eixos, podem ser estudadas
como convenientes associações de alavancas.
Toda máquina simples é um dispositivo, tecnicamente uma única peça, capaz de
alterar uma força (seja em intensidade e/ou direção e/ou sentido) com o intuito de
ajudar o homem a cumprir uma determinada tarefa com um mínimo de esforço
muscular. De modo geral, o objetivo da máquina é multiplicar a intensidade de uma
força.

Alavanca
A alavanca é uma máquina formada por uma barra rígida que pode girar ao redor
de um ponto, chamado ponto de apoio, modificando a intensidade das forças
necessárias para realizar um trabalho. Os cabos dos machados de sílex usados pelos
homens primitivos baseavam-se no funcionamento da alavanca.
Foi o matemático grego Arquimedes (287 a.C.- 212 a.C.) quem elaborou a teoria
do funcionamento da alavanca. A ele atribui-se a frase: 'Dai-me uma alavanca e um
ponto de apoio e moverei a Terra.
Segundo a posição relativa do ponto de apoio, da resistência e da potência, as
alavancas distinguem-se em três tipos: alavancas interfixas, inter-resistentes e
interpotentes.
Tipos de alavanca:

Alavanca interfixa

É aquela que tem o ponto de apoio entre a potência e a resistência. As tesouras, a


barra para o levantamento de pesos e o alicate são exemplos de alavancas interfixas.

Alavanca inter-resistente

É a que tem a resistência (R) entre o ponto de apoio (A) e a potência (P). Servem
de exemplo o carrinho de mão e o quebra-nozes.
Alavanca interpotente

É a que tem a potência (P) entre a resistência (R) e o ponto de apoio (A).
Exemplos deste tipo são a pinça, o pedal do amolador de facas, o antebraço humano.

Lei da alavanca
A relação matemática entre a potência e a resistência, em qualquer tipo de
alavanca, é assim estabelecida: chamamos braço de potência (a) a distância entre a
potência e o ponto de apoio da alavanca e braço de resistência (b) a distância entre a
resistência e o ponto de apoio. Em toda alavanca, o produto da potência (P) por seu
braço (a) é igual ao da resistência (R) pelo seu braço (b). Então:

Vantagem mecânica

A eficiência de uma alavanca para mover uma resistência é dada pela vantagem
mecânica:

Braço de força - distância do eixo até a força,


Braço de resistência - distância do eixo até a resistência.
Algumas alavancas multiplicam a distância em que as forças atuam.
As alavancas de 1° e 2° classe aumentam a força aplicada, possuindo uma
vantagem mecânica.
As alavancas de 3° classe têm uma desvantagem fracionara, ou seja, a força
requerida é que a força para levantar a carga, devido a isso o valor da vantagem
mecânica é menor que 1.

PLANO INCLINADO

Ao analisarmos a figura acima, verificamos que em um plano inclinado fica mais


fácil mover um objeto.
Ao analisarmos as forças que atuam sobre um corpo em um plano inclinado,
temos:

A força Peso e a força Normal, neste caso, não têm a mesma direção, pois, a
força Peso, é causada pela aceleração da gravidade, que tem origem no centro da
Terra, logo a força Peso tem sempre direção vertical em relação ao plano inclinado. Já
a força Normal é à força de reação, e têm origem na superfície onde o movimento
ocorre, logo tem um ângulo igual ao plano do movimento.
Para que seja possível realizar este cálculo devemos estabelecer algumas
relações:

 Podemos definir o plano cartesiano com inclinação igual ao plano inclinado,


ou seja, com o eixo x formando um ângulo igual ao do plano, e o eixo y,
perpendicular ao eixo x;
 A força Normal será igual à decomposição da força Peso no eixo y;
 A decomposição da força Peso no eixo x será a responsável pelo
deslocamento do bloco;
 O ângulo formado entre a força Peso e a sua decomposição no eixo y, será
igual ao ângulo formado entre o plano e a horizontal;
 Se houver força de atrito, esta se oporá ao movimento, neste caso,
apontará para cima.

Sabendo isto podemos dividir as resultantes da força em cada direção:


Em y:

Como o bloco não se desloca para baixo e nem para cima, esta resultante é nula,
então:

Mas...
Então:

Não existe movimento (logo aceleração) na direção Y.

Em X:

Mas... então:

Ou seja, “a aceleração com que o bloco desce o plano inclinado independe da sua
massa m”.
Exemplo:
Um corpo de massa 12 kg é abandonado sobre um plano inclinado formando 30°
com a horizontal. O coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e o plano é 0,2. Qual
é a aceleração do bloco?

Em y: Em x:
O plano inclinado da direita indica que se usa menos força para empurrar a carga.
Pode-se deduzir que quanto mais comprido for um plano inclinado, menos força será
gasta na movimentação de uma carga para uma mesma altura. No entanto, ocorre
perda em termos de distância.

A Cunha

A cunha e o parafuso são exemplos de aplicação do plano inclinado. A cunha


funciona como dois planos inclinados.
As cunhas ajudam a vencer grandes resistências, como rachar lenha, apertar
cabos de enxadas, cabos de martelos etc. Prego, machado, faca, formão, talhadeira e
navalha são exemplos de cunhas.

POLIAS:

As polias ou roldanas servem para mudar a direção e o sentido da força com que
puxamos um objeto (força de tração). As polias podem facilitar a realização de algumas
tarefas, dependendo da maneira com que elas são interligadas.
Temos dois tipos de polias, as polias fixas e as polias móveis:

Polia fixa:

Na polia fixa, o eixo é preso a um


suporte qualquer. Quando em uso, ela não
acompanha a carga. O funcionamento da
roldana fixa baseia-se no funcionamento de
uma alavanca interfixa de braços iguais.
Em uma das extremidades do cabo aplica-se a força P e na outra extremidade, a
força R. As roldanas fixas servem para elevar pequenas cargas com comodidade e
segurança, além de possibilitarem mudança de direção e sentido das forças aplicadas.
Polia móvel:

A polia móvel pode deslocar-se juntamente com a carga e baseia-se no


funcionamento de uma alavanca inter-resistente.
Na polia móvel emprega-se menos força que na roldana fixa para a realização do
mesmo trabalho.

A polia móvel facilita a realização de algumas tarefas, como, por exemplo, a de


levantar algum objeto pesado. A cada polia móvel colocada no sistema, à força fica
reduzida à metade, esta é uma vantagem, só que também temos a desvantagem,
quanto mais polias móveis, mais demora a erguer ou puxar o objeto. As polias móveis
são muito utilizadas em oficinas para erguer o motor do carro.
TRABALHO
Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por
uma força, ou seja, o Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um
trabalho quando produz um deslocamento no corpo.
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.
A unidade de Trabalho no SI é o Joule (J), F em Newton (N); D ou S (distância)
em metros (m).
 Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho
realizado é positivo: >0;
 Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é
negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força
aplicada ao corpo, ou pelo cálculo da força resultante no corpo.
Onde: R= 1+ 2+ 4+...+ N

Força paralela ao deslocamento


Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a
força não formam ângulo entre si, calculamos o trabalho:

Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um força aplicada a um corpo de massa 5kg e que
causa um aceleração de 1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?

Força não-paralela ao deslocamento


Sempre que a força não é paralela
ao deslocamento, devemos decompor o
vetor em suas componentes paralelas e
perpendiculares:
Considerando FI a componente perpendicular da Força e FII a componente paralela
da força.
Ou seja:

Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças paralelas ao


deslocamento produzem trabalho. Logo:

Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60°
com o vetor deslocamento, que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho
realizado por esta força?

Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que
quando a força é paralela ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode
ajudar a entender porque quando a força é contrária ao deslocamento o trabalho é
negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1
Atrito

Sem essa força o simples ato de andar seria inviável, pois sem o atrito você não
teria apoio nem para ficar de pé. Define-se a força de atrito como uma força de
oposição à tendência do deslizamento. Ela é gerada devido a irregularidades entre as
duas superfícies que estão em contato. Observe a figura abaixo:

A definição de força de atrito é a força natural que atua sobre os corpos quando
estes estão em contato com outros corpos e sofrem a ação de uma força que tende a
colocá-lo em movimento, e ela é sempre contrária ao movimento ou à tendência de
movimento.
Podemos dizer ainda que:
 A força de atrito é proporcional a força normal que exerce o plano sobre o
bloco.
 A força de atrito não depende da área aparente de contato.
 Uma vez iniciado o movimento, a força de atrito é independente da
velocidade.

Matematicamente podemos expressar a força de atrito como:

Fat = μ.N
Onde o μ (letra grega mi) é chamado de coeficiente de atrito que depende da
natureza dos corpos em contato e do estado de polimento e lubrificação da superfície.
Essa é uma grandeza adimensional, ou seja, ela não tem unidade. No Sistema
Internacional de Unidades (SI) a unidade de força de atrito é o Newton (N).
Existem três tipos de força de atrito: força de atrito estático, força de atrito
deslizante e força de atrito de rolamento. Tanto um quanto o outro estão sempre
contrários à tendência de movimento ou à movimentação dos corpos.
Força de Atrito Estático:

Representado por Fe ela é a força que está contrária à tendência de movimento.


Por exemplo, quando queremos trocar o móvel de lugar tentamos empurrá-lo ou puxá-
lo até onde queremos que ele fique, no entanto, em alguns casos percebemos que ele
não sai do lugar, pois a força que imprimimos sobre ele não é suficientemente grande
para que ele possa sair do estado de repouso. O que acontece é que a força de atrito é
maior que a força que aplicamos sobre o móvel que queremos trocar de lugar. Essa
força que aparece quando os corpos estão em repouso é chamada de força de atrito
estático e é representado da seguinte forma:

Fate = μe.N
Onde μe é o coeficiente de atrito estático.

Atrito Deslizante:

Um objeto que recebe uma determinada força e quando esta força cessa, a
velocidade diminui até parar, considerando uma força de resistência oposta ao
movimento relativo do corpo, chama-se atrito deslizante ou dinâmico. O coeficiente
de atrito deslizante é menor do que o coeficiente de atrito estático, o que significa
que, ao iniciar o movimento, a força de atrito diminui sua intensidade.
Durante o deslizamento entre os sólidos, se forem iguais as superfícies de contato
e que a intensidade da força normal for constante, a força de atrito terá intensidade
constante, não importando a velocidade relativa entre os sólidos, nem a intensidade da
força motriz.
No seu cálculo é utilizado o coeficiente de atrito cinético: μd

Então: Fatd = μd.N

Atrito de Rolamento:

A força de atrito de rolamento age quando duas superfícies “rolam” uma sobre a
outra. É esse tipo de atrito que faz o carro andar, por exemplo, ao se girar as rodas
sobre a superfície de um asfalto. As forças de atrito de rolamento resultam também do
fato de que as duas superfícies não são perfeitamente lisas, assim como o caso do
atrito de deslizamento. A força de atrito de rolamento sobre uma roda girando,
deslocando essa para a direita, por exemplo, é a reação da força que a roda faz no
chão, empurrando este para esquerda. Na verdade essa reação é a resultante de uma
complexa soma de todas as forças de contacto entre o chão e a roda ao longo do
contacto entre esses dois corpos.

Tal tipo de força é expressa em termo de uma lei da seguinte forma:

Fatr = (μr/R).N
Relacionando assim o módulo desta força em função da força normal (N), de um
coeficiente de atrito µr (que depende inclusive da plasticidade da superfície e roda) e
também do raio da roda (R).

POTÊNCIA:
A potência é uma grandeza física, de símbolo P, definida como a razão entre a
energia produzida, transferida ou transformada e o intervalo de tempo em que ocorreu
essa transferência. É também o produto da força pela velocidade.

P = E / t
Ou ainda:

A unidade do sistema internacional de unidades (S.I.) é o watt, cujo símbolo é W.


O nome desta unidade surgiu em homenagem a James Watt, engenheiro escocês. Um
watt é a potência de um aparelho que, quando em funcionamento, fornece a energia
de um joule em cada segundo.
Além do watt, usa-se com freqüência as unidades:
1kW (1 quilowatt) = 1000W
1MW (1 megawatt) = 1000000W = 1000kW
1cv (1 cavalo-vapor) = 735W
1HP (1 horse-power) = 746W
A potência pode ser determinada diretamente usando um aparelho designado por
wattímetro ou através de um processo indireto, utilizando a expressão matemática que
a define, sendo necessário para tal conhecer a energia que o aparelho em estudo
consome e o intervalo de tempo em que esteve em funcionamento.

ENERGIA
A energia é um conceito de vasta aplicação em física. É uma grandeza física que
tradicionalmente se define como a capacidade de corpos e sistemas para realizar um
trabalho.
A energia pode adotar diversas formas, podendo transformar-se de uma noutra
forma (conversão de energia), embora não se crie nem se destrua (princípio da
conservação da energia).
Algumas das unidades mais utilizadas são o Joule (J) (unidade do Sistema
Internacional), o eletro volt (ev), o quilowatt-hora (kWh) e a caloria (cal).
A energia é classificada em duas formas fundamentais:
• Energia potencial, que é a energia armazenada num corpo ou num sistema em
conseqüência da sua posição, forma ou estado (esta forma de energia inclui energia
potencial gravitacional, energia elétrica, energia nuclear e energia química). Energia
Potencial = peso x altura;
• Energia cinética é a energia do movimento, e é usualmente definida como
trabalho que será realizado sobre um corpo que possui energia, quando ele é levado ao
repouso. A energia cinética é definida matematicamente como Ec = m.v²/2.

Formas de Energia:

Como já vimos no capítulo seis, o calor é outra forma de energia, que se deve à
energia cinética associada aos átomos e moléculas de uma substância.
A energia aparece de diferentes formas e é de diferentes tipos: calor, luz,
mecânica, elétrica, química, nuclear… Usamos energia para fazer a maior parte das
atividades do dia-a-dia, desde o levantar da cama até ao enviar satélites para o
espaço. E mesmo quando não estamos a fazer nada, a energia está sempre presente.
O movimento na física:
Em física, movimento é a variação da posição de um objeto ou ponto material no
decorrer do tempo em relação a um referencial inercial, suas características são
descritas pela Cinemática.
O movimento é sempre relativo. Se não tomar-se um referencial, não se poderá
dizer se algo está em movimento ou parado. A essencialidade do referencial pode ser
entendida a partir do seguinte exemplo:
Imagine um pombo descansando sobre uma árvore. Aparentemente ele está
parado. Porém a Terra continua girando em torno de seu eixo, e ao redor do Sol, e,
portanto, tudo que está sobre a superfície terrestre também se move. Logo, em
relação ao Sol, o pombo está se deslocando conforme o tempo passa: em movimento.
A partir da constatação da expansão do universo, há um consenso na física em
aceitar que nada está em repouso absoluto.

TIPOS DE MOVIMENTO:
Movimento Uniforme:
O movimento é uniforme quando a velocidade escalar do móvel é constante em
qualquer instante ou intervalo de tempo, significando que no movimento uniforme o
móvel percorre distâncias iguais em tempos iguais. Matematicamente, a velocidade
escalar média pode ser expresso da seguinte forma:

Onde:
• ΔS é a variação de posição do móvel, ΔS = S – So;
• Δt é a variação do tempo, Δt = t – to.
Substituído ΔS e Δt na equação da velocidade descrita acima, temos:

Fazendo tempo inicial igual a zero, to= 0, temos a função horária do movimento
uniforme: S = So + Vt
Essa é uma função do primeiro grau e é chamada de função horária da posição.
Através dela podemos determinar a posição de um móvel num determinado instante.
Velocidade e Aceleração

Na física ambos têm distinção, vejamos:

Velocidade:

A velocidade (símbolo v) é a razão entre um deslocamento e o intervalo de tempo


levado para efetuar esse deslocamento. Pode ser considerada sob o aspecto vetorial

( - tem direção, sentido e módulo) ou escalar, e é matematicamente expressa por:

Onde:

v= (si - sf) espaço final - espaço inicial, e

t= (ti - tf) tempo final – tempo inicial.


O que chamamos de velocidade escalar também é cotidianamente conhecido
como rapidez.
A velocidade depende do referencial. Um objeto pode mesmo estar parado
(imóvel) em relação a outro, sendo que ambos estejam se deslocando em relação a um
terceiro com a mesma velocidade.
A velocidade pode ser expressa em inúmeras unidades de medida, que relacionem
o espaço (S) e o tempo (T) na forma v = (S)x(T)-1. O SI tem como unidade padrão para
velocidade o metro por segundo (m/s), mas unidades comumente usadas incluem o
quilômetro por hora (km/h), centímetro por segundo (cm/s), milhas por hora (mph -
no Sistema Imperial), etc.

Aceleração:

A aceleração é a variação de velocidade v em um intervalo de tempo t. Assim


como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos esta

variação, que será dada pela razão: am= v/ t.


Onde:

v= (vi - vf) Velocidade final - Velocidade inicial, e

t= (ti - tf) tempo final – tempo inicial.


Movimento Uniformemente Variado:

Ao observamos atentamente os movimentos dos móveis no cotidiano vamos


perceber que o movimento uniforme na realidade não existe, pois sempre é necessário
aumentar ou diminuir a velocidade durante o trajeto até determinado local. Todos os
móveis e até nós, os seres humanos, fazemos quando, por exemplo, corremos para não
chegar atrasado ao serviço. O movimento que retrata de forma clara os movimentos
que ocorrem no cotidiano é o movimento uniformemente variado, o qual possui
velocidade variável e aceleração constante em qualquer instante ou intervalo de
tempo.
A função horária dos espaços no MUV é uma função do 2º grau dada por:

Onde:
S = espaço final (dado em metros “m”)
S0 = espaço inicial (dado em metros “m”)
V0 = velocidade inicial (dada em m/s)
t = tempo (dado em segundos “s”)
a = aceleração (dado em m/s2)

Por ser do 2º grau, a representação gráfica da função é uma parábola.

Gráfico da função s = f(t)


1) Para a > 0
Esse gráfico é uma parábola com a concavidade voltada para cima, pois a
aceleração é maior do que zero (a > 0). Assim, se a velocidade for menor do que zero
(v < 0), o movimento é retardado. Se a velocidade for maior do que zero (v > 0), o
movimento é acelerado.

2) Para a < 0

Nesse caso a parábola tem concavidade voltada para baixo, pois a aceleração é
menor do que zero (a < 0). Se a velocidade for menor do que zero (v < 0), o movimento
é acelerado. Se a velocidade for maior do zero (v > 0), o movimento é retardado.
No movimento retardado, o módulo da velocidade diminui com o passar do tempo.
Já no movimento acelerado, o módulo da velocidade aumenta com o passar do
tempo. Note que quando a velocidade e a aceleração têm o mesmo sinal (v > 0 e a > 0
ou v < 0 e a < 0) o movimento é Uniformemente Variado e Acelerado. Quando a
velocidade e a aceleração têm sinais contrários (v > 0 e a < 0 ou v < 0 e a > 0) o
movimento é Uniformemente Variado e Retardado.

Função horária da velocidade v = f(t).


A função horária da velocidade é uma função do 1º grau, representada por:

v = v0 + a.t

Por ser uma função de primeiro grau, a representação gráfica dessa função é uma
reta.
Gráficos da velocidade v = f(t).
1) Para a > 0

Nesse caso a > 0, o gráfico da função é uma reta crescente. A velocidade aumenta
com o passar do tempo.

2) Para v < 0.

Aqui a < 0, assim, o gráfico é uma reta decrescente. A velocidade diminui com o
passar do tempo.

Gráficos da Aceleração
No Movimento Uniformemente Variado, a
aceleração é constante e diferente de zero, logo, a
função da velocidade é uma função constate, e o
gráfico que representa essa função é uma reta
paralela ao eixo dos tempos.
Leis de Newton do Movimento
Primeira Lei de Newton do movimento

"Um corpo continua no seu estado de repouso (velocidade zero) ou de movimento


retilíneo uniforme (velocidade constante) a menos que seja obrigado a mudá-lo pela
ação de uma força externa."
Vemos, portanto, que esta lei se aplica apenas a corpos com velocidade
constante, que pode até mesmo ser zero. Ela não é válida para corpos que estão
sofrendo alguma forma de aceleração. Se não existissem as forças de atrito um corpo
em movimento com velocidade constante permaneceria para sempre neste estado. A
força externa aplicada é que irá alterar o seu estado de movimento.

Segunda Lei de Newton do Movimento

"Se uma força de desequilíbrio age sobre um corpo, a aceleração produzida por
ela é proporcional à força aplicada. A constante de proporcionalidade é a massa
inercial do corpo."
Se você aplicar uma força duas vezes maior, a aceleração da caixa também será
duas vezes maior e assim por diante. Ou seja, a aceleração de um corpo é diretamente
proporcional à força resultante que atua sobre ele. Entretanto, a aceleração de um
corpo também depende da sua massa. Imagine como no exemplo anterior, que você
aplica a mesma força F em um corpo com massa duas vezes maior. A aceleração
produzida será, então, a/2. Se a massa for triplicada, a mesma força aplicada irá
produzir uma aceleração a/3. E assim por diante.

Terceira Lei de Newton do Movimento

"Em um sistema onde não está presente forças externas, toda força de ação é
sempre oposta por uma reação igual e oposta."
Um exemplo é um avião que se encontra parado exerce uma força sobre o piso do
hangar e o piso exerce uma força de igual intensidade sobre o avião.
MOVIMENTO CIRCULAR:
O movimento circular uniforme (MCU) é o movimento no qual o corpo descreve
trajetória circular, podendo ser uma circunferência ou um arco de circunferência. A
velocidade escalar permanece constante durante todo o trajeto e a velocidade vetorial
apresenta módulo constante, no entanto sua direção é variável. A aceleração
tangencial é nula (at = 0), porém, com a aceleração centrípeta não ocorre o mesmo, ou
seja, a aceleração não é nula (ac ≠ 0). A direção da aceleração centrípeta, em cada
ponto da trajetória, é perpendicular à velocidade vetorial e aponta para o centro da
2
trajetória. O módulo da aceleração centrípeta é escrito da seguinte forma: ac = v /r,
onde r é o raio da circunferência descrita pelo móvel.
Um corpo que descreve um movimento circular uniforme passa de tempo em
tempo no mesmo ponto da trajetória, sempre com a mesma velocidade. Assim,
podemos dizer que esse movimento é repetitivo, e pode ser chamado de movimento
periódico. Nos movimentos periódicos existem dois conceitos muito importantes que
são: freqüência e período.
Freqüência: é o número de voltas que o corpo efetua em um determinado tempo
(f = 1/ T).
Período: é o tempo gasto para se completar um ciclo (T = 1/ f).
Ao observar a definição de período e de freqüência podemos dizer que o período é
o inverso da freqüência.

Equações do Movimento Circular:

As equações que determinam o movimento circular são as seguintes:


Posição angular: S = φ .R, onde R é o raio da circunferência.

Velocidade angular média: ωm = Δφ/Δt


2
Aceleração centrípeta: ac = v /R, onde R é o raio da circunferência.
FORÇA CENTRÍPETA:

Para que um móvel possa descrever o movimento circular uniforme é necessário


que esteja atuando uma força sobre ele, de modo que faça com que ele mude de
posição, pois se tal fato não ocorrer o móvel passaria a descrever um movimento
retilíneo uniforme. Essa força tem o nome de força centrípeta, e matematicamente é
descrita da seguinte forma:

Fc = m. ac
Onde ac é a aceleração centrípeta, ac = v2/R. Substituindo na equação acima
temos:

Fc = m. v2/R
A força centrípeta é sempre direcionada para o centro da circunferência. No
cotidiano existem alguns exemplos de força centrípeta como a secadora de roupas e os
satélites que ficam em órbita circular em torno do centro da Terra.

Movimento de Rotação
O movimento de um corpo; em torno de um eixo é chamado de movimento de
rotação. Este é o movimento familiar, que ocorre no helicóptero.
Considere um helicóptero dotado, além da hélice principal, de uma hélice menor
na lateral traseira. Ver figura abaixo:
Quando o motor é ligado, a hélice principal gira, impulsionando o ar para baixo.
Pelo princípio da ação- e- reação, o ar aplica na hélice uma força vertical para cima e,
assim, o helicóptero sobe. Qualquer variação da velocidade angular da hélice produz
uma variação de seu momento angular. Seja T o torque das forças propulsoras,
responsável por essa variação de momento angular da hélice e- T a reação do torque T,
agindo no corpo do helicóptero. Ver figura abaixo:

O torque- T tende a girar o corpo do helicóptero em sentido oposto ao da hélice


principal. Para que isso não ocorra, é necessária a existência da hélice lateral. Esta, ao
girar, empurra o ar e, pelo princípio da ação- e- reação, o ar empurra a hélice com
uma força F, que se transmite à cauda do helicóptero. O torque T’ que a força
F produz no corpo do helicóptero anula o torque- T, o que dá estabilidade ao aparelho
Ver figura:
Momento de uma Força:
Considerando um braço de alavanca de massa desprezível d = r com uma das
extremidades fixa na origem de um sistema de referência conforme a figura.

Representação do diagrama de forças que atuam sobre um objeto de massa m que será forçado a se
movimentar em torno de um ponto fixo.

Consideremos que na extremidade de r há um corpo de massa m. Ao produto da


força aplicada na extremidade d da alavanca pela distância da alavanca d e o seno do
ângulo entre a linha sobre a qual está o braço de alavanca e a direção da força
aplicada chamamos torque, ou momento de força. Um exemplo muito comum de
torque é quando se aplica uma força perpendicular ao cabo de uma chave, fazendo-a
girar um parafuso em torno de um ponto fixo, conforme na figura abaixo.

Representação de uma situação comum de aplicação de torque.


Matematicamente, o vetor torque τ é dado pelo produto vetorial entre os vetores
r e F:
τ = rxF
Que equivale a:
τ = r.F.senθ
Onde τ é o torque;
 r é a distância da força aplicada até o ponto fixo;
 F é a força aplicada;
 senθ é o seno do ângulo entre a força e o braço de alavanca d.

Quando θ é 90º senθ = 1 então a equação se reduz a:


τ = F.r
Se considerarmos um braço de alavanca d com comprimento r, teremos:
τ = F.d em N.m (no SI)
Observe que é a mesma dimensão de energia, porém a unidade de energia é o
joule e é simbolizada por J, no SI.

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