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Climatologia

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Profª Luciane Regina Maurer Felipiak
A Atmosfera
A atmosfera pode ser dividida em camadas devido :

 a variação da altitude,

 temperatura e

 concentração de gases.
(Ufms 2023) “SpaceX realiza com sucesso lançamento da primeira viagem só com civis ao espaço: no dia 15 de setembro
de 2021, a missão chamada Inspiration4 – primeiro voo espacial humano totalmente civil a orbitar – aconteceu a bordo
do foguete Falcon 9 da SpaceX e da espaçonave Dragon. O lançamento ocorreu na Kennedy Space Center, em Orlando,
Flórida, nos Estados Unidos.”
(Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/spacexrealiza-com-sucesso-lancamento-da-primeira-viagemso-
com-civis-ao-espaco/. Acesso em: 18 out. 2021. Adaptado)

Tal reportagem nos faz pensar acerca das estruturas atmosféricas, ramo muito importante para cientistas que trabalham
na construção de espaçonaves, sabendo-se que sua composição varia com a altitude, pois os vários gases que entram em
sua formação têm pesos diferentes.

Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta corretamente a sequência em que uma espaçonave ultrapassa as
estruturas atmosféricas, partindo do nível do solo até o espaço.

a) Exosfera-Termosfera-MesosferaEstratosfera-Troposfera.

b) Termosfera-Estratosfera-ExosferaTroposfera-Mesosfera.

c) Mesosfera-Termosfera-EstratosferaTroposfera-Exosfera.

d) Estratosfera-Troposfera-MesosferaExosfera-Termosfera.

e) Troposfera-Estratosfera-MesosferaTermosfera-Exosfera.
Taxas de albedo para cada tipo de superfície.

(Seara : Local onde se encontram cereais.)


(FMABC 2020) Albedo é a capacidade que uma superfície possui de refletir a radiação
solar que recebe. Examine a imagem.
Considerando as características, o uso e a
ocupação nos exemplos apresentados, pode-se
afirmar que o albedo

a) da floresta é maior que o da neve.

b) do telhado escuro é maior que o do telhado


claro.

c) da floresta é maior que o do asfalto.

d) do asfalto é maior que o da grama.

e) dos corpos d’água é maior que o da neve.


Pressão atmosférica e a Altitude
A pressão atmosférica é a pressão exercida pelo peso do ar
atmosférico sobre qualquer superfície em contato com
ele.
(UEG 2015) Observe a figura a seguir.

Considerando-se a representação na figura, verifica-se que a pressão atmosférica é

a) menor na cidade de Santos, em


decorrência da maritimidade.

b) maior na cidade de Santos, em


decorrência da menor altitude.

c) maior na cidade de São Paulo, em


decorrência da maior altitude.

d) menor na cidade de São Paulo, em


decorrência da continentalidade.
Pressão atmosférica e temperatura

 Quando faz calor, o ar se expande e, em consequência, pesa menos.

 Altas temperaturas provoca diminuição da pressão atmosférica.

 Quando faz frio, o ar comprime, tornando-se mais denso.

 Baixas temperaturas, o ar pesa mais, causando aumento da pressão atmosférica.

Altas temperaturas = baixa pressão atmosférica.


Baixas temperaturas = alta pressão atmosférica.
Lembrete:

- O ar quente sobe e o ar frio desce.


Ao se deslocarem, as massas de ar vão aos poucos, perdendo as suas
características de temperatura, pressão e umidade originadas no momento de
sua formação. Esse deslocamento ocorre sempre no sentido das altas
pressões para as baixas pressões.
Fatores Climáticos
Por isso, foram definidas as ZONAS
TÉRMICAS DO PLANETA
• As zonas são delimitadas pelos paralelos principais.
Isotermas
Isotermas

São linhas, que em um mesmo mapa unem pontos da mesma temperatura. Nos extremos essas linhas não são
fixas.
Frentes
Frente - é o limite entre massas de ar; normalmente refere-se
à região onde esta interface intercepta o chão.
Em todos os casos, exceto em frentes estacionárias,
os símbolos apontam na direção de movimento da
interface (frente)

Frente Quente
Frente Fria
Frente Estacionária
Frente Oclusa
Qual é o tipo de frente?

Do chão:
• Se ar quente substitui ar mais frio, a frente é uma
frente quente.
• Se ar frio substitui ar mais quente, a frente é uma
frente fria.
• Se a frente não se move, é uma frente estacionária.
• Frentes oclusas não interceptam o chão, a interface delas ocorre nas
camadas superiores.
(UPE 2021) As mudanças nas condições meteorológicas, observadas nas regiões Sul e
Sudeste do Brasil, estão geralmente associadas à passagem, formação ou intensificação
de frentes frias.

É correto afirmar que esse tipo de sistema atmosférico resulta do/a

A) contato de ciclones extratropicais com o ar seco tropical.


B) penetração de massas de ar equatoriais sob massas de ar tropicais e tépidas.
C) confronto entre massas de ar polar com massas de ar tropical.
D) recuo do ar polar em face do avanço do ar tépido tropical.
E) avanço de vórtices ciclônicos de baixos níveis sob o ar polar de elevados níveis
altimétricos.
TIPOS DE CHUVAS
Em função da forma como a parcela de ar se eleva e atinge a
saturação existem três tipos de chuva.
a) CHUVA CONVECTIVA OU DE CONVECÇÃO OU DE VERÃO
b) CHUVA OROGRÁFICA OU DE RELEVO
CHUVA FRONTAL OU CICLÔNICA

Ar quente

Ar frio

www.master.iag.usp.br
(UNESC 2020) No sul do Brasil predomina a formação de
diferentes tipos de precipitações ao longo do ano. Então, quando
uma massa de ar úmida e fria se choca com outra massa de ar
úmida e quente, estando associado pela diferença de pressão e
temperatura, tem ocorrência de que tipo de precipitação?

A) Convectiva.
B) Monçônica.
C) Orográfica.
D) Frontal.
(PUC-PR 2021) O Hemisfério Sul (HS) é conhecido como o “Hemisfério das Águas”, pois quase 70% de sua
área é superfície oceânica. Assim, durante o período de maior luminosidade (solstício de verão), a
gigantesca massa de água oceânica, que é semitransparente à luz solar e possui um baixo albedo (absorve
mais luz solar incidente que reflete), absorve parte da radiação solar e demora mais tempo para aquecer
tamanha quantidade de água, irradiando menos calor para a atmosfera.

Comparando os dois hemisférios,

a) a amplitude térmica no hemisfério Sul é menor.

b) a amplitude térmica no hemisfério Sul é maior.

c) fenômenos climáticos como furacões são mais comuns no hemisfério Sul.

d) o hemisfério Sul não apresenta as 4 estações do ano bem definidas, pois não há invernos rigorosos.

e) as correntes marinhas atuam com maior intensidade no hemisfério Sul.


UERJ 2022

Com base na análise dos mapas, os fatores climáticos de maior relevância para explicar a amplitude térmica anual
nesse país são:

a) albedo e vegetação

b) altitude e maritimidade

c) topografia e precipitação

d) latitude e continentalidade
A baixa temperatura da Corrente de Humboldt impede a evaporação, deixando a umidade
relativa do ar baixa, provocando a formação de uma massa de ar seca naquele local,
contribuindo para formação do clima seco do Deserto do Atacama do Chile ao Peru.

Imagem: Deserto do
Atacama.
Ao chegar na costa peruana, a Corrente
de Humboldt (fria), densa e carregada de Ressurgência Costeira
plânctons, emerge em virtude da
elevação da temperatura nessa região,

io
ís
causando o fenômeno denominado de

al
o
nt
ressurgência.

ve
água superficial quente

a
st
co
As regiões onde ocorrem a ressurgência
têm uma alta piscosidade, devido à
quantidade de nutrientes trazidos pelas água profunda fria
correntes frias, como a Corrente de
Humboldt, e esses nutrientes atraem os Fonte: http://alfaconnection.net/images/circulacao%20ressurgencia.gif

cardumes.
O Brasil recebe influência de três correntes
marítimas em seu litoral, a Corrente do Brasil e das
Guianas (quente) e a corrente das Falklands (fria),
originada próximo ao polo Sul, banha uma
pequena área no litoral sul do Brasil.

As correntes quentes que banham o nosso litoral


influenciam na alta pluviosidade que encontramos
na maior parte litorânea brasileira, pois essas
correntes contribuem para uma maior evaporação
das águas do oceano.

Imagem: L30nc1t0 / Public domain. U.S. government publication.


(UNIVAG 2016) É sabido que as massas de ar têm suas características
alteradas ao se deslocarem sobre as correntes marítimas. Nesta relação entre
a atmosfera e as águas oceânicas, é correto afirmar que a Corrente de
Humboldt é uma corrente marinha

a) quente, amenizando o rigoroso inverno na Cordilheira dos Andes.

b) fria, aumentando as chuvas no sul da Argentina e do Brasil.

c) fria, tornando o clima do noroeste da Costa Rica úmido.

d) fria, tornando o clima do norte do Chile e sul do Peru seco.

e) quente, incrementando as temperaturas na Argentina.


Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
A circulação atmosférica está intimamente relacionada com a rotação da
Terra, cuja velocidade é máxima no Equador e decresce com a latitude.

As massas de ar e de água que se deslocam sobre a superfície são defletidas


em função dessa velocidade diferencial.
Isso se deve a força de Coriolis que é o componente defletido da
força centrifuga produzida pela rotação da Terra. Esta força é nula
no Equador e máxima nos polos.
(Fuvest 2018) O vento é o movimento do ar em relação à
superfície terrestre

O vento é o movimento do ar em relação à superfície terrestre.


Ele se deve à existência de gradientes de pressão atmosférica, e
sua distribuição é representada pelas isóbaras (linhas com o
mesmo valor de pressão atmosférica). O vento também sofre
influências do movimento de rotação da Terra, podendo se
destacar, entre outras, a força de desvio conhecida por efeito
Coriolis.

Esse efeito atua sobre os ventos deslocando sua trajetória ao


longo das isóbaras, conforme os hemisférios do planeta.

Tubelis & F. J. L. Nascimento, Meteorologia Descritiva:


Fundamentos e Aplicações Brasileiras. São Paulo: Nobel, 1983.
Adaptado.

Com base no texto e em seus conhecimentos, em relação aos


centros de alta pressão (A), pode-se representar corretamente
a circulação dos ventos nos Hemisférios Sul (HS) e Norte (HN),
conforme o esquema indicado em:
Quando vindos do oceano transportam grandes quantidades de
umidade em direção aos continentes situados em suas trajetória.
Circulação Primária dos Ventos

Analisando essa atmosfera numa seção vertical, observamos o


estabelecimento de três pares de Células de Circulação, na escala
global:

 Célula de Hadley (entre 0 e 30º);


 Célula de Ferrel (entre 30º e 60º) e;
 Célula Polar (entre 60º e 90º);
Na zona entre o equador e aproximadamente 30° de latitude a circulação se dirige para o equador na
superfície e para os polos em nível superior, formando a chamada célula de Hadley.
Quando a circulação em alto nível se dirige para os polos, ela começa a subsidir numa zona entre 20° e 35°
de latitude.
O ar subsidente é relativamente seco, pois perdeu sua umidade próximo ao equador => desertos tropicais
Rios Voadores
(ENEM 2019)

No Hemisfério Sul, a sequência latitudinal dos


desertos representada na imagem sofre uma
interrupção no Brasil devido à seguinte razão:

a) Existência de superfícies de intensa refletividade.

b) Preponderância de altas pressões atmosféricas.

c) Influência de umidade das áreas florestais.

d) Predomínio de correntes marinhas frias.

e) Ausência de massas de ar continentais.


A circulação entre 30° e 60° de latitude é chamada de Célula de Ferrel. A
corrente na superfície é para os polos e, devido à força de Coriolis, os ventos
tem um forte componente de oeste, formando os ventos de oeste em
latitudes médias.
A circulação em altas latitudes é denominada Célula Polar.
Subsidência nas proximidades dos polos produz uma corrente superficial em direção ao
equador, que é desviada, formando os ventos polares de leste.
(Pucgo Medicina 2022) Uma das mais recentes preocupações acerca dos danos causados pelas mudanças
climáticas recaiu sobre o risco do bioma Cerrado se transformar em um imenso deserto. Entretanto,
considerando os padrões de circulação atmosférica, o Cerrado distribui-se entre zonas de alta e baixa pressão, o
que se conhece como Célula de Hadley, as quais condicionam a ação de diversas massas de ar, em especial a
Equatorial Continental, responsável por grande parte das precipitações no território brasileiro.

Acerca da área de ocorrência de desertos, bem como dos fatores de formação, assinale a única alternativa
correta:
a) As regiões desérticas tendem a ocorrer em zonas de alta pressão, geralmente marcadas pelo movimento
descendente do ar entre duas células de circulação atmosférica.
b) O Oriente Médio, mesmo estando sob uma zona de alta pressão, tem a ocorrência de áreas desérticas
atenuada graças à existência de diversos mares, como o Mediterrâneo.
c) A exemplo do Oriente Médio, a porção norte do México tem a formação de desertos inibida graças à atuação
da umidade advinda das águas do Oceano Pacífico.
d) Do efeito proporcionado pela umidade dos oceanos, ambientes como o noroeste da Argentina e o oeste da
ilha de Madagascar estão imunes à formação de desertos.
(Ufu 2019) A circulação atmosférica resulta da movimentação geral do ar, proporcionada pelo movimento de rotação da
Terra e pela desigual distribuição de energia solar. É um movimento de grande escala, responsável pelo aquecimento da
superfície terrestre.
Considerando-se a circulação atmosférica terrestre, assinale a
alternativa correta.

a) Nas latitudes subtropicais, nos dois hemisférios, o ar seco explica a


concentração de desertos, situados ao longo da latitude de 30º,
devido à grande amplitude térmica anual que caracteriza essas
regiões.

b) Na latitude de 60º, em ambos os hemisférios, formam-se zonas de


baixa pressão que atraem ventos provenientes das latitudes
subtropicais, originando ventos de oeste.

c) O encontro entre os ventos orientais e o ar frio originário dos polos


produz a zona de convergência intertropical, de instabilidade climática,
que se desloca de acordo com as estações do ano.

d) Nas regiões polares, o ar frio e denso forma um centro de baixa


pressão que é atraído para a zona de maior pressão das regiões
tropicais, formando o fenômeno da friagem.
(ENEM PPL 2021)
A imagem ilustra a ação de um agente natural no
planeta caracterizado por

a) inversão sazonal de fluxos atmosféricos nas zonas


temperadas.

b) formação de baixa pressão na linha do Equador.

c) expansão de brisas geladas em áreas ciclonais.

d) movimentação constante de frentes frias para o


Polo Sul.

e) ascensão do ar aquecido nas regiões anticiclonais.


CIRCULAÇÃO SECUNDÁRIA DOS VENTOS

 Composta por ventos periódicos, que são núcleos de alta e baixa pressão
temporários.

Aliada a fatores como altitude, latitude e maritimidade, determina os ventos


regionais.

Brisas e Monções são exemplos de circulação secundária, variando de


acordo com a mudança de temperatura oceano-continente, seja diária ou
anual.
Brisa Marinha Brisa Continental
(USF 2012) As brisas são ventos periódicos que ocorrem próximo à costa. A direção desse vento é
determinada pela diferença de pressão atmosférica entre o oceano e o continente ao longo do dia.

Observe a representação a seguir.


Com o auxílio da imagem, assinale a opção que indica alguns
elementos envolvidos no tipo de vento representado.

a)Brisa marinha – baixa pressão atmosférica no oceano.

b)Brisa marinha – baixa pressão atmosférica no continente.

c)Brisa continental – alta pressão atmosférica no continente.

d)Brisa marinha – alta pressão atmosférica no continente

e)Brisa continental – baixa pressão atmosférica no oceano


(ENEM 2017)

Nas imagens constam informações sobre a formação de


brisas em áreas litorâneas.

Esse processo é resultado de

a) uniformidade do gradiente de pressão atmosférica.

b) aquecimento diferencial da superfície.

c) quedas acentuadas de médias térmicas.

d) mudanças na umidade relativa do ar.

e) variações altimétricas acentuadas.


(Unesp 2022) Observe as imagens e o mapa.
O fenômeno esquematizado nas imagens, cuja área de
ocorrência está delimitada no mapa, corresponde

a) à condensação atmosférica, responsável pelo resfriamento


do ar úmido em superfície, o que resulta na ocorrência de
orvalho e de nevoeiro.
b) às monções de inverno e de verão, caracterizadas por
sistemas de circulação atmosférica que determinam períodos
de seca e chuva.
c) à frente estacionária, classificada como uma frente fria sem
movimentação por um longo período, o que resulta em
chuvas torrenciais.
d) à inversão térmica, provocada pela resistência aos
movimentos de ar verticais que formam as precipitações
convectivas.
e) às ressacas, constituídas por episódios de ventos fortes em
direção ao litoral que geram ciclones extratropicais.

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