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Elementos e fatores climáticos

Os elementos climáticos – temperatura, umidade, pressão e ventos – definem o clima de um lugar. Os


fatores climáticos – altitude, latitude, relevo, maritimidade, continentalidade, correntes marinhas e vegeta-
ção – modificam os elementos climáticos em determinado lugar.

Temperatura: é o estado térmico da atmosfera. É medida por aparelhos chamados termômetros; as linhas
que ligam em um mapa pontos de igual temperatura são chamadas de isotermas.

Altitude: a temperatura varia de acordo com a altitude (considerando a camada de ar da troposfera) porque
o aquecimento do ar atmosférico ocorre de forma indireta, isto é, faz-se de baixo para cima. Os raios sola-
res aquecem águas e terras que irradiam calor para a atmosfera. Como, nas partes mais baixas, a superfície
de irradiação dos corpos hídricos e terrestres é maior e a densidade de moléculas de ar também é maior, a
temperatura é mais alta, enquanto que, nos locais mais altos, onde a superfície de irradiação e a densidade de
moléculas de ar são menores, a temperatura é mais baixa. Desse modo, quanto maior for a altitude, menor
será a temperatura e quanto menor for a altitude, maior será a temperatura.

o
3 000 metros v = 10.5 C

o
2 000 metros = 17 C

o
1 000 metros = 23,5 C

o
0 metros = 30 C

Disponível em: <https://image.slidesharecdn.com/topic1-140622023053-


phpapp02/95/topic-1-11-638.jpg?cb=1403404319>. Acesso em: 25 out.
2017.

Latitude - A temperatura varia de acordo com a latitude, pois, em função da esfericidade da Terra, os raios
solares chegam perpendiculares ao Equador e muito inclinados aos polos. Por isso, em latitudes baixas, a
temperatura é alta e, em latitudes elevadas, a temperatura é baixa.

Z. Polar

Zona Temperada
do norte
Zona Tropical do
do norte

Zona Tropical do
do sul
Zona Temperada
do sul
Z. Polar
Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-SxlijVdZD7E/T27vNiBGorI/AAAAAAAAEvw/4nVxDEYevh0/s1600/fatores-climaticos-3.GIF>.
Acesso em: 25 out. 2017.

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Maritimidade e continentalidade – A temperatura também varia de acordo com a posição do lugar em
relação aos oceanos e continentes. Se o lugar está próximo aos oceanos e mares, sofre o efeito da maritimi-
dade, apresentando amplitudes térmicas menores, pois a água demora mais tempo para se aquecer e para
perder calor. Se o lugar está no interior do continente, sofre o efeito da continentalidade, apresentando
elevadas amplitudes térmicas, pois os continentes aquecem e perdem calor rapidamente.
No mapa abaixo, é possível perceber a diferença entre a amplitude térmica de Amiens (15 °C, pois:
18C – 3 °C = 15 °C) e Kiev (27 °C, pois 21 °C - -6 °C = 27 °C). Tal fato decorre da proximidade de Amiens
em relação ao mar, portanto está submetida à maritimidade, e Kiev, situada no interior do continente, está
submetida à continentalidade.

TEMPERATURAS MÉDIAS MENSAIS

OCEANO
ATLÂNTICO

Praga Kiev
Amiens

Média térmicas Amiens Praga Kiev


Janeiro 3 ºC -1 ºC -6 ºC
Julho 18 ºC 20 ºC 21 ºC
0 650 km

Disponível em: <http://formulageo.blogspot.com.br/2011/11/questoes-sobre-clima-vestibular.


html>. (Adaptado) Acesso em: 25 out. 2017.

Umidade atmosférica: é a quantidade de vapor d’água presente no ar atmosférico. O vapor d’água presen-
te no ar ocorre devido à evaporação dos corpos hídricos dos solos e da evapotranspiração dos vegetais.
A umidade do ar pode ser absoluta ou relativa. A umidade absoluta é a quantidade de vapor d’água
existente na atmosfera em um dado momento. O ar quente apresenta mais umidade que o ar frio. A umida-
de relativa é o percentual em que certo volume de ar pode conter água. Se o ar de determinada localidade
contém metade da umidade que poderia conter, diz-se que a umidade relativa é de 50%. Os aparelhos que
medem a umidade do ar são o psicrômetro e o higrômetro, e as linhas que ligam em um mapa os pontos de
mesma umidade são denominadas isoígras.
Existe um limite para a quantidade de vapor d’água que dado volume de ar pode suportar (4g/m³) e,
quando esse limite é alcançado, diz-se que o ar está saturado. Quando o ar atinge a saturação, o vapor d’água
se condensa formando nuvens e precipitações. A temperatura na qual se dá a condensação chama-se ponto
de orvalho.
As precipitações podem ser superficiais e não superficiais.

Precipitações Superficiais

As precipitações superficiais formam-se junto à superfície do solo como:


• orvalho – o vapor d’água, ao entrar em contato com superfícies mais frias (plantas, vidros e latarias de
carros expostos ao ar durante à noite e outros objetos) condensa-se formando gotículas de água.
• geada – forma-se quando a temperatura da superfície atinge o ponto de congelamento antes de ocorrer
a saturação. O vapor d’água transforma-se diretamente em uma delgada camada de gelo sobre os objetos
expostos ao ar.
• nevoeiro e neblina – condensação do vapor d’água junto à superfície dos oceanos e dos continentes, res-
pectivamente.

2 Sistema de Ensino CNEC – 3ª série do Ensino Médio - Volume 1


Orvalho Geada
Disponível em: <(https://www.google.com.br/search?dcr=0&biw=1366 Disponível em: <http://i.imgur.com/Ustczfw.jpg>. Acesso em: 25 out.
&bih=637&tbm=isch&sa=1&ei=Tsn0WdK5K4SawgTruIOoBg&q=dew&o 2017.
q=dew&gs_l=psy-ab.3..0i67k1j0l9.108948>.Acesso em: 25 out. 2017.

Neblina
Disponível em: <http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2016/12/30/09/3BB60AC700000578-4075406-
image-a-54_1483088548530.jpg>. Acesso em: 25 out. 2017.

Precipitações não superficiais

As precipitações não superficiais ocorrem em


altitude a partir da formação das nuvens, cujos tipos
Ar quente

Condensação
básicos são cirros (nuvens altas com aspecto fibroso); Ar frio
estratos (nuvens altas e se apresentam estratificadas);
cúmulos (nuvens em forma de flocos de algodão) e
nimbos (nuvens baixas, escuras e provocam chuvas). Evapotranspiração
As chuvas representam o tipo mais comum de
precipitações não superficiais e são de três tipos: Chuva frontal
Chuva convectiva
• chuva de convecção – resulta da ascensão do va-
por d’água que, ao entrar em contato com as cama- Sotavento

das de ar frio, se condensa e precipita.


(sem chuva)
Vento

• chuva frontal – resulta do encontro de uma massa Mar


Barlavento
(com chuva)

de ar quente com uma massa de ar frio, em que a Chuva orográfica ou de relevo

baixa temperatura do ar frio condensa a umidade Disponível em: <https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s


do ar quente, promovendo a precipitação de água. &source=images&cd=&ved=0ahUKEwiLqO7a-pPXAhVClZAKHW2xAecQ
• chuva orográfica ou de relevo – resulta do deslo- jBwIBA&url=http%3A%2F%2Fs3.amazonaws.com%2Fmagoo%2FABA
camento horizontal do ar, que, ao entrar em contato AABBnwAD-2.jpg&psig=AOvVaw38rwK2zXluH-KHdBr4f8FD&u
st=1509302112949176>. Acesso em: 25 out. 2017.
com regiões elevadas, sofre condensação e precipi-
tação.

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O aparelho que mede as chuvas chama-se pluviômetro, e as linhas que ligam em um mapa os locais de
mesma pluviosidade são denominadas isoietas.
• Neve - é uma forma de precipitação que consiste na queda de cristais de gelo. Estes cristais se formam
nas nuvens em que a temperatura interna está entre -20 °C e -40 °C e chegam à superfície sem derreterem
porque a temperatura ambiente entre a nuvem e o solo está também muito baixa.

Neve
Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-tzgP6A07wHw/URoVDB
v4IXI/AAAAAAAAAPo/Y27lV2DM53s/s1600/neve.jpg>. Acesso em:
25 out. 2017.

• Granizo – são pedras de gelo que se formam em nuvens do tipo cumulunimbus com temperatura abaixo
de 0 ºC e caem quando se tornam muito grandes e a corrente ascendente de ar não consegue mais segurá-las
na nuvem – precipitam-se sob a forma de chuva de pedra, causando grandes prejuízos tanto na zona urbana
quanto na zona rural.

Nuvem Cumunlunimbos Granizo


Disponível em: <https://www.cugetliber.ro/imagini/mari/ploi-1496221 Disponível em: <https://i.pinimg.com/originals/fc/22/b6/fc22b629de
102.jpg>. Acesso em: 25 out. 2017. e3c8eff9322783b8a24e72.jpg>. Acesso em: 25 out. 2017.

Pressão atmosférica: o ar exerce pressão que varia de acordo com a altitude (lugares baixos: alta
pressão; lugares altos: baixa pressão) e, de acordo com a temperatura (alta temperatura [ar quente] – baixa
pressão e baixa temperatura [ar frio] – alta pressão. Os aparelhos que medem a pressão atmosférica são
chamados de barômetros, e as linhas que ligam em um mapa os locais de igual pressão atmosférica são
denominadas isóbaras.
Vento: é o ar em movimento e sopra das áreas de alta pressão para as áreas de baixa pressão. As áreas
de alta pressão são chamadas de anticiclonais e são emissoras de massas de ar. As áreas de baixa pressão são
chamadas de ciclonais e são receptoras de massas de ar.

1010
1000
990

1030
1025
1020

Área anticiclonal Área ciclonal

Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/395101/


3/images/7/CICLONE+E+ANTICICLONE.jpg>. Acesso em:
25 out. 2017.

4 Sistema de Ensino CNEC – 3ª série do Ensino Médio - Volume 1


Massas de ar: são porções da atmosfera com características próprias de temperatura, umidade e pressão.
De acordo com o local onde se formam, podem ser frias, quentes, úmidas e secas. A dinâmica das massas
de ar é responsável pela alteração do tempo em um lugar. Exemplos: as massas polares são, em geral, frias
e secas, e as massas equatoriais, quentes e úmidas.

Circulação Atmosférica (movimentos das massas de ar)

A circulação do ar atmosfé- Zona polar


de alta pressão
rico pode ser geral ou primária, Polar
secundária ou terciária. Célula
Círculo Polar Ártico
A circulação geral da atmos-

l
re
o
Zona subpolar de baixa pressão 60 N

er
fera decorre das diferenças de

deF
la
pressão do ar nas diversas lati-

lu

tudes, formando células convec- Zona subpolar de alta pressão 30 N
o

tivas de ar. No Equador, as ele-

dley
vadas temperaturas determinam
de Ha

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rd lísi
o

te
15 N
o aparecimento de áreas de bai-

No s A
de nto
Célula
xa pressão, constituindo a zona

Ve
o
Zona equatorial de baixa pressão
de convergência intertropical. Ve
0 Equador

Tal zona recebe constantemen- n


de tos
Su Al
te os ventos que se formam nas de ísi
ste os
15 S
o

altas pressões subtropicais, de-


nominados alísios. Ao chegar ao Zona subtropical de alta pressão 30 S
o

Equador, esses ventos aquecem,


fazem movimento ascendente,
descarregam a umidade, esfriam Zona subpolar de baixa pressão 60 S o

e retornam secos à região de ori- Círculo Polar Antártico


gem, recebendo a denominação
de contralísios. Zona polar
A circulação secundária da de alta pressão
atmosfera é representada por Disponível em: <https://www.researchgate.net/figure/301553846_fig3_Figura-6-Distribuicao-zonal-
idealizada-da-pressao-atmosferica-e-das-celulas-de>. Acesso em: 25 out. 2017.
ventos sazonais (monções) que
ocorrem no sul e sudeste asiático. As monções são ventos cuja direção varia de acordo com as estações de
inverno e verão. Quando é verão na porção do sul e sudeste da Ásia (21/06 à 21/09), a incidência dos raios
solares é maior, aquecendo o ar e gerando áreas de baixa pressão, enquanto que, ao sul do Equador, no
Oceano Índico, é inverno, com menor incidência da radiação solar, formando ar mais frio e de alta pressão.
O vento sopra, então, do oceano para o continente, originando as monções de verão, com grande pluviosi-
dade nas áreas continentais. Nessa época, as populações locais aproveitam a umidade para cultivar o arroz.
Quando é inverno no sul e sudeste asiático (21/12 a 21/03), no continente forma-se uma área de alta
pressão, enquanto que, no Oceano Índico (verão), forma-se uma área de baixa pressão. O vento sopra do
continente para o oceano originando as monções de inverno, marcando a estação seca para as áreas conti-
nentais.

EUROPA INVERNO EUROPA VERÃO


ALTA
PRESSÃO ÁSIA BAIXA
ÁSIA PRESSÃO
Trópico de Câncer Trópico de Câncer

ÁFRICA OCEANO OCEANO


PACÍFICO PACÍFICO
Equador Equador
OCEANO
BAIXA BAIXA ÍNDICO
PRESSÃO PRESSÃO
Trópico de Capricórnio Trópico de Capricórnio
OCEANO OCEANIA OCEANIA
OCEANO ÍNDICO
ATLÂNTICO ALTA
PRESSÃO
Centros de altas pressões Centros de baixas pressões Direção das massas de ar

Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/--OVTMZQSkik/TkM3MiWyW8I/AAAAAAAAAJA/tZ1I2wJeJ4Y/s1600/EMZ_AN1_CA4_GEO_A28_020.


jpg>. Acesso em: 25 out. 2017.


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As brisas constituem um exemplo de circulação terciária, também denominada diária. São ventos lito-
râneos que se formam devido às diferenças de pressão do ar atmosférico sobre o continente e o oceano
no espaço de um dia. Durante o dia, o Sol aquece tanto os continentes quanto os oceanos, porém a por-
ção continental se aquece e irradia o calor mais rapidamente, gerando baixa pressão. A porção oceânica
se aquece e libera calor mais lentamente, gerando ar frio sobre a sua superfície e, portanto, alta pressão.
Desse modo, no fim do dia o vento (brisa) sopra do oceano em direção ao continente – brisa oceânica ou
marítima. Durante a noite, a porção oceânica libera o calor armazenado durante o dia, esquentando o ar e
gerando baixa pressão. A porção continental não tem mais calor para irradiar, e o ar fica mais frio, gerando
alta pressão. No fim da noite, isto é, ao amanhecer, o vento (brisa) sopra do continente para o oceano –
brisa continental ou terrestre.

INFLUÊNCIA LOCAL – OCORRÊNCIA DE BRISAS


DIA NOITE

alta pressão baixa pressão baixa pressão alta pressão

quente frio
frio quente

Disponível em : <http://slideplayer.com.br/slide/3330575/11/images/4/VENTOS+PERIÓDICOS+BRISAS>. Acesso em: 25 out. 2017.

Correntes marinhas: as correntes marinhas apresentam-se como verdadeiros rios dentro dos oceanos.
Suas origens, direções e desvios decorrem de fatores, como: ação dos ventos, densidade das águas, mo-
vimento de rotação da Terra e conformação das bacias oceânicas. Podem ser frias ou quentes, apresentar
largura variável e velocidades em torno de 8 a 10 Km/h. As correntes frias promovem ressurgência de mi-
nerais, suas águas são mais oxigenadas, favorecem a proliferação do plâncton marinho e de pescado, porém,
em latitudes mais baixas, promovem a desertificação dos litorais que banham, e, em latitudes mais altas, seu
congelamento. As correntes quentes apresentam águas menos piscosas em função da não ressurgência de
minerais e da menor oxigenação, porém promovem umidade e amenizam os rigores climáticos nos litorais
que banham.

CORRENTES MARINHAS
150º 180º 150º 120º 60º 30º 0º 30º 60º 90º 120º 150º 180º 150º

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30º
Trópico de Câncer
C. do Golfo

Equador
C. Equatorial 0º

Toamasina

ricórnio
Trópico de Cap
30º

Precipitação (em mm) Correntes marítimas


0 4 400 km
Fria Quente
0 100 500 1 000 2 000
Disponível em: <http://wikigeo.pbworks.com/f/1336081140/Distribuicao%20da%20precipitacao.jpg>. (Adaptado)
Acesso em: 25 out. 2017.

6 Sistema de Ensino CNEC – 3ª série do Ensino Médio - Volume 1


AS CORRENTES MARÍTIMAS E AS REGIÕES DE DESERTO E DE SEMIÁRIDO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO

CÍRCULO POLAR ÁRTICO

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TRÓPICO DE CÂNCER

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CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO

Deserto (árido) Semiárido

Disponível: <http://slideplayer.com.br/slide/4018091/12/images/9/Correntes+marinhas.jpg>. (Adaptado) Acesso em: 25 out. 2017.

El Niño e La Niña

El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas


superficiais no oceano Pacífico Tropical (sobretudo nas águas dos litorais do Peru e do norte do Chile), e
que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento em nível mundial e afetando, assim,
os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias. O fenômeno ocorre em dezembro, próximo
ao Natal e, por isso, os pescadores peruanos o chamam de El Ninõ – “o menino” – em alusão ao menino
Jesus.
No mundo, os efeitos do El Niño são abrangentes e provocam inverno com temperaturas mais eleva-
das que o normal nos EUA e nordeste da Ásia, secas no sudeste asiático e nordeste da Oceania, sobretudo
na Indonésia e Austrália, secas no Nordeste brasileiro e chuvas no Sul e parte do Sudeste e secas no sul da
África. Na costa oeste da América do Sul, litoral do Peru e do Chile, verifica-se aumento da umidade e da
temperatura.
O mapa indica os efeitos globais do El Niño em dezembro, janeiro e fevereiro.

Disponível em: <http://enos.cptec.inpe.br/>. (Adaptado) Acesso em: 12 nov. 2017.

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La Niña – é o fenômeno inverso, caracterizado por temperaturas anormalmente frias, do meio ao fim do
ano, na região equatorial do Oceano Pacifico, muitas vezes (mas não sempre) seguindo-se a um El Niño,
uma vez que promove resfriamento anormal das águas do Pacífico nas costas do Peru e norte do Chile. Os
efeitos globais do fenômeno são: secas no Peru e Chile, chuvas no Nordeste do Brasil, chuvas no sudeste
da Ásia e nordeste da Oceania (Indonésia e Austrália).

Furacões e tornados

Os furacões são fenômenos atmosféricos que se formam sobre o oceano em regiões em que as águas se
aquecem atingindo uma temperatura em torno de 27 ºC, regiões que formam um centro de baixa pressão
atmosférica. Têm nomes diferentes de acordo com os oceanos onde se formam: no Atlântico, são chama-
dos de furacões e no Pacífico e Índico, são chamados de Tufões ou ciclones tropicais.
São fenômenos atmosféricos que duram vários dias, atingem vários km de diâmetro e apresentam cal-
maria em sua região central, denominada olho do furacão, podem atingir mais de 249 km/h, mas, quando
entram no continente, vão perdendo força, visto que dependem da evaporação da água dos oceanos para
ganhar força na formação das nuvens de tempestade.
A Escala Saffir-Simpson, mede a velocidade dos ventos em cinco categorias:

Escala de Furacões de Saffir-Simpson


Categoria Velocidade do vento Efeitos
ressaca de 1,2 a 1,5 acima de normal; algumas inundações;
1 119 a 153 km/h
pouco ou nehum dano estrutural
ressaca de 1,8 a 2,4 m acima do normal; queda de árvores;
2 155 a 177 km/h
danos a telhados (telhas arrancadas)
ressaca de 2,7 a 3,7 m acima do normal; danos estruturais
3 178 a 209 km/h em casas; habitações sem alicerces destruídas; inundação
severa
resssaca de 4 a 5,5 m acima do normal; inundação severa no
4 210 a 248 km/h interior; alguns telhados arrancados; grandes danos estrutu-
rais
ressaca de pelo menos 5,5 m acima do normal; inundação
5 acima de 249 km/h severa adentrando o interior; sérios danos à maioria das
estruturas de madeira.
Disponível em: <https://image.slidesharecdn.com/furacesetornados-131206155633-phpapp01/95/furaces-e-tornados-18-638.jpg?cb=1386345530>.
Acesso em: 12 nov. 2017.

Os tornados são fenômenos atmosféricos que se formam a partir do encontro de duas massas de ar
com diferenças extremas de temperatura (uma massa de ar muito quente com uma massa de ar muito fria)
originando nuvens muito pesadas do tipo cumulunimbus que, quando tocam o chão, formam um funil e
podem atingir velocidades de mais de 300 km/h.
Em comparação aos furacões, os tornados são pequenos e caracterizam-se como um intenso redemoi-
nho de vento que ocorre quando uma nuvem em movimento alcança a Terra, apresentam um diâmetro, em
geral, menor que dois quilômetros. Os furacões podem atingir um diâmetro de centenas de quilômetros e
serem formados por diversos tornados.
Os tornados formam-se a partir de uma única nuvem de chuva e podem possuir vários redemoinhos
(formam-se sobre os continentes, mas também podem se formar sobre os oceanos; os furacões só se for-
mam sobre os eoceanos), enquanto os furacões são feitos de diversas nuvens e têm apenas um vórtice.
Os tornados são de duas categorias: mínimos e máximos. Os menores tornados são denominados mí-
nimos e os maiores, de máximos. Um mínimo irá durar não mais do que alguns minutos, deslocar-se um
quilômetro e meio e ter ventos com velocidade de até 160 km/h. O chamado máximo pode deslocar-se 320
quilômetros ou mais, durar até três horas e ter ventos com velocidade superior a 400 km/h.
A Escala Fujita classifica o tornado como leve (F0). Nela, a velocidade do vento atinge o máximo de
110 km/h, até fora de série (F6), com ventos acima de 511 km/h. Atualmente, existe uma nova versão da
escala Fujita – a escala Fujita melhorada –, que vai de F0 a F5, pois a F6 é considerada hipotética.

8 Sistema de Ensino CNEC – 3ª série do Ensino Médio - Volume 1


Escala Fujita: Classificação da velocidade do vento em Km/h:
• F0 até 110 Leve
F1 111-180 Moderado
F2 181-250 Considerável
F3 251-330 Severo
F4 331-420 Devastador
F5 421-510 Inacreditável
F6 511-610 Fora de Série


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