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Preços e Inflação

Unidade 5
 Explicitar fatores que influenciam a formação dos preços (custos
de produção e mecanismo de mercado);
 Distinguir os conceitos de inflação, deflação e desinflação;
 Calcular a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor
AE (taxa de variação mensal, homóloga e média anual);
 Distinguir Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Índice
Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC);
 Explicar consequências da inflação (no valor da moeda e no
poder de compra).

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A formação do preço depende de diversos fatores

Custos de Produção

• Fator trabalho
• Fator capital

Formação do Concorrência

Preço ou Bens substitutos


Componentes
do preço Dimensão do mercado

Estratégia de marketing

Intervenção do Estado
Preço – quantidade de moeda que é necessário despender para
obter um determinado bem ou serviço.

O preço reflete:

Formação de
preços Valor de troca - Comparação
• preço a que outros bens poderão ser
adquiridos
Valor de uso – Valor subjetivo atribuído
• Que utilidade confere o bem com aquele preço
 Noção
 Causas
 Conceitos relacionados

Inflação  Tipos de inflação


 Consequências
 Medidas da inflação

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O monstro da  https://youtu.be/v4Zmx5OsKM8

inflação

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Subida generalizada e sustentada dos preços no
consumidor
"A inflação é o aumento continuado dos preços da
generalidade dos bens e serviços. A inflação numa economia é
frequentemente calculada através da análise de uma cesta de

Inflação bens e serviços e da comparação das alterações nos preços dos


bens que compõem a cesta ao longo do tempo.

A taxa de inflação é a variação percentual do índice de preços


durante um determinado período relativamente ao registado
num período anterior. Geralmente é calculada anualmente."

PORDATA
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 AUMENTO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO
 EXCESSO DE PROCURA
CAUSAS DA  AUMENTO DA MOEDA EM CIRCULAÇÃO

INFLAÇÃO  INFLAÇÃO ESPERADA


 INFLAÇÃO IMPORTADA
 POLÍTICAS ECONÓMICAS

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 Inflação - subida generalizada e sustentada dos preços
 DESINFLAÇÃO – desaceleração do crescimento dos preços
CONCEITOS  DEFLAÇÃO – descida generalizada e sustentada dos preços
RELACIONADOS  ESTAGFLAÇÃO – estagnação da atividade económica com
inflação em simultâneo

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Inflação e
deflação

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 Se os preços de muitos dos artigos que compra subirem, perde poder de
compra. Por outras palavras, com o dinheiro que tem – os seus
rendimentos e economias – não compra tanto como antes, o que pode
Que gerar uma espiral de aumentos de preços. A razão é que, se tudo ficar
problemas mais caro, os trabalhadores poderão solicitar aumentos de salário e os
acarreta uma empregadores poderão reagir elevando os preços dos produtos ou
serviços que fornecem, para financiar os aumentos salariais. Se esta
inflação situação se repetir em muitas empresas, os preços de muitos artigos
elevada? aumentarão ainda mais e a espiral continua, tornando mais difícil para os
particulares e as empresas fazerem planos de poupança e investimento.
As pessoas poderão deixar de confiar na moeda, em virtude da rápida
perda de valor da mesma. Estes são apenas alguns exemplos dos efeitos
secundários negativos de taxas de inflação elevadas.

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 A queda dos preços pode parecer benéfica para o consumidor e, de facto, até pode ser, caso
apenas se trate da descida dos preços de alguns artigos. Por exemplo, nas últimas décadas, os
preços de muitos dispositivos eletrónicos, como computadores portáteis e telemóveis, diminuíram,
em grande medida devido à inovação, a qual proporcionou uma redução dos custos de
produção.

Porque são  No entanto, uma queda contínua e generalizada dos preços no conjunto da economia que não se

prejudiciais deva a melhorias da produção não é desejável, uma vez que pode levar a uma espiral de
descidas de preços. A título de exemplo, se estiver a pensar em comprar um sofá novo e souber que
períodos o preço será mais baixo se esperar um pouco mais para o comprar, provavelmente será isso que fará.

prolongados Se todos fizerem o mesmo, as empresas serão afetadas por não conseguirem vender os seus
produtos. Estas poderão ter de cortar ou congelar salários, ou até de reduzir o número de
de deflação?
Fonte:
empregados, se a procura diminuir, o que levará a um aumento do desemprego. A economia

https://www.ecb.europa.eu/explainers/tell-me-more/html/sta
começará a abrandar com a redução da despesa e do investimento pelos consumidores e pelas
bleprices.pt.html
empresas. Poderá também tornar-se mais difícil pagar eventuais dívidas que tenha, como
hipotecas, que não diminuirão mesmo que o seu rendimento seja menor.

 O mesmo se aplica às finanças públicas. As receitas fiscais diminuem em função da descida dos
rendimentos e da despesa, mas a dívida pública continua a ter de ser paga. Em resultado, a
despesa pública, por exemplo em infraestruturas e saúde, poderá ter de ser reduzida. As
Ana Gomes Alves consequências negativas da deflação são, portanto, sentidas por todos.
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A estagflação – aumento da inflação, associada a um forte abrandamento
do crescimento - pressupõe uma queda da oferta, que tem como
consequência a subida dos preços e a diminuição da produção. Nos últimos
35 anos, os choques estagflacionistas provocaram, em três ocasiões, uma
recessão mundial: em 1973-1975, quando os preços do petróleo dispararam,

Estagflação na sequência da Guerra de Yom Kippur e do embargo da Organização dos


Países Exportadores de Petróleo (OPEP); em 1979-1980, na sequência da
Revolução iraniana; e em 1990-91, a seguir à invasão do Koweit pelo Iraque.
Mesmo a recessão de 2001 – essencialmente despoletada bolha tecnológica
– fez-se acompanhar pelo duplicar dos preços do petróleo, na sequência do
início da segunda Intifada palestiniana contra Israel.

Para saber mais:

https://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/detalhe/o_espectro_da_estagflaccedilatildeo_global

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Identifique
uma situação
com:
• Inflação
• Desinflação
• Deflação

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 Moderada – preços aumentam de forma lenta, valores inferiores a
10%
 Galopante – preços aumentam muito, valores com dois ou três
digitos, sendo grave não poe em causa a sobrevivencia da
economia.
 Hiperinflação – situação dramática, mesmo fatal, com taxa de
crescimento dos preços superiores a 1000%.

Tipos de inflação

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Hiperinflação
na Alemanha
1914-1923
a hiperinflação na Alemanha de Weimar
atingiu taxas de mais de 30, 000% por
mês. Algumas fotos mostram que os
alemães queimavam dinheiro para se
aquecer porque era menos caro do que
usar o dinheiro para comprar madeira.

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Hiperinflação
na Alemanha
1914-1923

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A pior hiperinflação já registada ocorreu na Hungria, em 1946, no
final da Segunda Guerra Mundial. Tal como na Alemanha, a
hiperinflação que ocorreu na Hungria foi o resultado da
obrigação de pagar reparações de guerra.
Os economistas estimam que a taxa de inflação diária na Hungria
durante esse período excedeu 200%, o que equivale a uma taxa
de inflação anual superior a 13 000.000.000.000.000%. Durante
este período, os preços na Hungria duplicaram a cada 15 horas.

Hiperinflação
na Hungria

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 de 2007 a 2009, a inflação superou o controle a uma taxa quase
inimaginável. A hiperinflação do Zimbabué foi resultado de
Hiperinflação mudanças políticas que levaram à apreensão e redistribuição de
terras agrícolas, o que levou a uma fuga de capitais para o
no Zimbabué estrangeiro.
 Os líderes do Zimbabué tentaram resolver os problemas
económicos imprimindo mais dinheiro, e o país rapidamente
entrou em hiperinflação que, no auge, ultrapassou os 79 mil
milhões de dólares por mês.

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 Inflação na Venezuela chega a 1.698.488% nos 12 meses de
2018, diz Assembleia Nacional. Só no mês de dezembro, preços
subiram mais de 141%. Maior alta foi em setembro: 233,3%.
Reuters, 09/01/2019 - 17:19 / Atualizado em 09/01/2019 - 19:35

Hiperinflação Hiperinflação leva milhares de venezuelanos a comprar produtos


na Venezuela na Colômbia (e abre portas ao mercado paralelo)
https://sicnoticias.pt/especiais/crise-na-venezuela/2019-02-06-
Hiperinflacao-leva-milhares-de-venezuelanos-a-comprar-produtos-
na-Colombia

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Exemplos de
hiperinflação
fonte: BCE

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 DEPRECIAÇÃO DO VALOR DA MOEDA
"Quando há inflação numa economia, o valor do dinheiro diminui
porque um determinado montante vai comprar menos bens e
serviços do que antes." PORDATA
Uma determinada quantidade de moeda compra menos
CONSEQUÊNCIAS quantidade de bens
 DETERIORAÇÃO DO PODER DE COMPRA
A quantidade de bens que um mesmo salário consegue comprar é
menor.
 INCERTEZA E QUEBRA NO INVESTIMENTO

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DEPRECIAÇÃO DO VALOR DETERIORAÇÃO DO PODER
DA MOEDA DE COMPRA

 Wr, medida do poder de


compra
 Wr=Wn/IPC
 Pão 2017, 0,20€
 ΔWr=ΔWn-ΔIPC
 Pão 2018, 0,25€
ΔWn 2017, 10%
Com 1€, em 2017, compro 5
CONSEQUÊNCIAS pães, em 2018, compro apenas ΔIPC2017, 25%
4 pães. ΔWr=10-25=-15%
A mesma quantidade de Se o salário nominal aumentar
moeda consegue comprar 10%, mas os preços
menos bens. aumentarem 25%, haverá
diminuição do poder de
compra. Com o salário
recebido há menor capacidade
de comprar.
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 São valores relativos

 Traduzem a evolução de qualquer variável ao longo


do tempo.
Números
 Cálculo:
Indice

O ano-base é o ano de referência e o valor do indice no


ano base é sempre 100.

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O valor índice calculado poderá apresentar uma das
seguintes situações
Números Análise do número índice:
 Igual a 100, não há alteração da variável em análise
Indice
 Maior que 100, a variável aumentou
 Menor que 100, a variável diminuiu

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Índice
11/11=1,40/1,40x100=100
Ano base (referência) 2011
Qual o índice Preço da gasolina em 2011 = Índice 12/11=1,70/1,40x100
do preço da 1,40€

gasolina em Preço da gasolina em 2012 =


1,70€
Índice 12/11= 121,4

2012, com Preço da gasolina em 2013= O preço da gasolina em 2012 era


base em 2011? 1,50€
121,4% do preço da gasolina em
.
Interpreta. 2011.

O preço da gasolina entre 2011


e 2012 aumentou em 21,4%
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Ano base (referência) 2011 I 11/11=1,40/1,40x100=100
Preço da gasolina em 2011 = 1,40€
Qual o índice Preço da gasolina em 2012 = 1,70€ I 13/11=1,50/1,40x100
do preço da Preço da gasolina em 2013= 1,50€
I 13/11= 107,1
gasolina em
2013, com base Tx crescimento 11-13=(1,5-1,4)/1,4*100 O preço da gasolina em 2013 era
= 7,1%
em 2011? Tx crescimento 12-13=(1,5-1,7)/1,7*100
7,1% superior ao preço em 2011.
Interpreta. = -11,8%

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 O índice de preços no consumidor é um indicador que permite medir
a inflação do país, acompanhando a variação dos preços de um
“cabaz” de bens e de serviços representativo das despesas das
famílias portuguesas. Os preços recolhidos por todo o país incluem
uma grande variedade de produtos de grande consumo como
alimentação, bebidas e tabaco; vestuário e calçado; habitação,
água, gás e outros combustíveis; acessórios para o lar,
equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação;
IPC saúde; transportes, comunicações; lazer, recreação e cultura;
restauração e hotelaria.
 Indicador que tem por finalidade medir a evolução dos preços de
um conjunto de bens e serviços considerados representativos da
estrutura de consumo da população residente em Portugal. O IPC
não é um indicador de níveis de preços mas sim um indicador de
síntese sobre a variação dos preços no consumidor ao longo do
tempo. (metainformação – INE)

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IPC12/12 = 750/750 x 100=100

IPC13/12 = 1000/750 x 100

IPC13/12 = 133,3
Preço do cabaz
2012=750€ O preço do cabaz em 2013 foi de 133,3% do
Cálculo do IPC cabaz de 2012
2013=1000€
O preço do cabaz aumentou 33,3% de 2012
para 2013

O que se comprava em 2012 por 1 € comprava-


se em 2013 por 1,33€
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O IPC mede a variação do nível de preços entre o ano
corrente e o ano base.
Do IPC à
inflação A taxa de inflação, ou seja, a taxa de variação do IPC,
mede a velocidade com que esse nível de preços se altera,
sendo apresentado em valor percentual (%).

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Inflação = taxa de crescimento do IPC

Do IPC à IPC 2012 = 100 Taxa de inflação = (IPC 13 – IPC 12)/ IPC12 x 100

inflação IPC 2013 = 133,3 Taxa de inflação = [(IPC 13 / IPC 12) – 1] x 100
Taxa de inflação = 33,3%

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2010 2012 2013
Preço bicicleta 150€ 162€ 165€
IP2010=100

1. Calcule a variação de preços: 2012/10; 2013/10; 2013/12


ΔP 2012/10=P12/P10=(162-150)/150*100= 8%
ΔP 2013/10=P13/P10=(165-150)/150*100= 10%
ΔP 2013/12=P13/P12=(165-162)/162*100= 1,85%
Proposta de 2. Calcule os IP com base em 2010
trabalho IP 2010/10= 150/150*100=100
IP 2012/10=162/150*100=108
IP 2013/10=165/150*100=110
3. Calcule a taxa de inflação anual em 2013
π2013/12=(110-108)/108*100=1,85%

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Proposta de
trabalho

Calcula a taxa de inflação no ano n+1 e n+2

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Proposta de
resolução

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Proposta de
trabalho
- solução -

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Medidas mais comuns:

 Taxa de variação média anual – últimos 12 meses versus doze


meses imediatamente anteriores

Do IPC à
inflação  Taxa de variação homóloga – um mês versus o mesmo mês no
ano anterior

 Taxa de variação mensal – dois meses consecutivos

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Do IPC à
inflação

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Índice de inflação subjacente – exclui o preço dos produtos
alimentares não transformados e dos produtos energéticos,
eliminando algumas das componentes mais expostas a oscilações
temporárias dos preços.
Outros índices
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) – para ser
possível a comparação entre diferentes países da UE, e verificar, por
exemplo o critério de convergência nominal relativo à estabilidade
de preços, é conveniente uniformizar a formula de calculo do IPC.

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Inflação em
Portugal e na
UE
- IHPC -

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Inflação em
Portugal e na
UE
- IHPC -

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Inflação em
Portugal e na
UE
- IHPC -

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Inflação em
Portugal e na
UE
- IHPC -

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Inflação em
Portugal e na
UE
- IHPC -

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Inflação em
Portugal e na
UE
- IHPC -

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Inflação em
Portugal e na
UE
- IHPC -

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IPC e IHPC
https://eco.sapo.pt/2018/03/05/robos-de-cozi
nha-iogurtes-gregos-e-leggings-vao-contar-p
ara-a-inflacao-conheca-as-entradas-e-saidas-
do-cabaz-do-ine/

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/c
onjuntura/detalhe/mais-carros-menos-restau
racao-como-mudaram-os-padroes-de-consu
mo-dos-portugueses

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IPC e IHPC

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