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Reformas provocam curto-circuito na EDM

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Fogo sobre o PCA
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Pags. 2 e 3
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Naita Ussene

Supostos nativos invadem propriedades e vendem terras Centrais

Gangsterismo em Marracuene
Di

LOTARIA PRÓXIMA, 10ª EXTRACÇÃO DA LOTARIA 10/03/2018


9ª EXTRACÇÃO 1º PRÉMIO -1.000.000,00MT

1º - 21377 - 1.000.000,00MT PREVISÕES

2º - 48761 - 50.000,00MT TOTOBOLA - 135.100,00MT

3º - 38409 - 25.000,00MT TOTOLOTO - 738.521,72MT


 VALOR DO 1º PRÉMIO DO JOKER - 250.000,00MT
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2
TEMA
TEMADA
DASEMANA
SEMANA Savana 09-03-2018

Reformas provocam curto-circuito na EDM

Fogo sobre o PCA


Por Raul Senda

o
m grupo de trabalhadores, um dos bairros mais luxuosos da ca- milhões de dólares, nomeadamen-
que já ocupou importantes pital do país. te lançamento de linhas eléctricas
cargos na Electricidade de Assim, desde que tomou posse a 15 para os distritos, venda de energia a

log
Moçambique (EDM), acu- de Agosto de 2015 como PCA da preços leoninos e a terciarização de
sa o actual PCA, Mateus Magala, EDM, ele vive em estabelecimen- dentr da empresa.
serviços dentro
de uma gestão pouco criteriosa. tos hoteleiros de luxo pagos pela Em princípio, segundo as nossas
No entanto, o CA da EDM refuta empresa. Magala foi recrutado no fontes, a EDM vai contratar sem
as acusações e afirma tratar-se de Zimbabwe onde era representante concurso público a Crown Agents
descontentes que se beneficiavam do Banco Africano de Desenvolvi- para disciplinar o processo de procu-
sozinhos do corrompido sistema AD).
mento (BAD). rement dentro da empresa. A firma
de procurement que estava instala- Nos últimos três anos, Magala viveu, britânica Crown dirigiu, em 1996,
do na empresa. sucessivamente, no Hotel Polana, no um processo de reforma das Al-
Hotel Indy Village e, agora arrenda fândegas, que teve como objectivo

ció
Um dos pontos de fricção são os um apartamento nas Torres Rani, criar em Moçambique um serviço
consultores contratados pelo PCA, que faz parte do complexo hoteleiro alfandegário moderno e eficiente,
alegadamente cinco ex-colegas do Radisson Blu Hotel & Residence. sobretudo na melhoria na colecta de
BAD (Banco Africano de Desen- Mateus Magala, o PCA que está no epicentro das contestações Segundo informação recebida, a receitas, numa altura em que o sec-
volvimento) e todos residem nas estadia de Mateus Magala naquele tor das alfândegas estava no fundo
Torres Rani, pagos pela tesouraria cidos (cerca de USD7000,00 mês). sultores individuais trazem a expe- complexo custa à EDM, mensal- do poço, dominada pela corrupção e
da empresa. Anteriormente, Maga- Para além de salários, a EDM des- riência e a competência necessárias e mente, cerca de 240 mil meticais altos níveis de contrabando.
la causou furor entre a burocracia pende, mensalmente, 900 mil me- reduzem os custos de transformação (USD4000,00). A EDM argumenta que, com o pro-
de Estado ao estabelecer concurso ticais (USD3000,00 por habitação) necessários paraa a EDM e reduzem No exercício do contraditório, a cesso de transformação da empresa
público para os cargos de adminis-
tradores da empresa, situação não
replicada para os consultores.
Os contratados são Joseph Badaki,
indicado para o cargo de assessor
especial do PCA; Francis Masawi,
para o cargo de assessor especial
para o alojamento dos assessores.

EDM reage no caso dos


consultores
Confrontada com esta questão, a di-
recção da empresa disse ao SAVA-
NA que, no que concerne ao recru-
so
custos, caso a EDM optasse por em-
presas de consultoria.
Desde que tomou conta dos destinos
da EDM, o lema do actual Conselho
de Administração (CA) é transfor-
mar a empresa de modo a guiar-se
pelos princípios recomendáveis in-
EDM refere que quando o actual
PCA chegou, a residência oficial
necessitava já de uma reabilitação
integral, face ao estado físico em que
se encontrava. Afirma que tal ainda
não aconteceu devido a questões re-
lacionadas com o sistema de procu-
em curso, os parceiros internacionais
de cooperação tais como o Banco
Mundial, Banco Europeu de Inves-
timento, Banco Africano de Desen-
volvimento, Agência de Cooperação
do Governo do Japão ( JICA), o
Reino da Noruega e da Suécia, IFC,
para o administrador do pelouro das tamento sem concurso público dos ternacionalmente. rement, que se encontra suspenso e
rement KFW, AFD, entre outras entidades
operações; David Wu, para assessor assessores do CA, os membros do Para tal, fala-se da introdução de em reformulação, só se permitindo internacionais de grande reputação,
da administradora para o pelouro do CA da EDM são, à luz da Lei, in- códigos de ética e conduta, reorgani- aquisições para material nevrálgico asseguraram o financiamento nos
um
pessoal e serviços corporativos; An- dicados pelo Governo, isto é, o PCA zação e selecção na base de concur- para o negócio da empresa. últimos três anos num montante
thony Odukomaiya, para o cargo de é nomeado pelo Primeiro Ministro so dos administradores, directores e Sublinham que o procurement cons- global superior a 900 milhões de
assessor especial do administrador e os Administradores pelo Ministro gestores, reforma de procurement e titui um dos pilares da transforma- dólares.
para o pelouro das Finanças e Pedro dos Recursos Minerais e Energia auditoria e controlo financeiros. ção da EDM, por isso é que está em Os actuais investimentos permiti-
Mendes Simão, para assessor espe- com base em propostas do PCA. Os Porém, as decisões do PCA têm sido reforma. ram a estabilização no fornecimento
cial do Conselho de Administração últimos Administradores foram se- alvo escrutínio “ao mais alto nível” de “A função de “procurement” da em- de energia à zona centro estando em
para as áreas de transformação e leccionados através de um concurso poder e influência que têm os seus presa foi um dos factores que di- curso projectos estruturantes como a
energias renováveis. público internacional em Julho de detractores, sobretudo ao nível po- luíram o valor e a credibilidade da Central Térmica de Ressano Garcia,
Entendem as fontes que contacta- 2016. Este processo foi posterior- lítico. EDM perante os nossos parceiros a central a gás do Infulene e a cen-
ram o jornal que, tratando-se de po- mente extensivo aos Directores da Quando surgiu a polémica dos sa- internacionais de cooperação e os tral de painéis solares de Mocuba.
sições que precisam de técnicos al- EDM. É prerrogativa do PCA no- lários dos administradores, a EDM nossos clientes. Todo o processo de Está em discussão e em fase de pré-
tamente qualificados, a EDM devia mear assessores, figuras que enten- veio a público explicar que era “uma aquisição de bens e serviços está em -financiamento a Central de Tema-
de

ter promovido também um concurso der competentes numa determinada tradição da casa” manter os salários reestruturação na EDM até à con- ne alimentada pelo gás extraído pela
público internacional, visto que, por área de especialidade e, sobre tal, a a antigos administradores, mesmo clusão da reforma do procurement da Sasol. Com estes projectos, a EDM
essa via teria maior espaço para a lei não obriga à realização de con- que estivessem na prateleira. Maga- EDM. Assim, a EDM sentiu-se na argumenta que poderá ter uma po-
escolha de melhores dentro dos me- curso público. la, para tentar reverter esta situação, contingência de ter de encontrar so- sição negocial “mais musculada” nos
lhores. Algumas correntes entendem Sobre os salários dos assessores, a contactou cada um dos administra- lução para albergar o seu PCA que actuais fornecimentos de energia a
que o lançamento de concurso pú- EDM refere que a empresa, no âm- dores “ociosos”, oferecendo-lhe tare- passou por primeiro alojá-lo, tem- partir de Ressano Garcia e na reven-
blico permitiria que moçambicanos bito da sua transformação, elaborou fas técnicas dentro das competências porariamente, em estância hoteleira da de energia à zona Sul por parte
qualificados também concorressem a e aprovou através do CA uma políti- de cada um. e, mais tarde, arrendamento de uma da Eskom.
essas vagas. ca de contratação e remuneração de residência, onde o custo é determi- Na EDM, Mateus Magala foi in-
“Entendemos nós que da mesma consultores individuais, para normar A polémica do alojamento nado pelo mercado e negociação”, cumbido pelo governo, a missão de
Outra das alegações dos descon- frisou. assegurar o fornecimento de energia
io

forma que o PCA, que é moçam- estas questões de forma transparente


bicano, foi chamado para aquele e dentro de práticas globais. “É neste tentes é o facto de Magala aparen- Foi através da manipulação do pro- eléctrica de qualidade, com seguran-
cargo por ser uma pessoa altamente contexto que os consultores indivi- temente ter recusado ocupar a resi- curement (processo de compras e ça e fiabilidade, por forma a tornar a
qualificada, também existem outros duais foram contratados e os resul- dência protocolar destinada ao PCA adjudicação de concursos), que EDM numa empresa de referência a
moçambicanos com altos índices tados alcançados com a participação da empresa, alegando que a casa não elementos ligados à administração nível nacional, regional e internacio-
de conhecimentos e que podiam ser directa dos consultores em áreas crí- lhe confere “dignidade”. A residên- Guebuza e à nomenklatura da Fre- nal, prosseguir com a electrifica-
ár

elegíveis para aqueles cargos. Com ticas de transformação continuam a cia em alusão localiza-se na avenida limo em geral se beneficiaram de ção rural e urbana bem como a
essas pessoas, a EDM até podia ser determinantes para este processo Kenneth Kaunda, no Sommerschild, contratos avaliados em centenas de organização e gestão interna de
poupar custos de alojamento”, la- de transformaç
transformação da EDM”.
mentaram. A EDM tinha solicitado a empresas
Magala escolheu os cinco assesso- de consultoria de renome interna-
res a dedo e todos provêm do BAD cional propostas de consultoria, mas
onde o PCA foi também colabora- que em face dos custos envolvidos,
Di

dor. acima de três milhões de dólares, a


Sabe o SAVANA que a EDM gasta, EDM optou por contratar directa-
mensalmente,, cerca de 4.5 milhões mente consultores individuais de
de meticais no pagamento de salá- alta competência para as necessida-
rios aos cinco consultores especiais, des de transformação da EDM e a
o equivalente a 900 mil meticais de apenas uma fracção daquele valor.
salário mensal paraa cada um deles O CA da EDM disse ao jornal que
(USD15.000,00). O jornal ouviu não vê nenhum problema “em to-
empresas da área a operar em Mo- mar este tipo de decisão de gestão
çambique que consideram tratar-se que acresce valor substancialmente à
de um “salário normal” para um con- empresa no seu programa de trans-
sultor internacional especializado. formação com vista a ter uma EDM
O jornal sabe que, no concurso para mais robusta e transparente, impri-
administradores, vários candidatos mindo uma gestão rigorosa e credí-
internacionais seleccionados recu- vel e, acima de tudo, com resultados
saram as posições por considerarem palpáveis e concretos a nível técnico,
“muito baixos” os honorários ofere- económico e financeiro”. Tais con- Uma das alegações é de que Magala recusou ocupar a casa protocolar e foi viver nas Torres Rani
Savana 09-03-2018
TEMA DA SEMANA 3

modo a elevar a capacidade financei-

$VÀ[LDjV30(HLQWHUUXSomRGHSURJUHVV}HVGHFDUUHLUDV
ra para garantir novos investimentos
com a participação de parceiros na-

P
cionais e internacionais.

Contas no vermelho orém, as queixas contra sabe quando é que será debatida e informação”, desabafaram. mas, que o actual PCA interrom-
Apesar do impacto positivo que são o actual PCA da EDM aprovada e depois entrar em vigor e, Até ao momento, a EDM recebeu ”, notam.
peu”,
os enormes investimentos que têm são mais que muitas. De enquanto a lei não é aprovada, a ile- cerca de 200 geradores e a qualidade Mas para a direcção da empresa,
sido canalizados para a empresa, as galidade continua na empresa sob o é questionável, na medida em que al- “nos últimos três anos, introduzi-

o
acordo com as fontes do
suas contas continuam no vermelho, SAVANA, na EDM há uma re- beneplácito do PCA. guns começaram a verter óleo. mos o Código de Ética na EDM
sendo um dos argumentos o baixo gra que preconizava a avaliação A empresa usa o caso dos contadores e estamos a pautar por uma ges-
tarifário imposto politicamente e as
do desempenho de cada traba- O caso dos geradores como exemplo: “os contadores eram tão empresarial e de governação
enormes dívidas do sector público zimbabweanos adquiridos a 120 dólares a unidade e dentro das práticas internacionais

log
lhador e, em caso de resultado
para com a EDM. Fazem notar que no capítulo referen- nós corrigimos isso, agora adquirimos com vista a assegurar valor acres-
positivo, o colaborador progride
Em Agosto de 2017, a KPMG di- te ao procurement e concursos públi- icante a 50 dóla-
directamente no fabricante centado aos nossos clientes, os
na carreira.
vulgou o relatório de contas da cos que o actual PCA tanto apregoa, res a unidade. Havia uma sobrefactu- financiadores e o accionista Es-
empresa referente ao ano 2016 e Essa maratona era feita em cada
três anos e servia como um instru- mais uma vez foi ignorado no proces- ração de mais de 100%.” tado”. Especificamente sobre as
verificou que a EDM registou um so de aquisição de 500 geradores na A ZEZA é uma das empresas pro- rescisões de contratos de forneci-
resultado líquido negativo na ordem mento de estímulo para a classe
trabalhadora. “Sucede que, desde vizinha República do Zimbabwe. blemáticas no pagamento dos seus mentos de serviços com as PME
de 983 milhões de meticais.
que o nosso PCA chegou, inter- Em Dezembro do ano passado, sob débitos à EDM e a “solução dos con- nacionais, a EDM refere que pro-
Para além de prejuízos de cerca de
rompeu essa prática até novas ordens do PCA, a EDM conver- tadores” foi um esquema alternativo curement da empresa estava a ser
mil milhões de meticais, a EDM
ordens que até ao momento não teu a dívida da empresa produtora e para se abater a dívida. bastante mal feito, com processos
continua híper endividada com seus

ció
principais parceiros. Segundo o do- chegam”, frisam. distribuidora da energia eléctrica do “Neste momento”, como dissemos, “a não transparentes e sem benéfi-
cumento, a EDM fechou o ano de Sublinham que em meados de Zimbabwe (ZESA, no acrónimo em Crown Agent está a ajudar-nos a tor- cos para a EDM.
2016 com uma dívida na ordem de 2016, como vem sendo hábito, os inglês de Zimbabwe Electricity Su- nar mais transparente o procurement Neste jogo de acusação e contra-
23.9 mil milhões de meticais. trabalhadores da EDM tinham pply Authority) no valor de 615 mi- da EDM – deve ser isto que não este- -acusação, o Conselho de Ad-
São dívidas com a Central Térmica começado com o processo de elei- lhões meticais para 500 geradores de ja a agradar àqueles que beneficiavam ministração da EDM refere que
de Ressano Garcia no valor de 4.1 ção de administrador, represen- segunda mão. sozinhos do corrompido sistema de a empresa tem agora melhores
biliões de meticais, a Gigawatt Mo- tante dos trabalhadores, visto que “A regra vigente na empresa é de procurement que estava instalado”. rácios de produtividade por tra-
çambique no valor de 2.7 biliões de o actual está fora do mandato há que, sempre que a EDM tenciona As nossas fontes olham para as me- balhador e dirigente, acrescen-
meticais, a HCB no valor de 5.6 dois anos. adquirir um equipamento para o seu didas tomadas pelo CA como forma tando que em 2017, ligaram 147
biliões de meticais de dólares e a funcionamento, antes, uma equipa de de asfixiar as Pequenas e Médias Em- mil novos clientes, contra os 100
Karpower Internacional no valor se
2.6 biliões de meticais entre outros
fornecedores de onde destacam Pe-
quenas e Médias Empresas (PMEs)
que prestam serviços a companhia.
A EDM argumenta que agora, “ao
menos o público toma conhecimen-
Porém, no meio do processo, com
os candidatos em plena campanha
eleitoral, Mateus Magala mandou
interromper o processo, alegando
que se devia aguardar pela nova lei
das empresas públicas, ora na As-
sembleia na República (AR).
Para as mesmas fontes, o preocu-
so
técnicos da empresa visita o fornece-
dor,, verifica o equipamento e avalia se
tem qualidade ou adequa-se à nossa
realidade e depois fazem um relató-
rio favorável ou desfavorável para a
direcção da empresa tomar decisão.
No caso dos 500 geradores da ZESA
presas (PME), que antes prestavam
serviços à EDM.
“Durante, anos a EDM promoveu o
crescimento de PME com a compra
de ser
serviços. São essas empresas que
forneciam geradores, equipamentos
de manutenção de rotina, gestão das
mil estabelecidos pelo Governo, o
que foi grande recorde.
Para o CA da EDM, em vez de
se destacarem lacunas, todas es-
feras deviam focalizar-se mais no
desempenho da EDM nestes três
anos  da nova administração  e
to anualmente das nossas contas, que pante é que a proposta da lei foi ninguém foi consultado e os técnicos redes secundárias, ligação com os procurar ajudar a empresa a me-
têm sido auditadas sem reservas.” depositada na AR, mas não se da empresa foram surpreendidos com clientes através de sistema call center lhorar o seu desempenho. 
um

VACANCY
7UDLQHHDWWKH3ROLWLFDO&RPPXQLFDWLRQDQG3URPRWLRQJURXS
DWWKH6ZHGLVK(PEDVV\
de

Sweden has a long and close relationship with Mozam- ,QDGGLWLRQWKHFDQGLGDWHLVH[SHFWHGWR


bique that dates back to the period before independence.
Political, cultural as well as trade and business relations - Be interested in Swedish society and culture
are at the core of Swedish- Mozambican collaboration. - Be problem-solving, analytical and results oriented
The Embassy works on a range of issues promoting Swe- - Have a strong interest in communication and information
- Have a solid understanding of society, institutions, culture and
io

dish values, culture and business .The development coo-


SHUDWLRQ SRUWIROLR LV VXEVWDQWLDO DQG LQFOXGHV GLͿHUHQW politics in Mozambique
programs and projects related to human rights, environ- - Be analytical, hands-on as well as team work oriented
ment, energy, agriculture and other areas. In addition, the
7KHSRVLWLRQLQFOXGHVÀHOGWULSV
ár

Embassy also covers Madagascar and Swaziland.


The Embassy of Sweden is now recruiting a Trainee to The successful candidate should subscribe to the Embassy va-
the Political, Communication and Promotion group. The lues relating to respect and sensitivity towards gender, cultural,
DQGUHOLJLRXVGLͿHUHQFHV
position is open to newly graduated candidates, with li-
Di

PLWHGSURIHVVLRQDOEDFNJURXQGLQWKHUHTXLUHGÀHOGV
Applications, including a personal letter in English and a CV,
5HTXLUHGTXDOLÀFDWLRQVRIWKHFDQGLGDWH
should be submitted via e-mail to DPEDVVDGHQPDSXWR#JRYVH
and the subject line should indicate the post of interest. Final
- Master degree in an area relevant for the position, which day for submission is on )ULGD\rd0DUFK
would include studies in information, communication, Please note that applicants must have Mozambican nationality.
political science and/or economy. The Embassy encourages female applicants.
 ([FHOOHQW RUDO DQG ZULWWHQ SURÀFLHQF\ LQ (QJOLVK DQG
Portuguese, as well as verbal communication skills. )RUIXUWKHULQIRUPDWLRQSOHDVHFRQWDFWWKH&RPPXQLFDWLRQ2΀-
- It is seen as a merit if the candidate has experience in cer Ms Rosila Mussagy or the Minister Counsellor, Stefan Falk
communication and information work. on +258 21 480 300.
4
TEMA DA SEMANA Savana 09-03-2018

Demolições de casas ao redor da lixeira de Hulene

2SHUDomRGHFRUWDUI{OHJR
Por Armando Nhantumbo

o
“É muito difícil sair duma casa

D
ebaixo de fogo cruzado,
devido à negligência na grande para viver numa tendinha.
gestão da lixeira de Hu- Estou a sofrer com esta criança.

log
lene, que terminou em Em casa eu tinha condições para
tragédia, o Ministério da Terra, dar banho a ela, mas aqui não sei
Ambiente e Desenvolvimento como fazer. Hoje de manhã acordei
Rural (MITADER) e o Conselho e chorei por não saber o que fazer.
Municipal de Maputo (CMM) es- Estamos num sofrimento, está tudo
tão a desencadear, desde semana parado
parado”, relata Catarina.
passada, uma mega operação de “Ninguém estava em casa quando a
demolição de residências circun- máquina chegou. Voltamos a correr
vizinhas do depósito a céu aberto para tirar qualquer coisa às pressas

ció
situado a 7 km do centro da cidade e eles já estavam prestes a demolir.
capital, numa clara corrida contra Aqui estamos estagnados e não sa-
o tempo. E como a pressa é inimi- bemos para onde vamos, o melhor
ga da perfeição, populares relatam seria antes construir as novas casas”,
atropelos na actuação das autori- observa Pedro José, que encontra-
dades. mo-lo enclausurado numa tenda
com a esposa, no mesmo Centro.
Dez horas da manhã de terça-feira, “Minha casa foi destruída. Mas só
06, a bulldozer, que ronca sem parar, nos avisaram um dia antes e até
aos poucos se aproxima à casa no. 2,
quarteirão 119. Ali, uma casa tipo
três, mais uma, está prestes a ser
reduzida a escombros. “Isto é uma
vida inteira que está sendo des-
truída. Não foi em 10 nem em 15
anos que fiz esta casa” reage, incon-
de anos prestes a serem arruinados
num estalar de dedos. E para conter
os ânimos dos residentes, uma força
conjunta, que compreende a Polí-
so
Uma por uma, a bulldozer vai deitando dezenas de casas abaixo
condutas de água são rompidas, e o
precioso líquido, que escasseia no
grande Maputo, vai jorrando, sem
parar, encharcando a arreia húmi-
“Não sei para onde vou. Ainda não
tenho resposta. Ontem dormi fora
e até hoje não sei onde dormir”, diz
hoje não sabemos para onde va-
mos”, corrobora José Bachir.

“É normal” – Conselho
Municipal de Maputo
Confrontando com as queixas, o
Conselho Municipal de Mapu-
Jossai Júnior, que encontramo-lo
formado, João Filipe, que é apenas cia Municipal e de Protecção, está da de Hulene. Por outro lado, um em Hulene, a escassos minutos de to (CMM) diz que, em processos
um dos vários residentes que viram posicionada no local, empunhando jovem
em escapou
apou à morte, graças ao sua casa ser demolida. onde há muitas pessoas, sempre há
um
suas residências transformadas em armas de guerras. pronto socorro, depois de ter sido “Também gostaria de saber para reclamações.
ruínas. São casas que foram nascendo ao eletrocutado por um cabo eléctrico “Trabalho com muitas pessoas é
onde vamos. É preferível morrer de
É a nova etapa do “caso da lixeira de redor da lixeira sob olhar impávido de média tensão, derrubado durante sempre assim, há desinformação e
bocaria (referência à lixeira) do que
Hulene”, que está a agitar os resi- das autoridades, que hoje, debaixo a operação. há aqueles que querem fazer apro-
da sujeira no Centro de Acolhi- veitamento”, disse ao SAVANA o
dentes locais, forçados a abandonar de críticas pela recente tragédia, mento. Está a imaginar o que é uma
suas casas para recomeçar a vida em Inconformismo director de Salubridade e Cemi-
procuram correr contra o tempo, se casa de banho para 20 pessoas”, de- térios da cidade de Maputo, João
meio a incertezas. bem que era possível terem agido Para acomodar as famílias desaloja- sabafa uma residente que nega se Mucavele.
A primeira fase da operação abran- cedo e ao menor preço, estacando das, foi aberto o Centro de Trânsi- identificar, muito menos se deixar Para João Mucavele, as pessoas vi-
geu as casas localizadas no extremo os assentamentos antes que atingis- to do Bairro de Albasine. Até esta fotografar, ela que entende que o ram o que aconteceu na madrugada
sul da lixeira, onde na madrugada sem proporções maiores. quarta-feira, quando o SAVANA primeiro passo teria sido a constru- de 19 de Fevereiro, por isso a des-
de 19 de Fevereiro, um monte de Mas a dor dos afectados não é só a escalou o local, estavam montadas ção de casas para o reassentamento. truição é irreversível para poupar
lixo cedeu e ceifou a vida de 16 pes- perca de casas, está também relacio- 50 tendas, que acolhiam perto de “O processo não está assim muito vidas humanas.
de

soas. No local só ficaram destroços, nada com as incertezas


tezas que pairam 82 pessoas, mas como mais famílias claro. A única coisa que sabemos Garantiu, sem precisar datas, que
que estão de entre uma vedação a pela frente, eles que até esta quarta- continuavam a chegar, outras ten- é que vão nos dar casas em Mar- “em breve”, os atingidos irão rece-
arrame ali colocada para evitar o re- -feira não sabiam, por exemplo, até das estavam ainda em montagem e ber casas em Marracuene, numa
racuene, mas eles não dizem em
gresso das famílias. quando terão novas casas, projecta- a meta é de 150 tendas. zona de reassentamento identifica-
quanto tempo irão dar as casas, não
Esta semana, quando o SAVANA das para o distrito de Marracuene, Na qualidade de hospedeiro, o Se- da para o efeito.
temos essa informação. Assim es-
voltou a escalar o terreno, as demo- 30 km da capital. cretário do Bairro de Albasine, João “O nosso lema é salvar vidas huma-
tou a tentar me alojar em casa de
lições decorriam na parte este, mas Queixam-se ainda de terem sido Magaia, precisou que as condições nas, com respeito. Este espaço será
familiares”, conta João Filipe.
a meta é abranger toda a cintura da ormados, tardiamente, sobre as
informados, estavam, minimamente, criadas vedado e a lixeira será encerrada
“Já não tenho casa. Dizem que me
lixeira, onde se estima que cerca de demolições, com alguns a jurarem para responder à demanda. respeitando a ecologia”, anotou.
vão construir uma em Marracue-
350 casas sejam deitadas abaixo, mesmo que foram apanhados de Entretanto, parte considerável dos Por sua vez, a porta-voz do Conse-
io

ne. Tivemos de alugar carros para


para deixar desabitada uma área de surpresa. desalojadas prefere se alojar em ca- lho de Ministros, confrontada pelo
transportar os nossos bens porque nosso Jornal, esta terça-feira, à saí-
cerca de 50 metros. É uma mega operação que tam- sas de familiares, justificando a op-
os do Conselho Municipal che- da da 7a Sessão Ordinária do órgão,
Cada vez que a bulldozer se movi- bém expõe a falta de coordenação ção com a falta de segurança para os
menta em direcção a mais uma casa, seus pertences e as condições higié- garam tarde. Dos 19 membros da disse que o plano de reassentamen-
institucional. À medida que as de-
rostos murcham, por ver sacríficos nicas no Centro de Acolhimento. família, apenas duas pessoas é que to das vítimas da lixeira de Hulene
molições prosseguem, por exemplo,
ár

foram ao Centro e nós outros nos vai compreender três fases.


apelaram a irmos viver com fami- De acordo com Ana Comoana, a
liares”, diz Lina Salvador. primeira fase, que compreende o
“Dizem que vamos a Marracuene, reassentamento de 400 famílias,
mas temos crianças que estudam está orçada em mais de USD 20
aqui na cidade e o preço de trans- milhões e inclui a abertura de vias
porte subiu. No mínimo tinham de acesso, instalação de equipa-
Di

de dar condições para recomeçar a mentos sociais, construção de casas


vida. Estão a falar de dar uma casa e promoção de projectos de renda.
de tipo 3, mas minha casa é de tipo Disse que, para a segunda fase, que
4 com tudo lá dentro. Isso inquieta- deverá ser de médio prazo, que con-
-me (...) é para depois dizerem que templa 500 famílias, o orçamento é
de USD 29 milhões, enquanto a
jovens são frustrados”, desabafa Fe-
terceira e última, que beneficiará
lisberto Matias.
cerca de 850 famílias, custará USD
“Isto não é fácil para qualquer um. 49 milhões.
É muito triste abandonar a casa, Ana Comoana também não se re-
mas não há como, temos de sair”, feriu a datas sobre o processo de
testemunha Cristalina Langa. reassentamento.
E no Centro de Trânsito de Alba- “O Plano já está em execução.
sine, encontramos Catarina Tinga, Agora, até que se atinja todos os
uma mãe que cuida duma jovem objectivos previstos no Plano, na-
&DWDULQD7LQJDGL]VHUGLItFLOFXLGDUGDÀOKDSDUDOtWLFDQR paralítica que necessita de cuidados turalmente, ainda vai levar algum
-RmR)LOLSHLQFRQIRUPDGRQDKRUDGHDEDQGRQDUDFDVD &HQWURGH$FROKLPHQWR especiais. tempo”, rematou.
Savana 09-03-2018
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DA SEMANA 5
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SOCIEDADE Savana 09-03-2018

Universidade entrega espaço em troca de 5% das acções

Projecto imobiliário gera protestos na UEM


Por Argunaldo Nhampossa

N um negócio tipificado universitária, mas estranham agora as partes para a entrega de dois hecta- estabelecida, a UEM está em busca seguir “os seus trâmites legais e admi-

o
como uma Parceria Pú- que esteja a entregar o espaço uni- res para a implementação do projecto. de aconselhamento sobre a matéria e nistrativos a outros níveis”, pelo que
blico Privado (PPP), a versitário a um projecto imobiliário Em declarações ao SAVANA em apontava um prazoo de duas semanas não se pode pronunciar de momento.
Universidade Eduardo que nada tem a ver com o processo de princípios de Fevereiro, o vice-reitor para a emissão de um pronunciamen-
ensino e aprendizagem. Assinada pelo director do Centro de
Mondlane (UEM), a mais antiga para Administração e Recursos, Ar- to definitivoo sobre o assunto. Passado

log
instituição de ensino superior no As faculdades na altura elencadas Comunicação e Marketing (CECO-
mindo Daniel Tiago, disse que o o prazo estabelecido, o SAVANA
país, deverá ceder dois hectares para funcionarem no campus prin- assunto estava numa fase de “análise voltou à carga, tendo a UEM através MA), Manuel Mangue, refere a nota
de terra, no seu campus principal, cipal são: A faculdade de Direito, de profunda por ser muito sensível”. de uma nota datada de 1 de Março, que a UEM dará uma resposta logo
para edificação de um empreen- Arquitectura e Planeamento Físico, a Segundo Tiago, apesar da parceria apontado que o assunto continuava a tr
que tiver terminado os seus trâmites.
dimento imobiliário, que deverá Escola Superior de Ciências de Des-
compreender hotéis, escritórios e porto, Departamento de Geologia da
casas para habitação. No entanto, faculdade de Ciências e, por fim, a
o negócio está a ser contestado na Escola de Comunicação e Artes que
Universidade pública. neste momento é a única a funcio-
nar em instalações arrendadas o que

ció
Ao conceder o referido espaço, a constitui um grande peso financeiro
UEM passa a deter 5% de participa- a instituição.
ção da estrutura societária da Som-
merschield Business Park (SBP), que Mobilização de fundos
tem como parceiros a Lotus Imobi- A parceria entre a UEM, a Lotus
liária e Tora Holdings. Imobiliária e Tora Holdings data
Matriculada na Conservatória do 2012, altura em que os privados apre-
Registo de Entidades Legais sob sentaram um projecto de PPP para
NUEL 100466112, a SBP será res- implantação de um empreendimento
ponsável pela gestão do empreendi- imobiliário.
mento imobiliário a ser erguido no
Campus Universitário da UEM.
Segundo um documento na posse
do SAVANA, trata-se de uma PPP
que tem como integrantes a UEM,
representada no acto do memorando
pelo seu antigo vice-reitor para Ad-
O projecto, que teve um parecer fa-
vorável do Conselho de Directores da
UEM, previa a construção do com-
plexo II da UEM, melhoramento do
jardim botânico, reposicionamento
do campo experimental da Faculda-
de de Agronomia e Engenharia Flo-
so
ministração e Recursos Humanos, restal e, por fim, a edificação de uma
Ângelo Macuácua; a Lotus Imobiliá- infra-estrutura multiuso que inclui
ria, representada pelo seu PCA, Dá- um Centro de Convenções, serviços,
um
rio Manuel Tomé e a Tora Holdings, comércio e habitação.
que tem como PCA, Paulo Ratilal, O Centro de Convenções seria geri-
filho do antigo PCA do Moza Banco, do pela SBP, da qual a UEM seria de-
Prakash Ratilal. tentora de 5% do volume do negócio
A SBP tem como objectivo a pro- gerado. Mas a condição para alocação
moção de investimentos imobiliá- desta percentagem estava refém da
rios, compra, venda e arrendamentos afectação de dois hectares de terra no
de imóveis, bem como o comércio a campus principal da universidade.
grosso e retalho com importação e No entanto, a SBP diz que o acordo
exportação. previa como uma das contrapartidas
Com um capital social de 50 mil me- a mobilização de financiamento (175
ticais, o portfólio de negócios da SBP milhões de meticais)ais) pela Lotus e
de

conta ainda com a venda de ferra- pela Tora para a construção do com-
mentas, ferragens, material de cons- plexo pedagógico II, composto por
trução, viaturas, maquinarias agríco- 18 salas e um anfiteatro e depois a
las, aeronaves entre outros. concessão do espaço.
O memorando de entendimento en-
O negócio tre as partes previa que após a exe-
De acordo com o documento que cução de 80% das obras do complexo
temos vindo a citar, para a materia- pedagógico II, a UEM deveria desa-
lização do plano de negócios, que nexar e entregar à sociedade SBP a
passa pela implantação do empreen- parcela de dois hectares para implan-
dimento imobiliário, a UEM deverá tação do empreendimento imobiliá-
io

ceder dois hectares na parcela 140C1, rio que constitui o principal negócio
141CC, 141BB e 140 AL, talhão 1 entre a UEM, Lotus e Tora, mas nada
localizada no interior do seu campus se verificou até ao momento.
Universitário, sita na Avenida Jullius
Nyerere. Estamos atrasados
ár

A parcela de terra constitui o activo O PCA da Tora Holding, Dário


fundiário com o qual a Universida- Manuel Tomé, um dos parceiros da
de participa no negócio, o que lhe sociedade, manifestou preocupação
conferee 5% das acções na estrutura com o atraso na cedência do espaço A solução ideal que seja para férias ou para uma viagem de negócio. O am-
da sociedade. A Lotus Imobiliária e para se avançar com o projecto, pas- biente é extremamente confortável e cuidados ate nos mínimos pormenores.
Tora Holding deverão investir USD
35 milhões para construção do em-
sados quatro anos após a entrega das
obras do Complexo pedagógico. Com uma localização privilegiada, é um excelente ponto de partida. O The
Matola HoteOÀFDQDDYHQLGDSULQFLSDOGD0DWRODDSHQDVNPGH0DSXWR
Di

preendimento. Segundo Tomé, trata-se de uma PPP


No entanto, a concessão daquele es- cujas contrapar
contrapartidas estão claras, que O Hotel tem também uma posição ideal para percorrer a região, visitando as
paço para a implantação do projecto
não é bem visto dentro da instituição
passavam pela mobilização de finan-
ciamento junto de credores e parcei- Cascatas da Namaacha, e países vizinhos como Suazilândia e África de Sul.
por se considerar que colide com o ros para as obras do complexo II e um 2VHVSDoRVFRPXQVVmRSDUWLFXODUPHQWHDSUD]tYHLVHUHSRXVDQWHV6RÀVWLFDGR
discurso do próprio reitor, Orlando anfiteatro. Em troca receberiam um e acolhedor o The Matola HoteOWHPjVXDGLVSRVLomRTXDUWRVFRPDGH-
Quilambo. É que durante a reunião
com o parceiros que apoiam a UEM
espaço através do qual a UEM passa
a ser parte da integrante da socieda-
coração e posições variadas, e 5 suítes de alto padrão distribuídas nas seguin-
para o desenvolvimento institucional, de. “Esperamos que dentro em breve tes categorias: 4 suítes VIP’S 1 suíte presidencial. O The Matola Hotel oferece
cujo enfoque eram as infra-estrutu- a universidade resolva esta situação”, WDPEpPDSDUWDPHQWRVVRVVHJDGRVFRPSOHWDPHQWHHTXLSDGRVHGHFRUDGRV
ras, apresentou um ambicioso projec-
to de integração no campus principal
frisou Tomé, filho de Manuel Tomé,
um antigo secretário-geral da Fre-
de forma a proporcionar o máximo conforto num ambiente elegante e actual
das faculdades que funcionam fora limo e agora membro da Comissão
daquele espaço. Alegava que aque- Política do partido governamental.
la seria uma forma de permitir uma
Estamos a analisar
$Y'D1DPDDFKD.P0DWROD info@thematolahotel.co.mz
maior partilha de recursos acadé-
micos e administrativos, bem como O complexo foi inaugurado em 2015,
+258 84 3116 573 www.thematolahotel.co.mz
na redução dos gastos com a gestão mas continua o braço de ferro entre
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Termos e condições aplicaveis.


o
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ció
so
um
de
io

Estão abertas as inscrições para o L


L’atelier 2018.
Se tem entre
entr 21 a 35 anos de idade, inscreva-se e participe
ár

de uma das maiores competições de arte de África.


Para mais informações, contacte a página do L’atelier
em lateliercompetition.com
Inscrições abertas até 27 de Abril de 2018.
Di
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FMI

0RoDPELTXHHQIUHQWDGHVDÀRVGLItFHLV
O Conselho Executivo do por cento do PIB em 2016. Na sequência desse entendimen- ra BMI Research considera que enquadramento legal anti-cor-

o
Fundo Monetário In- Esse incremento deveu-se prin- to, receberam com agrado os o Banco de Moçambique pode rupção consistente, é importante
ternacional (FMI) con- cipalmente a pressões continua- esforços do Banco Central para “cortar agressivamente” a taxa de fortalecer a sua implementação e
sidera que a economia das sobre a despesa, incluindo melhorar a sua capacidade de juros de referência em mais 300 aplicação.

log
de Moçambique enfrenta desa- uma maior folha salarial e custos supervisão, modernizar o enqua- pontos-base na primeira metade directores receberam com
“Os director
fios difíceis e os desequilíbrios elevados do serviço da dívida. dramento de resolução bancária deste ano. agrado a aprovação de um de-
macro-económicos continuam O Conselho de Directores do e rever a lei do banco central para “A inflação em Moçambique creto que estabelece um enqua-
a crescer, indica o relatório da FMI enfatizou a necessidade de que tenha um mandato claro e deve atingir o ponto mais baixo
neste primeiro semestre depois dramento para a contratação de
Consulta do Artigo IV, uma das alargamento da base tributária autonomia operacional.
de ter caído abruptamente em dívida pública e emissão de ga-
cláusulas do instrumento que através da eliminação de isen- Face à redução da inflação e
ções do IVA e de outras isenções das taxas de juro reais elevadas, 2017 e vai subir sustentadamen- rantias”, frisam.
regula a cooperação entre a or-
ganização e o país. fiscais. os directores do FMI aplau- te durante a segunda metade do Destacaram ainda que o esclare-
Impõem-se igualmente o im- dem a decisão recente de redu- ano, num contexto de uma moe- cimento pleno do uso dos recur-

ció
da mais fraca e da diminuição sos dos empréstimos não revela-
O diagnóstico pouco animador perativo da redução da despesa zir a taxa da política monetária
dos efeitos do abrandamento da dos contraídos por três empresas
do FMI contrasta com o tom corrente protegendo, ao mesmo e acreditam que a consolidação subida dos preços alimentares”,
triunfalista do governador do tempo, os recursos para projec- fiscal pode abrir espaço para escrevem os peritos desta unida- públicas será essencial para resta-
Banco de Moçambique, Rogério tos de protecção social e infra- um abrandamento cauteloso da de de análise da agência de nota- belecer a confiança e encorajar o
Zandamela, que, na semana pas- -estrutura. política monetária, reajustando ção financeira Fitch. investimento privado.
sada, afirmou em conferência de “Os directores receberam com assim o leque de políticas. Sema- “Neste contexto, pensamos que Por outro lado, é fundamental
imprensa que o país saiu da cri- agrado os planos anunciados pe- na passada, o Comité de Política o Banco de Moçambique vai re- que haja um esforço renovado
se, assinalando que chegou a ser las autoridades para retomar as Monetária (CPMO) do Banco duzir a taxa de juro directora de para impulsionar o ambiente de
tido como “doido” por ter feito
tal proclamação.
Notando que o crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) di-
minuiu para 3,8% em 2017 face
a 6,6% em 2015, o Conselho de
discussões com credores priva-
dos e enfatizaram que progressos
nas discussões de reestrutura-
ção da dívida seriam um passo
importante para restabelecer a
sustentabilidade da dívida”, diz o
so
de Moçambique anunciou a re-
dução da taxa de juro de Política
Monetária, taxa MIMO, em 150
pontos bases para 18,0%. Baixou
igualmente as taxas de Facilidade
Permanente de Cedência (FCP)
forma bastante agressiva durante
a primeira metade do ano, para
depois a manter”, acrescentam.
O FMI faz notar que a flexibili-
dade da taxa de câmbio para aju-
dar a mitigar os choques é igual-
mente uma decisão no caminho
negócios e a governação de for-
ma a dinamizar o investimento
privado e a criação de emprego,
visando um crescimento inclu-
sivo e a redução da pobreza e a
desigualdade.
Directores do FMI assinala que comunicado do FMI. e da Facilidade Permanente de
cer
certo. “A reestruturação das empresas
as perspectivas continuam desa- Para os responsáveis do FMI, é Depósito (FPD) em 150 pon-
fiadoras e sem acções de políti- fundamental implementar refor- tos bases passando para 19,0% e )RUWDOHFHU R FRPEDWH j FRU- públicas em dificuldades será
um
cas adicionais, o crescimento real mas no sector financeiro e do re- 12,5%, respectivamente. rupção fundamental para melhorar a
deverá decrescer ainda mais ao gime monetário para fortalecer a Depois da redução de 150 pon- Para os responsáveis do FMI, eficiência e reduzir as perdas fi-
longo do tempo, com a inflação a resiliência e mitigar os riscos. tos da taxa MIMO, a consulto- apesar de Moçambique ter um nanceiras”, lê-se no texto.
manter-se nos níveis actuais.
“O défice fiscal expandiria, le-
vando a uma acumulação adicio-

3DFKHFRDQXQFLDDFRUGRFRP97%
nal de dívida pública e à exclusão
do sector privado. A exposição
crescente dos bancos ao governo,

O
aliada a elevadas taxas de juro,
criam potenciais vulnerabilida-
de

ministro moçambi- entendimentos sobre como sanar não interfiram nos negócios da debatidos primeiro entre os
des macrofinanceiras”, lê-se no cano dos Negócios a dívida”, referiu Pacheco. ExxonMobil com a Rosneft, em membros do consórcio e deve
documento. Estrageiros e Coo- A questão foi levantada por jor- Moçambique. ser definida uma solução”,
Embora a inflação tenha dimi- peração, José Pache- nalistas à saída da Presidência da “Em Moçambique e em toda a acrescentou.
nuído rapidamente, o crescimen- co, garantiu, nesta quarta- República. Lavrov não se pro- parte do mundo, nós defende- “Vamos ver como os interes-
to do PIB real continua fraco e mos que interesses económicos ses económicos das empre-
-feira, que o país chegou a nunciou sobre o assunto.
os desequilíbrios macroeconó- não devem ser definidos por as-
um entendimento com o A resolução da dívida “é uma sas americanas vão ou não
micos estão a crescer, impondo- suntos políticos e vamos pensar
banco VTB sobre como sa- questão técnica que está a ser ser afetados pela posição do
que este princípio vai ser prio-
-se a necessidade de um reajus- nar a dívida que detém junto trabalhada a nível dos pelouros Estado americano”, rematou
ridade aqui”, referiu o chefe da
tamento do leque de políticas
io

daquela instituição financei- responsáveis por seguir com este diplomacia russa. Serguei Lavrov.
para garantir uma estabilidade ra russa, mas recusou-se em processo”, rematou Pacheco. As petrolíferas ExxonMobil, O ministro dos Negócios Es-
macroeconómica duradoura e a Andrey Kostin, presidente do norte-americana, e a estatal rus- trangeiros russo referiu que o
entrar em detalhes.
implementação de reformas es- VTB, tinha dito há um mês à sa Rosneft, são parceiras desde país “tem planos” para o sec-
truturais para promover o cresci- agência de informação financeira 2015 na prospecção de petróleo tor da energia em Moçam-
O VTB emprestou 535 mi-
mento inclusivo. ao largo da costa moçambica- bique, mas reservou-os para
ár

lhões de dólares à Mozam- Bloomberg que se queria reunir


na, juntamente com a Empresa a reunião da comissão mista
$SHUWRÀVFDOÀUPH bique Asset Management com o Presidente de Moçambi-
Nacional de Hidrocarbonetos intergovernamental, que em
Nesse sentido, aquele órgão de (MAM), uma parte dos dois que “para o convencer a negociar”
(ENH). Abril se reunirá em Maputo
direcção
ão do FMI destaca que é mil milhões de dólares de dí- o pagamento da dívida do país. No entanto, a empresa dos EUA para reforçar a cooperação
essencial um esforço de consoli- vidas ocultas do Estado con- O VTB emprestou a parcela anunciou em Fevereiro aos in- bilateral.
dação fiscal firme com o objec- traídas sem conhecimento do das dívidas ocultas destinada à vestidores que se vai retirar de O consórcio ExxonMobil,
Di

tivo de fechar o défice primário Parlamento nem de parceiros MAM, enquanto o Credit Suisse projetos conjuntos com a Ros- Rosneft e ENH recebeu três
para assegurar a sustentabilidade de cooperação internacional. preparou os pacotes dos restan- neft na sequência das sanções áreas de prospecção no quin-
José Pacheco falava aos jor- tes 622 milhões de dólares para dos Estados Unidos e da União to e mais recente concurso de
fiscal.
a ProIndicus e 850 milhões de Europeia contra a Rússia. pesquisa de hidrocarbonetos
“Uma política monetária aper- nalistas ao lado de Serguei Questionado pelos jornalistas
tada, aliada a uma apreciação da Lavrov, ministro dos Negó- dólares para a Ematum. O Mi- em Moçambique, realizado
nistério da Economia e Finanças à saída de um encontro com o
taxa de câmbio, conduziu a uma cios Estrangeiros russo, de- Presidente, Filipe Nyusi, o go- em 2015. Foram atribuídos
queda acentuada da inflação para pois de este ter sido recebido anunciou em Fevereiro que vai ao consórcio ExxonMobil
vernante russo disse ter conhe-
6,3% em Janeiro de 2018, de um reunir-se com os credores no dia (60%) e Rosneft (20%) três
em audiência pelo Presidente cimento de que o consórcio de
pico de 26% em Novembro de 20 de Março, em Londres, para blocos, um na bacia de Ango-
da República, Filipe Nyusi. prospecção estaria “a fazer a re-
2016”, prossegue o texto. avançar nas discussões da restru- che e os outros dois na bacia
“Em relação à dívida com o gularização jurídica do futuro
Todavia, estima-se que o défice turação da dívida. do Zambeze, na zona central
VTB, esteve cá o director- trabalho” em Moçambique.
fiscal de 2017, incluindo os atra- -geral do banco russo que 5HODomR([[RQ0RELO5RVQHIW “Se acontecerem alguns pro- do país.
sados externos e internos, tenha trabalhou com os sectores Entretanto, Serguei Lavrov dis- blemas com os nossos parceiros
aumentado para cerca de 8,2% pertinentes nesta área e há se esperar que assuntos políticos da Exxon, acho que devem ser (Redacção)
do PIB em comparação com 7,6
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Sede: Sede:
Moçambique, Caixa Postal 263, Songo – Tete Moçambique, Caixa Postal 263, Songo – Tete
Telefone: +258 252 82221/4; Fax: +258 252 82364 Telefone: +258 252 82221/4; Fax: +258 252 82364
E-mail: cas.sng@hcb.co.mz; E-mail: cas.sng@hcb.co.mz;
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Escritório de Maputo: Escritório de Maputo:


Av. 25 de Setembro, 420 – 6º Andar – Maputo Av. 25 de Setembro, 420 – 6º Andar – Maputo
Telefone: +258 21 350 700 Telefone: +258 21 350 700
Fax: +258 21 314 147, Fax: +258 21 314 147,
E-mail: hcbmpt@hcb.co.mz E-mail: hcbmpt@hcb.co.mz

o
Serviços de Owner’s Engineer para reabilitação
dos Grupos Geradores 3UHTXDOLÀFDWLRQ$GYHUWLVHPHQW

log
Solicitação de Manifestação de Interesse
Data: 02-03-2018 Date: 02/03/2018
Pedido de Manifestação de Interesse para Serviços de Consultoria
(Owner’s Engineer) para o projecto de Reabilitação de Grupos Gerado- 3UHTXDOLÀFDWLRQRIFRPSDQLHVWRSURYLGH&RQVXOWLQJ6HUYLFHVIRU
3UHTXDOLÀFDWLRQRIFRPSDQLHVWRSURYLGH&RQVXOWLQJ6HUYLFHVIRUWKH
res da Central Hidroeléctrica de Cahora Bassa (Projecto REABSUL II). Refurbishment of Generator Units in the Cahora Bassa Powerhouse
(REABSUL II).
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa, SA (HCB) vai implementar o projecto
REABSUL II que visa reabilitar os cinco Grupos Geradores da central hi-

ció
Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) is about to embark upon the
droeléctrica, com capacidade de 415 MW cada. A central está localizada LQ WKH
UHKDELOLWDWLRQ RI WKH ÀYH JHQHUDWRU XQLWV ZLWK  0: HDFK LQ
em Moçambique, na Província de Tete, Localidade de Songo, e a HCB pre- Cahora Bassa HPP Powerhouse located at Songo, Mozambique, and is
tende contratar uma empresa de consultoria com experiência em reabilita- seeking to appoint a consulting company with appropriate experience
ção de grupos geradores hidroeléctricos de grande potência para prestar in the rehabilitation of large generation equipment to act as Owner’s
serviços como Owner´s Engineer neste projecto. Engineer for the planning and management of this project.
A HCB pretende seleccionar 5 empresas, no máximo, para o concurso de +&%LVSODQQLQJRQVHOHFWLQJDPD[LPXPRIÀUPVWRVXEPLWSUR-
consultoria ( ) com base na avaliação dos documentos de
Owner’s Engineer
posals for the consultancy assignment on a Quality and Cost (QCBS)
Manifestação de Interesse a serem recebidas em resposta a este anúncio. A
DYDOLDomRGDVSURSRVWDVWpFQLFDVHÀQDQFHLUDVGRFRQFXUVRVHUiFRPEDVH
em Qualidade e Custo (QCBS).
A informação detalhada para a Manifestação de Interesse será disponibili-
zada mediante solicitação, e inclui os requisitos, os critérios de avaliação e
os Termos de Referência. Os pedidos para este pacote devem ser enviados
para o e-mail: concurso-reabsul2@hcb.co.mz até às 17hrs, hora local, do
so
EDVLV7KHVHOHFWLRQRIÀUPVWREHLQYLWHGWRVXEPLWSURSRVDOV
EDVLV7KHVHOHFWLRQRIÀUPVWREHLQYLWHGWRVXEPLWSURSRVDOVZLOOEH
PDGHIURPDQHYDOXDWLRQRISUHTXDOLÀFDWLRQVXEPLVVLRQVUHFHLYHG
PDGHIURPDQHYDOXDWLRQRISUHTXDOLÀFDWLRQVXEPLVVLRQVUHFHLYHGLQ
response to this advertisement.
$SUHTXDOLÀFDWLRQDSSOLFDWLRQSDFNDJHLVDYDLODEOHXSRQUHTXHVWFRP-
$SUHTXDOLÀFDWLRQDSSOLFDWLRQSDFNDJHLVDYDLODEOHXSRQUHTXHVW
prising details of the information that is required to be submitted, the
evaluation criteria which will be used to select the companies to be
dia 14/03/2018. invited to submit proposals and an abbreviated terms of reference. Re-
quests for this package should be sent by email to concurso-reabsul2@
São elegíveis para submeter os documentos de Manifestação de Interesse hcb.co.mz prior to 5 pm, local time, on Wednesday 14 March.
um
empresas, consórcios ou Joint Venture (JV) que tenham experiência com- 3UHTXDOLÀFDWLRQ VXEPLVVLRQV FDQ EH PDGH E\ DQ LQGLYLGXDO ÀUP D
D
provada em projectos de reabilitação de Grupos Geradores de grande po- consortium or a Joint Venture (JV) if this will enhance your submis-
tência em centrais hidroeléctricas nos últimos 10 anos. sion.
de
io
ár
Di
12
INTERNACIONAL
SOCIEDADE
INTERNACIONAL
Savana 09-03-2018

África do Sul

Como redistribuir a terra sem destruir o país


N
Por Fernando Gonçalves

o
o último dia do seu 54º como o principal instrumento de
congresso, em Dezem- hipoteca.
Se tomarmos em conta todos estes

log
bro, o ANC aprovou uma
resolução instando o go- factores, chegaremos à conclusão
verno a iniciar um processo com de que a maior parte da terra nas
vista a uma emenda constitucio- mãos de privados na África do Sul
nal que permita a expropriação está efectivamente hipotecada aos
da terra sem compensação. bancos.
Uma expropriação sem compensa-
Especificamente, o ANC manda- ção significa que os proprietários
tou o seu governo a propor à As- destas terras ficam privados dos
sembleia Nacional alterações no recursos necessários para liquidar

ció
artigo 25, que faz parte do extenso as suas dívidas junto da banca, para
capítulo dos direitos e garantias da quem o Estado também se deso-
constituição sul-africana. briga de pagar o que é devido.
No seu parágrafo número 1, este A alternativa é o Estado tornar-se
dispositivo constitucional de- herdeiro das dívidas aos bancos, o
termina que “Ninguém deve ser que é pouco provável devido aos
privado da posse de propriedade, limites de endividamento estabe-
excepto nos termos da lei”. Acres- lecidos por lei. Seria, na realidade,
centa, ainda, que “nenhuma lei
deve permitir a privação arbitrária
de posse de propriedade”.
A constituição estipula duas con-
dições em que a expropriação de
propriedade é permissível, no-
meadamente (a) para fins públi-
paradoxo de estar entre as econo-
mias mais desenvolvidas do mun-
do, mas com a maioria do seu povo
a viver na pior miséria.
A constituição sul-africana prevê
so
ÉIULFDGR6XODLQGDHVWiORQJHGHÀQDOL]DUUHGLVWULEXLomRGDWHUUD
ÉIULFDGR6XODLQGDHVWiORQJHGHÀQDOL]DUUHGLVWULEXLomRGDWH

dem ocorrer havendo um acordo


sobre o preço de aquisição entre o
erno e os proprietários
governo ietários visados.
A aquisição de terras a preços
ciais implicaa um enorme
comerciais
indústria, para o sector mineiro e
ainda par turismo.
para o tur
Por isso tem uma estreita relação
com o sector financeiro. Qualquer
intervenção política mal desenha-
uma dívida insustentável, e o Esta-
do nunca estaria em condições de
a pagar.
As consequências não terminam
por aqui. Todos os sectores aci-
ma referidos recorrem também à
indústria seguradora para se pre-
também mecanismos de restitui- esforço financeiro, ao qual nem da no processo de resolução da caver de eventos não previstos.
cos ou no interesse público; e (b) questão da terra pode afectar ne-
ção, através dos quais comunida- sempre o governo é capaz de dar Sem agricultura, desaparecem a
a obrigatoriedade de compensação gativamente o sistema financeiro
des que sejam capazes de identi- resposta. indústria de agro-processamento,
um
num valor, período e forma de pa- e, por conseguinte, toda a econo-
ficar terras que lhes tenham sido Nunca foi questionada a necessi- e os sectores retalhista, de seguros
gamento acordados entre as partes mia nacional, empurrando o país
forçosamente expropriadas podem dade da resolução da questão da e financeiro. Na verdade, desapa-
afectadas ou decidida ou aprovada para níveis de pobreza ainda piores rece toda a economia moderna da
recorrer aos tribunais para as rea- terra na África do Sul num mo-
por um tribunal. do que os que se pretende corrigir. África do Sul como a conhece-
ver. delo que permita uma distribui-
Oferece ainda detalhes sobre a Uma abordagem objectiva deve mos. É incalculável o número de
Com efeito, o parágrafo 7 do arti- ção justa deste recurso por toda
abrangência do conceito de “in- trabalhadores que passarão para o
go 25 da constituição da África do a população. Existe, no país, um reconhecer que os actuais proprie-
teresse público”, sublinhando que desemprego.
Sul determina que qualquer pes- consenso de que um futuro de tários não são os mesmos que há
o mesmo “inclui o compromisso Apesar de considerar a matéria
soa ou comunidade que tenha sido desenvolvimento económico e so- três séculos recorreram à brutali-
nacional para a reforma no siste- de urgente, a resolução do ANC
alvo de expropriação tem direito à cial sustentável deverá passar pela dade e violência para se apropria-
ma de posse da terra, e a reformas sobre a expropriação da terra em
restituição dessa mesma proprie- capacidade de todos os cidadãos rem do alheio. Se há herdeiros não
que visem criar as condições para o Dezembro não estabelece prazos
dade ou a uma compensação justa. são directos, e devem ser uma mi-
de

acesso equitativo a todos os recur- terem acesso à terra em condições


Estes direitos são regulados por noria insignificante. A maior parte para a conclusão do processo, su-
sos naturais”. equilíbrio e de justiça. O pro-
de equilíbr blinhando apenas que o mesmo
uma lei específica, implementada blema, porém, é como é que isso, dos actuais proprietários compra-
No contexto sul-africano, onde a deve ser “sustentável”, e sem um
através da Comissão sobre a Res- na verdade, se pode pôr em prática. ram as suas propriedades dentro
colonização teve como caracte- impacto negativo sobre a produ-
tituição dos Direitos de Posse de A ideia da expropriação parece do sistema de mercado aberto,
rística principal um movimento ção agrícola, a segurança alimentar
Terra. A Comissão é apoiada por ser apelativa e lógica, se os argu- ainda que antes de 1994 este fosse
generalizado de violência, subju- e outros sectores da economia.
um tribunal especificamente esta- racialmente discriminatório.
gação, exclusão e expropriação de mentos históricos tiverem de ser O ANC está certamente ciente do
belecido para o efeito. O sistema de mercado aberto sig-
terras aos nativos, a questão da ter- tomados em conta. A questão, no que não se deve fazer se pretender
Mas este processo é longo, com- nifica que a terra é um bem econó-
ra é bastante emotiva, e ocupa um outro extremo, é como é que o país que a África do Sul continue a ser
plexo e lento, com os resultados mico comercializável e facilmente
lugar central em todo o processo enfrenta as consequências econó- uma economia robusta. Tem cons-
io

até aqui alcançados muito abaixo convertível em liquidez. O que


de governação. micas e sociais que desse processo ciência do lugar que o país ocupa
do desejável. Um estudo recente torna muito apetecível a sua apli-
Em 1911, a Lei das Minas e do podem resultar. no contexto da economia mundial,
indicava que cerca de 50 por cento cação como hipoteca. A hipoteca
Trabalho impedia os negros de Uma das premissas para que o e das desastrosas consequências
da terra já adquirida para fins de tanto pode ser no momento da que resultariam de decisões polí-
trabalharem como mão-de-obra processo tenha sucesso é que ele
restituição ainda não tinha sido compra, em que se usa a própria ticas apelativas para a opinião po-
qualificada no sector industrial. seja abordado de uma forma que
ár

transferida para os seus benefi- propriedade como garantia, como pular, mas sem qualquer aplicação
Em 1913, a Lei de Terra para os permite que seja entendido por
ciários, e que várias reivindicações também pode ser para a aquisição prática numa economia moderna.
Nativos proibia os negros de ad- todos como necessário para o de-
têm estado há mais de dez anos à de outros bens ou aplicação em in- Por isso, o maior desafio será en-
quirir ou arrendar terras em zo- senvolvimento colectivo e susten-
espera da implementaç
implementação dos seus vestimentos. contrar o ponto de equilíbrio entre
nas exclusivamente reservadas tável do país como um todo, e não
acordos de compensação. Uma das Se olharmos para a agricultura, uma resposta adequada à expecta-
aos brancos. Como consequência uma espécie de vingança de uma
razões porque o processo tem sido por exemplo, onde a terra entra tiva nacional de corrigir distorções
disso, a maioria da população ne- raça contra a outra. Só assim é que
Di

lento é que a lei coloca a possibi- como um dos principais factores histórico-coloniais e, ao mesmo
gra só podia viver e trabalhar em mesmo aqueles que se considerem
lidade dos pedidos de restituição de produção, podemos imaginar tempo, garantir que a economia
8 por cento do total do território potencialmente prejudicados, irão
estarem sujeitos à contestação ou uma cadeia de valor em que está sul-africana continue pujante e
nacional. Outras disposições legais se aperceber dos benefícios a longo
recurso, o que resulta em que os também envolvida a indústria de vibrante, num contexto em que
discriminatórias foram aprovadas prazo, que resultarão da sua con-
para a exclusão da população mes- processos se arrastem por muito processamento e o sector retalhis- ela se torna ainda mais inclusiva,
tempo. tribuição para uma distribuição ta. competitiva e sustentável.
tiça no Cabo,, e indiana no Natal. mais justa e equilibrada da riqueza
É por isso que o governo intro- Nesta cadeia, o agricultor forne- Este é um processo em que a co-
Recurso aos tribunais duziu uma outra modalidade, que nacional. Isso só será possível com ce a sua produção à indústria de munidade branca vai ter de ceder
Com todo este historial, torna- consiste em ele próprio assumir a uma liderança política esclarecida, processamento e esta, por sua vez, parte dos seus exagerados privi-
-se imperioso que o novo regime responsabilidade de aquisição da e que pelos seus actos é capaz de é fornecedora do sector retalhista. légios e dar a sua colaboração, no
democrático procure desenhar terra junto dos actuais proprietá- ganhar a confiança de todos. Numa economia capitalista, cada entendimento de que o seu pró-
políticas que visem a eliminação rios e distribuí-la pela população Terra como pilar da um destes funciona com finan- prio futuro continuará comprome-
das gritantes desigualdades sociais necessitada. Este sistema, conheci- economia ciamento bancário para realizar as tido enquanto quiser permanecer
e económicas que são a principal do pela designação Willing Buyer, A terra é o principal pilar da eco- suas actividades e responder às ne- a viver como uma pequena ilha de
característica da África do Sul. De Willing Seller, significa essencial- nomia da África do Sul. Ela é cessidades do seu fornecedor. Em prosperidade rodeada de um mar
facto, a África do Sul enfrenta o mente que tais transacções só po- recurso para a agricultura, para a todo este processo, a terra entra de pobreza extrema.
Savana 09-03-2018
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14 Savana 09-03-2018
NO CENTRO DO FURACÃO Savana 09-03-2018 15

Perante um olhar cúmplice das autoridades administrativas de Marracuene

Supostos nativos invadem propriedades e vendem terras


- A vítima foi a empresa Sunset Land e suspeita-se que os invasores são os mesmos que assaltaram e venderam terrenos da Milhulamete em 2017

U
Por Raul Senda (texto) e Naita Ussene (fotos)
m grupo de indivíduos que
se cataloga de nativos está a
invadir propriedades alheias,
para depois vender aos peda-
ços, no distrito de Marracuene, pro- o
artigo 3 da Lei número 19/97 de 01 de
Outubro (lei de Terras) referem que a

g
terra é propriedade do Estado e não
pode ser vendida ou, por qualquer for-
ma alienada, hipotecada ou penhorada.
02/2004, de 31 de Março, ordenava
o embargo das obras de desmatação,
abertura de ruas e parcelamento em
curso ou qualquer outra intervenção na
parcela concessionada ao senhor Mil-
o pagamento de 150 mil meticais para
responder as acusações em liberdade.
António Boane disse que foi solto uma
semana depois, sem pagar a caução,
sem conhecer o número do processo,
ANAMAR chocado
Gabriel Manhiça, presidente da As-
sociação de Amigos e Naturais de
Marracuene (ANAMAR), falou ao
SAVANA e contou que a propriedade
se adequa para agropecuária, mas para
outro tipo de investimentos, podia ne-
gociar com o titular do DUAT e iden-
tificar outro lugar para este continuar
com a sua actividade, visto que tem o

o
víncia de Maputo. Esta segunda-feira, o SAVANA esca- ton Torre de Vale, localizada no bairro sem ver o mandado de busca e sem ora usurpada sempre foi aproveitada gado bovino que precisa de pasto, tem

l
Uma extensa área cujo título do Di- lou a propriedade invadida, a mesma de Zintava na localidade sede, distrito conhecer os reais motivos que culmi- através da actividade agro-pecuária e culturas para além e trabalhadores que
reito de Uso e Aproveitamento de localiza-se ao longo da estrada circular, de Marracuene. naram coma sua detenção. que, nos últimos tempos, dados indica- dependem dele para sobrevivência”,
Terra (DUAT) pertence à Sunset no bairro Zintava, entrada da vila sede No seu despacho, Juvêncio Mutacate vam que até era pequena para albergar advertiu acrescentando que “agindo

ó
Land - agropecuária está a ser inva- do distrito de Marracuene e constatou advertia que o incumprimento ordem Versão dos invasores e alimentar a quantidade de gado que o dessa forma, o Estado recupera a sua

i
dida, parcelada e vendida para a cons- que enquanto, por um lado, decorre o sujeitaria aos visados penalizações pre- Samora Matavel é um dos “invasores” seu proprietário tinha. terra sem lesar o cidadão e no fim todos
trução de habitações por singulares parcelamento, por outro, casas estão a vistas na lei. que aceitou falar ao SAVANA e nega Sublinha que a ANAMAR estranha o ganham”.

c
que se intitulam de nativos da zona. ser construídas com material conven- No entanto, mesmo com as ordens das que o seu grupo tenha se apropriado da silêncio do governo de Marracuene, da Para Manhiça, o que aconteceu no ter-
cional ou local. Nalguns terrenos se autoridades, os invasores não abando- propriedade alheia. polícia e de outras autoridades perante reno da Sunset Land – agropecuária é
A engenharia usada pelos assaltantes podem ver montões de areia, pedra e naram a parcela e o governo nada fez Sublinhou que, a pedido das comu- uma situação de flagrante delito. reprovável.

o
é a mesma que culminou com a inva- blocos, o que prenuncia arranque das para obrigar o cumprimento a lei. nidades nativas e circunvizinhas, um “Desde Dezembro que os criminosos Lamenta o facto de pessoas que de-
são, expropriação e venda de terras da obras. Preocupados com a progressão das Milton Torre de Vale, proprietário da grupo de jovens, também nativos, estão no terreno a praticar crimes. O viam servir o público como Estado,
empresa Milhulamete, também no dis- O local é caracterizado por um movi- actividades dos agressores, as comuni- Sunset Land criou uma comissão, reconhecida pela governo do distrito tem conhecimento, mancomunarem-se com criminosos e

s
trito de Marracuene. A Milhulamete mento invulgar de homens e mulheres dades de Fafetine e Inguelane (zonas Recebeu a informação da “visita das população local, e decidiu desbravar a polícia assim como a justiça também prejudicar cidadãos. “Isto é crime orga-
desenvolve um projecto de plantio de de todas as idades, aparentemente à que circundam
cundam a fazenda) juntamente autoridades” da filha e antes de re- uma mata e distribuir por pessoas com sabem disso. Conhecem as pessoas mas nizado. A nossa administração pública
eucaliptos. O “assalto” à propriedade da procura de informações adicionais para com as associações dos Amigos e Na- gressar à sua residência optou por se problemas de espaço para erguer habi- nada fazem. Isto mostra que o nos- está infestada por criminosos. Isto deve
Milhulamete desaguou na expulsão de a obtenção de espaço quer para a cons- turais de Marracuene (ANAMAR) e deslocar ao Comando distrital para se tações. Os terrenos têm dimensões de so poder público está corrompido. Os acabar”, desabafou.
Judite Simão, juíza do Tribunal Judicial trução de casas quer para a implanta- dos Agentes Económicos de Marra- inteirar das razões da sua procura. 20/40 metros. nossos governantes são empregados de
do Distrito de Marracuene, da ma- ção de estabelecimentos comerciais. cuene (AGEM) fizeram uma exposi- No Comando foi recebido com ordem Negou que os terrenos estejam à venda criminosos, o que é muito mau para o

m
gistratura judicial por prática de actos Ao longo da estrada circular e no inte- ção ao administrador distrital com o de prisão. Disse que não viu nenhum e as máquinas usadas nos arruamentos Estado”, lamentou.
conhecimento do governador provin- documento e tudo foi tratado oralmen- foram cedidas por particulares a troca
contrários à lei. rior da propriedade são visíveis viatu- Manhiça diz que é um facto irrefutável
cial, Comandante-geral, Procuradoria
te. de terrenos.

u
Desta vez, a zona que foi assaltada é ras de luxo, parte delas com tracção às que a terra é propriedade de Estado e
Geral da República e outras entidades
uma área de 90 hectares, de um total de quatro rodas. Propriedade da empresa Sunset Land- agropecuária ora assaltada por falsos nativos públicas, mas até hoje tudo se resume
Horas depois da detenção, foi encami- Estevão Chivindze é outro suposto in- este pode requisita-la sempre que for
115 concessionados à Sunset Land, há Soubemos que parte das viaturas per- nhado para as celas da cadeia distrital vasor que falou ao SAVANA e contou de interesse público. Porém, essa re-
reno, constatou-se que a viatura que belecem a ponte com as autoridades No entanto, dias depois, os assaltantes silêncio.
no silêncio
mais de 50 anos, que está a ser tomada tencem aos supostos compradores de onde passou a noite. que entraram na propriedade porque quisição não é feita de forma déspota
transportava a escavadora avariou. A locais para a emissão de declarações. regressaram ao local e continuaram Torre de Vale diz que ultimamente é
de assalto por supostos nativos e que, terrenos e outras aos invasores. O preço No dia seguinte foi apresentado ao era um espaço baldio que criava pro- porque o titular do DUAT também

e
máquina vinha de Lionde, distrito de Milton Torre de Vale contou ao SA- com as suas “incursões criminosas”. proibido pelos invasores de entrar na
segundo eles, a invasão resulta do facto do terreno varia de 80 a 200 mil meti- sua própria propriedade e os trabalha- procurador distrital e a juíza da instru- blemas de segurança aos residentes tem direitos.
da fazenda ter sido abandonada, crian- cais, dependendo das dimenções. Chókwè, província de Gaza, onde esta- VANA que a sua propriedade está de- O assalto foi comunicado ao gover- ção que legalizou a prisão e ordenou a locais. Quando é assim, o Estado negocia com
dores são proibidos de fazer de pasta-
do sérios constrangimentos de segu- Também é possível visualizar as má- va a auxiliar no melhoramento da linha vidamente registada e cumpre todas as no do distrito e a polícia local. Quer transferência para o Estabelecimento Referiu que, para tal, a comunidade in- o titular do DUAT, preserva seus direi-

d
gem de gado.
rança às comunidades circunvizinhas. quinas usadas para os arruamentos, férrea. obrigações legais. o administrador do distrito, Juvêncio Penitenciário da província de Maputo, dicou uma comissão composta por cin- tos e fica com a terra.
Sublinhou que, certa vez, a população
Contudo, Milton Torre de Vale, pro- mas ninguém sabe explicar como é que Adélio Dias conta que, uma vez que a Vale disse que esta é a segunda inva- Mutacate, bem como o comandante ex-cadeia central. co pessoas. Ao grupo foi incumbido a “Como ANAMAR achamos que se o
apreendeu uma máquina escavadora
prietário da área invadida, desmente a este equipamento foi parar ali e quem viatura carregadora avariou, houve ne- são à sua propriedade. A primeira ve- distrital da Polícia da República de Sublinhou que foi ouvido quatro dias missão de coordenador o parcelamento Estado entendesse que com o desen-
dentro da propriedade e comunicou a
versão dos “assaltantes” e diz que a pro- são os proprietários. cessidade de se descarregar a máquina rificou-se em finais de 2016 e os mal- Moçambique (PRM) do distrito de polícia, mas esta recusou deslocar-se ao depois de prisão e a juíza determinou e dividir pelos necessitados. volvimento urbano, aquela zona já não Gabriel Manhiça, presidente da ANAMAR

ir o
priedade era devidamente explorada e Diz-se que uma das máquinas envolvi- e, para não perigar o trânsito, foi afasta- feitores apoderaram-se de cerca de 10 Marracuene,
Marracuene Júlio Vasco, fizeram-se ao local alegando falta de meios.
da para o interior da propriedade, mas hectares da sua fazenda. local e encontraram os invasores numa

O
A situação está controlada
de acordo com os termos da lei de Ter- das na desmatação e arruamentos per- Perante a situação, a máquina foi mo-
ras. Na realidade, afirma, os invasores tence à empresa Caminhos de Ferro de como a mesma estava sob invasão, as Referiu que, na altura, as autoridades situação de flagrante delito. vimentada pelos populares até ao Co-
são oportunistas e criminosos. Moçambique (CFM). A máquina foi pessoas confundiram. administrativas mostraram-se incapa- Perante o cenário, Júlio Vasco ordenou mando Distrital, contudo, a polícia
Torre de Vale contou-nos que o “assal- encontrada na área invadida. “O nosso azar foi da viatura ter ava- zes de dirimir o conflito e a saída en- a retirada dos invasores e apreensão dos libertou a escavadora minutos depois. governo do distrito de soas envolvidas no parcelamento,
to” e fraccionamento da sua proprieda- Ao SAVANA, Adélio Dias, director riado naquele local e no momento em contrada foi a apresentação de queixa- seus materiais. Na ocasião, o coman- O SAVANA sabe que a invasão da Marracuene diz que tendo as aconselhado a abando-

á
de é do conhecimento das autoridades de Comunicação e Imagem dos CFM que a propriedade está a ser invadida”, -crime no Tribunal que, como medida dante distrital proibiu qualquer acção propriedade custou posto de Júlio Vas- está a par da situação e narem a zona.

i
administrativas do distrito de Mar- reconheceu que a máquina da empresa disse. provisória, ordenou o embargo das de populares contra invasores, sob risco co. O comandante distrital foi exonera- as coisas estão sob con- “Também apelamos aos possíveis
racuene, mormente: o administrador esteve na área invadida, mas em ne- Sublinhou que no terreno encontraram obras e a paralisação de todas as activi- de praticar justiça pelas próprias mãos. do pelo Comandante-geral da Polícia
trolo. Juvêncio Mutacate disse compradores para evitar entrar
distrital, os Serviços Distritais de Pla- nhum momento foi utilizada para es- marcas de passagem de máquinas pe- dades que decorriam naquela área. Um dia depois da visita, a 11 de Janei- a pedido da população por causa do
que as pessoas envolvidas nestas em ilegalidades porque, em Mo-
neamento e Infra-estruturas (SDPI), a quemas criminais. sadas, mas ninguém conseguiu provar Todavia, segundo a vítima, mesmo com ro de 2018, Juvêncio Mutacate emitiu comportamentos pouco simpáticos.

D
incursões estão a ser advertidas çambique, a terra não se vende,
polícia, líderes comunitários e o Minis- Adélio Dias explicou que a direcção que era da sua empresa. as ordens do Tribunal as obras conti- um despacho de embargo de todas as
tério Público (MP). Porém, nenhuma dos CFM foi informada pelo proprie- Ademais, sublinha, a viatura que trans- nuam e nenhuma autoridade consegue actividades que decorriam de forma ilí- De ofendidos à arguidos sobre as ilegalidades que estão é propriedade de Estado e este
portava a escavadora era escoltada por fazer
faz valer a lei. cita na propriedade da empresa Sunset Vale disse que de ofendido virou ar- praticar e foram aconselhadas a apenas concede o DUAT para
delas reagiu e o crime continua com os tário da fazenda que uma máquina da
autores impunes, não obstante serem empresa estava naquele local a abrir agentes da polícia que também confir- A segunda invasão iniciou em finais Land. guido, porque um grupo de invasores abandonarem o espaço porque o exploração”, disse.
conhecidos. ruas. maram que a máquina não chegou a de Dezembro de 2017, mas fracassou No supracitado despacho, o adminis- apresentou queixa-crime no Tribunal mesmo foi concessionado à Sun- Para Juvêncio Mutacate, é incon-
Recordar que o artigo 109 da Consti- De imediato foi deslocada uma equi- sair da berma da estrada. porque as comunidades escorraçaram trador dizia que no uso das competên- distrital acusando-o de vandalizar seus set Land. cebível que os cidadãos tomem
tuição da República conjugado com o pa para averiguar a situação e, no ter- Na propriedade da empresa Sunset - os invasores e o equipamento usado na cias que lhe são conferidas pelo núme- bens. António Boane, membro da comunidade Samora Matavel, suposto invasor Mutacate explicou ao SAVANA espaços alheios e a administração
Land há sinais bem claros de que mais invasão foi destruído. ro 1 do artigo 49 do Decreto número Torre de Vale foi notificado, via tele- que, quando recebeu a informa- do distrito está a desenvolver ac-
um bairro clandestino e desordenado fone, por um oficial de diligências do ção sobre a invasão de terras, ções que vão dar fim ao fenómeno
está prestes a nascer perante um olhar Tribunal Judicial do distrito de Marra- deslocou-se, pessoalmente, ao de conflitos de terra envolvendo
cúmplice das autoridades locais. cuene, no dia 16 de Fevereiro de 2008, local para conversar com as pes- supostos nativos e empresários
No terreno foi possível verificar que os sexta-feira, para na segunda-feira, 19, com grandes porções de terra.
invasores são altamente organizados e se apresentar naquele local. Noutra vertente, Mutacate recor-
poderosos. A queixa-crime foi apresentada por dou que a localização da fazenda
À luz de dia, conseguem movimentar Júlio Chivambo, Carlos Soto e Laura de Sunset Land já não se adequa
máquinas pesadas para arruamentos, Mucumbene. Todos fazem parte do ao objecto actual que é de agro-
destacam topógrafos para medições e grupo de invasores da sua propriedade. pecuária e a zona será requalifi-
elaboração de mapas topográficas, há António Boane, residente da comu- cada para outro tipo de investi-
equipas responsáveis pela desmatação, nidade de Fafetine, viu o seu direito mentos.
delimitação e colocação de marcos e à liberdade limitado por sete dias, sob Sublinhou que percebe o deses-
angariadores de clientes. acusação de vandalização de bens dos pero do proprietário da fazenda
As parcelas são enumeradas e dividi- invasores. porque o seu espaço foi invadido,
das em células e quarteirões. Também Contou ao SAVANA que, na tarde do mas o Estado também tem seus
possuem o sector administrativo que dia 17 de Janeiro de 2018, dois agentes mecanismos de intervenção, pelo
Mesmo com ordem de embargo decretado pelo Tribunal, as construções continuam Juvêncio Mutacate, administrador de
Cidadãos de diferentes extractos sociais frequentam a propriedade à procura de responde pela recepção de valores pro- da PRM foram à sua casa, mas estava Marracuene que, tudo está sob controlo.
terrenos para comprar venientes da venda de terrenos e esta- no espaço invadido ausente. Estevão Chivindze, suposto invasor, desbravando a mata na propriedade alheia
16
PUBLICIDADE Savana 09-03-2018

MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE S.p.A.


SOLICITAÇÃO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE

o
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS À MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE SPA
RELACIONADOS A UM PROJECTO DA ÁREA 4 NA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

log
A Mozambique Rovuma Venture S.p.A (com representação comercial liquefacção de gás natural e outros projectos de grande dimensão no
em Moçambique actualmente registada como Eni East Africa S.p.A. sector de energia e, em particular, qualquer experiência na África sub-
como representação comercial de Moçambique) (“MRV”) convida as saariana;
VRFLHGDGHV GH DGYRJDGRV GHYLGDPHQWH TXDOLÀFDGDV D VXEPHWHU D VXD 3.Os nomes dos advogados da sua sociedade de advogados que traba-
manifestação de interesse e que sejam reconhecidas internacionalmente lharão no projecto, juntamente com informação detalhada referente
(“Manifestação de Interesse”) para prestar serviços jurídicos (excluindo DRVVHXVSRQWRVIRUWHVTXDOLÀFDo}HVHH[SHULrQFLD LQFOXLQGRXPDOLVWD
DRVVHXVSRQWRVIRUWHVTXDOLÀFDo}HVHH[SHULrQFLD LQFOXLQGRX
DVVLVWrQFLDMXUtGLFDGHÀQDQFLDPHQWRGHSURMHFWRV SURMHFWÀQDQFLQJ) e a das transacções nas quais eles trabalharam no decurso dos últimos
comercialização (PDUNHWLQJ ) a serem prestados no âmbito de um propos- três anos, que sejam relevantes para as estruturas comerciais descritas

ció
to projecto de GNL em terra (RQVKRUH), a ser desenvolvido em relação à acima);
Área 4 da Bacia do Rovuma na República de Moçambique (os referidos 4.Uma apresentação detalhada sobre a percepção da sua sociedade de
serviços jurídicos, os “Serviços Jurídicos do Projecto”). Em particular, advogados sobre as prováveis prioridades e questões que serão im-
a MRV tem planos de construir unidades de liquefacção em terra em portantes para a Área 4, para os seus parceiros, e para o Governo de
Afungi, na província nortenha de Cabo Delgado, para o desenvolvimen- Moçambique em relação à estrutura comercial estabelecida para o Pro-
to e processamento de gás natural extraído do largo do mar (RͿVKRUH) da jecto;
Bacia de Rovuma em Moçambique (o “Projecto”). 5.Proposta de honorários pelos serviços a serem pagos à sua sociedade
de advogados, se for seleccionada; e
ÂMBITO DO TRABALHO
2kPELWRGRWUDEDOKRLQFOXLDVVHVVRULDMXUtGLFDQXP3URMHFWRHVSHFtÀFRH
iUHDVFRPHUFLDLV H[FOXLQGRRÀQDQFLDPHQWRGHSURMHFWRV SURMHFWÀQDQ-
cing) e a comercialização), em particular o seguinte:
so
6.Qualquer outro factor, para além da sua experiência, que pense que
diferencia e fortalece a sua equipa em comparação com as equipes dos
seus concorrentes.
SÍTIO ELECTRÓNICO PARA REGISTO
WR TXH
‡DVVLVWLU D HTXLSD FRPHUFLDO QD DQiOLVH GH HVWUXWXUDV GR 3URMHFWR
sejam consistentes com o quadro contratual/jurídico/regulamentar A página de internet (site) para registo (Submissão relativa à Moçambi-
aplicável e alcançar os objectivos do Projecto; que) está disponível no seguinte endereço electrónico URL:
um
‡HODERUDUHUHYHUGRFXPHQWRVGR3URMHFWRLQFOXLQGRPDVQmRVHOLPLWDQ-
‡HODERUDUHUHYHUGRFXPHQWRVGR3URMHFWRLQFOXLQGRPDVQmRVHOLPLWDQ
KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBHQJ6XSSOLHUV4XDOLÀFDWLRQ0R]D -
do à, acordos suplementares ao Contrato de Concessão de Pesquisa e KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBHQJ6XSSOLHUV4XDOLÀFDWLRQ0R]DP
3URGXomRDFRUGRGHDFFLRQLVWDVSDUDHQWLGDGHVGHREMHFWRHVSHFtÀFR bique-Application (para candidaturas em Inglês)
3URGXomRDFRUGRGHDFFLRQLVWDVSDUDHQWLGDGHVGHREMHFWRHVSHFtÀFR
onshore, contratos de prestação de serviços, contratos de suprimentos
de accionistas e quaisquer alterações necessárias associadas ao Acordo KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀFD$XWRFDQGLGDWX
KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀFD$XWRFDQG -
de Operações Conjuntas; ra-Mozambico (para candidaturas em Português)
LQVWDODo}HV
‡HODERUDU H UHYHU DFRUGRV GH FRRUGHQDomR GH DFWLYLGDGHV H LQVWDODo}HV
compartilhadas em Afungi, incluindo a construção de instalações co- IMPORTANTE: A submissão deve fazer referência ao seguinte código
muns e em relação à administração de sociedades moçambicanas/en- de produto: SS04AA11 – ASSESSORIA JURÍDICA.
WLGDGHVGHREMHFWRHVSHFtÀFR Dentro da página de internet (sítio electrónico) de candidatura, na secção
de

‡DGPLQLVWUDomRJHUDOGR3URMHFWRGDÉUHDQDPHGLGDGRQHFHVViULR
‡DGPLQLVWUDomRJHUDOGR3URMHFWRGDÉUHDQDPHGLGDGRQHFHVViULR “Objecto da Candidatura”, a área “Origem do convite” deve ser preen-
‡HPLWLUSDUHFHUHVHDQiOLVHVMXUtGLFDVVREUHTXHVW}HVUHODFLRQDGDVDR3UR- chida da seguinte forma: ASSESSORIA JURÍDICA.
‡HPLWLUSDUHFHUHVHDQiOLVHVMXUtGLFDVVREUHTXHVW}HVUHODFLRQDGDVDR3UR
jecto, incluindo reassentamento, plano de desenvolvimento;
SUR - 2REMHFWLYRGDLQIRUPDomRHGRVGRFXPHQWRVpLGHQWLÀFDUVRFLHGDGHGH
‡PDQWHU FRQWDFWR FRP R DVVHVVRU MXUtGLFR GH ÀQDQFLDPHQWR GH SURMHF
WRV SURMHFW ÀQDQFH  HRX DVVHVVRU GH FRPHUFLDOL]DomR PDUNHWLQJ 
PDUNHWLQ DGYRJDGRVTXDOLÀFiYHLVTXHWHQKDPXPDFDSDFLGDGHFRPSURYDGDHH[-
FRQIRUPHVROLFLWDGRSDUDUHÁHFWLUDFRQWULEXLomRDRVGRFXPHQWRVGR
FRQIRUPHVROLFLWDGRSDUDUHÁHFWLUDFRQWULEXLomRDRVGRFXPHQWR periência recente relevante a ser considerada para um potencial convite
3URMHFWRVREQXPDSHUVSHFWLYDGHSRWHQFLDOGHÀQDQFLDPHQWR ÀQD - ao concurso para a prestação de Serviços Jurídicos ao Projecto.
3URMHFWRVREQXPDSHUVSHFWLYDGHSRWHQFLDOGHÀQDQFLDPHQWR ÀQDQ
ceability) e operacional; A MRV avaliará a documentação acima solicitada e, se estiver satisfeita,
io

‡HVWDEHOHFHUFRQWDFWRFRPHDGPLQLVWUDUFRQWULEXWRVGRDVVHVVRUMXUtGLFR
‡HVWDEHOHFHUFRQWDFWRFRPHDGPLQLVWUDUFRQWULEXWRVGRDVVHVVR incluirá a sociedade de advogados na lista para o convite do concurso
local, que será responsável pelo aconselhamento de matérias relacio- para prestação de Serviços Jurídicos ao Projecto.
nadas com a Legislação Moçambicana. A presente consulta não deve ser considerada um convite para concurso
Apenas sociedades de consultoria jurídica internacionalmente reconhe- e não representa ou constitui qualquer promessa, oferta, obrigação ou
cidas, que tenham capacidade comprovada e experiência relevante compromisso de qualquer tipo por parte da MRV para celebrar qualquer
ár

recente na prestação dos serviços acima descritos serão consideradas contrato ou acordo com o candidato ou com qualquer sociedade de ad-
para o potencial concurso no âmbito do serviço acima descrito. Os ad- vogados participante na presente consulta.
vogados propostos pelas sociedades de advogados elegíveis para este Todos os dados e informações fornecidos na candidatura não devem
3URMHFWRGHYHPLQFOXLUSURÀVVLRQDLVTXDOLÀFDGRVSDUDHPLWLUSDU
3URMHFWRGHYHPLQFOXLUSURÀVVLRQDLVTXDOLÀFDGRVSDUDHPLWLUSDUHFHUHV ser considerados como um compromisso por parte da MRV de celebrar
no âmbito do Direito Inglês. qualquer contrato ou acordo com o candidato, nem dará direito a sua
sociedade de advogados de reclamar qualquer indemnização da MRV.
Di

DOCUMENTOS EXIGIDOS 2V GDGRV H LQIRUPDo}HV FODUDPHQWH DVVLQDODGRV FRPR ´FRQÀGHQFLDLVµ


fornecidos de acordo com a presente consulta serão tratados como con-
As sociedades de advogados, reconhecidas internacionalmente, interes- ÀGHQFLDLVSHOD059([[RQ0RELO0RoDPELTXH/LPLWDGDH(QL5RYXPD
sadas neste convite podem submeter a sua Manifestação de Interesse em %DVLQ6S$HVXDVDÀOLDGDVHQmRVHUmRSDUWLOKDGDVFRPSHVVRDVRXHP-
participar de um concurso público registando-se na pagina de internet presas não autorizadas.
(website) abaixo indicada e submetendo a seguinte documentação exi- O prazo para a submissão da Manifestação de Interesse através da pá-
gida: gina da internet (website), está estabelecido para 16 de Março de 2018.
1.Cópia autenticada e digitalizada dos documentos de registo, nome da Quaisquer custos incorridos pelas sociedades de advogados interessa-
pessoa jurídica e da pessoa de contacto; das, em preparação a presente Manifestação de Interesse, serão da exclu-
2.Dados de qualquer trabalho recente que a sua sociedade de advoga- siva e inteira responsabilidade das sociedades de advogados, e deverão
GRVWHQKDUHDOL]DGRSDUDSURMHFWRVVLPLODUHVTXHDTXDOLÀTXHPSDUD ser integralmente suportadas por essas sociedades de advogados que
esta tarefa, destacando o conhecimento, especialização e a experiência não terão direito a nenhum reembolso pela MRV, e essas sociedades de
da sua empresa com o estabelecimento de estruturas comerciais para advogados não terão nenhum direito de recurso à MRV.
Savana 09-03-2018
PUBLICIDADE 17

MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE S.p.A.

o
PUBLIC ANNOUNCEMENT FOR EXPRESSIONS OF INTEREST
PROVISION OF LEGAL SERVICES FOR MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE SPA IN CONNEC-
TION WITH AN AREA 4 PROJECT IN THE REPUBLIC OF MOZAMBIQUE

log
Mozambique Rovuma Venture S.p.A (branch office in Mozambique -Saharan Africa;
currently registered as Eni East Africa S.p.A Mozambique Branch) 3. The names of the attorneys in your firm who will work on the pro-
(“MRV”) invites interested internationally-recognized law firms that ject, together with details of their strengths, qualifications, and expe-
are duly qualified to submit their expressions of interest (“Expression rience (including a list of the transactions which they have worked
of Interest”) to perform legal services (excluding legal assistance to on during the last three years relevant to the commercial structures
project financing and marketing) to be provided in respect of a propo- described above);
sed onshore LNG project to be developed in relation to Area 4 of the 4. A detailed discussion of your firm’s understanding of the likely prio-

ció
Rovuma Basin in the Republic of Mozambique (such legal services, the rities and issues that will be important to Area 4, its partners, and
“Project Legal Services”). In particular, MRV is planning to develop ernment of Mozambique in connection with the commercial
the Government
onshore liquefaction trains at Afungi, in the northern province of Cabo structure established for the Project;
Delgado, to develop and process natural gas extracted from offshore 5. Your proposed fees for the services to be paid to your firm if selected;
Rovuma Basin in Mozambique (the “Project”). 6. Any other factor, besides your experience, that you think differentiate
and strengthen your team from that of your competitors.
SCOPE OF WORK

The scope of the work includes legal advice on specific Project and
commercial areas (excluding project financing and marketing), in par-
ticular the following:
so
REGISTRATION WEBSITE

The registration website (Mozambique Application) is available to the


following URL:
R5 --#-.#(!5 ."5 )'',#&5 .'5 #(5 (&34#(!5 ,)$.5 -.,/./,-5 1"#- https://eprocurement.eni.it/int_eng/Suppliers/Qualification/Mo-
ch are consistent with applicable contractual/legal/regulatory fra- zambique-Application (For English)
mework and meet Project objectives;
um
'#.5.)65
R5, .#(!5(5,0#15) 5,)$.5)/'(.-5#(&/#(!5/.5().5&#'#.5.)65 https://eprocurement.eni.it/int_ita/Fornitori/Qualifica/Autocandi-
supplemental agreements to the Exploration and Production Con- datura-Mozambico (For Portuguese)
cession Contract, shareholders agreement for onshoree special purpo-
se entities, service agreements, shareholder loan agreements and any IMPORTANT: The submission shall make reference to the following
IMPOR
associated requireded amendments to the Joint Operatingating Agreement; commodity code: SS04AA11 – LEGAL CONSULTANCY
R5, .#(!5(5,0#15) 5!,'(.-5 ),5)7),#(.#)(5) 5.#0#.#-5(5
5.#0#.#-5(5
shared facilities in Afungi, including construction
nstruction of common facili- Within the website application, under the section “Object of the Ap-
ties and in respect of governance of Mozambique companies/special plication”, the area “Origin of invitatio
invitation” shall be completed as follows:
purpose entities; LEGAL CONSULTANCY
de

R5)0,&&5,5j5,)$.5!)0,((5-5,+/#,:
#(&/#(!5
R5 *,)0##(!5 &!&5 )*#(#)(-5 (5 (&3-#-5 )(5 ,)$.5 '..,-65 #(&/#(!5 The purpose of the information and documents is to identify qualified
resettlement, plan of development; law firms that have the proven capability and recent relevant experien-
R5&##-51#."5*,)$.5ŀ((5&!&5)/(-&5(I),5',%.#(!5&!&5)/(
R5&##-51#."5*,)$.5ŀ((5&!&5)/(-&5(I),5',%.#(!5&! &5)/(
R5&##-51#."5*,)$.5ŀ((5&!&5)/(-&5(I),5',%.#(!5&!&5)/(- ce to be considered for potential invitation to tender for Project Legal
sel, as requested, to reflect input on Project documents from a finance Services.
ability and operational perspective; MRV will evaluate the above requested documentation and, if satisfied,
,)'65&)&5)/(-&651"#"5-"&
R5&##-51#."65(5'(!5#(*/.5 ,)'65&)&5)/(-&651"#"5-"&&55,-- will include the law firm in the list for invitation to tender for Project
io

espect of Mozambican law.


ponsible for advice in respect law Legal Services.
This enquiry shall not be considered as an invitation to bid and does not
Only internationally-recognized law advisory firms that have proven represent or constitute any promise, offer, obligation or commitment of
capability and recent relevant experience of supplying the above re- any kind on the part of MRV to enter into any agreement or arrange-
ár

quired services will be considered for potential tender for the scope of ment with you or with any law firm participating in this enquiry.
service described above. Attorneys that are proposed by eligible law All data and information provided within the application shall not be
firms for this Project must include English law practitioners. considered as a commitment on the part of MRV to enter into any
agreement or arrangement with you, nor shall it entitle your law firm to
REQUIRED DOCUMENTS claim any indemnity from MRV.
Di

Data and information clearly marked as “confidential” and provi-


Internationally-recognized law firms interested in this invitation may ded pursuant to this enquiry will be treated as confidential by MRV,
submit their Expression of Interest to participate in a tender process by ExxonMobil Moçambique, Limitada and Eni Rovuma Basin S.p.A.
registering on the website indicated below and submitting the following and their affiliates and will not be disclosed to non-authorized persons
required documentation: or companies.
1. Scanned certified copy of the registration documents, legal entity The deadline for submission of Expression of Interest through the we-
name and contact person; bsite is set for 16 March 2018.
2. Details of any recent work your firm has undertaken for similar pro- Any costs incurred by interested law firms in replying to this Expres-
jects that qualify your firm for this assignment, highlighting your sion of Interest shall be solely the entire responsibility of the law firms,
firm’s knowledge, expertise, and experience with establishment of and shall be fully born by such law firms which will not be entitled to
commercial structures for liquefaction of natural gas and other large any reimbursement by MRV and such law firms shall have no recourse
scale energy projects and, in particular, any such experience in Sub- to MRV.
18
OPINIÃO Savana 09-03-2018

Cartoon
EDITORIAL Calma crianças, sou vosso novo
professor de Matemática...

Um governo que
GHVFRQÀDGRSRYR

o
O dia 5 de Março, a última segunda-feira, começou de forma
tímida para as cidades de Maputo e Matola. Quando os

log
residentes destas cidades se lançaram para os seus afazeres
no início de mais uma semana, depararam com vias qua-
se desertas e um sistema de transporte público que dava sinais de
escassez.
A par disso, estavam posicionados elementos da polícia nas diver-
sas paragens, fazendo-se auxiliar de viaturas de assalto, e dando
sinais claros de prontidão para o combate.
Cedo deu para se aperceber de que a atípica presença da polícia na
via pública era em antecipação à possibilidade de uma sublevação

ció
popular em resposta ao aumento do preço do transporte público de
passageiros, que entrava em vigor naquele mesmo dia.
Dessa prontidão é também fácil perceber o cada vez crescente dé-
fice de confiança entre o governo e o povo.
O governo, ciente de ter tomado uma decisão impopular, mas tam-
bém de estar num tal aperto que não lhe permitia decidir de outro
modo, e já não podendo mais confiar na resposta que irá obter dos

E a montanha pariu um míssil


visados, optou por recorrer à intimidação como forma de impedir
qualquer manifestação de desagrado por parte da população.

L
Medidas de prevenção contra situações passíveis de pôr em causa
a segurança pública devem estar sempre nos cálculos de qualquer
governo responsável. Contudo, quando tais medidas se resumem
a actos de intimidação, resultantes do facto do governo saber que
tomou uma decisão passível de provocar tais distúrbios, é sintomá-
tico de que as relações de confiança entre as duas partes estão no
seu mais baixo nível.
so
ancei ontem um livro, com
Mbate Pedro, Os Crimes Mon-
tanhosos,, onde num poema se
lê: «Em desassossego te digo: o po-
der,/ hoje, mente mais que os vampiros,/
teme a hematologia em que fez cais/ e
uma regra simples: às vezes para ga-
nhar é preciso perder. (Eu vou mais
longe, ainda que o jogo seja perigoso:
só se ganha quando se perde. Um bom
exemplo na História é a forma como
os gregos perderam a sua soberania
e houve uma súbita chuva de ósculos.
Sacudido pelo luto, Deus, para afastar de
si a funesta ideia do suicídio, começou fi-
nalmente a ler o Kapital do Karl Marx.
Em Lisboa, o arroz carolino mudou de
sexo.
Geralmente, governos que reagem desta forma já atingiram a sua
não tem carácter, tem desovas,/ que vi- para os romanos em troca de coloni- Na Califórnia, o miado dos gatos mudou
fase terminal e receiam que qualquer dia pode ser o último. Sabem vem d’águas alheias e de acenos/ medidos zarem o espírito do império romano, para miu!
que já testaram a paciência e a compreensão dos seus cidadãos até a dólares e a meticais.»
meticais. até ao seu término; outro exemplo, o
um
O cadáver do Michael Jackson teve uma
ao limite, e temem que a qualquer momento podem ser chamados De facto assusta, em todo o mundo, irrelevante Fernando transformou-se polução nocturna.
a prestar contas. a demência que alastrou ao poder. A na indústria Pessoa. E diga-se, ele sa- Nevou pez no resto do mundo, só na Co-
O governo sabe que não tem melhores alternativas para aliviar o nata que vai para a política e chega a bia.) Este é um tipo de lucro inaceitá- reia a tempestade de neve manteve a sua
sofrimento do povo, sabe que não pode decretar o congelamento líder tem representado o rosto avilta- vel para Trump a quem só interessam alva pureza!
de preços por muito tempo, e que ao tomar a decisão de aumentar do da cupidez, sem uma réstia de edu- as imediatas vantagens materiais, que O fecho-éclair de Kim Jong-un quase
os preços está a ser injusto, porque não existe uma almofada para valores. Eis-nos na segun-
cação para os valores. descura as reciprocidades e sofre do soçobrou aos encantos da lascívia mas
amortecer o impacto dessa decisão. E como o espaço de diálogo da década do século XX e a zeros no Complexo de Midas. manteve-se firme.
já se esgotou, a melhor defesa é partir para o ataque; é intimidar a exemplo de políticos que cheguem ao Em Setembro estive em Macau. Nas Uma lágrima encetou a travessia do de-
população, transformando a via pública num verdadeiro teatro de poder para fazer o bem comum, para bancas de jornais, que também ven- serto do Saara.  
guerra com um inimigo invisível, que é afinal o próprio povo que lutarem pelo desenvolvimento huma- dem livros, vi que oito em cada dez li- Na capital chinesa, as peças do Mahajong
deve servir com zelo. no e a regulação dos desequilíbrios, e vros tinha Xi Jinping na capa. Aquela desataram a florir.»
Mas um povoo habituado a não receber explicações dos seus gover- que não se tomem como homens pro- desmedida indicava que algo não es- Podia o pragmático Putin sentir-se
polític faliu.
videnciais. A política
de

nantes tem métodos pouco ortodoxos de exigir respeito. E quando tava bem. Agora Xi Jinping, que teve
seguro entre dois títeres? Para além do
Um exemplo, a convivência fraternal - uma série de medidas decentes ao lon-
exasperado, e no meio do desespero recorre a esses métodos, não há gesto de bravata do seu anúncio agora
eis um princípio que como as bolotas go do seu mandato, coroou-se impera-
meio bélico ou armadura que trave a sua fúria. por deixa incólume.
nenhum porco
a propaganda russa também declarou
dor chinês e borrou a pintura. Passou
O povo sabe que os seus governantes já o abandonaram há bastante que os seus genes são superlativos, de
Pelo contrário, refocilou Putin, ao a aplicar-se-lhe tudo o que em 2011
tempo. O povo ouve falar das enormes dívidas feitas em seu nome, super-herói, como os de todos os que
anunciar que tem no seu arsenal a escrevi no meu blogue sobre o anterior
mas que não sabe o que terá sido feito com esse dinheiro, e suspeita, descendem dos sobreviventes ao cerco
“arma invencível”. Jactam-se os líderes presidente norte-coreano:
sem motivos fortes para o não fazer, que tudo não terá passado de de Leninegrado.
de terem investido todo o conheci- «De acordo com a agência noticiosa da
um esquema para enriquecer alguns indivíduos bem posicionados. mento e imaginação dos seus técnicos Coreia do Norte, a KNCA, novos estra- A síndrome do ano 2000 ainda assola
Sabe que são essas dívidas a fonte do seu sofrimento. E como a ao serviço do ódio e da guerra! Que nhos fenómenos naturais têm sido tes- os crânios, na herança da escatologia.
um povo não se engana, sabe que a acção do Ministério Público é clima doentio! Deve ser um míssil que temunhados, agora um pouco por todo o Com a diferença de que S. João de
io

simplesmente um expediente desesperado de ganhar tempo, para despoleta orgasmos à sua passagem mundo, desde a morte do Líder: Patmos, em Apocalipse, erigiu o fim
(parece que voa a seis vezes a velocida- do mundo como obra de arte, e estes
que os criminosos nunca venham a ter o seu dia na barra da justiça. No México, um ácaro matrimoniou-se
de do som) e desperta na matéria ina- novos políticos consagram o fim do
É por isso que o governo não tem a coragem das suas convicções com uma lâmpada de 100 watts, resig-
nimada as sensações de Zeus quando mundo nas bainhas da farsa e como
nas decisões que toma. E tem medo, com muita razão, que o povo nado por, desde a morte de Kim Jong-II,
penetrava a alva novilha Io, pelo que, ter deixado de fazer qualquer sentido a obra de um Grã Hospício.
se revolte. Só que calcularam mal o dia. Não foi nesta segunda- Só nos falta chegar a presidente de
-feira, mas poderá acontecer a qualquer momento, quando muito em delíquio, os poderosos sistemas distinção entre matéria orgânica e inor-
ár

antimíssil americanos se abstraem da gânica. uma das potências alguém para quem
menos esperam. Então que mantenham os tanques na rua todos a Terra seja plana. É uma questão de
sua missão. Eu também fiquei gago A camela (afinal era uma) que em Je-
os dias. tempo - esse será o quarto Cavaleiro
quando, no balcão de um café em Pa- rusalém atravessava há dois mil anos o
Há uma única forma de evitar que tal aconteça; que o governo seja ris, o meu ombro se encostou à om- buraco da agulha desatou a parir. do Apocalipse.
transparente nos seus actos. Que mostre que é sensível ao sofri- breira de Grace Jones, confesso. Um selo de dez ienes imolou-se em frente Que Deus reaja e se junte ao selo de
mento do povo, que seja mais dialogante, e mostre por actos, não Até compreendo a gabarolice de Putin à sede da ONU, em Tóquio. dez ienes e na sua ira Se imole como
por palavras, que está firmemente empenhado em combater a cor- (- repararam no silêncio de Trump?). Um panda deu um concerto de bateria na mártir (para assinalar a loucura dos
Di

rupção, esta que é o principal catalisador para o empobrecimento Coitado, calhou-lhe ser contemporâ- messe dos soldados que guardam a fron- homens), frente à sede onde pontua
das massas. Depois de tudo isso, o diálogo com a sociedade deve ser neo do americano intimorato e de Xi teira com a Coreia do Sul mas estes, com- o mano Guterres, ou, então, como no
a principal característica de uma governação democrática. E a paz e Jinping. pungidos pela morte do Grande Líder, Primeiro Livro de Samuel, castigue a
concórdia na sociedade prevalecerão. Trump já demonstrou que estuda tão não arredaram o pé das guaritas.    cupidez e a loucura dos Grandes Lí-
pouco que não consegue assimilar Na lua irromperam da terra as melancias deres com Hemorróidas de Ouro!

KOk NAM Editor Executivo: Ivone Soares, Luis Guevane, João


Mosca, Paulo Mubalo (Desporto).
Distribuição:
Miguel Bila
Director Emérito Francisco Carmona
(franciscocarmona@mediacoop.co.mz) Colaboradores: (824576190 / 840135281)
Conselho de Administração: André Catueira (Manica) (miguel.bila@mediacoop.co.mz)
Fernando B. de Lima (presidente) Aunício Silva (Nampula) (incluindo via e-mail e PDF)
e Naita Ussene Redacção: Eugénio Arão (Inhambane)
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Savana 09-03-2018
OPINIÃO 19

O Comunicado de Isabel dos Santos


Por Paulo Zua*

D epois do ciclone lançado Este é o cenário maniqueísta traça- brincadeira. de cada uma delas, enquanto o seu da transferência dos 38 milhões de

o
por Carlos Saturnino, ac- do por Isabel: “a antiga escola” de Na sua Cantata da Paz, a poeta marido Sindika Dokolo simbolica- dólares. A antiga PCA afirma que
tual presidente do Conse- bandidos e saqueadores liderada portuguesa Sofia de Mello Breyner mente subscreveeve o restante capital tal transferência existiu, mas foi or-
lho de Administração da por Manuel Vicente, e a nova esco- escreveu: social. No mesmo endereço, estão denada anteriormente à tomada de
Sonangol, Isabel dos Santos reagiu la que adoptou regras modernas de “Vemos, ouvimos e lemos / Não registadas várias outras empresas posse do novo conselho de admi-

log
gestão, liderada por ela, que estava podemos ignorar”. de Isabel dos Santos, incluindo a nistração. Da explicação de Isabel,
com um anticiclone. Durante o
a colocar a Sonangol no caminho Todos sabemos do que fala Isabel Victoria Holdings, que estabeleceu entende-se que a transferência foi
fim-de-semana, Isabel desdobrou- feita depois da exoneração dela,
certo. Os maus (Vicente, Saturni- dos Santos, do que falou Maria parceria com a Sodiam.
-se em contra-ataques: emitiu um no, etc.) contra os bons (Isabel dos Luísa Abrantes, e não podemos O PCA da Sonangol que autoriza mas antes da tomada de posse de
comunicado, deu entrevistas, infor- Santos). ficar indiferentes. Não somos in- a transferência do contrato da em- Saturnino. A ser assim, a relevância
mou a imprensa da sua posição. diferentes. Mas só com factos, com presa Wise para a Matter é Isabel criminal da transferência enquan-
Tudo isto tem, desde logo, um as- O ataque de Isabel ao pai e a concretizações iremos a algum lado. dos Santos. Se isto não é conflito to acto único não existe. Apenas
pecto positivo: discutem-se em falta de factos que suportem Caso contrário, nada muda. esses, o que é? Por sua vez,
de interesses, existirá relevância criminal se esta
público as causas da decadência da as acusações E a verdade é que a narrativa de a Matter a tem o mesmo endereço transferência tiver sido feita sem
Sonangol, permitindo que a popu- Esta narrativa de Isabel gera uma Isabel dos Santos não tem corres- que a Wise, e Mário Leite da Silva justificação, dentro de um compor-

ció
lação fique informada. Talvez esteja perplexidade e comete um erro re- pondência com a realidade, pelo – braço-direito de Isabel dos San- tamento continuado de fraude em
a ser criado um espaço público de petidamente. menos na sua atitude de repúdio da tos e dirigente de várias das suas que se emitem facturas sem suporte
disputa nos termos defendidos por A perplexidade é que esta “antiga “antiga escola” e da administração empresas – surge ligado à Matter. substantivo. Portanto, o importante
Habermas, assegurando que no escola”, tão vilipendiada por Isabel, de Manuel Vicente na Sonangol. Ademais, como explicou Carlos é apurar todos os factos envolvendo
futuro nunca mais seja possível sa- serviu durante a Presidência do seu Uma das empresas beneficiárias Saturnino, quem aparece como di- a diversa facturação dos consultores
quear impunemente uma empresa pai, José Eduardo dos Santos, foi de contratos de consultoria na So- rectora da Matter é uma consultora mencionados por Saturnino, e não
da dimensão da Sonangol. nomeada por ele, superintendida nangol, desde pelo menos 2010, é a da empresa YouCall, Lda. que pres- esta factura em especial. No entan-
por ele e acarinhada por ele, que YouCall, Lda. Esta empresa é uma tava vários serviços na Sonangol, da to, de acordo com os critérios de
A guerra de Isabel dos acabou por nomear Manuel Vicen- sociedade por quotas criada em 12 qual, como já referimos, Isabel dos boa gestão, o pagamentos de factu-
Santos contra Manuel te ministro e depois seu parceiro de Dezembro de 2008 e que tem ras em montantes avultados depois
Vicente e aliados
A posição de Isabel dos Santos tem
dois aspectos fundamentais de or-
dem político-jurídica.
Em primeiro lugar, assume verda-
deiramente um confronto fratrici-
da dentro da liderança do regime
como vice-presidente da Repúbli-
ca. Assim, os epítetos que Isabel
aplica a Vicente e seus associados
são, em última instância, críticas fe-
rozes ao seu pai e à liderança que
este imprimiu ao país.
O erro de Isabel dos Santos é o
so
como sócia maioritária, com 75%,
a própria Isabel dos Santos. Con-
sequentemente,, pelos vistos, Isabel
dos Santos foi uma das beneficiá-
rias da gestão de Manuel Vicente.
Também terá feito parte da “antiga
escola”…
Santos detém 75% do capital social.
Assim, todos os elementos formais
indicam que Isabel, directa ou in-
directamente, controlava a Wise
e a Matter. Portanto, a partir do
momento em que assume a pre-
sidência da Sonangol, está a fazer
negócios consigo mesma e em claro
de se ter sido exonerado não é de
todo adequado.
Há uma questão que tem de se
colocar para perceber o verdadeiro
significado desta factura: quantas
outras facturas de valor elevado fo-
ram pagas neste ínterim que ocor-
contra Manuel Vicente e seus se- mesmo que cometeu quando des- reu entre a exoneração do antigo
Devido a estas contradições, é tem- conflito de interesses.
guidores, entre os quais se incluem pediu Carlos Saturnino da Pre- PCA e a nomeação do novo? É
po de confrontar, nos seus temas Em termos materiais, a questão re-
Carlos Saturnino e o actual pre- sidência da Comissão Executiva que, se não tiver havido outros pa-
específicos, a resposta apresentada
um
levante é saber que trabalhos con- gamentos, fica a suspeita que este
sidente da República, João Lou- da Sonangol Pesquisa e Produção, por Isabel dos Santos. cretos a Wise ou a Matter fizeram pagamento obedeceu a desideratos
renço. Recorde-se que, durante o em 20 de Dezembro de 2016. Na para justificar os milhões que rece-
consulado de Vicente na Sonangol, altura, justificou a decisão acusan- As respostas de Isabel dos beram.
não consonantes com o interesse da
Saturnino ocupou a posição-chave do essa presidência de má gestão e Santos O essencial da fraude ou ilegalida-
empresa, cabendo à PGR analisar o
contexto e enquadramento.
de director de negociações (2002 a desvios financeiros, mas não con- Na sua refutação, Isabel começa por de das consultorias das empresas de Há outros temas de interesse neste
2012) e que João Lourenço é o pro- cretizou as acusações. Deixou uma fundamentar a escolha de consulto- Isabel dos Santos à Sonangol não comunicado, entre os quais a parti-
tector actual de Manuel Vicente. nuvem sobre a idoneidade de Sa- res com base numa acta em que es- resulta de terem ou não sido apro- cipação na GALP, que serão objec-
Na narrativa de Isabel dos Santos, turnino, mas não fez o que se exi- tariam
iam presentes várias autoridades vadas pelo Governo; resultará, sim, to de outro texto.
existem duas culturas na Sonangol: gia. Se Saturnino tinha prejudicado do Estado, o ministro das Finanças, de saber se o Governo seguiu a lei Em suma, a defesa de Isabel e a
a criada e mantida por Manuel Vi- a Sonangol, no mínimo a empresa o ministro dos Petróleos, o minis- para a sua aprovação e se o traba-
cente (presidente do conselho de sua narrativa pecam por, mais uma
devia ter enunciado os factos, como tro da Casa Civil, que deliberaram lho posteriormente desenvolvido vez, lançarem acusações sem con-
administração entre 1999 e 2012), Saturnino agora fez, e apresentado fazer um contrato de consultoria – relatório, documentos, planos, cretizar, têm o elemento surreal de
de

a que chama de “antiga escola”; e a uma queixa-crime para apuramen- para a “Reestruturação do Sector etc. – justifica ou não os pagamen- constituir um forte ataque ao man-
nova cultura que ela tentou imple- to de responsabilidades. Isabel ape- dos Petróleos” com a empresa Wise tos efectuados. É que a presente dato presidencial do pai e, em ter-
mentar. nas afirmou, despediu e nada mais. Consulting. Afirma de seguida Isa-
Consulting administração da Sonangol afirma mos técnicos, não adiantam, apenas
Segundo Isabel dos Santos, a ges- Tudo vago. bel dos Santos que tal contrato foi não existir nada. Não há qualquer reforçam a necessidade de a PGR
tão de Manuel Vicente, ou da “an- Agora volta a usar as mesmas va- cedido à Matter e que tal cedência trabalho que justifique os milhões investigar a fundo o que se passou
tiga escola”, caracterizou-se por cuidades: “contratos leoninos”, teve autorização da presidência do que foram pagos. na Sonangol.
uma “cultura de irresponsabilidade “fortunas ilegítimas”, enriqueci- conselho de administração (PCA) De relevante, na resposta de Isabel
e desonestidade que afundaram a mento à custa da Sonangol. Fica da Sonangol, assim pretendendo dos Santos existe, ainda, a questão *makaangola.org
Sonangol em primeiro lugar”, em a questão (o Maka Angola sabe justificar os milhões transferidos
que vários “aproveitaram e cons- a resposta e já escreveu múltiplas para estas consultoras.
truíram fortunas ilegítimas à custa vezes sobre o tema desde há mui- Comecemos pelos aspectos for-
io

da Sonangol”. E Isabel vai mais tos anos): a quem se refere Isabel mais. Do texto de Isabel dos Santos
longe, afirmando que agora “estão dos Santos? Quem fez contratos não resulta que tenha sido seguida
de retorno os interesses das pessoas leoninos com a Sonangol? Quem a Lei dos Contratos Públicos em
que enriqueceram de bilhões à cus- tem fortunas ilegítimas à custa da vigor na época – Lei n.º 20/10, de 7
ta da Sonangol. São estes, que hoje Sonangol? Isabel dos Santos não de Setembro – nem que tenha sido
fomentam e agitam a opinião pú- Email: carlosserra_maputo@yahoo.com
ár

pode fazer estas afirmações sem as seguido qualquer processo transpa-


blica, de forma a poderem retomar Portal: http://oficinadesociologia.blogspot.com
concretizar, sem apresentar provas, rente de contratação. Além disso, a
570

Triplo momento
os seus velhos hábitos”. apenas desespero. Já outra pessoa cessão da posição contratual tam-
A posição de Isabel dos Santos é do círculo presidencial anterior, bém se afigura ilegal. Se o ministro
muito clara: Manuel Vicente e os Maria Luísa Abrantes, quando das Finanças assina um contrato,
gestores que o rodearam saquearam os seus filhos estavam debaixo de supostamente é ele que tem de au-

A
a Sonangol e levaram-na à falência, fogo, veio também acusar antigos torizar a cedência da posição con-
Di

estando agora de volta para saquea- associados de JES, como Kopelipa tratual, e não a PCA da Sonangol.
rem de novo a empresa. crise é uma arma apete- sincero anseio pela alteridade
e Dino do Nascimento, das maiores Portanto, a não ser que exista al-
Por sua vez, a gestão de Isabel trou- falcatruas. Apesar de, mais corajo- gum elemento que desconheçamos, cida no combate políti- opinativa ou comportamental.
xe grande valor acrescentado à So- samente do que Isabel dos Santos, o contrato com a Wise e a cedência co com três momentos: No bojo das coisas, porém, viaja
nangol, “tendo sido identificadas dizer alguns nomes, Maria Luísa da posição da Wise para a Matter (1)  falsa preocupação uma imensa alegria com o que
mais de 400 iniciativas de redução acabou por não concretizar factos. não têm validade legal. com o mal  que é suposto apo- entendemos estar a passar-se.
de custos (programa Sonalight) e Estas pessoas – como Isabel dos Contudo, a questão é mais densa. A quentar os outros, (2) imensa E entre a falsa preocupação da
mais de 50 iniciativas de aumento Santos ou Maria Luísa Abrantes empresa Wise Consulting terá sido alegria com esse mal e (3) recei- superfície e a nua realidade do
de receitas (programa Sonaplus), as – que agora se indignam com o criada a 21 e 23 de Junho de 2010, tuário piedoso. interior - ser perversamente dú-
quais conjuntamente permitiram saque levado a cabo no tempo em em Malta. Existem duas empresas Quando surge o que se enten- plice no cenário de uma hipócri-
melhorar os resultados da Sonan- que o pai e marido José Eduardo chamadas Wise: a Wise Intelligen- demos ser uma crise política na ta conversão na estrada de Da-
gol em USD 2.2 bi”. Mais, declara dos Santos estava no poder, deviam ce Solutions Holding Limited e a casa do Outro, damos imediata masco -, irrompe um receituário
Isabel que “o resultado da minha ter agido – como o fez Rafael Mar- sua subsidiária Wise Intelligence conta pública do quanto esta- piedoso,  cheio de peregrinas
gestão exercida até 15 de Novem- ques –, colocando processos-crime, Solutions Limited. Ambas as em- mos preocupados, na superfície mezinhas do género “portem-se
bro de 2017 resultou num au- denunciando crimes, com factos e presas têm o mesmo endereço no-
das preocupações navega o que bem, tenham cultura digna, pro-
mentou de lucros da Sonangol em pessoas concretas e correndo com minal na 171, Old Bakery Street,
177%, e atingiu 224$Mi, e a dívida isso variados riscos. Virem agora Valleta VLT 1455. Isabel dos San- parece ser um genuíno pesar, um cedam como nós”.
foi reduzida em 50%”. denunciar meras vacuidades é uma tos detém 99,9 por cento das acções
20
OPINIÃO Savana 09-03-2018

A Economia das Vítimas


Por Mantchiyane Samora Machel
“Porque o amor pelo dinheiro é a raiz de toda assim como contribuírem para o aumento das dadão inocente. Se isso não acontecer, podemos contra monopólios, apoiados por um sistema
a espécie de males; e nessa cobiça alguns se despesas públicas. Sendo negócios legais, natu- correr o risco de entrarmos numa sociedade judicial independente e actuante. Em particu-

O
desviaram da fé, e se traspassaram a si mes- ralmente que devem contribuir para o aumento pós-fé. Numa condição onde o indivíduo perde lar, um Estado que está preparado para proteger

o
mos com muitas dores” (1 Timóteo 6.10) das receitas do Estado. Contudo, é importante a confiança sobre tudo, incluindo as instituições e defender os cidadãos contra a extorsão. Um
modelo de negócio em Moçambique estudar os custos escondidos destas economias religiosas, resvalando para uma situação em que Estado que encontre formas de corrigir os efei-
parece apostar na desgraça do indiví- paralelas. Segundo o jornal Guardian (07.12. se torna completamente indiferente, incluindo tos negativos, por exemplo limitando o espaço
duo ou a alimentar-se da insegurança 2017) na Inglaterra estes prejuízos rondam os sobre a sua própria vida e a dos outros. Uma e formato da publicidade sobre bebidas alcoóli-

log
e do medo dos cidadãos. Isso vem se 1.2 bilhões de libras. Será que a nossa econo- condição onde o indivíduo se torna no maior cas, bem como o uso de jovens na sua promoção.
reflectindo em vários sectores da economia. É mia e sociedade estão preparadas para pagar os perigo para a sociedade. Não seria essa uma forma de proteger as novas
custos escondidos destas actividades? Vários es- Usando um exemplo tecnológico, que vem com gerações contra a normalização do modo de
interessante constatar, por exemplo, que só em
tudos demonstram que são os pobres e os desfa- a Microsoft, Facebook e outros aplicativos, os ac- estar dos jovens? A não ser que as novas gera-
três avenidas da nossa capital existem mais de vorecidos os mais afectados. tuais homens mais ricos do mundo, tornaram- ções estejam a ser vistas como o futuro mercado
dez seguradoras, num mercado aparentemente O que é que um terrorista em Mocímboa da -se ricos porque souberam criar serviços novos destas indústrias, e ser esse o modelo de desen-
tido como pequeno, mas que tem um dos pré- Praia, uma pessoa que é burlada pela igreja, um ou soluções para problemas existentes. Mas nós volvimento escolhido para o país. Acredito e
mios mais altos da região. Tirar vantagem, seja cidadão que paga excessivos prémios de seguro corremos o risco de nos tornarmos numa so- espero que não.
a que preço for, está na ordem do dia. É o que e um apostador têm em comum? São todos víti- ciedade onde os homens mais ricos se tornam Como sociedade, um dos nossos maiores de-
acontece com um capitalismo desregrado, sem mas: vítimas de uma incessante procura pela se- notáveis pelo número de vítimas que criaram. safios será combater o espírito de indiferença
quaisquer mecanismos de regulação. Exem- gurança, da marginalização, de uma governação

ció
A economia de vítima centra-se nos benéficos perante as consequências secundárias das ac-
plos abundam, e há até estórias de compromis- indiferente e do nosso capitalismo desregrado. a curto prazo, sem ter em conta os custos a lon- ções individuais ou colectivas. Estabelecer a
so, entre casas funerárias e hospitais, outras de As liberdades por nós conquistadas, muito me- go prazo. Isso é normal em qualquer sistema confiança num sistema que faça com que, como
lhores que em muitos países Africanos, não capitalista. A única diferença é que nos outros humanos, tenhamos maior propensidade para
alianças entre bancos que conseguem ter lucros
devem ser usadas como um instrumento ou fer-
milionários em momentos de crise. países, foram criados serviços de apoio, e exis- investir em causas nobres. Se não conseguirmos,
ramenta para extorquir os menos informados.
A soma dessa economia especulativa estende- tem redes que protegem os cidadãos através de continuaremos sempre vulneráveis a grupos or-
Como cidadãos ganhamos liberdades mas per-
-se ao mundo espiritual e do conhecimento. São leis, regulamentos e mecanismos de fiscalização ganizados.
demos escolhas. O indivíduo tem de se juntar
vários os casos reportados sobre como algumas a um grupo para ter segurança e isso, normal-
igrejas e seitas religiosas tiram vantagem dos
seus crentes, estes que entregam todos os seus
mente, tem o seu custo de associação. Num país
que é pós-colonial, pós-socialista, e agora tem Carta aberta a amantes e amigos da Ilha de Moçambique
bens materiais em troca de uma salvação divina.
A inspiração divina que leva ao aparecimento de
grupos radicais de cariz religioso que clamam a
salvação sobre os males do mundo, e que leva
a jovens insatisfeitos, como em Mocímboa da
Praia, que vêem no radicalismo a sua única saída
da pobreza, e que olham para o seu mentor uma
um capitalismo deficiente, parece que a última
fronteira de liberdade individual é a mente. É
na mente e nos corações onde as novas insti-
tuições querem ganhar espaço. Onde a proposta
de segurança e benefícios é aparentemente mais
sustentável com acesso directo a Deus.
A maior liberdade é o consumo individual, o
qual se limita apenas a quem tem acesso à infor-
so
Caros amigos,

Atrevo-me a escrever-vos porque não são boas as


notícias que trago da Ilha. Desculpem-me a pre-
tensão.
Acabo de chegar a Maputo, vindo da Ilha de Mo-
corre o rumor de que o presidente de Portugal es-
tará presente nas comemorações.
Daí, este meu apelo. Não será possível formar um
grupo de apoio que ajude o Conselho Municipal
da Ilha a começar? Receio bem que o horizonte do
nosso Conselho Municipal para as comemorações
missão de vida maior do que a que o quotidiano çambique, onde estive durante as duas últimas se- precise ser repensado.
mação, recursos e capital social. Distanciamo-
lhes apresenta: desemprego, corrupção, sistema manas. Um cenário possível seria talvez fazer uma mobi-
-nos uns dos outros, das vidas e do dia-a-dia das
falido, desigualdade. Com sabemos, a Ilha de Moçambique vai come- lização para criar um pequeno Gabinete de Orga-
um
outras pessoas. Assim, criou-se um espaço para
Assim, vivemos num ambiente em que todos que outras instituições, com diferentes agendas, morar os 200 anos de elevação ao estatuto de ci- nização das Comemorações dos 200 anos, baseado
estão à procura de um “cliente” que, no fundo, penetrassem na comunidade. Num país com al- dade daqui a pouco mais de seis meses, a 17 de na Ilha, com 2-3 pessoas experientes neste tipo de
não é mais do que uma vítima (economia de tos índices de analfabetismo, e onde a pobreza Setembro de 2018. organizações, a tempo inteiro?
vítima). é crescente, abriu-se espaço para o oportunismo Já há uns dois anos, ouvi o próprio governador da De contrário, não estou a ver as comemorações
Preocupa-me também um fenómeno muito re- na economia de vítima (desde instituições reli- província, quando inaugurava a Alfândega reabi- senão como uma espécie de Tzotziva melhorado.
cente, que é o surgimento das casas de jogo. O giosas, a indústria do álcool, de jogos e apostas). litada, dizer que iria ser nomeada uma comissão Porque não organizar exposições, conferências,
movimento desses lugares onde, mesmo antes O crente é vulnerável porque não vê nenhum para organiz
organizar essas comemorações. Esta antece- espectáculos, música, dança, cinema, teatro, edição
da abertura das lojas, já lá estão clientes para futuro no sistema actual e procura novas opor- dência augurava umas comemorações em grande. de livros e outros materiais didáticos, e promover
fazerem as suas apostas. Não é só o vício que tunidades, novas verdades, enfim um novo sen- Entretanto, no ano passado, ouvia-se falar vaga- todo um movimento cultural que galvanize algu-
os compele, mas principalmente a esperança de tido de vida onde a fé é o único bem neste país mente na Ilha, da formação de várias comissões mas centenas de amantes da Ilha de Moçambique,
sair da pobreza e ficar rico instantaneamente. É que não tem dono. Como tudo, essa pode ser que iriam ocupar-se do assunto. daqui e internacionalmente?
sabido que o jogo, assim como o álcool, são cau- uma mudança positiva ou negativa, dependendo Infelizmente, parece nada ter sido feito concre- Isto são só algumas interrogações, para incitar ou-
sadores de problemas sociais gravíssimos, tais da agenda da instituição religiosa com que cada tamente, até agora. Pelo menos, os dirigentes da tras ideias. Quem me dera que esta carta possa pelo
de

como a perda total de bens, a destruição do in- um se envolve. Se for negativa, com uma agenda APTUR (Associação dos Promotores Turísticos) menos, funcionar como uma pedrada no charco...
divíduo, o aumento da criminalidade e de doen- sinistra, cabe às instituições, aos indivíduos com da Ilha, com quem falei, não sabem de nada, e pa- Um abraço,
ças, entres outros males que podem arruinar moralal e principalmente ao governo, impor me- recem estar frustrados por nada estar a ser prepa- Ricardo*
as vidas de inúmeras famílias e comunidades, canismos de regulação para a protecção do ci- rado, quando já só faltam seis meses. Entretanto, *leitor devidamente identificado

Por Luís Guevane


SACO AZUL
io

Doido entre doidos


S e os governantes, os políticos, os os insensatos, os “sem juízo”, começassem a base do desenvolvimento de Moçambique, encontraram: uns falam em cinco e ou-
ár

responsáveis das nossas organi- perder relevância estatística. Entretanto, as desprezando o tractor e abraçando a cor- tros em três. O aperto de mãos ao “desta-
zações democráticas de massas primeiras eleições e seguintes, contrariaram rupção. A nossa democracia multipartidária camento feminino” da Renamo engrossa
(ODMs), e por aí fora, passassem a referida tendência; os doidos continuaram endoideceu-nos ao ponto de olharmos para ainda mais essa loucura, essa doidice.
a vida a gritar “eu não sou doido”, pro- estatisticamente relevantes mas sem direito a a fraude eleitoral como uma instituição que Quem não quer continuar doido com es-
vavelmente, Moçambique não se posi- algum registo oficial que os transformasse em necessitava de ser acarinhada. Entusiasma- ses ganhos todos? Até o homem do ban-
cionasse entre os mais pobres do mundo. números. Isto teve a sua parte positiva pois, a mo-nos execessivamente em permanecer no co, conhecido como “Sherife”, também
Di

Qualquer país tem a sua história de pro- ser usado, criaria alguma confusão. Seria um poder a qualquer custo. Embandeiramo-nos endoideceu, disse que não era doido.
dução de doidos. No nosso caso, o confli- dado de promoção do país ou o contrário? na corrupção e na cleptocracia convencidos Afinal, estamos no mesmo barco, doido
to político militar que abalou o país e que que era o caminho mais eficaz para o com-
Com o trauma da “mão externa” de certeza é o mar! Os vendedores e vendedoras de
bate à pobreza. A doidice do entusiasmo
é conhecido por muitos como a “Guerra que a acção estatística seria no sentido de montinhos de tomate, de carvão, monti-
cegou-nos com os “7 milhões” encabritados
dos 16 anos” constituiu o pico mais alto despromoção do país no ranking de desen- nhos de lenha, plastiquinhos de açúcar,
no maravilhoso povo moçambicano que era
de produção de doidos. Terminado o volvimento internacional. assim acomodado na pobreza da não produ- de óleo, fatias laminadas de sabonete, de
conflito, uma de suas consequências me- Quando todos percebemos que o “excesso de ção, na pobreza mental. sabão, todos estes e qualquer moçam-
nos visível, quase indiscernível, mas bem entusiasmo”, ou doidice, até podia ser algo Quando foram anunciadas as primeiras tré- bicano, esperam que a PGR saia da sua
presente, foi o incontável número de doi- positivo, então, demos vários passos em fren- guas o país endoideceu um pouco, incrédulo. doidice e actue fortemente no sentido da
dos à solta. Uma das falhas do sistema, te. Muitos deles imaginários. Não paramos. Entretanto, quando como prenda de final de responsabilização para que nos próximos
por razões óbvias, foi não tê-los contabi- Tornamo-nos doidos pelo desenvolvimento ano foi anunciado que as mesmas eram por tempos o Dólar não nos espezinhe até
lizado. Tanta era a doidice pela paz que do país. Doidos pela crença de que somos “tempo indeterminado”, então, a felicidade aos 70 Meticais. A nossa doidice colec-
ninguém se preocupou com a mesma. um país rico mesmo sabendo que a riqueza transbordou de doidice. Hoje, mais do que tiva não nos deixa discernir que a luta
Esperava-se que em ambiente multi- que abundava era a pobreza. Tornamos mais sempre, andamos doidos, discutindo o nú- contra a corrupção não se compadece
partidário os doidos, ou seja, os insanos, contorversa a defesa de que a agricultura é a mero de vezes em que Nyusi e Dhlakama se com a condescendência.
Savana 09-03-2018
DESPORTO 21

Moçambola

Festa da abertura esconde fragilidades logísticas


Por Paulo Mubalo (texto) ,

D
Ilec Vilanculos (fotos)

o
efinitivamente, e porque
contra factos não há ar-
gumentos, a Vila de Chi-

log
buto parou, literalmente
no último sábado, para acolher,
pela segunda vez na sua história,
as cerimónias centrais da abertu-
ra da chamada festa do povo.

E foram cerimónias preparadas


ao pormenor, onde não faltaram

ció
os habituais discursos de praxe,
de boas-vindas, dos representan-
tes dos patrocinadores, das auto-
ridades locais, da Liga Moçam-
bicana de Futebol, da Federação Adeptos torcendo pelo seu clube predilecto Os artistas procuraram dar conta do recado
Moçambicana de Futebol, do
nos recordar os famosos my lo- nador nacional de futsal, Naimo mentais de Chibuto, de forma menos um estádio de futebol com
Ministério da Juventude e Des-
ves cá da capital. Que o digam os Abdul. particular, e da província de Gaza, maior capacidade, para albergar
portos, entre outros.
próprios dirigentes do Clube de E claramente resta apelar às au- de forma geral, para rapidamente
O Standard Bank, o maior pa- mais espectadores do que o ac-
trocinador do moçambola, vol-
tou a reafirmar o compromisso
de apoiar a LMF e, consequen-
temente, o certame, até ao ano
2020. Esta posição mereceu ras-
gados elogios e aplausos, por par-
Chibuto ou mesmo o seleccio-

so
toridades desportivas e governa- irem pensando em construir, pelo
tual.
Mas houve um imprevisto que
beliscou a primeira jornada do
Moçambola: a não realização
de algumas partidas por alega-
te das cerca de 200 pessoas que
das questões logísticas – falta de
participaram, num dos estabele-
cimentos hoteleiros daquela urbe, combustível na zona norte - ain-
um
no lançamento da prova. da que nas redes sociais se asso-
Aliás, todos os intervenientes cie isso às alegadas dívidas que a
voltaram a reafirmar a necessida-
transportadora oficial da prova, a
de de os artistas se empenharem
a fundo não só para a sua valori- LAM, tem com a Petromoc.
zação pessoal, mas sobretudo da O início da prova de forma titu-
própria competição. beante não dá garantias de que a
E não faltaram apelos para que
mesma será disputada sem mui-
prevaleçam a verdade desportiva e
o fairplay, ou para que os árbitros tos alaridos, ao que se pode jun-
não influenciem os resultados, tar ao SOS lançado pela própria
de

como antídoto para que o públi- Liga, dando conta de que alguns
co acorra em massa aos campos. parceiros ainda não disponibili-
À imprensa, os apelos foram para
que os escribas seja imparciais, zaram fundos para a realização
enquanto que os patrocinadores Muitos espectadores não puderam assistir à partida ... plena da competição.
foram convidados a continuar a
apostar nesta causa.
Mas o que realmente nos chamou
“Caso” salto à corda já foi resolvido mas...

FPD lança campanha para angariação


atenção foi a maneira como a po-
io

pulação de Chibuto vive o des-


porto, particularmente o futebol.

de fundos
Nas barracas, nos restaurantes, na
rua, nos mercados, o arranque da
maior prova futebolística naquela
ár

O
parcela do dia era a notícia do dia.
Em caravanas, com dísticos ou
sem eles, os aficionados pelo fute- director-geral do meticais, no âmbito da assinatura empresariais, empenhou-se numa vada a cabo pelo FPD, houve
bol já lotavam o pequeno campo Fundo de Promo- do contrato-programa, sendo que campanha visando a angariação um incremento assinalável,
do Chibuto,, pouco antes do meio ção Desportiva, as atenções do governo estavam de patrocínios para os eventos aproximadamente 60 mi-
dia, o que fez com que, mesmo Arsénio Sarmento, viradas para a formação e massi- mundiais. lhões de meticais. Aliás, o
Di

as figuras Vip do desporto, assim disse há dias, em conferên- ficação. Conta, ainda, que a retromen- próprio FPD disponibilizou
como da vida sócio-político tives- cia de imprensa, que a ins- “Deste montante, as federações cionada campanha foi lançada verbas, através das suas pró-
sem de se ensardinhar, para usar tituição que dirige vai lan- desportivas nacionais foram en- quando a classe empresarial já prias receitas, para reforçar o
a hermenêutica popular, fazendo çar em breve a campanha corajadas a usarem 60 por cento se encontrava em fase de execu- apoio a essas federações que
para angariação de fundos do valor e as outras actividades 40 ção e, como consequência, não foram aos mundiais, como
de modo a apoiarem as se- por cento”, afirmou. houve grandes apoios. Mas esta são os casos de hóquei, vo-
lecções nacionais que têm Ajuntou, ainda, que porque as comprometeu-se em planificar leibol e ginástica.

Afrotaças compromissos internacio-


nais.
federações desportivas iriam par-
ticipar nos mundiais, teriam difi-
culdades, pois dispunham apenas
melhor os recursos neste ano.
Arsénio Sarmento explicou ainda
que, dos 30 milhões de meticais
O FPD fez um incremen-
to muito grande em relação
ao financiamento inicial da
Liga dos Campeões Africanos: Segundo explicou, em 2017, 40 por cento para executar essas que foram alocados pelo gover- ginástica, passando dos 325
TP Mazembe 4-0 UD Songo o limite orçamental para o actividades, daí que, de forma no, para o apoio às federações mil meticais para um milhão
Taça CAF: movimento associativo des- criativa e inovadora, o FPD, junto desportivas nacionais através do e trezentos, valor este que
Costa do Sol 0-1 Cape Town City portivo foi de 30 milhões de com os seus parceiros e entidades reforço e da campanha que foi le- não estava planificado.
22
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DESPORTO Savana 09-03-2018

MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE S.p.A.


SOLICITAÇÃO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE

o
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS À MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE SPA RELACIONADOS
A UM FINANCIAMENTO DE PROJECTO (PROJECT FINANCING) DE UM PROJECTO DA ÁREA 4
NA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

log
A Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (com a representação comer- TXH HQYROYDP DJrQFLDV GH H[SRUWDomR GH FUpGLWR EDQFRV LQWHUQD-
cial em Moçambique actualmente registada como Eni East Africa FLRQDLVHRXWURVJUXSRVGHFUHGRUHVHHPSDUWLFXODUTXDOTXHUH[SH-
FLRQDLVHRXWURVJUXSRVGHFUHGRUHVHHPSDUWLFXODUTXDOTXHU
S.p.A. representação comercial de Moçambique) (“MRV”) convida as ULrQFLDFRPÀQDQFLDPHQWRGHSURMHFWRVGH*1/HRXWURVSURMHFWRVGH
ULrQFLDFRPÀQDQFLDPHQWRGHSURMHFWRVGH*1/HRXWURVSURMHFWRV
sociedades de advogados interessadas, que estejam devidamente qua- JUDQGHGLPHQVmRQRVHFWRUGHHQHUJLD
OLÀFDGDVDVXEPHWHUDVXDPDQLIHVWDomRGHLQWHUHVVHHTXHVHMDPUHFR- 2VQRPHVGRVDGYRJDGRVGDVXDVRFLHGDGHGHDGYRJDGRVTXHWUDED-
2VQRPHVGRVDGYRJDGRVGDVXDVRFLHGDGHGHDGYRJDGRVTXHWUD
QKHFLGDVLQWHUQDFLRQDOPHQWH ´0DQLIHVWDomRGH,QWHUHVVHµ SDUDSUHVWDU OKDUmRQRSURMHFWRMXQWDPHQWHFRPLQIRUPDomRGHWDOKDGDUHIHUHQWH
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DRVVHXVSRQWRVIRUWHVTXDOLÀFDo}HVHH[SHULrQFLDUHOHYDQWH L

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GRV~OWLPRVWUrVDQRVTXHVHMDPUHOHYDQWHVSDUDRVÀQDQFLDPHQW
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de Financiamento de Projectosµ(PSDUWLFXODUD059WHPSODQRVGH 8PDDSUHVHQWDomRGHWDOKDGDVREUHDSHUFHSomRGDVXDVRFLHGDGHGH
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SÍTIO ELECTRÓNICO PARA REGISTO


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‡HIHFWXDUDUHYLVmRGHGRFXPHQWRVGR3URMHFWRLQFOXLQGRGHFR QWUDWRV bique-Application SDUDFDQGLGDWXUDVHP,QJOrV
GHFRQVWUXomRRX(3&SDUDDIHULURVHXSRWHQFLDOGHÀQDQFLDPHQWR
GHFRQVWUXomRRX(3&SDUDDIHULURVHXSRWHQFLDOGHÀQDQFLDPHQ WR
(ÀQDQFHDELOLW\  KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀFD$XWRFDQGLGD-
KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀFD$XWRFDQG
‡ SURYLGHQFLDU DFRQVHOKDPHQWR DWLQHQWH j UHTXLVLWRV H SURFHGLPHQWRV
SURFHGLPHQWRV tura-Mozambico SDUDFDQGLGDWXUDVHP3RUWXJXrV
SH[(&$VH0/$V
HVSHFLDLVGHYiULDVIRQWHVGHHPSUpVWLPRV SH[(&$VH0/$V LQ LQ-
SH[(&$VH0/$V LQ
OHJLEL-
FOXLQGRUHTXLVLWRVVRFLDLVHDPELHQWDLVTXHVW}HVDWLQHQWHVDHOHJLEL
FOXLQGRUHTXLVLWRVVRFLDLVHDPELHQWDLVTXHVW}HVDWLQHQWHVDH IMPORTANTE: $VXEPLVVmRGHYHID]HUUHIHUrQFLDDRVHJXLQWHFyGLJR
OLGDGHHWF GHSURGXWRSS04AA11 – ASSESSORIA JURÍDICA
‡DVVLVWLUQDSUHSDUDomRGHLQIRUPDomRGRSURMHFWRPHPRUDQGRVWHUP
‡DVVLVWLUQDSUHSDUDomRGHLQIRUPDomRGRSURMHFWRPHPRUDQGRV WHUP- 
VKHHWV H RXWUD GRFXPHQWDomR UHODFLRQDGD DR ÀQDQFLDPHQWR EHP 'HQWUR GD SiJLQD GH LQWHUQHW GH FDQGLGDWXUD QD VHFomR ´2EMHFWR GD
de

FRPR SURYLGHQFLDU DFRQVHOKDPHQWR QR UHVSHLWDQWH D FRQIRUPLGDGH &DQGLGDWXUDµDiUHD´2ULJHPGRFRQYLWHµGHYHVHUSUHHQFKLGDGDVH-


(FRPSOLDQFH FRPWRGDVDVJDUDQWLDVDSOLFiYHLVHRXWUDVOHLVDSOLFiYHLV
FRPWRGDVDVJDUDQWLDVDSOLFiYHLVHRXWUDVOHLVDSOLFiYHLV JXLQWHIRUPDASSESSORIA JURÍDICA
RVGHÀ-
‡DVVLVWLUQDUHYLVmRHODERUDomRHQHJRFLDomRGRVYiULRVDFRUGRVGHÀ
‡DVVLVWLUQDUHYLVmRHODERUDomRHQHJRFLDomRGRVYiULRVDFRUG
QDQFLDPHQWR LQFOXLQGR RV WHUPRV FRPXQV VXEMDFHQWHV FUpGLWR JD- 2 REMHFWLYR GD LQIRUPDomR H GRV GRFXPHQWRV p LGHQWLÀFDU VRFLHGDGHV
rantias e acordos entre credores (LQWHUFUHGLWRU DJUHHPHQWV
DJUHHPHQWV  TXH VHUmR GHDGYRJDGRVTXDOLÀFiYHLVTXHWHQKDPXPDFDSDFLGDGHFRPSURYDGD
QHFHVViULRVHQRFXPSULPHQWRGHWRGDVDVFRQGLo}HVSUHFHGHQWHVUH-
QHFHVViULRVHQRFXPSULPHQWRGHWRGDVDVFRQGLo}HVSUHFHGHQWHV HH[SHULrQFLDUHFHQWHUHOHYDQWHDVHUFRQVLGHUDGDSDUDXPSRWHQFLDOFRQ-
ÀUVWGUDZGRZQ 
ÀUVWGUDZGRZQ
IHUHQWHVDRSULPHLURVDTXH ÀUVWGUDZGRZQ   YLWHSDUDRFRQFXUVRSDUDDSUHVWDomRGH6HUYLoRV-XUtGLFRVGH)LQDQFLD-
‡PDQWHUFRQWDFWRVFRPHDGPLQLVWUDUFRQWULEXWRVGRDVVHVVRUMXUtGLFR
‡PDQWHUFRQWDFWRVFRPHDGPLQLVWUDUFRQWULEXWRVGRDVVHVVRUM PHQWRGH3URMHFWRV
ORFDOTXHVHUiUHVSRQViYHOSHORDFRQVHOKDPHQWRMXUtGLFRUHODFLRQDGR
ORFDOTXHVHUiUHVSRQViYHOSHORDFRQVHOKDPHQWRMXUtGLFRUHODFL $059DYDOLDUiDGRFXPHQWDomRDFLPDVROLFLWDGDHVHHVWLYHUVDWLVIHLWD
io

jVPDWpULDVGD/HJLVODomR0RoDPELFDQD LQFOXLUiDVRFLHGDGHGHDGYRJDGRVQDOLVWDSDUDRFRQYLGiODDSDUWLFLSDU
‡HPLWLUSDUHFHUHVMXUtGLFRV GRFRQFXUVRSDUD6HUYLoRV-XUtGLFRVGH)LQDQFLDPHQWRGH3URMHFWRV
$SUHVHQWHFRQVXOWDQmRGHYHVHUFRQVLGHUDGDXPFRQYLWHSDUDFRQFXUVR
$SHQDV VRFLHGDGHV GH FRQVXOWRULD MXUtGLFD LQWHUQDFLRQDOPHQWH UH UHFR- HQmRUHSUHVHQWDRXFRQVWLWXLTXDOTXHUSURPHVVDRIHUWDREULJDomRRX
ár

QKHFLGDVTXHWHQKDPFDSDFLGDGHFRPSURYDGDHH[SHULrQFLDUHOHYDQWH FRPSURPLVVRGHTXDOTXHUWLSRSRUSDUWHGD059GHFHOHEUDUTXDOTXHU
QKHFLGDVTXHWHQKDPFDSDFLGDGHFRPSURYDGDHH[SHULrQFLDUHOHYD
FRQVLGHUDGDV contrato ou acordo com o candidato ou com qualquer sociedade de ad-
UHFHQWH QD SUHVWDomR GRV VHUYLoRV DFLPD GHVFULWRV VHUmR FRQVLGH
SDUDRSRWHQFLDOFRQFXUVRQRkPELWRGRVHUYLoRDFLPDGHVFULWR2VDG- YRJDGRVSDUWLFLSDQWHQDSUHVHQWHFRQVXOWD
SDUDRSRWHQFLDOFRQFXUVRQRkPELWRGRVHUYLoRDFLPDGHVFULWR
YRJDGRVSURSRVWRVSHODVVRFLHGDGHVGHDGYRJDGRVHOHJtYHLVSDUDHVWH 7RGRV RV GDGRV H LQIRUPDo}HV IRUQHFLGRV QD FDQGLGDWXUD QmR GHYHP
YRJDGRVSURSRVWRVSHODVVRFLHGDGHVGHDGYRJDGRVHOHJtYHLVSDUD
3URMHFWRGHYHPLQFOXLUSURÀVVLRQDLVTXDOLÀFDGRVSDUDHPLWLUSDUHFHUHV VHUFRQVLGHUDGRVFRPRXPFRPSURPLVVRSRUSDUWHGD059GHFHOHEUDU
3URMHFWRGHYHPLQFOXLUSURÀVVLRQDLVTXDOLÀFDGRVSDUDHPLWLUSDU
QRkPELWRGR'LUHLWR,QJOrV qualquer contrato ou acordo com o candidato, nem dará direito a sua
Di

VRFLHGDGHGHDGYRJDGRVGHUHFODPDUTXDOTXHULQGHPQL]DomRGD059
DOCUMENTOS EXIGIDOS 2VGDGRVHLQIRUPDo}HVFODUDPHQWHDVVLQDODGRVFRPR´FRQÀGHQFLDLVµH
IRUQHFLGRVGHDFRUGRFRPRSUHVHQWHFRQYLWHVHUmRWUDWDGRVFRPRFRQÀ-
$VVRFLHGDGHVGHDGYRJDGRVUHFRQKHFLGDVLQWHUQDFLRQDOPHQWHLQWHUHV- GHQFLDLVSHOD059([[RQ0RELO0RoDPELTXH/LPLWDGDH(QL5RYXPD
$VVRFLHGDGHVGHDGYRJDGRVUHFRQKHFLGDVLQWHUQDFLRQDOPHQWHLQ
,QWHUHVVH %DVLQ 6S$ H VXDV DÀOLDGDV H QmR VHUmR SDUWLOKDGDV FRP SHVVRDV RX
VDGDV QHVWH FRQYLWH SRGHP VXEPHWHU D VXD 0DQLIHVWDomR GH ,QWHUH
HPSDUWLFLSDUGHXPFRQFXUVRS~EOLFRUHJLVWDQGRVHQDSiJLQDGHLQWHU- HPSUHVDVQmRDXWRUL]DGDV
HPSDUWLFLSDUGHXPFRQFXUVRS~EOLFRUHJLVWDQGRVHQDSiJLQDGH
QHW ZHEVLWH DEDL[RLQGLFDGDHVXEPHWHQGRDVHJXLQWHGRFXPHQWDomR 2SUD]RSDUDDVXEPLVVmRGD0DQLIHVWDomRGH,QWHUHVVHDWUDYpVGDSi-
H[LJLGD JLQDGDLQWHUQHW ZHEVLWH HVWiHVWDEHOHFLGRSDUDGH0DUoRGH
&ySLDDXWHQWLFDGDHGLJLWDOL]DGDGRVGRFXPHQWRVGHUHJLVWRQRPHGD 4XDLVTXHUFXVWRVLQFRUULGRVSHODVVRFLHGDGHVGHDGYRJDGRVHPSUHSD-
SHVVRDMXUtGLFDHGDSHVVRDGHFRQWDFWR UDomRj0DQLIHVWDomRGH,QWHUHVVHVHUmRGDH[FOXVLYDHLQWHLUDUHVSRQ-
'DGRVGHTXDOTXHUWUDEDOKRUHFHQWHTXHDVXDVRFLHGDGHGHDGYRJD- VDELOLGDGH GDV VRFLHGDGHV GH DGYRJDGRV H GHYHUmR VHU LQWHJUDOPHQWH
GRVWHQKDUHDOL]DGRSDUDSURMHFWRVVLPLODUHVTXHDTXDOLÀTXHPSDUD VXSRUWDGDV SRU HVVDV VRFLHGDGHV GH DGYRJDGRV TXH QmR WHUmR GLUHLWR
HVWHWUDEDOKRGHVWDFDQGRRFRQKHFLPHQWRHVSHFLDOL]DomRHH[SHULrQ- DQHQKXPUHHPEROVRSHOD059HHVVDVVRFLHGDGHVGHDGYRJDGRVQmR
FLD GD VXD HPSUHVD FRP WUDQVDFo}HV GH ÀQDQFLDPHQWR GH SURMHFWRV WHUmRQHQKXPGLUHLWRGHUHFXUVRj059
Savana 09-03-2018
PUBLICIDADE
DESPORTO 23

MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE S.p.A.


PUBLIC ANNOUNCEMENT FOR EXPRESSIONS OF INTEREST

o
PROVISION OF LEGAL SERVICES FOR MOZAMBIQUE ROVUMA VENTURE SPA IN CONNECTION
WITH A PROJECT FINANCING OF AN AREA 4 PROJECT IN THE REPUBLIC OF MOZAMBIQUE

log
0R]DPELTXH5RYXPD9HQWXUH6S$ EUDQFKR΀FHLQ0R]DPELTXH TXDOLÀFDWLRQV
SURMHFW WRJHWKHU ZLWK GHWDLOV RI WKHLU VWUHQJWKV TXDOLÀFDWLRQ
FXUUHQWO\UHJLVWHUHGDV(QL(DVW$IULFD6S$0R]DPELTXH%UDQFK  DQGUHOHYDQWH[SHULHQFH LQFOXGLQJDOLVWRIWKHWUDQVDFWLRQVZKL-
DQGUHOHYDQWH[SHULHQFH LQFOXGLQJDOLVWRIWKHWUDQVDFWLRQVZ
´059µ  LQYLWHV LQWHUHVWHG LQWHUQDWLRQDOO\UHFRJQL]HG ODZ ÀUPV FKWKH\KDYHZRUNHGRQGXULQJWKHODVWWKUHH\HDUVUHOHYDQWWR
WKDWDUHGXO\TXDOLÀHGWRVXEPLWWKHLUH[SUHVVLRQVRILQWHUHVW ´([- WKHÀQDQFLQJVGHVFULEHGDERYH 
$GHWDLOHGGLVFXVVLRQRI\RXUÀUP·VXQGHUVWDQGLQJRIWKHOLNHO\
SUHVVLRQRI,QWHUHVWµ WRSHUIRUPOHJDOVHUYLFHVWREHSURYLGHGLQ $GHWDLOHGGLVFXVVLRQRI\RXUÀUP·VXQGHUVWDQGLQJRIWKHOLN
UHVSHFWRIDSURSRVHGSURMHFWÀQDQFLQJRIDQRQVKRUH/1*SURMHFW SDUW-
SULRULWLHV DQG LVVXHV WKDW ZLOO EH LPSRUWDQW WR$UHD  LWV SDU

ció
WREHGHYHORSHGLQUHODWLRQWR$UHDRIWKH5RYXPD%DVLQLQWKH QHUV DQG WKH *RYHUQPHQW RI 0R]DPELTXH LQ FRQQHFWLRQ ZLWK
5HSXEOLFRI0R]DPELTXH VXFKOHJDOVHUYLFHVWKH´3URMHFW)LQDQ- WKHSRWHQWLDOÀQDQFLQJRIWKH3URMHFW
FLQJ /HJDO 6HUYLFHVµ  ,Q SDUWLFXODU 059 LV SODQQLQJ WR GHYHORS  <RXU SURSRVHG IHHV IRU WKH VHUYLFHV WR EH SDLG WR \RXU ÀUP LLI
WZRRQVKRUHOLTXHIDFWLRQWUDLQVDW$IXQJLLQWKHQRUWKHUQSURYLQ- selected;
$Q\RWKHUIDFWRUEHVLGHV\RXUÀUP·VH[SHULHQFHWKDW\RXWKLQN
FHRI&DER'HOJDGRWRGHYHORSDQGSURFHVVQDWXUDOJDVH[WUDFWHG $Q\RWKHUIDFWRUEHVLGHV\RXUÀUP·VH[SHULHQFHWKDW\RXWKL
IURPRͿVKRUH5RYXPD%DVLQLQ0R]DPELTXH WKH´3URMHFWµ  GLͿHUHQWLDWHDQGVWUHQJWKHQ\RXUWHDPIURPWKDWRI\RXUFRP-
SHWLWRUV
SCOPE OF WORK
7KHVFRSHRIWKHZRUNLQFOXGHVWKHIROORZLQJ
‡IDFLOLWDWLQJDIRFXVHGGLVFXVVLRQRIWKH3URMHFW·VÀQDQFLQJREMHF-
tives;
‡DVVLVWLQJWKHSURMHFWÀQDQFHWHDPLQDQDO\]LQJÀQDQFLQJVWUXF-
so
REGISTRATION WEBSITE
7KHUHJLVWUDWLRQZHEVLWH 0R]DPELTXH$SSOLFDWLRQ LVDYDLODEOHWR
7KHUHJLVWUDWLRQZHEVLWH 0R]DPELTXH$SSOLFDWLRQ LVDYDLODEOH
WKHIROORZLQJ85/

WXUHVWKDWPHHW3URMHFWREMHFWLYHVDVZHOODVLGHQWLI\LQJSURMHFWFW KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBHQJ6XSSOLHUV4XDOLÀFDWLRQ0R-
LVVXHVWKDWPD\LPSDFWDQ\SRWHQWLDOÀQDQFLQJ zambique-Application )RU(QJOLVK
um
‡ UHYLHZ 3URMHFW GRFXPHQWV LQFOXGLQJ FRQVWUXFWLRQ RU (3& FRQ-
WUDFWVIRUÀQDQFHDELOLW\ KWWSVHSURFXUHPHQWHQLLWLQWBLWD)RUQLWRUL4XDOLÀFD$XWRFDQ-
‡DGYLVLQJRQWKHVSHFLDOUHTXLUHPHQWVDQGSURFHGXUHVRIYDULRXV
‡DGYLVLQJRQWKHVSHFLDOUHTXLUHPHQWVDQGSURFHGXUHVRIYDULRX V didatura-Mozambico )RU3RUWXJXHVH
OHQGLQJVRXUFHV HJ(&$VDQG0/$V LQFOXGLQJHQYLURQPHQ-
WDODQGVRFLDOUHTXLUHPHQWVHOLJLELOLW\LVVXHVHWF IMPORTANT: 7KH VXEPLVVLRQ VKDOO PDNH UHIHUHQFH WR WKH
‡ DVVLVW LQ WKH SUHSDUDWLRQ RI SURMHFW LQIRUPDWLRQ PHPRUDQGXP IROORZLQJFRPPRGLW\FRGH SS04AA11 – LEGAL CONSULTAN-
WHUPVKHHWVDQGRWKHUGRFXPHQWDWLRQUHODWLQJWRWKHÀQDQFLQJ CY
DQGDGYLVHZLWKUHVSHFWWRFRPSOLDQFHZLWKDOODSSOLFDEOHVHFX-
ULWLHVDQGRWKHUDSSOLFDEOHODZV WKH
:LWKLQ WKH ZHEVLWH DSSOLFDWLRQ XQGHU WKH VHFWLRQ ´2EMHFW RI WK
‡DVVLVWLQWKHUHYLHZGUDIWLQJDQGQHJRWLDWLRQRIWKHYDULRXV ÀQDQ-
‡DVVLVWLQWKHUHYLHZGUDIWLQJDQGQHJRWLDWLRQRIWKHYDULRXVÀQDQ $SSOLFDWLRQµWKHDUHD´2ULJLQRILQYLWDWLRQµVKDOOEHFRPSOHWHGDV
de

cing agreements including underlying common terms, credit, IROORZVLEGAL CONSULTANCY


VHFXULW\DQGLQWHUFUHGLWRUDJUHHPHQWVWKDWZLOOEHUHTXLUHGDQG
VHFXULW\DQGLQWHUFUHGLWRUDJUHHPHQWVWKDWZLOOEHUHTXLUHGDQG
LQWKHIXOÀOOPHQWRIDOOFRQGLWLRQVSUHFHGHQWWRÀUVWGUDZGRZQ
SUHFHGHQWWRÀUVWGUDZGRZQ 7KHSXUSRVHRIWKHLQIRUPDWLRQDQGGRFXPHQWVLVWRLGHQWLI\TXD-
‡OLDLVHZLWKDQGPDQDJHLQSXWIURPORFDOFRXQVHOZKLFKVKDOOEH
‡OLDLVHZLWKDQGPDQDJHLQSXWIURPORFDOFRXQVHOZKLFKVKDO OLÀHGODZÀUPVWKDWKDYHWKHSURYHQFDSDELOLW\DQGUHFHQWUHOHYDQW
UHVSRQVLEOHIRUDGYLFHLQUHVSHFWRI0R]DPELFDQODZ H[SHULHQFHWREHFRQVLGHUHGIRUSRWHQWLDOLQYLWDWLRQWRWHQGHUIRU
‡UHQGHUOHJDORSLQLRQV 3URMHFW)LQDQFH/HJDO6HUYLFHV
059ZLOOHYDOXDWHWKHDERYHUHTXHVWHGGRFXPHQWDWLRQDQGLIVD-
2QO\LQWHUQDWLRQDOO\UHFRJQL]HGODZDGYLVRU\ÀUPVWKDWKDYHSUR- WLVÀHGZLOOLQFOXGHWKHODZÀUPLQWKHOLVWIRULQYLWDWLRQWRWHQGHU
io

WKH IRU3URMHFW)LQDQFH/HJDO6HUYLFHV
YHQ FDSDELOLW\ DQG UHFHQW UHOHYDQW H[SHULHQFHV RI VXSSO\LQJ WKH
DERYHUHTXLUHGVHUYLFHVZLOOEHFRQVLGHUHGIRUSRWHQWLDOWHQGHUIRU
DERYHUHTXLUHGVHUYLFHVZLOOEHFRQVLGHUHGIRUSRWHQWLDOWHQGHU
DERYHUHTXLUHGVHUYLFHVZLOO EHFRQVLGHUHGIRUSRWHQWLDOWHQGHU 7KLV HQTXLU\ VKDOO QRW EH FRQVLGHUHG DV DQ LQYLWDWLRQ WR ELG DQG
WKHVFRSHRIVHUYLFHGHVFULEHGDERYH$WWRUQH\VWKDWDUHSURSR- GRHVQRWUHSUHVHQWRUFRQVWLWXWHDQ\SURPLVHRͿHUREOLJDWLRQRU
WKHVFRSHRIVHUYLFHGHVFULEHGDERYH$WWRUQH\VWKDWDUHSURS
VHGE\HOLJLEOHODZÀUPVIRUWKLV3URMHFWPXVWLQFOXGH(QJOLVKODZ FRPPLWPHQW RI DQ\ NLQG RQ WKH SDUW RI 059 WR HQWHU LQWR DQ\
VHGE\HOLJLEOHODZÀUPVIRUWKLV3URMHFWPXVWLQFOXGH(QJOLVK
ár

SUDFWLWLRQHUV DJUHHPHQWRUDUUDQJHPHQWZLWK\RXRUZLWKDQ\ODZÀUPSDUWLFL-
SDWLQJLQWKLVHQTXLU\
REQUIRED DOCUMENTS $OOGDWDDQGLQIRUPDWLRQSURYLGHGZLWKLQWKHDSSOLFDWLRQVKDOOQRW
EHFRQVLGHUHGDVDFRPPLWPHQWRQWKHSDUWRI059WRHQWHULQWR
LQYLWDWLRQ any agreement or arrangement with you, nor shall it entitle your
,QWHUQDWLRQDOO\UHFRJQL]HG ODZ ÀUPV LQWHUHVWHG LQ WKLV LQYLWDWL
Di

PD\VXEPLWWKHLU([SUHVVLRQRI,QWHUHVWWRSDUWLFLSDWHLQDWHQGHU ODZÀUPWRFODLPDQ\LQGHPQLW\IURP059
PD\VXEPLWWKHLU([SUHVVLRQRI,QWHUHVWWRSDUWLFLSDWHLQDWHQ
SURFHVVE\UHJLVWHULQJRQWKHZHEVLWHLQGLFDWHGEHORZDQGVXEPLW- 'DWDDQGLQIRUPDWLRQFOHDUO\PDUNHGDV´FRQÀGHQWLDOµSURYLGHG
SURFHVVE\UHJLVWHULQJRQWKHZHEVLWHLQGLFDWHGEHORZDQGVXEPL
WLQJWKHIROORZLQJUHTXLUHGGRFXPHQWDWLRQ SXUVXDQW WR WKLV HQTXLU\ ZLOO EH WUHDWHG DV FRQÀGHQWLDO E\ 059
6FDQQHGFHUWLÀHGFRS\RIWKHUHJLVWUDWLRQGRFXPHQWVOHJDOHQWL- ([[RQ0RELO0RFDPELTXH/LPLWDGDDQG(QL5RYXPD%DVLQ6S$
6FDQQHGFHUWLÀHGFRS\RIWKHUHJLVWUDWLRQGRFXPHQWVOHJDOH
W\QDPHDQGFRQWDFWSHUVRQ DQGWKHLUD΀OLDWHVDQGZLOOQRWEHGLVFORVHGWRQRQDXWKRUL]HGSHU-
'HWDLOVRIDQ\UHFHQWZRUN\RXUÀUPKDVXQGHUWDNHQIRUVLPLODU VRQVRUFRPSDQLHV
'HWDLOVRIDQ\UHFHQWZRUN\RXUÀUPKDVXQGHUWDNHQIRUVLPLO
SURMHFWVWKDWTXDOLI\\RXUÀUPIRUWKLVDVVLJQPHQWKLJKOLJKWLQJ 7KHGHDGOLQHIRUVXEPLVVLRQRI([SUHVVLRQRI,QWHUHVWWKURXJKWKH
\RXU ÀUP·V NQRZOHGJH H[SHUWLVH DQG H[SHULHQFH ZLWK SURMHFW ZHEVLWHLVVHWIRU0DUFK
ÀQDQFH WUDQVDFWLRQV LQYROYLQJ H[SRUW FUHGLW DJHQFLHV LQWHUQD- $Q\ FRVWV LQFXUUHG E\ WKH LQWHUHVWHG ODZ ÀUPV LQ SUHSDULQJ WKH
WLRQDOEDQNVDQGRWKHUOHQGHUJURXSVDQGLQSDUWLFXODUDQ\H[- ([SUHVVLRQRI,QWHUHVWVKDOOEHVROHO\WKHHQWLUHUHVSRQVLELOLW\RIWKH
SHULHQFHZLWKSURMHFWÀQDQFLQJRI/1*SURMHFWVDQGRWKHUODUJH ODZÀUPVDQGVKDOOEHIXOO\ERUQE\VXFKODZÀUPVZKLFKZLOOQRW
VFDOHHQHUJ\SURMHFWV EHHQWLWOHGWRDQ\UHLPEXUVHPHQWE\059DQGVXFKODZÀUPVVKDOO
7KHQDPHVRIWKHDWWRUQH\VLQ\RXUÀUPZKRZLOOZRUNRQWKH KDYHQRUHFRXUVHWR059
24
CULTURA Savana 02-03-2018

Temos poeta lírico


N
Por António Cabrita
a página trinta e oito do de facto é enquanto palavra devo- se adivinharmos na aglutinação do de um lirismo comedido (envergo-

o
livro Os Poros da Concha, tada. Porque intencionada pode ser termo “pernaltas” as “pernas altas”, nhado?), como este: «o « teu silêncio é
de Sangare Okapi, encon- toda a prosa, mas o devotamento e provavelmente cruzadas, que ins- sono e marco/ graça o teu bramido as-
tramos este poema, breve, (o reconhecimento de que a pala- pirou o poeta. sim alto/ como a força da seta no arco/

log
como é natural ao seu autor: vra por si mesmo é um valor) só Tudo aludido, mas sem se declarar, que bate no oração aberto// sou todo
«há na tua voz a música oblíqua dos existe na poesia. Daí que a poesia por mera sugestão, como acontece açúcar e pão erecto».
erecto
versos/mexendo no cabelo vermelho se assemelhe ao fio de azeite que se na boa poesia chinesa ou na poe- Aliás o livro só exibe um momen-
das acácias/ agachadas que frequen- desmancha quando é tocada pelo sia simbolista, no caso da tradição to falho, no único poema dedicado
tam o campanário// dessa música a dente do garfo, sem perder o gosto. E europeia. directamente à amada: «tua/«t voz//
dança do pêlo na epiderme». basta provar uma vez o azeite para Sangare Okapi é um poeta da ra- foz que é um compreensível
nua/ foz»,
Façamos uma paráfrase do poema. saber a iniludível diferença de co- sura e da intertextualidade (no sen- testemunho emocional mas tão ao
É um texto de amor de um elegan- mer com ou sem esse tempero. tido em que trabalha muitas vezes osso que não descola da impressão
te decoro (ou de «uma ténue linha Entretanto, é, coerentemente, pela a partir de versos alheios com os de facilidade e não chega a alçar-se
erotizante», se quisermos citar Ana a um valor expressivo, a não ser que

ció
obliquidade que chegamos ao fecho quais dialoga e se apropria numa
– visto que se localiza quase sime-
Mafalda Leite, a propósito do poe- de ouro deste poema: pulsão criativa), de grande conten-
tricamente a meio do livro - pen-
ta) mas pelo qual, como quem não “dessa música a dança do pêlo na ção, e cuja sintaxe bebe por vezes
semos nele como o forro do livro,
quer a coisa, se compara a presença epiderme”, onde música está no na oralidade, pelo que há vanta- como o seu invisível (e gago) gonzo
da amada ao júbilo da natureza (à lugar de transe, pêlo no de pénis e gem em lê-lo em voz alta para se móvel ou o esqueleto propulsor da
sua floração) quando se avizinha do epiderme no de púbis. surpreender a cerzidura dos seus “carne” do resto. Assim será a frin-
sagrado (do templo, de que o cam- lado, não se esgotem aí as proprie- Outro bom exemplo de deslocação ritmos que são internos ao verso e cha da porta que permite a comu-
panário é a sinédoque). As acácias dades do amor, afinal oblíquo como ou de obliquidade encontramo- nem sempre correspondem à cesu- nicação, a continuidade, entre o ar
restituem ao sentimento uma carga a música e a voz (que assim que se -lo no fecho de outro poema, na ra do mesmo. do interior e o do exterior.
material (todo o amor precisa de
um corpo em que sejam investidos
os seus dons) embora, por outro
ouve é já lembrança).
E nesta obliquidade funda-se
igualmente a poesia, aquilo que ela
página 26: «entre

so
entre as pernaltas des-
cubra o ninho/ sem pêlos onde depo-
sitar os ovos»,, cuja chave se elucida
Este é um livro maduro, excelente,
avesso a lugar-comuns, equilibrado
e de bem conseguidos momentos
Um belo e maduro livro de um
novo que se senta na mesa da ve-
terania.

Jornalismo cultural
em debate
um

A SóArte Media em par-


ceria com a Associação
IVERCA e o Camões
– Centro Cultural Por-
tuguês realizam, de 26 a 28 de
Março do ano em curso, a Segun-
da Edição do Seminário de Jorna-
de informação e comunicação, e
contempla formação de jorna-
listas, artistas, sociedade civil nas
províncias de Nampula, Sofala e
Maputo sobre o uso das platafor-
mas digitais.
A ideia é influenciar, através do
de

lismo Cultural. seminário, a produção de conteú-


Financiado pela União Europeia dos jornalísticos sobre cultura e
e Fundação Luso-Americana artes mais consistentes e que es-
para o Desenvolvimento, o Semi- timulem mudanças positivas. Por
nário de Jornalismo Cultural vai outro lado, pretende influenciar a
introduzir sete estágios profissio- criação de mais espaços na media
nais para jornalistas moçambica- paraa assuntos ligado à cultura. O
nos no estrangeiro, concretamen- jornalismo cultural é objecto pri-
te para RTP em Lisboa, Portugal. vilegiado para análise das mudan-
ças pelas quais passa a sociedade,
io

Serão painelistas da presente edi- cultura e, por extensão, os próprios


ção Jeremias Langa, MC Roger, meios de comunicação de massa.
Melita Matsinhe, Severino Ngoe- A.S
nha, Paulina Chiziane,
Júlio Manjate, Francisco
ár

Manjate, Inocêncio Al-


bino,, Pompilío Gemuce,
José dos Remédios, Paulo
Chibanga, G2, Amosse
Macamo e Milton Ma-
chel.
Di

Pela primeira vez, o se-


minário contará com
presença de uma jornalis-
ta portuguesa Teresa Ni-
colau, e a pesquisadora e
cineasta Catarina Simão.
Na sua programação, o
Seminário de Jornalismo
Cultural procura juntar
actores culturais de Mo-
çambique que abordam
temas ligados às relações
das linguagens artísti-
cas com o jornalismo,
património, tecnologias Mc Roger será um dos participantes do debate
Passam agora 50 anos da ofensiva do
Tet. Esta foto ilustra uma marcha

Dobra por aqui


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CO DO SAVANA Nº 1261 ‡ DE MARÇO DE 2018
SUPLEMENTO HUMORÍSTICO

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do nosso (des)contentamento
50 tons de....castanho ou a água

Diá
Savana 09-03-2018
OPINIÃO 27

Abdul Sulemane (Texto)


Ilec Vilanculo (Fotos)

o
Só para rir

log
O custo de vida vai apertando cada dia que passa e, recentemente, foi a
tarifa dos transportes semi-colectivos que aumentou. Entretanto, as di-
ficuldades para ter um transporte digno pioram a cada dia que passa e as
pessoas são transportadas como se de gado se tratasse.
Vemos um punhado de autocarros pelas ruas que servem apenas para ludibriar

ció
alguns cidadãos, criando a ilusão de que existe um transporte público minima-
mente organizado.
Isso não é verdade. A realidade é outra. Bem pior.
Existem aqueles que nem estão aí para esta situação. As suas vidas andam em ní-
veis bem altos. Vivem com regalias. A corrupção está instalada no país, não basta
falar, é preciso fazer as coisas acontecer.
Quando as coisas não nos afectam directamente deixamos passar debaixo de nos-
sos olhos e parece que não nos incomodam. Quem não sabe que quando a polícia
de protecção sai à rua uma das coisas que assistimos são cenas de extorsão a cita-
dinos nacionais e estrangeiros.
Esperamos que não seja a tona da conversa travada entre o Comandante-geral da
Polícia, Bernardino Rafael, e o vice-Ministro da Defesa Nacional, Patrício José.
A troça deve ser pelo evento sobre a sessão única sobre corrupção que teve lugar
na capital do país.
Mas este cenário deixou algumas figuras com cara de poucos amigos. Vejam como
so
o antigo Primeiro Ministro, Aires Ali, está a mostrar o seu descontentamento
ao Ministro das Obras Públicas e Recursos Hídricos, Carlos Bonete. Pelo sem-
blante, Bonete não tem motivos para sorrir. A crise de água que assola Maputo,
um
Matola e Boane acompanhada pelas inundações já tiram sono ao titular da pasta
das Obras Públicas.
O jogo de abertura do Moçambola foi uma das notícias de destaque recentemen-
te. Houve uma mobilização de todos os cantos para se assistir ao jogo entre o
Clube de Chibuto e o Desportivo de Nacala. Era preciso que o evento fosse mar-
cado por uma enchente, pois a mobilização foi forte. Em certos momentos, alguns
dirigentes fizeram o seu papel para exibir o seu protagonismo durante o evento.
Deve ser o efeito Mavila Boy que os contagiou, outro assunto que não deixou de
ser comentado nos círculos futebolísticos. Como um jovem de tenra idade aparece
a financiar eventos desportivos. Só acontece no nosso país. Basta ter dinheiro, a
proveniência não conta. Fazer mais como? Por acaso, será que Augusto Pombuane
de

tenta procurar uma explicação junto a Caetano de Sousa, ambos funcionários da


Federação Moçambicana de Futebol, sobre como coisas dessas podem acontecer?
Ou é devido ao facto de alguns conseguirem aparecer ao lado de altas figuras do
país? Referimo-nos ao antigo Director Nacional do Desporto e actual do Ins-
tituto Nacional do Desporto, Francisco da Conceição, que aparece ao lado da
Governadora da província de Gaza, Stela da Graça Pinto. Há quem não perde
uma oportunidade.
Soubemos que Moçambique subiu oito lugares no ranking da FIBA. Quem sabe
nesta última imagem, o seleccionador nacional de futebol, Abel Xavier, procura
defender a sua pele sobre o seu desempenho para Amós Mahanjane. É motivo
io

para dizer que são coisas que dão para rir. Quando é que os “Mambas” vão ter
um desempenho que lhes possa fazer subir alguns bons degraus no ranking do
futebol? Da forma como caminhamos nem sonhando. Vamos dar prioridade a
outras modalidades que tem dignificado o nosso desporto. Não basta o futebol
ser desporto rei.
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À HORA DO FECHO
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Cornelder poderá gerir Porto


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da Beira por mais dez anos


Por Argunaldo Nhampossa
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para o aumento da capacidade de KVTUB
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-portuário por mais dez anos. Ë $PSOFMEFS EF .PÎBNCJRVF FN ÎBNFOUP EB DBCPUBHFN DPN EVBT CBTUPOÈSJP EJTTF TFS QFMP NFOPT FTUSBOIP RVF B GBSSB EBT EÓWJEBT
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Savana 09-03-2018 1
EVENTOS

EVENTOS
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o
Alimentação Escolar continua desafio do MEDH

log
M oçambique comemo-
rou, no passado dia 01
de Março, quinta-feira,
o Dia Africano de Ali-
mentação Escolar, efeméride cujas
cerimónias centrais tiveram lugar
temos este programa, a frequência
dos alunos é muito alta e o absen-
tismo é muito reduzido, pois vão à
escola sabendo que terão algo para
comer”, sublinhou.
Por essa razão, garante a ministra, o

ció
na Escola Primária do 1º e 2º grau programa será estendido para mais
de Nhachengo, distrito de Mand- 58 escolas, com a abrangência de
lhakazi, na província de Gaza, sul quatro escolas de Cabo Delgado,
de Moçambique. Niassa e Zambézia e 46 da provín-
cia de Tete, totalizando 70 escolas.
Sob o lema “Realizando o Poten- De acordo com os dados forneci-
cial Total das Crianças Africanas dos pelo MEDH, para os próximos
através da Alimentação Escolar anos, a perspectiva é de abranger
com Compras Locais”, a cerimó- mais 340 escolas, com os apoios
nia foi dirigida pela Ministra da
Educação e Desenvolvimento Hu-
mano, Conceita Sortane, e contou
com a presença da representante
do Programa Mundial para Ali-
mentação (PMA) e do Embaixa-
dor da Rússia, Alexander Súrikov,
técnico e financeiro do PMA e da
Rússia, respectivamente.

Números ainda abaixo das


expectativas
No total, são cerca de 300 mil
alunos beneficiados pelo lanche
so
escolar, em todo o país, em repre-
o financiador desta nova fase do sentação de cerca de 700 escolas.
Programa Nacional de Alimenta- Juntam-se a este projecto, a ADPP,
um
ção Escolar (PRONAE). em Maputo (269 escolas), Visão
As actividades culturais, feiras Mundial, em Nampula (160 es-
agrícola e de saúde escolar, de- colas) e JAM nas províncias de lares, mas que o seu país perdoou Sublinha que, diariamente, mais sião para pedir a construção de uma
monstração de culinária e a pre- Inhambane e Sofala (37 escolas). 90%, tendo convertido a restante de 370 milhões de crianças bene- escola secundária para reduzirem os
miação dos melhores alunos e Questionada em relação a este percentagem (USD 140 milhões) ficiam-se da alimentação escolar, 12 km que lhes separam da actual
professores de 2017 marcaram número, que representa 4,3% das para investir no futuro do país. em todo o mundo, e assegura que escola, localizada em Chidenguele.
o evento, no qual os parceiros de crianças do Sistema Nacional de “A alimentação é um dos factores o programa 2017-2021 da sua ins- Os pais também saudaram o pro-
cooperação sentaram-se à mesma Ensino (são cerca de sete milhões), de abandono escolar, por isso nos tituição elege a alimentação escolar jecto, afirmando que desde a sua
mesa com os alunos daquela escola a titular do MEDH garantiu que é associamos a este programa para como sua maior aposta. implementação reduziu o número
para o almoço do dia, feito na base desejo do governo expandir o pro- ajudarmos na preparação dos qua- A parceira técnica do PRONAE de crianças que não frequentavam
de produtos locais. grama para todas as escolas do país, dros do futuro”, disse. explicou que, para além da confec- à escola. Estes exortaram os seus
Discursando na abertura, a titular mas “não é possível fazê-lo devido
de

O Embaixador russo salienta que ção e distribuição de alimentos nas filhos a valorizarem a conquista,
da pasta da educação, Conceita à escassez de recursos financeiros”. o programa não visa distribuir co- escolas, o programa inclui também empenhando-se mais nos estudos,
Sortane, recuou no tempo para “Este programa requer um grande mida nas escolas, mas desenvolver uma componente de educação nu- de modo a desenvolver a sua comu-
falar das inúmeras iniciativas de investimento (financeiro) porque o sistema de alimentação escolar, tricional. nidade.
alimentação escolar ensaiadas no paraa alimentar todas as escolas pre- desde a produção até à confecção Sortane explica ser imperiosa a Para além da construção de uma
país, desde a independência para cisamos de colocar o produto no dos alimentos. participação das comunidades nes- escola secundária, os pais e encarre-
justificar o sucesso do PRONAE, local e ter machambas, insumos e Sortane agradeceu o apoio da Rús- te projecto porque “a partir deste gados de educação pediram energia
aprovado e introduzido, em 2013, equipamentos para que os alunos sia e aproveitou o momento para programa podem ter técnicas para eléctrica para que os adultos pos-
pelo Governo, em 10 distritos produzam para o seu auto-susten- convidar outros parceiros a junta- melhorarem a sua produção, assim sam frequentar o curso nocturno.
afectados pela seca, nas províncias to”, explicou. rem-se a esta causa. como a sua dieta alimentar”. Refira-se que o Dia Africano da
io

de Nampula, Tete, Manica e Gaza, A Federação da Rússia juntou-se Os alunos da Escola Primária do Alimentação Escolar foi criado em
cobrindo 12 escolas. a esta causa e irá investir USD 40 Comunidades instadas a participar 1º e 2º grau de Nhachengo, hospe- Janeiro de 2016, pelos Chefes de
Segundo Sortane, os resultados da milhões, frutos da conversão de activamente deiras da cerimónia e uma das qua- Estado da União Africana, na XVIª
fase piloto (terminou em 2017) são uma parte da dívida que Moçambi- A Directora Nacional e Repre- tro escolas da província de Gaza Reunião, onde decidiram adoptar
positivos porque “permitiu manter que tinha com aquele país do leste sentante do PMA, em Moçam- abrangidas pelo PRONAE, agra- a alimentação escolar como estra-
os alunos na escola”, pois, “estimu- europeu. bique, Karin Manente, diz estar deceram o programa, pois, segundo tégia continental para melhorar
ár

la o lado fisiológico e psíquico da O Embaixador da Rússia, Alexan- comprovado que o programa de elas, melhoraram o estado nutricio- a frequência e o desempenho dos
criança”. der Súrikov, explicou que a dívida alimentação escolar reduz, de fac- nal assim como o absentismo. alunos nas escolas e promover a
Sortane sustenta a sua afirmação, moçambicana diante daquele país to, o absentismo e as desistências Tratando-se de um momento úni- geração de renda nas comunidades
dizendo: “em todas as escolas, onde era superior a dois biliões de dó- escolares. co, os petizes aproveitaram a oca- locais. (A.M)
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2 Savana 09-03-2018
EVENTOS

Operacionalização da cabotagem prevista para Setembro


A empresa Transmarítima
S.A., totalmente detida
pelo Estado e a Peschaud
Moçambique assinaram,
a via marítima para o transporte de
carga.
Mesquita referiu, igualmente, que a
assinatura deste memorando de en-
racionalização da cabotagem, Jafar
Ruby explicou que, de acordo com
o cronograma já estabelecido, den-
tro de um mês será feito o registo

o
nesta quarta-feira, em Maputo, tendimento lança um novo desafio da sociedade entre a Transmarítima
um memorando de entendimento paraa o País, “que é o da capacita- e a Peschaud Moçambique, estan-
para a revitalização da cabotagem ção dos portos secundários, para os do a sua operacionalização prevista
marítima em Moçambique. quais o sector dos transportes tem para Setembro
Setembr do ano em curso.
curso

log
estado também a trabalhar”. O PCA da Peschaud Internacional,
Assinado pelos presidentes dos Por seu turno, o PCA da Trans- Christophe Peschaud, garantiu,
Conselhos de Administração da marítima, Jafar Ruby, referiu que após a assinatura do memorando
Transmarítima S.A. e da Peschaud a assinatura deste memorando de de entendimento, que a sua insti-
Internacional, na presença do mi- entendimento marca o pontapé de tuição tudo fará para viabilizar a
nistro dos Transportes e Comuni- saída paraa as operações de cabota- operação de cabotagem no País e
cações, Carlos Mesquita, o referi- gem marítima em Moçambique. para que a mesma decorra nas me-
do memorando de entendimento Da contraparte, Peschaud Moçam- lhores condições.
visa regular as acções das partes bique, Jafar Ruby assumiu tratar-se “Estamos conscientes de que a

ció
envolvidas no processo para o de- de um parceiro bastante experiente prioridade nacional é operacionali-
senvolvimento do transporte de ca- ministro dos Transportes e Comu- “Igualmente, este sistema irá di- na área de cabotagem, destacando a zar os portos secundários, pelo que,
botagem marítima no País, uma nicações, Carlos Mesquita, assegu- namizar o desenvolvimento eco- sua presença em vários países afri- pensamos nós, este projecto veio
actividade que pretende assegurar nómico dos vários locais por onde canos. mesmo a tempo para prestar devi-
rou que o transporte de cabotagem
a ligação e o fornecimento de bens os serviços de cabotagem maríti- “É igualmente por este motivo que damente os serviços, sobretudo aos
entre as províncias do País, através irá, efectivamente, reduzir os preços
ma irão escalar, nomeadamente os vamos, conjuntamente, dar os pas- grandes desenvolvimentos que vão
dos portos primários e secundários. das mercadorias nos locais de des- sos que faltam para a revitalização acontecer na zona Norte do País”,
portos principais e os secundários”,
Intervindo durante a cerimónia, o tino. da cabotagem em Moçambique, considerou.
acrescentou.
nomeadamente da selecção das Importa referir que o investimen-

Cornelder apoia as famílias


vítimas das inundações
so
Ainda no quadro das vantagens da
cabotagem, o governante destacou
que a mesma irá contribuir, signi-
ficativamente, para a redução da
sinistralidade rodoviária, na medi-
da em que passará a ser explorada
embarcações ou dos navios mais
adequados, que posteriormente se-
rão adquiridos e colocados a operar
em Moçambique”,
Ruby.
Moçambique avançou Jafar

No tocante às etapas para a ope-


to para o arranque da revitalização
da cabotagem marítima, feito pela
Transmarítima S.A. e pela Pes-
chaud Moçambique, está avaliado
em mais de 10 milhões de dólares
norte-americanos.

A Cornelder procedeu à en-


trega, nesta terça-feira, na
Por sua vez, Augusta Maita, secre-
tária permanente da província de
DAN Moçambique abre
um
cidade da Beira, ao gover- Sofala, agradeceu à Cornelder de
no provincial de Sofala, de Moçambique pelo gesto, tendo des-

oficialmente no País
produtos alimentares de primeira tacado que, a avaliar pela quantida-
necessidade e material de constru- de, a oferta fará muita diferença na
ção, avaliados em cerca de 1.500 mil melhoria das condições de vida dos

A
meticais, para apoio às famílias víti- afectados.
mas das inundações. “Testemunhamos a recepção de agência de comunicação Aegis Network está firmada em 145 nossa crença no mercado moçambi-
produtos e materiais de construção Dentsu Aegis Network países, espalhados por cinco conti- cano e no know-how do grupo The
Várias famílias das cidades da Bei- compostos por 618 quilogramas de Moçambique (DAN) nentes, com aproximadamente 40 Number Seven.”
ra e Dondo, incluindo o distrito de feijão,, 309 quilogramas de açúcar anunciou, quinta-feira da mil funcionários. Somando já um O foco principal da agência é apoiar
Nhamatanda, encontram-se afecta- castanho, igual quantidade de sal, semana passada, a sua estreia em investimento de mais de 300 mi- os seus potenciais clientes a desen-
de

das pelas inundações, situação que 701 chapas de zinco, 35 barrotes Moçambique, com a abertura ofi- lhões de dólares no mercado africa- volver estratégias de comunicação
levou o governo de Sofala a lançar e 134 pacotes de parafusos, num cial do seu escritório em Maputo. no no último ano, esta é também a integradas, que coloquem o negócio
uma campanha de solidariedade montante de 1.456.215 meticais”, Esta inauguração da marca em Mo- empresa multinacional que actual- e a optimização do investimento
interna de moçambicanos para mo- indicou. çambique faz parte daquele do pla- mente tem o crescimento orgânico a caminhar lado a lado com boas
çambicanos, com vista a minimizar Acrescentou que as ofertas que o go- no de expansão da mesma e de um mais rápido em África no mercado ideias.
o sofrimento das vítimas.
verno provincial tem estado a rece- acordo que possui com o grupo The publicitário. Embora só agora se tenha apre-
Intervindo, na ocasião, António Li-
ber constituem uma pronta respos- Number Seven, proprietária, de en- Dawn Rowlands, Directora Exe- sentado oficialmente, a DAN Mo-
bombo, director executivo-adjunto
ta ao apelo feito pelas autoridades tre outras empresas, da agência de cutiva da Rede Dentsu Aegis na çambique já tem na sua cartela de
da Cornelder de Moçambique, refe-
locais, “daí que queremos encorajar publicidade Ogilvy Moçambique. África Subsaariana, disse que o in- clientes, grandes empresas e marcas,
riu: “obviamente que não podíamos
para que continuem com esta vonta-
io

ficar indiferentes a este drama que vestimento que a sua empresa está a como as Cervejas De Moçambique,
afecta grande parte da nossa popu- de, fazendo parte deste movimento Com origem do Japão, a Dentsu fazer em Moçambique “baseia-se na Barclays, Pep, Colgate, entre outras.
lação, havendo crianças que ficaram de solidariedade de moçambicanos

Multichoice lança 7ª edição dos


sem escolas e outras que não têm para moçambicanos”.
acesso às suas próprias residências”. Importa realçar que, em Sofala, em
“Nós reagimos ao apelo do governo consequência das enxurradas, 110
ár

provincial, no sentido de assegurar famílias encontram-se reassenta-

Prémios Estrela DStv Eutelsat


que sejam criadas condições para das, em Nhamatanda. As inunda-
minorar o drama que a população ções, para além de deslocar famílias,
está neste momento a viver, não só destruíram residências, culturas e

A
na cidade da Beira, mas também em algumas infra-estruturas públicas e
vários distritos da província”, disse. privadas.
Di

Multichoice África lan- facilmente captado ‘bipe, bipe, bipe’. Além disso, o aluno com a melhor
çou, recentemente, um Olhando para atrás e com este mo- redação a nível do continente será
concurso que visa estimular mento histórico em mente, redija elegível para uma viagem com o en-
a juventude africana, em um texto ou crie um cartaz que des- carregado de educação, para Paris,
especial os estudantes das escolas creva como os satélites lançaram a França, na companhia da Eutelsat,
secundárias com idade compreen- humanidade no século XXI e de que e, em seguida, para a Guiana Fran-
dida entre os 14 e 19 anos, para se forma desempenharam o papel de cesa para ver o lançamento de um
inspirarem nas áreas de ciência e da unificador.” foguetão ao espaço.
tecnologia. Embora o concurso seja continen- O vencedor da categoria de car-
tal, a Multichoice Moçambique vai taz a nível continental irá ganhar
Os participantes devem de for- conceder prémios aos vencedores uma viagem com o encarregado de
ma criativa escrever uma redacção nacionais tais como: computadores, Educação à África do Sul que in-
criativa ou desenhar um cartaz, telescópios, câmaras, e ainda, estes clui uma visita à Agência Espacial
inspirando-se nos seguintes dizeres: estudantes irão concorrer na etapa Nacional Sul-africana, bem como a
“Já lá vão sessenta anos desde que o de avaliação continental em con- exploração de vários locais de patri-
primeiro satélite Sputnik foi lança- junto com os vencedores de outros mónio cultural como convidados da
do, transmitindo um sinal único e países. MultiChoice Africa.
Savana 09-03-2018 3
EVENTOS

“BROCA” lança projecto de Standard Bank


defesa da pessoa com deficiência apela à postura
O consórcio BROCA, “No ano passado realizamos um damente ADEMO (Associação
de Fair Play

o
constituído pelas orga- seminário, no qual auscultamos dos Deficientes de Moçambique)

A
nizações Brotar Mo- as preocupações das pessoas por- e ADEMIMO (Associação dos
çambique e AMOCA tadoras de deficiência e a maior Deficientes Militares de Moçam- abertura do Moçam- assim é que estarão a pres-

log
(Associação Moçambicana para parte falou do acesso aos serviços bique), congratularam o consór- bola 2018, no último tigiar este campeonato, pau-
Cidadania Activa) lançou, sema- públicos devido às condições de cio pela iniciativa e revelam que sábado, 3 de Mar- tando por uma postura de
na finda, na vila de Boane, pro- acessibilidade aos edifícios”, disse será um alívio nas suas vidas, pois, ço, em Chibuto, foi rigorosidade e integridade na
víncia de Maputo, o projecto de Cármen Fumo, Directora Execu- actualmente sentem-se excluídos marcada por apelos do Stan- realização do vosso trabalho”.
monitoria e advocacia em prol da tiva da Brotar Moçambique, du- na gestão da sua vila munici- dard Bank e da Liga Moçam- Na ocasião, António Ma-
melhoria da qualidade das infra- rante a apresentação do projecto, pal, assim como “descriminados” bicana de Futebol (LMF) ao camo explicou que o in-
-estruturas públicas e de interes- secundada por uma peça teatral porque “precisamos sempre de Fair play, verdade desportiva vestimento do Standard
se público. retratando esta triste realidade. alguém para nos ajudar a entrar e pontaria dos atacantes para Bank, parceiro mais antigo
O projecto, a ser implementado Para a BROCA, esta situação no edifícios públicos para tratar que o campeonato seja reple- do Moçambola, data desde

ció
em 10 meses, visa contribuir na pode derivar, por um lado, dos algum documento ou pedir algu- to de golos. 2009. A fonte frisou que o
melhoria das infra-estruturas pú- órgãos legislativos não usarem os ma informação”. banco já canalizou mais de
blicas naquele ponto do país, de instrumentos legais de monitoria O Vereador das Infra-estrutu- Na cerimónia, que antecedeu 70 milhões de Meticais ao
modo a serem acessíveis a pessoas e fiscalização das obras públicas ras naquele município, Arnaldo ao jogo inaugural entre o Clu- campeonato, com o objectivo
portadoras de deficiência e irá em prol das pessoas portadoras Naheco, presente no evento, re- be de Chibuto e o Desporti- único e exclusivo de engran-
custar um milhão de meticais, fi- de deficiência e, por outro, esta conheceu a situação em que se vo de Nacala, o membro do decer o futebol nacional.
nanciado pela Fundação MASC camada social não exercer acções encontram os edifícios da sua Conselho de Administração “Tudo que fazemos no Mo-
de cidadania em prol dos seus di- autarquia, tendo garantido que a do Standard Bank, António çambola é para inspirar as
(Mecanismo de Apoio à Socieda-
gerações vindouras, criar
de Civil).
Segundo os proponentes do pro-
jecto, este nasce pelo facto da vila
municipal de Boane apresentar
edifícios públicos sem condições
de acessibilidade para pessoas
reitos.
Por essa razão, o consórcio explica
que, para alcançar os seus objec-
tivos, irá apostar no treinamento
dos membros da Assembleia Mu-
nicipal em matérias de legislação,
so
sua edilidade tem empreendido
esforços para mudar a situação.
Refira-se que já passam 10 anos
desde que o Decreto 53/2008,
de 30 de Dezembro, que regula
a construção e manutenção dos
Macamo, falando em repre-
sentação dos patrocinadores,
apelou aos clubes e adeptos
a pautarem por uma postura
de Fair play, de modo a evitar
que os estádios se transfor-
mem em “campos de batalha”.
bases para que Moçambique
chegue aos melhores palcos
do futebol mundial e, acima
de tudo, para proporcio-
nar momentos de alegria ao
povo moçambicano”, disse
portadoras de deficiência, citan- assim como manter encontros de dispositivos técnicos de acessibi- Os apelos de António Maca- o membro do Conselho de
do-se o exemplo do edifício do advocacia com as pessoas porta- lidade, circulação e utilização dos mo foram também extensivos Administração do Standard
Conselho Municipal, cujas con- doras de deficiência. sistemas dos serviços públicos à aos árbitros, que “devem dei- Bank, que reiterou o patro-
um
dições de acessibilidade para esta As organizações da sociedade ci- pessoa portadora
tadora de deficiência xar que os jogadores sejam o cínio do banco a esta prova
camada social ainda não estão vil baseadas naquele distrito da foi aprovado, mas poucas altera- centro das atenções, pois só pelo menos até 2020.
criadas. província de Maputo, nomea- ções têm se visto.
de
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4 Savana 09-03-2018
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EVENTOS
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