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SUMÁRIO
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12.6 Operação e Manutenção de Redes Coletoras de Esgoto e Drenagem
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12.7 Gestão Conjunta ............................................................................. 32
12.8 Gestão Eficaz .................................................................................. 33
12.9 Exemplo de Terceirização com PPP bem-sucedida ....................... 34
12.10 Importância da água ....................................................................... 35
12.11 Escassez da água ........................................................................... 35
12.12 Aproveitamento, Captação e (re) uso das Águas Pluviais na
Arquitetura 36
12.13 Desperdício da Água Potável.......................................................... 37
13 CAPTAÇÃO DAS ÁGUAS PLUVIAIS .................................................... 37
13.1 Utilização da água da chuva no Brasil ............................................ 37
13.2 Águas pluviais e seu aproveitamento .............................................. 38
13.3 Sistema de coleta da água da chuva .............................................. 39
13.4 Áreas de captação .......................................................................... 39
13.5 Calhas e Tubulações ...................................................................... 39
13.6 Tratamentos .................................................................................... 40
13.7 Bombas e sistemas pressurizados .................................................. 40
13.8 Cisterna: reservatório de armazenamento para a água da chuva ... 41
13.9 DRENAGEM URBANA.................................................................... 43
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 46
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1 GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Fonte: jornaldosaneamento.hol.es
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1.1 Os serviços públicos de manejo de águas pluviais urbanas
Em muitos países, como nos Estados Unidos, a stormwater utility (ou seja, o
serviço público de manejo de águas pluviais urbanas) é atribuição de estrutura
administrativa específica, normalmente com receitas próprias. No Brasil, infelizmente,
este serviço não vem merecendo tratamento institucional adequado, sendo executado
em conjunto com outras atividades, sem segregação contábil, sem receitas vinculadas
e, ainda, sem um planejamento que lhe oriente as ações.
Entretanto, já está em curso processo de mudança.
Em primeiro lugar, porque o serviço público de manejo de águas pluviais foi
reconhecido como um dos cinco serviços públicos de saneamento básico, nos termos
do que prevê a Lei Nacional de Saneamento Básico – LNSB (Lei federal nº 11.445, de
5 de janeiro de 2007). Com isso, é serviço público que, devidamente organizado, deve
ser colocado à disposição pelo Município, seja diretamente, seja por meio de terceiros
contratados.
Em segundo lugar, porque a expressão manejo de águas pluviais, utilizada pela
Lei Nacional de Saneamento Básico (LNSB), possui significado moderno e diferente
da expressão “serviços de drenagem”, antes utilizada.
Isso porque drenar significa retirar um líquido de algum lugar, transferindo-o
para outro lugar. Ora, meramente transferir, no que se refere às águas pluviais
urbanas, pode significar apenas mudar a localização da enchente. Já a expressão
“manejo” possui significado mais amplo, significando não apenas a ação de drenar,
mas, também, as ações de estimular a infiltração das águas pluviais no solo, de detê-
las ou, mesmo, de reservá-las, seja para uso (por exemplo, em rega ou lavagem de
pisos), seja para ser esgotada de forma e em tempos compatíveis com o
dimensionamento do sistema de drenagem.
É a partir dessas premissas que se pode compreender o alcance da definição,
normativa, do serviço público de manejo de águas pluviais urbanas:
Art. 15. Consideram-se serviços públicos de manejo das águas pluviais urbanas
os constituídos por uma ou mais das seguintes atividades:
I - Drenagem urbana;
II - Transporte de águas pluviais urbanas;
III - detenção ou retenção de águas pluviais urbanas para
amortecimento de vazões de cheias, e
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IV - Tratamento e disposição final de águas pluviais urbanas.
(Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010 – Regulamento da LNSB).
Contudo, há que se perguntar: de quais águas pluviais se está referindo? Isso
porque há águas pluviais privadas e águas pluviais públicas, diferença que possui
impacto sobre o regime de remuneração dos serviços.
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natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores” (art. 1.290). Em outras
palavras: abandonando a propriedade sobre as águas pluviais, não pode o anterior
proprietário impedir que tais águas sejam adquiridas pelos proprietários dos prédios
inferiores, para onde escoam naturalmente.
Doutro lado, no caso desse escoamento natural, o proprietário do prédio inferior
possui a obrigação de receber tais águas, mesmo que lhe causem incômodo, na
conformidade do que dispõe o Código Civil:
Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as
águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que
embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não
pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior.
Art. 1.289. Quando as águas, artificialmente levadas ao prédio superior, ou aí
colhidas, correrem dele para o inferior, poderá o dono deste reclamar que se desviem,
ou se lhe indenize o prejuízo que sofrer.
Fica evidente que as águas pluviais de propriedade privada se configuram pela
só circunstância de águas pluviais terem se precipitado, naturalmente, em um imóvel
de propriedade privada.
A mesma regra se aplica quando as águas pluviais venham a se precipitar
sobre imóveis públicos, eis que se tornam propriedade pública, podendo ser inclusive
propriedade pública de uso comum, como também prevê o Código de Águas: “São de
domínio público de uso comum as águas pluviais que caírem em lugares ou terrenos
públicos de uso comum (art. 107).
Há, portanto, duas formas de propriedade pública sobre as águas pluviais:
(i) Águas pluviais cuja propriedade é exercida por entidade pública, porque
tal entidade possui a propriedade de prédio onde se precipitaram águas pluviais – pelo
que seu regime se equipara ao regime jurídico da das águas pluviais de propriedade
privada, sendo “pública” pelo simples fato de o proprietário ser integrante da
Administração Pública e
(ii) As águas pluviais de uso comum, que, no caso das águas pluviais
urbanas – que são as que interessam a este texto –, são aquelas que se precipitaram
sobre as vias públicas e outros bens de uso comum do povo.
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2.1 O Poder Público é obrigado a receber gratuitamente as águas pluviais
urbanas que escoam de prédios urbanos?
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Havendo tal norma administrativa, evidentemente que o Poder Público não
seria obrigado a receber águas pluviais urbanas originadas de prédios urbanos, mas,
apenas, teria que manejar as águas pluviais que se precipitem sobre as vias públicas
e outros logradouros. E nada mais.
Ou seja, nesta hipótese, o serviço público de manejo de águas pluviais urbanas
seria limitado à apenas a parcela das águas pluviais que se precipitaram no território
do Município – porque parte destas teriam o seu manejo sob a responsabilidade
privada.
Fonte: blogdaengenharia.com
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Vê-se, assim, com clareza, o porquê de a Lei Nacional de Saneamento Básico
(LNSB) expressamente prever a remuneração pela prestação dos serviços de manejo
de águas pluviais urbanas:
Art. 36. A cobrança pela prestação do serviço público de drenagem e manejo
de águas pluviais urbanas deve levar em conta, em cada lote urbano, os percentuais
de impermeabilização e a existência de dispositivos de amortecimento ou de retenção
de água de chuva, bem como poderá considerar:
I - O nível de renda da população da área atendida;
II - As características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser
neles edificadas.
Como evidente, a remuneração prevista para os serviços se refere ao manejo
das águas pluviais escoadas dos prédios urbanos para as vias públicas, não para o
manejo das que se precipitem diretamente sobre as vias públicas. Com isso, as
despesas com o manejo das águas pluviais de uso comum do povo devem ser
custeadas pelo Poder Público, mediante suas receitas gerais, especialmente as
geradas mediante impostos, e não podem ser objeto de cobrança específica.
De outro lado, as águas pluviais que escoarem dos prédios urbanos para a via
pública podem ser objeto de remuneração por parte do proprietário ou ocupante do
prédio, inclusive prevendo a legislação federal critérios para o cálculo do valor de dita
remuneração.
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ao princípio da anterioridade são incompatíveis com a premência de se restabelecer
a equação econômico-financeira violada (...)”.A três, porque, ainda na hipótese de
taxa, “haveria o inconveniente de a receita dos serviços passar a ser tratada como
receita pública, que deve atender a todos os vínculos do regime de contabilidade
pública, inclusive o do caixa único, o que gera o risco de a receita de tarifas ser
utilizada para o atendimento de outras necessidades públicas, em prejuízo dos
serviços e de seu prestador”.
Vê-se, assim, que “os regimes jurídicos das taxas e das tarifas são bastante
diferentes entre si. De um lado, tem-se o regime tarifário, que é mais flexível, mas
oferece menos garantias formais aos usuários – uma vez que pode haver alteração
de valores a qualquer momento, sem a necessidade de edição formal de lei”.
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À liberdade que tem o Poder Público na fixação do preço público, sem a
necessidade de lei a estabelecer os critérios para determinação do valor devido,
corresponde a liberdade do cidadão em utilizar, ou não, o serviço correspondente.
Apesar de a opinião de MACHADO não esgotar o tema, porque atualmente se
reconhecem hipóteses em que tarifa pode ser utilizada mesmo para serviços de
utilização compulsória, inclusive os de água e esgoto, de se ver que para a análise
aqui empreendida não é necessário ir mais longe.
Como visto acima, o proprietário de um prédio urbano, caso as normas
municipais prevejam, pode ter as seguintes opções: (i) conter as águas pluviais de
sua propriedade no interior do prédio, viabilizando sua infiltração no solo ou dando
outro uso, ou (ii) encaminhar tais águas para o serviço público. O serviço público,
neste caso, não é compulsório, porque seu uso depende da vontade do usuário, que,
como se disse, tanto pode reter as águas pluviais, como encaminhá-las para o serviço
público.
Com isso, até mais que na situação dos serviços de esgotamento sanitário, é
evidente que a remuneração dos serviços públicos de manejo de águas pluviais
urbanas trata-se de hipótese de preço público, ou seja, de hipótese de tarifa, e não de
taxa.
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Na espécie não há uma prestação mensurável. Mesmo aquele que
eventualmente viesse a não pagar a taxa, seria beneficiado com a drenagem das
águas pluviais. Por isso é que essa obrigação da Municipalidade há de ser satisfeita
com outra espécie de tributo: o imposto. Esta a definição legal de imposto: “Imposto é
o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. É o que leva Hugo de Brito
Machado a afirmar que “o imposto é uma exação não vinculada, isto é, independente
de atividade estatal específica”.
Ao vulnerar o preceito do inciso II do artigo 145 da Constituição da República,
a Lei nº 7.606, de 23.12.1997, do Município de Santo André, viu-se fulminada de
incompatibilidade com a ordem fundante em ambas as entidades federativas, pelo
princípio da simetria.
Por estes fundamentos, conhece-se parcialmente do incidente e se declara a
inconstitucionalidade da Lei 7.606, de 23.12.1997, do Município de Santo André,
determinada a remessa dos autos à Câmara Suscitante para prosseguimento do
julgamento.
(Arguição de Inconstitucionalidade nº 990.10.247740-1, Órgão Especial do
TJ/SP, Rel. Des. Renato Nalini, j. 11.8.2010)
Como se percebe, ou a Lei Municipal de Santo André previa que todos os
custos do serviço público de manejo de águas pluviais urbanas deveriam ser
custeados pelos usuários, inclusive a parcela de custo dos serviços que visa a atender
as águas pluviais de uso comum do povo (que, efetivamente, só pode ser custeada
mediante receitas gerais, como a originada de impostos), ou o Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo não percebeu a diferença entre a parcela remunerável e não
remunerável de ditos serviços.
De qualquer forma, o precedente apontado serve para demonstrar três
aspectos importantes:
(i) A necessidade se utilizar dos critérios fixados pela Lei Nacional de
Saneamento Básico (LNSB), o que não aconteceu de forma expressa no caso julgado,
até porque a lei municipal analisada é anterior à LNSB;
(ii) Que é essencial elevado cuidado na elaboração da lei municipal, para
evitar confusões que podem pôr a perder a remuneração pela prestação dos serviços;
e
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(iii) A novidade da matéria, pelo que os operadores do Direito, inclusive do
Judiciário, não a conhecem, pelo que é grande a possibilidade de equívocos quanto à
interpretação dos fatos, e, por conseguinte, na aplicação do direito.
Fonte: www.geohidro.com.br
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contar na ameaça das doenças de vetor hídrico, ou cujo vetor está associado ao
manejo inadequado das águas.
Ao se instituir, atendido os pressupostos previstos na Lei Nacional de
Saneamento Básico, a remuneração pela prestação do serviço público de manejo de
águas pluviais urbanas, surgirá um estímulo econômico para que os proprietários das
águas pluviais lhe deem solução adequada.
Sabendo que, caso não deem destinação adequada, terão que pagar pela água
pluvial que encaminham para o sistema público, os proprietários de prédios urbanos,
especialmente dos maiores (como os estacionamentos e outras grandes plantas
impermeabilizadas, que possuem grande impacto), poderão ser induzidos a adotar
soluções locais, seja diminuindo a área impermeabilizada, seja por meio de
reservatórios no interior dos lotes (“piscininhas”), ou permitindo a utilização mais
inteligente do sistema público de drenagem.
Efetivamente a cobrança pela utilização dos serviços públicos de manejo de
águas pluviais colabora para que a sociedade entenda que a enchente não é
“problema do prefeito”, mas problema da coletividade urbana, e que está diretamente
ligada a como esta coletividade se apropria do território e dos recursos naturais.
Há que se concordar com os ambientalistas: nada mais educativo do que a
aplicação do princípio do poluidor-pagador.1
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Extraído do link: pt.linkedin.com
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tubulações de aço corrugado ou de polietileno corrugado, entre diversos outros
materiais alternativos. Entretanto, a solução mais tradicional é o tubo de concreto”,
afirma o engenheiro Alírio Brasil Gimenez, diretor Técnico da ABTC – Associação
Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto.
Gimenez destaca que o tubo de concreto é uma alternativa usual para esse tipo
de obra, por apresentar como vantagem a possibilidade de ser utilizado para qualquer
nível de carga. “Mesmo que a drenagem seja feita sob via com trânsito intenso de
veículos, abaixo de linha férrea ou em uma pista de aeroporto, os tubos de concreto
ainda atendem a todos os casos. O material é versátil por ser dimensionado
estruturalmente para diversas situações de aplicação”, explica. Quando fabricadas de
maneira adequada, as peças de concreto que compõem a rede devem ter expectativa
de vida de 100 anos. “Se forem fabricadas seguindo todas as especificações da ABNT
NBR 8890 – Tubo de concreto de seção circular para águas pluviais e esgotos
sanitários – Requisitos e métodos de ensaio –, terão todas as condições técnicas para
ter 100 anos de vida útil”, afirma o engenheiro.
“O tubo de concreto é uma alternativa usual para esse tipo de obra por
apresentar como vantagem a possibilidade de ser utilizado para qualquer nível de
carga (...). Mesmo que a drenagem seja feita sob via com trânsito intenso de veículos,
abaixo de linha férrea ou em uma pista de aeroporto, os tubos de concreto ainda
atendem a todos os casos.”
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sistema. “O estudo deve ser feito de forma correta. Quanto mais impermeabilizado for
o terreno, com asfalto e concreto, menor será a quantidade de chuva que infiltra no
solo. Isso aumenta a quantidade de água que escoa rapidamente, acumulando nos
pontos baixos da cidade”, adverte. O segundo dimensionamento que deve ser feito é
o estrutural, ou seja, a definição da classe de resistência mecânica dos tubos. “Entre
os itens que interferem, é preciso considerar se haverá trânsito sobre a rede e qual
será a profundidade da obra, entre outros”, comenta.
Quanto mais impermeabilizado for o terreno, com asfalto e concreto, menor
será a quantidade de chuva que infiltra no solo. Isso aumenta a quantidade de água
que escoa rapidamente, acumulando nos pontos baixos da cidade.
6 TUBOS DE CONCRETO
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funciona pelo escoamento da água através da pressão atmosférica, sem
bombeamento. “A água simplesmente sai do ponto mais alto para o mais baixo.
Pequenos vazamentos nesse sistema não têm importância tão grande,
diferentemente da rede de esgoto sanitário, que, ao apresentar vazamento, exige
intervenção rápida, pois o material transportado é altamente agressivo ao meio
ambiente, podendo contaminar o subsolo”, esclarece o profissional.
Outra diferença da rede de drenagem pluvial para a de esgoto é o tipo de peças
utilizadas. “Para o sistema em concreto de esgoto sanitário são especificados tubos
de junta elástica, com anel de borracha em uma das pontas que se conecta na bolsa
do outro tubo para fazer o encaixe. Esse anel é comprimido, garantindo a
estanqueidade da rede”, detalha o engenheiro.
O lixo jogado na rua acaba acumulando no interior das galerias quando chove,
provocando entupimentos e a paralização do sistema. Se as peças forem de qualidade
e a obra for bem executada, a rede só precisará de limpeza.
Além da ABNT NBR 8890, que regulamenta a fabricação dos tubos de concreto
de seção circular, há ainda a ABNT NBR 15396 – Aduelas (galerias celulares) de
concreto armado pré-fabricadas – Requisitos e métodos de ensaio – que estabelece
os requisitos e métodos de ensaio a serem atendidos na fabricação de aduelas.
“Também está em vigor norma que trata especificamente da execução de obras de
esgoto utilizando tubos de concreto, é a ABNT NBR 15645 – Execução de Obras de
Esgoto e Drenagem com Tubos e Aduelas de Concreto”, detalha Gimenez.
Nas questões estruturais, as redes de drenagem pluvial urbana não necessitam
de manutenção. “É preciso somente trabalho de limpeza interna dos tubos, pois o lixo
jogado na rua acaba acumulando no interior das galerias quando chove, provocando
entupimentos e a paralização do sistema. Se as peças forem de qualidade e a obra
for bem executada, a rede só precisará de limpeza”, fala o engenheiro.
Gimenez avalia que, de maneira geral, todas as esferas de governo não
aplicam os recursos necessários em drenagem, por serem obras que ficam enterradas
e não trazem dividendos políticos. “Muitos problemas de enchentes são causados pela
falta de investimento”, conclui.
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De maneira geral, todas as esferas de governo não aplicam os recursos
necessários em drenagem, por serem obras que ficam enterradas e não trazem
dividendos políticos.2
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Extraído do link: www.aecweb.com.br
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ventilação das redes de esgoto. Estas tubulações permitem, em geral, a lavagem dos
coletores por meio de mangueiras de incêndio e a sua desobstrução com o emprego
de varas apropriadas.
Também denominadas caixas de ralo e bocas coletoras, devem ser entendidas
como unidades através das quais as águas de chuva terminam o seu escoamento
superficial nas vias públicas para ingressar no sistema de esgoto propriamente dito.
Suas características dependem da vazão máxima que vão receber, de serem
instaladas ou não junto ao meio-fio, da altura do meio-fio em relação à sarjeta, da
declividade longitudinal da rua, de serem destinadas ou não a reter material sólido do
esgoto, e de vedar a saída dos gases da rede para a via pública. Tudo isso depende
do que está determinado memorial do projeto de drenagem pluvial preço.3
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Fonte: kadoshidoctorhome.wordpress.com
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11 USO DE RESERVATÓRIOS DE ÁGUAS PLUVIAIS RESIDENCIAIS COMO
AUXÍLIO NA DRENAGEM URBANA
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11.1 Legislação: Captação e Reservação de Águas Pluviais
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Através da implantação desse dispositivo de drenagem, os lotes que possuem
grande área impermeabilizada não poderão contribuir no mesmo instante em que
ocorrem as chuvas, ao reduzir a velocidade do escoamento das águas pluviais,
controlando a ocorrência de inundações e também amortecendo e diminuindo os
problemas oriundos dos picos de vazão. Desse modo, é facilitado o funcionamento do
sistema e não há necessidade de grandes obras para impedir as inundações e
alagamentos.5
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escoamento. De fato, as redes de águas pluviais e drenagem urbana vieram antes
das de esgotamento sanitário, já que inicialmente as casas utilizavam as fossas
negras ou despejavam o esgoto diretamente no ambiente, enquanto que nas ruas já
se haviam implantado canais de águas pluviais para escoar a água de chuva.
Como administrar o problema?
Não obstante, por desgraça nos encontramos em geral bastante alijados
dessas demandas, e a atual penúria de investimentos públicos não parece que
permita esperar grandes modificações em curto prazo.
Portanto, sendo realistas, se faz necessário inicialmente tomar consciência do
problema e proceder a elaborar ou introduzir planos simples para projetar e executar
infraestruturas de coleta e gestão das águas pluviais e drenagem urbana,
fundamentalmente redes e seus elementos anexos, que permitam escoar a água
pluvial de forma ordenada e evitando, na medida do possível a alteração dos sistemas
de tratamento e os escoamentos descontrolados.
Também é importante estabelecer nas legislações municipais critérios de
atuação nas residências e futuras urbanizações ou reformas das existentes, tendentes
à separação desde a origem das águas pluviais e drenagem urbana com relação aos
esgotos sanitários, as tipologias de pavimentos a utilizar preferentemente e outros
aspectos relacionados com a gestão de águas pluviais e drenagem urbana.
Igualmente, consideramos muito importantes ações de manutenção daquelas
infraestruturas existentes. Assim, as limpezas periódicas das redes e demais
componentes sistema de drenagem facilitarão seu ótimo funcionamento nos
momentos em que seja necessário.
Por último, integrar a gestão das águas pluviais e drenagem urbana no ciclo da
água. Isto significa que se inclua essa área nos contratos de concessão os nos
contratos de serviços com as empresas privadas do ciclo de água, ou no caso de
gestão direta, incluí-lo nos serviços de água com responsáveis que tenham uma visão
global de todo o ciclo.
Comunidade Europeia
Em termos normativos, no caso da Comunidade Europeia, a Diretiva Marco de
Água é a atual norma inspiradora dos modelos de projeto em engenharia de
saneamento, com o objetivo fundamental de proteção do ambiente.6
6
Extraído do link: www.revistatae.com.br
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12.1 O Processo de Urbanização e a Gestão das Águas Pluviais
Fonte: alphavillevendas.com.br
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O aumento do volume de água seja pelo incremento populacional ou pela
criação de grandes superfícies impermeáveis não só afeta o balanço hídrico, como
também age como fonte de poluição dos mananciais, visto que a água proveniente do
escoamento urbano carrega grande quantidade de partículas poluidoras.
A interação harmônica entre as edificações, a cidade e o meio ambiente não é
mais somente uma propaganda de sustentabilidade e deve ser um tópico de estudo
indispensável para a evolução da humanidade.
Diante destes fatos, conhecer o regime pluviométrico de cada cidade e elaborar
um plano de gestão para as águas pluviais dentro de cada região ou mesmo dentro
de cada lote urbano torna-se importante, seja pensando no melhor aproveitamento
destas águas e com isto poupando este valioso e esgotável recurso ou pensando no
melhor gerenciamento da drenagem urbana, minimizando um grande problema atual
de muitas cidades – as enchentes.7
A gestão de águas pluviais é um processo que se concentra em gerenciar
adequadamente qualquer forma de precipitação que não seja facilmente absorvida
pelo solo durante algum tipo de evento climático. Este processo de gestão de águas
residuais também se aplica a situações em que há derretimento de neve, que cria
escoamento nas ruas da cidade e outros ambientes. O objetivo o negócio de
gerenciamento de águas pluviais é processar o excesso de água de uma forma que
evite danos à propriedade e torne possível que a água coletada seja eficientemente
utilizada em casas, indústrias, estabelecimentos comerciais, hospitais e no meio
ambiente, além de irrigação de campos e zonas agrícolas.
Existem várias razões pelas quais a gestão de águas pluviais é importante para
proteger o meio ambiente. Uma vantagem deste tipo de atividade é que é possível
diminuir a taxa de erosão resultante da presença de escoamento excessivo.
A erosão remove camadas de solo e, ao longo do tempo, mina as fundações
de edifícios ou torna as terras impróprias para o cultivo. Desviar o excesso de água
ajuda a minimizar esta degradação gradual e mantém a propriedade em bom estado
de conservação.
Outro benefício da tarefa de gerenciamento de águas pluviais eficaz é que este
sistema ajuda a limitar a quantidade de poluição que ocorre com o excesso de água
de esgoto em rios e lagos. Muitas vezes, os sistemas de processamento de água
7
Extraído do link: universidadebrasil.edu.br
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municipais estão equipados para receber e purificar as águas pluviais antes de serem
lançadas por qualquer motivo. Este processo significa que a água é limpa de
quaisquer elementos que possam ameaçar o equilíbrio ecológico da vida em rios e
lagos, em última análise, beneficiando todos os que vivem na área.
A tecnologia de gestão de águas pluviais eficaz, muitas vezes, envolve a
consideração do tempo local, as condições ambientais e a criação de políticas e
procedimentos que permitem a coleta de águas pluviais e sua purificação. Por
exemplo, áreas onde a precipitação é pesada durante uma determinada estação
podem usar procedimentos ligeiramente diferentes do que uma área onde uma grande
quantidade de neve derretida cai durante um ou dois meses a cada ano. Muitas
abordagens envolvem o estabelecimento de sistemas de drenagem que ajudam a
transmitir as águas pluviais para uma instalação onde a água seja purificada antes de
ser lançada em um corpo local de água, ou reciclada em um sistema de água existente
no município.
Em muitas nações, o método de gestão de águas pluviais é realizado por uma
agência nacional do meio ambiente. Por exemplo, a agência nacional do meio
ambiente fornece diretrizes que ajudam os municípios na criação e na manutenção de
políticas de águas pluviais eficientes. A criação de normas uniformes em todo um
município permite melhorar as chances de que todas as massas de água dentro de
uma determinada nação permaneçam relativamente pouco afetadas pela poluição.8
O Brasil tem uma população de mais de 200 milhões de habitantes, dos quais
80% residem em áreas urbanas, o que torna imprescindível a implantação de uma
infraestrutura de esgotamento sanitário e drenagem. Estudos indicam que apenas
50% da população urbana é atendida por esses sistemas, exigindo aportes da ordem
de R$ 100 bilhões, o que, somado ao investimento já feito importaria num patrimônio
de aproximadamente R$ 200 bilhões em infraestrutura de esgotamento sanitário e
drenagem.
A responsabilidade pela gestão desse imenso patrimônio, definida pela
constituição, é de cada um dos municípios; assim cabe ao poder público municipal a
8
Extraído do link: www.manutencaoesuprimentos.com.br
28
responsabilidade de proteger a segurança e a saúde da população e do meio
ambiente.
29
Assim, a parceria público-privada pode desenvolver-se através de vários
mecanismos, dentre os quais destacam-se a privatização e a terceirização dos
serviços públicos. Trata-se de uma alternativa ante a inefi ciência do Estado para
resolver questões relacionadas à universalização dos serviços de saneamento no
país.
30
Encontrar parceiros comprometidos com a modernidade e a qualidade, com
experiência e criatividade para implementar melhorias no processo que permitam ao
mesmo tempo aumentar a produtividade, baixar os custos operacionais e melhorar a
qualidade dos serviços.
Definir um modelo de contratação que estimule o desenvolvimento de relações
sinérgicas, com ganhos para ambas as partes envolvidas.
A PPP para a operação conjunta da operação e manutenção de redes coletoras
de esgotos e drenagem é um exemplo a ser adotado.
Fonte: wh3.com.br
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A operação e manutenção de redes coletoras de esgotos ou drenagem
significam fundamentalmente manter o esgoto ou as águas pluviais correndo na rede,
evitando extravasamentos nas vias ou residências, assim como enchentes e
alagamentos, ou no caso inevitável de uma ocorrência, atender rapidamente às
reclamações dos usuários.
Dessa forma, os índices de quantidade de desobstrução de coletores (DCs) e
do tempo de atendimento constituem-se os principais indicadores da efi ciência dos
serviços de operação e manutenção das redes coletoras de esgotos e drenagem, daí
a relevância desses serviços no conjunto das operações dos órgãos ou empresas de
saneamento.
32
12.8 Gestão Eficaz
33
dos equipamentos existentes, identificar os problemas e detalhar as intervenções
necessárias para a solução dos pontos críticos.
34
georreferenciado, diagnóstico de pontos críticos e sistema de gerenciamento
informatizado.
Apesar de desativado na sua globalidade, o modelo se manteve em diversas
subprefeituras do município, particularmente da zona leste. O conceito contratual,
associando gestão técnica com os serviços operacionais, está implantado nas cidades
de Guarulhos e Poá.
No desenvolvimento desse processo, várias empresas prestadoras de serviços
de limpeza e desobstrução passaram nos últimos 15 anos por um acelerado processo
de melhoria técnica.9
Apesar de o Planeta Terra possuir a maior parte de sua superfície coberta por
água, quando se fala em água disponível para o consumo humano os dados são
alarmantes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO, 2006 apud
9
Extraído do link: www.arandanet.com.br
35
Hagemann), cerca de 97,5% da água no planeta é salgada e a água doce corresponde
a 2,5%.
Fonte: portejr.com.br
Aproximadamente 70% da água doce está nas calotas polares e 30% está
presente nos continentes. No entanto, menos que 1% da água dos continentes está
diretamente acessível ao uso humano, o que corresponde a 0,007% do total de água
na terra. Além disso, grande parte da água disponível em fontes superficiais encontra-
se com sua qualidade deteriorada. (HAGEMANN, 2009).
Vários países já enfrentam o problema da falta de água. Segundo a
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, 2008 apud
Hagemann), o consumo de água tem crescido mais que duas vezes a taxa de
crescimento da população no último século. A previsão para o ano de 2025 é que
cerca de 1,8 bilhões de pessoas viverão em países ou regiões com absoluta escassez
de água e dois terços da população mundial enfrentará dificuldades relacionadas à
disponibilidade desse recurso.
36
No Brasil os recursos hídricos superficiais representam 50% do total dos
recursos da América do Sul e 11% dos recursos mundiais (TUCCI, 2001). Apesar da
grande disponibilidade, a água no Brasil é mal distribuída, conforme mostra a figura
abaixo.
Sendo assim, para amenizar o problema da escassez hídrica, muitos países,
inclusive o Brasil, além de incentivarem programas de combate ao desperdício
buscam a utilização de fontes alternativas de água, como o reuso das águas servidas
e o aproveitamento da água da chuva, onde esta última alternativa destacase por ser
relativamente econômica e pela possibilidade de constituir fonte para usos potáveis,
desde que realizado tratamento adequado.
A utilização da água da chuva não é uma inovação dos dias atuais. No Brasil,
o primeiro relato de aproveitamento da água de chuva é provavelmente um sistema
construído na Ilha Fernando de Noronha, pelo exército norte-americano em 1943
(PETERS, 2006 apud HAGEMANN).
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Conforme Hagemann (2009), o aproveitamento de águas pluviais tem sido
praticado em maior escala principalmente na região Nordeste, devido ao problema da
escassez hídrica, característico de parte da região. Em julho de 2003, teve início o
Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido:
um Milhão de Cisternas Rurais - P1MC, com o objetivo beneficiar cerca de 5 milhões
de pessoas na região semiárida, com água potável, através da construção de
cisternas.
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potencial para ser utilizada também na irrigação de parques, escolas, praças,
estacionamentos e condomínios.
Entretanto, não havendo a necessidade da utilização de água potável para tais
atividades, a coleta e o aproveitamento de água de chuva dispõem de uma série de
benefícios como: não desperdiçar um recurso natural escasso, e disponível em
abundância nos telhados; reduzir o consumo de água potável fornecida pela
companhia de saneamento; conservar a água e reduzir o risco de enchentes;
encorajar a conservação de água, a autossuficiência e uma postura ativa perante os
problemas ambientais da cidade.
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possuem as mais variadas formas, dependendo das condições impostas pela
arquitetura, bem como dos materiais empregados na confecção das mesmas.
Após a água escoar pelas calhas, os tubos de queda, ou verticais, conduzem
as águas das calhas às redes coletoras que poderão estar situadas no terreno ou
presas ao teto do subsolo no caso dos edifícios e/ ou pavimentos, ou despejar
livremente na superfície do terreno.
13.6 Tratamentos
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13.8 Cisterna: reservatório de armazenamento para a água da chuva
Fonte: blog.useaguadechuva.com
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A escolha de onde instalar o reservatório, do modelo e do material a ser
utilizado deve ser feita verificando as condições do terreno. Os reservatórios
superficiais devem ser instalados em locais que disponham de área livre, tendo a
vantagem de possibilitar alguns usos sem a necessidade de bombeamento, como
para a lavagem de áreas impermeáveis e a rega de jardins.
Os reservatórios semienterrados ou enterrados, normalmente, necessitarão de
bombeamento, seja ele manual ou mecânico, salvo alguns casos, como das cisternas
instaladas no Nordeste, onde a população introduz baldes na cisterna para a retirada
da água. O inconveniente dessa solução é a possibilidade de contaminar a água da
cisterna pela introdução de objetos para a remoção da água.
Dependendo da arquitetura do telhado é possível instalar o reservatório logo
abaixo do mesmo, evitando assim os gastos com o bombeamento da água.
Nos dias de chuva intensa, as cisternas podem funcionar como áreas de
contenção, diminuindo ou até evitando alagamentos e sobrecarga da rede pluvial. Um
telhado, com área de 200 m² pode captar aproximadamente 250.000 litros de água
por ano (AGUAPARÁ, 2005).
Em relação ao dimensionamento de um reservatório para captação de águas
pluviais, é geralmente realizado através da aplicação de modelos. Existem vários
modelos que podem ser utilizados para esse fim, embora a maioria deles siga a
mesma sistemática: utilizam séries históricas de chuva, a demanda a ser atendida, a
área de captação, o coeficiente de escoamento superficial e a eficiência requerida
para o sistema como dados de entrada e têm como resultado os volumes de
armazenamento associados a uma ou mais probabilidades de falha do sistema
(ANNECCHINI, 2005 apud HAGEMANN).
Entre os métodos que podem ser adotados para o cálculo desse reservatório,
o mais utilizado é o de Rippl por apresentar a vantagem de ser flexível com relação
aos dados de entrada para o cálculo.
Segundo Tomaz (2003), a utilização deste método pode ser feita de duas
maneiras: analiticamente ou graficamente. Os principais fatores que influenciam no
cálculo são: a área do telhado, a quantidade de água necessária para atender a
demanda e a definição do tipo de reservatório que será utilizado em termos de custos,
recursos e métodos construtivos.
Utilizam-se como dados de entrada: a precipitação média mensal, a demanda
mensal constante ou variável, a área de coleta e o coeficiente de Runoff (perda de
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água por evaporação, vazamentos, lavagem do telhado, etc.); e são fornecidos após
os cálculos: o volume de chuva mensal, o volume de chuva mensal acumulado, o
volume de chuva menos a demanda e o volume do reservatório. O volume do
reservatório de água de chuva é o volume adquirido na somatória da diferença
negativa do volume de chuva e da demanda. É possível também calcular a
porcentagem de confiança do sistema e a porcentagem de falha do sistema.
Independente do método escolhido, um dimensionamento econômico e
eficiente depende do conhecimento das informações requeridas pelo modelo a ser
utilizado.
Conhecer o índice pluviométrico da região é importante, pois o mesmo reflete
a distribuição da chuva ao longo do ano e quanto mais regular for o seu valor mais
confiável será o sistema (ANNECCHINI, 2005 apud HAGEMANN).
A água, que representa o bem mais importante adquirido do meio ambiente e
de fundamental importância para a sobrevivência dos seres vivos, é consumida
frequentemente de forma inadequada.
Diante da escassez de água potável, faz se necessário, a conscientização da
população referente à maneira correta de utilização da água, onde o desperdício não
pode ocorrer, e encontrar novas formas de captar, armazenar e aproveitar a água. A
água da chuva está disponível na grande maioria das regiões, e por isso sua captação
pode resolver problemas como as enchentes nas cidades e a ameaça de conflitos
sociais pela água.
Por sua vez, o aproveitamento da água da chuva caracteriza-se pela facilidade
da composição do sistema, devido à simplificação do tratamento, fato este que implica
na redução dos custos de implantação e manutenção.
Assim, percebe-se que o uso de cisternas é viável economicamente, por ser
uma alternativa de baixo custo e eficaz na resolução do problema do uso excessivo
da água potável ao consumo humano.10
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eficientes sistemas de drenagem de águas pluviais. Bueiro ou, como dizem
popularmente, “boca de lobo”, é apenas um apêndice de uma galeria de águas
pluviais. Infelizmente, o tratamento dado à questão da drenagem urbana é muito
limitado comparado à importância do tema. Problemas causados pela má gestão da
drenagem urbana têm relação direta com saúde e segurança dos munícipes,
mobilidade urbana, saneamento ambiental e aspectos econômicos.
A analogia com a saúde está ligada a doenças de veiculação hídrica; a
segurança tem a ver com a inundação e destruição de imóveis localizados em áreas
de risco e arraste de veículos e pessoas nas vias públicas; à mobilidade, porque ruas
da periferia ficam intransitáveis, pontes e travessias de fundo de vale são destruídas;
saneamento ambiental, porque surgem erosões em vias não pavimentadas e os
corpos d’água ficam entulhados com todo tipo de detritos; e também porque ligações
clandestinas de águas pluviais nas redes de esgotos sanitários causam sobrecarga
na rede, problemas de retorno tanto em residências como em PV’s (poços de visita)
prejudicando também os sistemas de tratamento de esgotos e, finalmente, o aspecto
econômico, porque tudo isto onera e causa prejuízos incalculáveis tanto a população
quanto ao poder público.
A falta de drenagem urbana é patente praticamente em todas as cidades do
Brasil. Como é uma obra que fica enterrada, a drenagem é relegada a segundo plano.
É muito frequente vermos por aí ruas asfaltadas, sem os serviços básicos de
infraestrutura. Quando muito existe apenas rede de água, rede de esgoto às vezes,
galerias de águas pluviais então é muito raro. Todos estes problemas citados que
anualmente afetam as nossas cidades são lembrados e comentados somente na
época das chuvas, depois caem no esquecimento.
É evidente também a falta de gerenciamento adequado, desde a elaboração
de projetos exequíveis, com todas as interferências cadastradas e executados por
especialistas em hidrologia e hidráulica, realização de estudos para implantação de
galerias em locais sabidamente críticos, elaboração de programa de manutenção
preventiva das galerias existentes. Todas estas ações englobam um sistema
complexo de operação e implantação dos sistemas de drenagem, a quem compete
escoar toda a vazão afluente gerada pelas precipitações, de maneira eficiente,
reduzindo ao máximo o escoamento superficial proporcionando desta forma o mínimo
de desconforto a população.
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A ausência total ou a existência de galerias subdimensionadas aliadas à rápida
urbanização com consequente impermeabilização do solo e a ocupação desordenada
de áreas de várzeas e fundo de vales, só fazem aumentar a intensidade dos danos e
a complexidade do problema. Além do que o cenário que deslumbramos é de aumento
do volume precipitado versus duração, devido às mudanças climáticas, aumentando
desta forma o pico das enchentes.
Todos estes problemas não se resolvem apenas com obras estruturais, que
muitas vezes são complicadas e onerosas. Existem soluções não convencionais,
também chamadas de medidas não estruturais. São ações que envolvem educação
da população, referentes orientações quanto à destinação adequada dos resíduos
sólidos, a não utilização dos bueiros como depósito de lixo, a não utilização de redes
de esgoto para drenar água de chuva. A criação de leis que obriguem a retenção nos
lotes, de parte das águas ali geradas; implantação de serviço de coleta de resíduos
sólidos e limpeza pública adequados, disciplinamento e adequação do uso do solo,
tanto na área rural como urbana, incentivo a utilização de águas das chuvas (após
tratamento) para fins menos nobres, incentivo a grandes empreendedores que
construam mini reservatórios de retenção em seus empreendimentos, dentre outras.
O certo é que com vontade política e planejamento adequado aliado ao
gerenciamento integrado entre as secretarias das administrações públicas envolvidas
com o tema, os problemas de drenagem que tanto afetam e causam transtornos em
nossas cidades poderão ser minimizados, reduzindo as perdas e também o aporte de
recursos, o que certamente redundará em benefícios para toda a coletividade.11
11
Extraído do link: www.jcnet.com.br
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BIBLIOGRAFIA
BIDONE, F. R. A.; TUCCI, C. E.M. Microdrenagem. In: Drenagem Urbana, org. por
TUCCI, C. E. M.; PORTO, R. L.; BARROS, M. T. Porto Alegre: Editora da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, 1995.
<Http://www.pucrs.br/edipucrs/XSalaoIC/Ciencias_Sociais_Aplicadas/Arquitetura_e_
Urbanismo/70444-PAULO_ROGERIO_LEMOS.pdf >.
MARINOSKI, Ana Kelly. Aproveitamento de água pluvial para fins não potáveis em
instituição de ensino: estudo de caso em Florianópolis – SC.
<http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/publicacoes/tccs/TCC_Ana_Kelly_Marin
os ki.pdf >.
ORSI, Maria; SARUBO, Rafael. Captação e tratamento de águas pluviais para uso
não potável. <Http://www.revistasapere.inf.br/download/segunda/ORSI_SARUBO.pdf
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