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Segundo ele, as pessoas usam uma série de mecanismos de defesa (como repressão
ou negação) para evitar entrar em contato com os seus problemas inconscientes, visto
que podem causar conflitos e sentimentos desagradáveis, como a ansiedade, quando
tornados conscientes.
O id é uma parte da estrutura da mente definido por Freud como sendo motivador das
pulsões, a de vida (Eros) e a de morte (Thanatos), também chamadas de instinto
sexual e instinto agressivo, respectivamente.
Por isso, o ego se desenvolve a fim de mediar essa relação entre a condição
fundamentalmente irracional do id e o mundo externo real. Dessa forma, ele é regido
pela razão – responsável pela tomada de decisões e resolução de problemas.
Também em busca do prazer, o ego evita a dor e não possui o conceito de certo ou
errado (socialmente falando), mas ao contrário do id, essa propriedade da mente
considera a lógica da realidade e elabora uma estratégia de comportamento racional
para satisfazer os seus desejos. Portanto, essa é entendida como a área consciente
na estrutura da mente.
A única parte da estrutura mental que nos acompanha desde o nascimento, é o id,
somente mais tarde o ego e o superego irão se desenvolver para satisfazer as
demandas sociais e direcionar a busca do prazer por vias socialmente aceitáveis –
assim é que se caracterizam os conflitos entre os desejos frustrados e as normas
sociais.
Quando os conflitos não são propriamente resolvidos na infância, podem permanecer
no inconsciente e gerar problemas na vida adulta, visto que, segundo a teoria
psicodinâmica, os eventos experienciados na infância e a forma como reagimos a
eles, moldam a nossa personalidade.
Para uma pessoa ser mentalmente saudável, o ego tem que ser capaz de ponderar
as exigências do id e do superego, afim de estabelecer um equilíbrio entre as suas
demandas. Caso o superego transcenda os limites estabelecidos pelo ego, a pessoa
pode desenvolver uma neurose como a depressão, por exemplo. Caso o id assuma o
controle, o indivíduo pode desenvolver uma psicose, como a esquizofrenia, por
exemplo.
Segundo o pai da psicanálise, estes supostos acidentes não são um mero equívoco
na fala, mas, de fato, um descuido em que revelamos o que realmente está em nossas
mentes dizendo algo que não pretendíamos - isso é o que define os deslizes de língua.
A inevitável ação de falarmos algo que não planejávamos evidencia a forte influência
dos impulsos emocionais advindos do inconsciente.
Nesse sentido, na análise dos sonhos, o analista pode fazer interpretações a respeito
do significado e do simbolismo oculto nessa experiência, pois, segundo Freud, nos
sonhos estariam disfarçadas as verdadeiras preocupações do indivíduo – esse
disfarce acontece como uma tentativa de proteger o consciente de se chocar com a
realidade dos fatos desagradáveis à pessoa.
1.4 Metodologia
No estudo dos sonhos, entendemos que o que lembramos pode ter sido alterado
pelo processo onírico. Por isso, o analista precisa distinguir entre o conteúdo
manifesto e o conteúdo latente de um sonho, caracterizados como aquilo que
lembramos e aquilo que seria o seu verdadeiro significado.
Os sonhos são uma incorporação fantasiosa, ou seja, disfarçada, de desejos ou
traumas reprimidos pelo sonhador – a distorção ou disfarce desses desejos ou
traumas acontece como uma tentativa de contornar a censura aplicada pela mente
consciente.
Por ser uma espécie de guardião do sono, o sonho pode ser alterado por causa de
elementos externos que são incorporados a ele para evitar que o indivíduo acorde,
como o soar de um despertador, por exemplo.
Para que a associação livre seja bem sucedida, é imprescindível que o paciente não
apresente resistência em verbalizar os seus pensamentos. Porém, essa relutância
pode ser um forte indício de que o paciente está se aproximando de um conteúdo
reprimido e, portanto, exige uma maior atenção do analista.
Fontes bibliográficas
Id, ego e superego: Freud's Id, Ego, and Superego: Definition & Examples
(simplypsychology.org)