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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL (Daniel Goleman)

No seu livro "Inteligência Emocional" Daniel Goleman parte de uma pesquisa científica para afirmar que o controle
das emoções contribui de forma essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo. Essa tese científica
revela de que modo a incapacidade de lidar com as próprias emoções pode dificultar ou até destruir nossas vidas. O
autor ressalta que a crise que a humanidade vive hoje, com aumento da criminalidade, violência e infelicidade é o
reflexo de uma cultura que se preocupou apenas com o intelecto, esquecendo o lado emocional da pessoa. O autor
afirma que existem duas mentes: a que raciocina e a que sente. Esses dois modos de conhecimento diferentes
interagem na construção de nossa vida mental. Um, a mente racional, é o modo de compreensão, de que quase
sempre temos consciência, é mais destacado na consciência, mais atento, capaz de ponderar e refletir. Já, o outro
modo, a mente emocional, é um sistema de conhecimento impulsivo. Na maior parte do tempo, essas duas mentes
operam em harmonia, mesclando seus modos de conhecimento para que nos orientemos no mundo. Em muitos
momentos, essas mentes se coordenam; os sentimentos são essenciais para o
pensamento e vice-versa. Mas quando as paixões surgem, esse equilíbrio se desfaz. E então a mente emocional
assume o comando. Muitas das nossas ações são determinadas pelas emoções que têm sua razão e uma
lógica peculiares. A mente emocional é muito mais rápida do que a racional, levando à ação, sem dar tempo para
pensar. Essa rapidez não permite a reflexão que caracteriza a mente racional. Provavelmente,
essa rapidez na ação, se explique como um meio de preservação da vida, da necessidade de defesa diante do
perigo. As ações que provêm da mente emocional trazem uma sólida sensação de
certeza, permitem que determinadas coisas sejam encaradas de forma simplificada, coisas essas que, para a mente
racional seriam intrigantes e questionáveis. Passado o momento de ímpeto, surgirá um questionamento sobre o
motivo da ação; aí está o sinal da percepção da mente racional. As emoções se apossam de nós com muita rapidez,
antes mesmo de nos darmos conta de que já se instalaram em nós. A mente racional demora mais para registrar os
fatos e para reagir a eles do que a mente emocional. Em
circunstâncias emotivas, o primeiro impulso vem do coração e não da cabeça. Existe também o tipo de reação
emocional que não é tão rápida, desenvolve-se e fermenta-se no pensamento até configurar-se como
sentimento. Esse caminho é mais deliberado e permite que se tenha consciência do raciocínio que leva à eclosão da
emoção. Nesse caso, a reação que se desencadeia é precedida de uma avaliação extensa que engloba o pensamento,
o processo cognitivo. Nesse proceso mais lento, um pensamento mais articulado precede o sentimento e surge a
resposta emocional adequada. No processo de resposta rápida, ao contrário, o sentimento precede ou é simultâneo
ao pensamento. Essa reação emocional assume o comando em situações de urgência, por isso, essa reação tem o
poder de mobilizar-nos quando se trata de sobreviver a um iminente perigo. Da mesma forma que há caminhos
rápidos e lentos para o desencadeamento de uma emoção, há emoções que alimentamos e que
convidamos para permanecer conosco. São sensações provocadas propositalmente. Embora não saibamos, com
certeza, qual o tipo de emoção que um pensamento pode desencadear, podemos escolher em que
pensar. A mente racional, por outro lado, não decide que emoções devemos ter. Diante disso, o que a mente racional
pode fazer é controlar o curso da nossa reação, pois não podemos decidir quando ficar tristes, furiosos, alegres, etc.
A mente emocional considera que suas crenças são totalmente verdadeiras e assim despreza qualquer coisa
que lhe seja contrária. Por isso, é muito difícil fazer com que uma pessoa, sob perturbação emocional, raciocine; não
há argumento do ponto de vista lógico que o demova de suas convicções. A mente emocional
reage, no presente, a um fato, como reagiu no passado a esse mesmo fato. Assim, se na infância, uma fisionomia
raivosa nos causou medo, sentiremos medo, hoje, ao depararmos uma fisionomia semelhante. Se as
sensações são fortes, então as reações que causam são claras. Mas, se são vagas ou sutis, é possível que as emoções
não sejam percebidas com clareza. Talvez, não saibamos que emoção estamos sentindo. A maneira como pensamos
e agimos quando nos sentimos românticos é diferente da forma como nos comportamos quando estamos abatidos ou
com raiva. O livro ressalta a importância de conhecermos nossos sentimentos, ter consciência de que estamos sendo
arrebatados por eles. O autor salienta os pensamentos de outros teóricos sobre a inteligência emocional e cita cinco
domínios principais em que se expandem as aptidões desse tipo de inteligência: 1 - Conhecer as próprias
emoções, reconhecer um sentimento quando ele ocorre. 2 - Lidar com emoções. 3 - Motivar-se. 4 - reconhecer
emoções nos outros (empatia) . 5 - Lidar com relacionamentos (interpessoal).

Inteligência Emocional está relacionada a habilidades , como motivar a si mesmo e persistir mediante frustrações,
controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas, motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus
melhores talentos e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns.Penso que trazendo isso para
minha vida (dia-a-dia), os relacionamentos de uma maneira geral irão melhorar para mim e para os que me cercam
trazendo mais qualidade e felicidade nas relações interpessoais

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