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“O Garimpo ilegal na região norte: saúde e meio ambiente em foco.

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Garimpo é uma atividade econômica de extração, em maioria, mão de obra, que não
possui tecnologias avançadas, e tem o intuito de obtenção de metais preciosos. Consoante
dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o garimpo ilegal em terras
indígenas aumentou mais de oito vezes entre 2016 e 2022. Nesse sentido, observa-se que
a saúde e o meio ambiente são afetados, tanto pela contaminação da alimentação dos
cidadãos e consequentemente sua saúde, quanto pelo assoreamento, desmatamento e
erosão do solo em tais áreas.

É inegável que as atividades extrativistas são marcadas pela falta de recursos


tecnológicos e utilizam de métodos antiquados para a realização das mesmas. Com isso,
percebe-se que o mineral utilizado para separar metais valiosos, é prejudicial para a cadeia
alimentar, pois, quando liberado para a atmosfera, volta para o rio, contamina os peixes, e
assim consecutivamente. De acordo com a BBC News, os habitantes da Terra Indígena
Yanomami estão sendo infectados pela alta quantidade de mercúrio usado por garimpos
ilegais. Nesse sentido, torna-se evidente a prejudicação do bem-estar desses povos.

Outro fator a ser observado é a grande quantidade de poluentes que entram em contato
com a água, durante o processo pelos garimpeiros na atividade. Segundo a pesquisa da
Avaliação Global de Mercúrio, o garimpo em pequena escala lançou cerca de 1.200
toneladas de mercúrio na terra e na água em 2015, com isso, percebe-se que ao utilizar
resíduos de Hg onde há contato com o meio ambiente, é consequente que o assoreamento
aconteça. O garimpo ilegal, por sua vez, ocorre de modo anônimo, ou seja, não passa por
nenhuma fiscalização, o que não tem nenhuma orientação da quantia adequada, assim,
aumenta a poluição dos rios e o esse fenômeno acontece de forma incalculável.

Visto que, o garimpo é a base econômica de parte da população brasileira, é necessário


que o Governo Federal crie medidas para proteção integral das terras indígenas, como
fiscalizar todas as balsas que vão a áreas de garimpo, informando através de comprovantes
se estão habilitados a praticar a atividade, com o propósito de amenizar navegações não
permitidas, e dessa forma, controlar a quantidade de mercúrio que é depositado na
natureza. Caso descumprimento, poderá ser aplicado o Projeto de Lei 959/22, que prevê
pena de reclusão e multa.

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