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Nas últimas três décadas, o Pantanal vem sofrendo agressões pelo homem, praticadas não

somente na planície, mas principalmente nos planaltos adjacentes. Atualmente, os impactos


ambientais e socioeconômicos no Pantanal são muito evidentes, decorrentes da inexistência de
um planejamento ambiental que garanta a sustentabilidade dos recursos naturais desse
importante bioma e com um crescimento urbano e populacional desordenado associado a obras
de infraestrutura, como rodovias, barragens, portos, hidrovias e barramentos hidrelétricos que
podem alterar o regime hídrico natural do Pantanal.

A expansão rápida da agropecuária, com a utilização de pesadas cargas de agroquímicos, a


exploração de diamantes e de ouro nos planaltos, com utilização intensiva de mercúrio, são
responsáveis por profundas transformações regionais. Algumas delas vêm sendo avaliadas pela
Embrapa Pantanal, como a contaminação de peixes e jacarés por mercúrio e diagnóstico dos
principais pesticidas.

A remoção da vegetação nativa nos planaltos para implementação de lavouras e de pastagens,


sem considerar a aptidão das terras, e a adoção de práticas de manejo e conservação de solo,
além da destruição de habitats, são fatores que aceleraram os processos erosivos nas bordas do
Pantanal. A consequência imediata tem sido o assoreamento dos rios na planície, o que tem
intensificado as inundações - com sérios prejuízos à fauna, flora e economia do Pantanal. Além
disso existe uma ameaça constante que é o aumento da navegação com grandes barcaças. Um
projeto recente previa construções de canais em várias regiões, cortando os meandros naturais

E apesar que a fauna do Pantanal é riquíssima em aves, mamíferos, peixes e insetos, esse
ecossistema é um dos menos pesquisados no Brasil -Amazônia e Mata Atlântica chegam a ter
mais de 1000 vezes o número de referências em artigos. Não existe nenhuma lei que rege
especificamente o Pantanal (como por exemplo Lei da Mata Atlântica) e nem um fundo para a
conservação da região (como o Fundo Amazônia).

Em uma das poucas pesquisas que acontecem no pantanal podemos citar a do Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que expôs a realidade das
queimadas no Pantanal, a pesquisa chama atenção para a crescente atividade
agropecuária na região, que tem alterado a paisagem natural do Pantanal. “Essa era uma
área sazonalmente inundada até os anos 90, mas isso tem mudado com a exploração
econômica da região, a abertura de novas áreas de pecuária e mudanças hídricas com
grandes obras de drenagem para propiciar o plantio de pastagem e lavouras”, explica
pesquisador do Instituto SOS Pantanal, por conta disso as imagens de animais
queimados e da nuvem de fumaça sobre a paisagem pantaneira continua se repetindo.
Quase 17 milhões de animais morreram nos incêndios de 2020 no Pantanal afirma
pesquisa dirigida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Em uma noticia mais atual aponta que as queimadas no pantanal provocaram fumaça que
alcançou parte de São Paulo, Paraná e Santa Catarina na sexta dia 17/11/2023 agora
recentemente, o fogo já consumiu um milhão de hectares do Pantanal em 2023, o triplo do
registrado em 2022 inteiro, segundo informações da TV Globo. O bioma está registrando
recorde de focos de incêndio em novembro. São 3 mil focos em apenas 15 dias, 30% a mais do
que o recorde anterior para o mês inteiro.

Sites: https://brasil.mongabay.com/2022/01/quase-17-milhoes-de-animais-
morreram-nos-incendios-de-2020-no-pantanal-revela-estudo/#:~:text=Agora
%20cientistas%20conseguiram%20estimar%20quantos,incluindo%20mam
%C3%ADferos%2C%20r%C3%A9pteis%20e%20aves.
https://www2.fundep.ufmg.br/pesquisa-impactos-fogo-pantanal-conservacao-
bioma/

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